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MISSÃO APOLLO

9 / novembro / 2019

Quem acompanha o Museu sabe que adoramos não só as histórias dos grandes ídolos, mas também aquelas que muita gente não conhece. Por isso, pegamos a estrada com o Pelada Móvel e fomos até Arraial do Cabo saber mais sobre o A.C. Apollo, clube que parou a cidade ao conquistar a 3ª divisão do Campeonato Carioca em 1993.

Nada disso seria possível, no entanto, sem a ajuda do parceiro Marcelo Cortez, que nos deu a ideia e ajudou a reunir os craques que realizaram o feito. Uma das peças fundamentais, o craque Dudu, ídolo do Vasco da Gama, fez questão de marcar presença. Afinal de contas, o pontapé inicial foi dado por ele:

– Eu comandei a peneira para montar esse time e deixar pronto para o campeonato. Tenho orgulho de ter feito parte e ser amigo deles hoje!

Para alcançar o título, o Apollo teve que superar equipes como Esporte Clube Lucas, Everest Atlético Clube e Esporte Clube Italva no quadrangular final. Embora fossem adversários complicadíssimos, o time amarelo e preto tinha um diferencial.

– O fundamental desse grupo era a união. A gente se conhecia desde criança e a união fez a força! A população abraçou, lotava o estádio (Barcelão) e nos tornamos o time mais tradicional de Arraial! – disse o campeão Laurindo.

Vale ressaltar que o torneio era a primeira oportunidade de muitos nos profissionais, mas o grupo deu liga e foi surpreendendo os adversários. Ao longo da competição, a empolgação dos moradores de Arraial era cada vez mais visível. Contudo, no duelo decisivo, o Apollo visitaria o Esporte Clube Lucas, o seu maior rival, precisando pontuar e torcer por resultados.

Se já não fosse o bastante, o goleirão Baiano – eleito o melhor jogador do campeonato – sofreu uma fratura na mão e Marcelão, o substituto, vinha de um longo período de inatividade por conta de lesões no joelho. Para quem não sabe, além de grande goleiro, Marcelão é um grande parceiro nosso e uma enciclopédia do futebol, que vive nos sugerindo pautas interessantes.

– A impressão que eu tenho hoje é que poderíamos jogar até o outro dia que não sairia nenhum gol! Terminou 0x0. Até hoje sou respeitado!

O curioso é que os tempos eram outros e a comunicação não era tão avançada como hoje. Após o apito final, os jogadores voltaram para o vestiário, tomaram a ducha e só foram saber do resultado da outra partida no meio da estrada.

– Foi uma alegria no ônibus, a cidade parou! Teve bloco e tudo! Um dia inesquecível! – lembrou Teleco.

Campeão da Libertadores em 2002 pelo Olímpia-PAR, o lateral Da Silva deu seus primeiros passos no futebol profissional naquela competição e trata a conquista com o maior carinho.

– Foi muito especial ser campeão pelo clube da minha cidade. Jamais vou esquecer de mencionar quando me perguntarem sobre os meus títulos. Pra mim tem tanta importância quanto o da Libertadores – disparou.

Ser campeão é bom, mas representando a cidade e ao lado dos amigos de infância é, sem dúvidas, uma das maiores alegrias de todos os tempos. O orgulho era visível no rosto de cada um, mesmo após 26 anos da conquista!

Que resenha!

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