UM COFRINHO, UM SORRISO E ROBERTO
por Paulo-Roberto Andel
Duas da tarde de um dia qualquer de 1982. Naquele tempo estudávamos em um horário esquisito, das três às sete da noite. Combinamos de nos encontrar antes. O motivo? Futebol, claro. A gente gostava demais. Era jogo na praia, no calçadão, na vila, jogo de botão e o maravilhoso Maracanã.
Perto da nossa escola, Dr. Cícero Penna, no coração de Copacabana, ficava a Caderneta de Poupança Letra, que já não existe, trocou de nome ou foi absorvida por outra instituição bancária. Pois bem, a Letra ia distribuir cofrinhos em forma de bola de futebol. E quem estaria no banco dando autógrafos era ninguém menos do que Roberto Dinamite, ídolo do Vasco, do Rio e do Brasil.
Rivalidade no futebol sempre existiu, mas naquele tempo era natural os garotos admirarem os craques, os jogadores marcantes, de garra, pouco importando se jogavam em seus times de coração. Como ficar indiferente ao futebol de Leandro, Edinho, Deley, Mendonça, Zico, Adílio? Impossível.
Roberto era unanimidade na minha turma, que tinha poucos vascaínos. O Cassiano e o Luiz, no máximo. Não lembro se o Geleia também era Vasco. O fato era que Roberto era um artilheiraço, cobrava faltas mortíferas, cabeceava e ai da defesa que o deixasse ajeitar para a direita e chutar na frente da área. Um tormento para os zagueiros.
Juntamos a turma e fomos para a porta da Letra. O banco estava tão cheio que um funcionário veio para a porta distribuir os cofrinhos. Havia outras turmas também, todas com os mesmos objetivos: pegar os cofres mas também ver o craque. E tome gente, gente, gente.
Alguns dos nossos se espremeram na vitrine de vidro para tentar ver Roberto, que estava dando autógrafos numa mesa dentro da agência lotada. E assim ficamos por um bom tempo. Entrar era impossível, o máximo ficava numa espiadinha com nossos olhos recém saídos da infância.
Em certo momento, Roberto se levantou e veio para fora do banco para cumprimentar a garotada. Explodimos de alegria: nós éramos a dinamite daquela tarde. Mal ele saiu da agência, abriu o sorriso indestrutível e logo o cercamos para abraçá-lo. Ele também era uma felicidade só. Puxa vida, um dos maiores jogadores do Brasil bem ao lado da nossa escola. Ficamos muito contentes.
Não durou muito tempo, porque Roberto precisava voltar para o banco, mas foi suficiente para ser inesquecível. Pense em garotos felizes ao ver um de seus heróis sorridente, bem de perto? Foi assim.
Não juntei moedas. Muitos dos cofrinhos serviram para peladas no calçadão da Avenida Atlântica. O meu, não: levei para casa de recordação. O tempo e as mudanças me fizeram perdê-lo para sempre, mas o mais importante de tudo ficou comigo desde então: a lembrança de ter visto de perto um dos maiores jogadores de meu tempo, com aquele sorriso desfraldado e gigantesco como seu futebol, um ídolo de todos os garotos daquele tempo.
Acabamos de saber que Roberto terá uma batalha pela frente, provavelmente a mais desafiadora de toda a sua vida. Eu volto no tempo, na melhor das minhas épocas, e resgato um jovem artilheiro feliz, cercado por crianças e com um sorriso que batalha nenhuma há de derrotar. Um abraço em Copacabana fica para sempre. Logo, logo, o camisa 10 sairá comemorando como fazia em seus gols imortais, feito aqueles cinco sobre o Corinthians em 1980. E nós, que torcíamos lá, continuaremos a torcer por aqui.
