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JOGAR UMA COPA DO MUNDO

27 / novembro / 2022

por Serginho 5Bocas

O jogo é bruto! Assim Teixeira Heizer definiu com muita propriedade a maior competição esportiva do mundo. Lá é terra de brabos, não há espaço para choro nem vela, é lugar onde David surra Golias toda hora, é sorriso e choro ao mesmo tempo, só que de lados contrários.

Ser o mais técnico ou ter o melhor elenco, não significa ser campeão da Copa do Mundo. É um bom começo, mas não garante sucesso no fim, a história do futebol e principalmente das Copas, nos ensinou ao longo do tempo, que lá é terreno dos fortes.

Jogadores limitados crescem de tamanho, grandes craques se apagam e equipes pequenas dão trote e pregam grandes surpresas nas grandes e assim enriquecem o folclore desta competição emocionante e apaixonante.

Jogar uma Copa do Mundo é um sonho. Tem muita gente boa que nunca jogou e queriam ter jogado: Di Stefano, George Best, Dirceu Lopes, George Weah, Ryan Giggs, Halland entre outros, estão aí para comprovar a tese, que pena!

Jogar uma Copa do Mundo é sonho de menino e é difícil para qualquer jogador de futebol do planeta, pois implica em se manter em alto nível por um período que pode chegar a 4 anos e ser superior aos seus concorrentes.

Jogar mais de uma então? A cada Copa que o jogador participa, significa que esteve voando por mais 4 anos. Assim, jogadores que jogaram muitas Copas são exceções de qualidade.

O primeiro jogador que ouvi falar, que havia jogado muitas Copas, foi Antonio Carbajal, goleiro do México, que jogou da Copa de 1950 até a de 1966, um fenômeno com cinco participações

Por aqui, Castilho, Djalma Santos, Nilton Santos e Pelé, jogaram quatro vezes e foram os primeiros a se manter em nível alto por tanto tempo. Pelé foi um jogador de exceção, pois apesar de se machucar, conseguiu jogar partidas e fazer gols em todas elas. Jogou a sua última aos 29 anos, em seu apogeu e poderia facilmente, se quisesse, ter jogado mais uma em 1974, com 33 anos, mas preferiu sair por cima, como um rei.

O Alemão Lothar Mathaus repetiu o feito e jogou cinco edições, como Carbajal e no período de 1982 até 1998, esteve sempre lá. Esse alemão foi se adaptando e mudando de posição no campo, para ir se qualificando entre os grandes, até porque ser convocado na Alemanha, que sempre foi um bicho papão no futebol mundial, não é para qualquer um, ele não era.

Passadas muitas Copas, observamos que hoje, tem sido mais comum, jogadores atuarem em mais Copas do Mundo do que no passado. A preparação física tem sido fundamental para esse processo de evolução e participação, mas a qualidade técnica também é requisito obrigatório para ser elegível. A questão não é só física, é preciso ser grande, gigante tecnicamente.

Cristiano Ronaldo e Messi são os grandes exemplos emblemáticos desta longevidade, estão jogando a quinta edição em 2022, sem que ninguém em sã consciência, questione suas participações, se quiserem, jogam mais uma, situação impensável alguns anos atrás. Viva a ciência esportiva e suas inovações, tornando nossos ídolos imortais.

Não imagino onde a ciência vai parar, mas como é bom ver esses gênios tendo as suas carreiras prolongadas, possibilitando a gente desfrutar de grandes lances deles por longo prazo.

Fico aqui com meus botões, imaginando se Pelé tivesse a oportunidade de esticar sua carreira? Talvez tivéssemos a oportunidade e o prazer de vê-lo jogar a Copa de 1978, aos 37 anos, a sua sexta, junto aos jovens Zico, Reinaldo, Cerezo, Roberto, Gil, Oscar, Edinho, entre outros, que vinham pedindo passagem e debutando na competição, que coisa linda ia ser!

Forte abraço!

2 Comentários

  1. Marcos

    Excelente análise. Deixo a dica pra escrever sobre os técnicos campeões do Flamengo. Na onda da recenta despedida absurda do Dorival no Flamengo.

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  2. Acyr G Trindade

    Havia uma propaganda muito interessante, em que um psicólogo argentino dizia: “futebol, a metáfora da vida”. É verdade, e, no futebol, como na vida, se não houver técnica, preparo fisico e disposição, a coisa não anda. Esses “iluminados” que participaram de 3 ou mais copas têm tudo isso, e, muito mais.

    Responder

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