por Zé Roberto Padilha

Passamos a semana discutindo a ideia da Nike, patrocinadora da nossa seleção, de adotar a camisa vermelha em seu uniforme oficial. Quando, na verdade, não foram as cores que determinaram a queda da nossa seleção. Foram quem passou a vesti-las.
Podem entrar em campo com a camisa dourada. Sem os craques que saíram de cena, e com os jogadores limitados que os substituíram, nossa seleção jamais terá brilho de novo.
Aconteceu, no futebol com os que ganharam a Bola de Ouro da FIFA, Rivaldo, Kaka, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo, substituídos pelos que nunca ganharam uma. E acontece, agora, com a música popular brasileira.
Que a cada dia leva nossas musas para o andar de cima. E deixam um vazio danado, a perda dos seus encantos e magias, pelos palcos do andar de baixo.
Gal Costa, Elza Soares, Leny Andrade, Astrid Gilberto e, agora Nana Caymmi, nos deixam à sorte de buscar uma vaga nas eliminatórias escalados com Maíra & Maraisa, Iza, Ana Castelo e Ludmila.
Melhor adotar o preto. E acatar o luto que paira, hoje, sobre nossas maiores expressões artísticas.
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