COPAS SIMULTÂNEAS
::::::::: por Paulo Cézar Caju :::::::::
Para os que dizem que só reclamo, estou muito feliz que a Copa Africana de Nações voltou a tevê aberta depois de 12 anos. Reunindo 24 seleções do continentes, é uma mini Copa do Mundo e a atual edição reúne estrelas de gigantes europeus, como o egípcio Salah, o senegalês Mané, o argelino Mahrez. o gabonês Aubameyang e por aí vai..
Sempre fui fã do futebol africano e poderia ser ainda mais se a maioria dos craques não mudassem a nacionalidade em busca de mais visibilidade. Marius Trésor, Thierry Henry, Zinedine Zidane, Lilian Thuram, Karim Benza, Patrick Vieira e Youri Djorkaeff são alguns deles. Para se ter noção, 14 dos 23 jogadores campeões mundiais em 2018 pela França têm origens africanas. Precisa dizer algo mais? No fim de semana, acompanhei Camarões x Burkina Faso e Etiópia x Cabo Verde, dois jogos muito disputados! Gostei do que vi!
Simultaneamente à Copa Africana, estou acompanhando a Copinha! Vocês lembram-se da corrida do ouro, em Serra Pelada? O futebol virou isso, escancaradamente isso, um garimpo sem disfarces. Tenho assistido alguns jogos e, infelizmente, o nível é abaixo da crítica. Claro, nota-se alguns meninos talentosos, mas com falhas grosseiras em fundamentos básicos. A impressão é que quando um talento é descoberto todos os cuidados voltam-se exclusivamente para ele, a salvação da lavoura. O resto é figuração. Dá o pulo do gato quem tiver o empresário mais influente, a rede de relacionamentos mais ampla. Se tiver dupla cidadania, ótimo, valoriza, facilita!
Vi alguns jovens recém-promovidos da base do Vasco serem dispensados. Estão sendo substituídos por atletas mais rodados e experientes. Tantos anos sendo treinados, alguns desde os cinco anos no clube, investimento financeiro e psicológico….será que o descarte é a melhor saída? Na verdade, isso é um gol contra da própria comissão técnica que reconhece sua péssima formação.
Os clubes precisam vender algum diamante para pagarem suas dívidas e negociam a preço de banana para Noruega, Tailândia, Islândia. A Copinha é uma vitrine, mas é o limite para saber se vai ou racha. A máquina precisa rodar, os cifrões precisam circular e os boletos, as contas e as multas rescisórias se acumulam sobre a mesa dos dirigentes. A garotada é negociada cada vez mais cedo. Quem correr mais, literalmente, vence. Antigamente, os diamantes eram lapidados por mestres nessa arte. Ser treinado por um Didi tinha o seu valor, mas as folhas secas não caem mais das árvores, o violino de Carlinhos não tem mais cordas, as referências apagaram-se da história.
Sempre que vejo a Copinha lembro de meu início e das histórias que ouvia sobre a Escolinha do Neca, de Célio de Souza e de tantos outros formadores. Hoje, vejo gerações serem perdidas por falta de profissionais que consigam observar o talento individual de cada um, as posições em que melhor se encaixam, o detalhe que faz a diferença. O futebol não pode ser dominado por aventureiros e garimpeiros sedentos e, sim, por lapidadores experientes, que são especialistas em nos brindar com arte.
Para facilitar a vida dos geraldinos, resolvi simplificar o linguajar! Na minha geração, “ligação direta” se chamava bicão pra frente! A “primeira linha” de quatro era na verdade lateral-direito, beque central, quarto-zagueiro e lateral-esquerdo. Protegida por um volante, a “segunda linha” era composta por ponta-direita, meia-direita, meia-esquerda e ponta-esquerda. Na frente, o centroavante era o responsável por balançar as redes! A rede nunca teve bochechas, era ângulo, assim como a bola só tem gomos e não orelha ou cara! Pra que dificultar?
COMEÇA UMA NOVA BATALHA PARA ROBERTO DINAMITE
por André Luiz Pereira Nunes
Todos infelizmente fomos surpreendidos pela notícia desfavorável de que o ídolo Roberto Dinamite, 67 anos, está acometido por alguns tumores no intestino e, que após passar por uma cirurgia de desobstrução do órgão, fará sessões de quimioterapia.
Trata-se, portanto, de uma novidade que ninguém gostaria de escrever, muito menos de ler. O fato é que todos somos feitos de carne e osso. Nobres e plebeus. Estrelas e anônimos. Ricos e pobres. Jornalistas e leitores. Celebridades e anônimos. Nos acostumamos a enxergar os maiores vultos da música, televisão ou do esporte como deuses. Seres infalíveis ou imortais. Ledo engano. São pessoas como nós. A diferença é que as nossas vitórias não são enaltecidas nem sequer comemoradas. Os ídolos representam suas bandeiras e carregam as massas em suas glórias.
Maior ídolo da história do Vasco, tendo ainda passagem marcante pela Seleção Brasileira na Copa de 78, como titular, e na de 82, como reserva, Roberto Dinamite é o maior artilheiro e atleta com mais jogos na história do Gigante da Colina. É também o maior goleador do Campeonato Brasileiro, do Estadual do Rio de Janeiro e do magnífico e imponente estádio de São Januário. Além disso, foi presidente do Vasco entre 2008 e 2014, período que não lhe trouxe glórias, mas muitos dissabores.
Porém, a batalha agora não será contra times ou seleções. O adversário dessa vez é invisível, silencioso e sorrateiro. Não avisa quando, como e onde irá atacar. Há quem creia que é fruto da nossa própria constituição celular, que de forma indiscriminada, começa a se multiplicar defeituosamente.
A revelação de Roberto Dinamite trouxe duas mensagens de apoio. Apenas Vasco e Fluminense postaram, através das redes sociais, desejos de pronta recuperação. Provavelmente outros escritos virão.
Roberto, contudo, não estará só. Além do indispensável aconchego da família, contará com as boas vibrações irmanadas pela imensa nação vascaína e por todos aqueles que o respeitam, visto que escreveu com méritos um capítulo inteiro da história do futebol brasileiro.
Força, Dinamite! Estamos com você!
DINAMITE COMOVENTE
por Rubens Lemos
Creia, amigo leitor: ser emocional até a medula me mantém vivo. A herança existencial do meu velho pai foi a prioridade ao sentimento em desprezo à frieza insípida de números e pragmatismos. Então, a notícia veio ao cair da tarde do domingo, o que, para os prisioneiros das oscilações da alma, foi, como sempre, fatal.
Roberto Dinamite, com o destemor dos guerreiros de talento e fibra, abria o peito para dizer que estava com câncer. Tumor diagnosticado, ele magro e abatido na aparência, firme na certeza de que a luta será maior do que vencer zagueiros excepcionais do nível de Edinho e Ricardo Gomes do Fluminense, de Aldair e Mozer do Flamengo, de Gotardo e Mauro Galvão nos idos do Botafogo.
Roberto Dinamite foi a cara e a coragem do Vasco. Hoje, o Vasco é uma caricatura distante da grandeza épica de um artilheiro de sorriso triste e volúpia insaciável. De gols raçudos e magníficos, como o do chapéu em Osmar Guarnelli, zagueiro do Botafogo em 1976. Roberto Dinamite dominou no peito, deu um toque por cima de Osmar, que caiu sentado.
Roberto Dinamite fuzilou de sem-pulo, o arremate letal fulminando o goleiro Wendell antes de a bola tocar no chão. O Vasco vencia o Botafogo, ou melhor, Roberto Dinamite garantia a vitória no segundo final. É o gol mais reprisado da TV brasileira de tão lindo, um cartaz hoje digital da beleza do velho Maracanã do povo, do Maracanã das gerais, de favelados e desdentados, cuja invisibilidade social dava luz aos seus corpos mal vestidos pela luz de um artilheiro imortal.
Imortal. Roberto Dinamite é imortal. É o homem acima da lenda. Sempre afável, sorridente, solícito, é o sujeito tímido que me deu um autógrafo à beira da piscina do hotel Ducal, quando a seleção brasileira de Telê Santana enfrentou a Alemanha Oriental no Estádio Castelão, início de 1982. Ele, acolhedor, eu, trêmulo. A timidez do craque e a alegria infinita do moleque magro e apaixonado. Por Roberto Dinamite.
Saber Roberto Dinamite doente, dói. Vê-lo disposto a enfrentar a quimioterapia, atenua a tristeza. Ler as mensagens de Geovani – que venceu o mesmo problema com fé, obstinação e a força solidária de Roberto Dinamite, de Júnior, tantos companheiros e adversários, sacode o espírito para a guerra desigual.
Um ídolo é, na imaginação do fã, um íntimo, um amigo maior que os outros, uma arma contra as emboscadas da vida. Por isso, que chorar, chorei mesmo quando Zico apareceu e desejou, com sua integridade acima de duelos clubísticos, o apoio renovador de esperanças.
Zico é uma instituição de genialidade similar ao caráter límpido. Rivalizava – em campo -, com Roberto Dinamite nos clássicos que chegaram a 174 mil pagantes no campeonato carioca de 1976, ambos no auge. Fora dos gramados, amigo de Roberto Dinamite. Zico está em campo, na partida mais difícil do camisa 10 do Vasco vitorioso.
A dor de Roberto Dinamite é a dor de minha geração. Estamos envelhecendo, nós, mais novos que ele – tem 67 anos -, padecendo no obituário avassalador de todos os dias.
Minha geração aprendeu que ídolo é aquele herói que não padece, salva o menino em desvantagem no placar, num gol de falta, de cabeça ou de voleio, bem no fim do jogo, que recomeça com Roberto Dinamite amado e o amor é um senhor antídoto contra o calvário da saúde. Roberto Dinamite vai vencer. Com gol narrado por José Carlos Araújo, o Garotinho.
CHICO, DO VASCO, 100 ANOS
por André Felipe de Lima
Os gaúchos não se destacam apenas pela garra e pelo espírito combativo — muito pelo contrário — se as gerações mais novas deleitaram-se com a habilidade de um Ronaldinho Gaúcho, outras podem dar testemunhos de um craque gerado no sul. Chico, que era destro e iniciou a carreira como ponta-direita, foi ponta-esquerda do Vasco e daquele escrete da Copa de 1950, que tinha nada menos que seis titulares oriundos do time de São Januário. Era o Expresso do Vasco. Tinha todas as qualidades de um craque, com técnica, velocidade, drible fácil e chutes potentes e certeiros, com ambas as pernas. E, claro, a tal raça comum aos gaúchos: apanhou de sabre dos policiais argentinos na briga generalizada do Sul-Americano de 1946, em Buenos Aires, depois de revidar uma entrada maldosa de um zagueiro argentino. Naquela partida, teria um gol legítimo anulado pela arbitragem, que alegou impedimento. Marcou quatro gols na Copa de 50. Atuou no Vasco de dezembro de 1942 a 53.
Francisco Aramburu, o grande Chico, faria 100 anos neste dia 7 de janeiro de 2022. Ele nasceu em 1922, em Uruguaiana, e travava duelos memoráveis com Biguá, lateral do Flamengo, paranaense de Irati, no time rubro-negro desde 1941. Pareciam ferrenhos inimigos, mas atuaram juntos nas seleções carioca e brasileira. Em São Januário, o Vasco recebia o Flamengo, que tentava o “tetra”. Com o placar apontando 1 a 1, aos 43 do 2º tempo, Biguá ficou de costas para o gol, espreitando o que Chico faria, e Lelé bateu para o gol. A bola bateu na trave, na nuca de Biguá e entrou no gol. O lateral caiu chorando, ainda tonto com a pancada.
“A própria torcida do Vasco não festejou o gol com muita alegria, em respeito ao drama que eu vivia. E a primeira mão que se ergueu para me ajudar foi a do meu grande adversário, Chico. Ele me levantou, me abraçou com carinho, me consolou.” Respeito comum a outro futebol, de outro tempo, confirmado pelo depoimento de Chico: “Eu fui lá ajudá-lo, disse-lhe que erguesse a cabeça, porque ele não tinha culpa nenhuma. A dor de Biguá me feria. Naquele momento, chorei junto com ele. Naquela época o futebol tinha rivalidade dentro do campo, assim mesmo, se respeitando os adversários”. Biguá, grande amigo de Chico, morreu em 9 de fevereiro de 1989.
Chico também defendeu o Ferrocarril, de Uruguaiana, de 1939 a 41, e Grêmio, de 1941 a 43, antes do Vasco da Gama, pelo qual foi campeão carioca em 1945, 47, 49, 50 e 52, e campeão do primeiro Sul-Americano de clubes, pelo Vasco, em 1948. Jogou pela seleção na Copa contra a Iugoslávia, em 1º de julho de 1950, Suécia, no dia 9, Espanha, no dia 13, e Uruguai, no dia 16, a grande final.
Como todos os craques que estiveram em campo naquele Brasil e Uruguai de 16 de julho de 1950, no Maracanã, Chico sofreu e… denunciou. Ele confidenciou ao repórter Geneton Moraes Neto que o técnico Flávio Costa assumiu a responsabilidade pela derrota ao pedir ao lateral Bigode que mudasse o seu estilo [viril] de jogar. “Nosso treinador disse a Bigode que exigia disciplina. Se houvesse derrota com indisciplina, o indisciplinado seria o responsável. Se houvesse derrota com disciplina, ele, o treinador, seria o culpado. Bigode, então, modificou o estilo de jogo”, confirmou o ponta, que “pressentiu”, logo após o Brasil fazer 1 a 0, que, caso ele, Chico, não “parasse” Obdúlio Varela, o jogo estaria perdido. Pediu apoio a Ademir de Menezes e a Zizinho e ouviu dos dois que deveria seguir a recomendação de Flávio Costa.
O mesmo Bigode — descreveu Chico, sem citá-lo nominalmente à Geneton — levou um tapa de Obdúlio, o que todos os outros jogadores do escrete negaram: “Não posso deixar de dizer, porque vi: um jogador do Brasil levou um tapa de Obdúlio Varela. Por que ele diz que não levou, eu não sei. Mas levou, eu vi. Aliás, Obdúlio deu um cascudo. Os uruguaios tinham essa maldade. Davam um tapa, davam soco e cuspiam. Depois, diziam que estavam acariciando. Mas nunca admiti essa carícia comigo. Eu estava próximo do lance quando tudo aconteceu. Cheguei a pedir a Obdúlio Varela que fizesse comigo.”
Chico também cita um fator extracampo como aditivo para o fiasco diante dos uruguaios: a divisão do dinheiro que se obteria com a venda do lustre de cristal, conquistado por Jair Rosa Pinto, por ser considerado o melhor em campo em um dos jogos da seleção naquela Copa. Chico reclamou de barriga cheia porque saiu do Mundial com um terreno por ter feito um dos gols da campanha do Brasil. Outros jogadores ficaram a ver navios, sobretudo os da defesa. Os propalados terrenos eram concedidos apenas aos atacantes.
Pela seleção brasileira, Chico entrou em campo 21 vezes, conquistando 12 vitórias, 3 empates e marcando 8 gols. Encerrou a carreira em 1953, no Flamengo, e, durante muitos anos trabalhou como corretor autônomo de seguros.
Um dos melhores pontas da história do Vasco, Chico, morreu no dia 1º de outubro de 1997, no Rio de Janeiro.