Por Bismarck Barreto
Para os que amam futebol, é notório e autêntico que queríamos ver o Brasil campeão da Copa do Mundo de novo. Vimos um Brasil mentalmente fraco, como nas últimas Copas. Um Brasil que, convenhamos, jogou o segundo tempo com Sérvia, segundo tempo contra a Coreia e só. Um Brasil sem marcação, pressão, sem envolver o adversário e sem atitude.
Se pegarmos todas as Copas dependendo somente de um jogador que, diferentemente do Messi, joga quando acorda bem ou quando não está melindrado por alguma crítica, o que vimos no jogo Argentina x França foi um jogo de uma equipe com um gênio contra um jogador só. A Argentina neutralizou o Mbappé, o que o Brasil deveria ter feito com Modric da Croácia.
A Argentina se mostrou forte em dois jogos cruciais na Copa: contra a Holanda e contra a França. Sinceramente, se tivéssemos encontrado os hermanos na semifinal, acho que não passaríamos. Estamos indo para 24 anos sem ganhar uma Copa e sem perspectivas de futuro de estarmos seguros que ganharemos.
A geração dos meus filhos do PlayStation não sabe o que é pintar as ruas, colocar bandeirinhas nos postes ou já saber muito antes quem é o mascote da Copa. Sabem quem são os jogadores que nós nem sabemos pelo novamente PlayStation, mas não sabem o que é ganhar uma Copa na vida real, de ir para rua em uma felicidade que não consegue se medir para comemorar.
Como nos sentiríamos parte importante daquela vitória e campeonato, como se estivéssemos no palco recebendo aquela medalha e levantando aquela taça com todos os confetes e fogos de artifício. Que os meus filhos vejam o próximo treinador, independentemente de ser estrangeiro ou brasileiro, alguém que tenha o espírito do estudo incessante do adversário do Parreira em 1994 ou a família unida, aguerrida e mentalmente forte do Felipe Scolari de 2002.
Estamos órfãos e carentes de um futebol sem brilho e carisma há muito tempo. Que voltemos novamente à fonte da vida do futebol moleque, alegre, do improviso, mas também do futebol organizado, tático, coletivo e principalmente forte na forma mental. Que os deuses do futebol estejam reunidos em assembleia extraordinária e urgente para decidir o futuro treinador e consequentemente o futuro da alegria dos nossos filhos, sem ser um vídeo-game com controle remoto e sim um vídeo-game real da vida.
URGENTE PARA DECIDIR O FUTURO TREINADOR E CONSEGUENTEMENTE O FUTURO DA ALEGRIA DOS NOSSOS FILHOS …SEM SER UM VÍDEO GAME COM CONTROLE REMOTO E SIM UM VÍDEO GAME REAL DA VIDA .
Verdade sábias
palavras
O FUTEBOL BRASILEIRO ACABOU
No fim da eliminatória, para a copa do mundo de 2022, quando a imprensa brasileira exaltava a seleção , dizendo que os garotos tinham que entrar, que Vini não podia ficar de fora, eu pensava mas como jogar com um 424 pq Neymar não é meio de campo.
Ganhamos dos fracos adversários, nossos vizinhos , com esse esquema que a imprensa dizia ser corajoso.
Começou a copa primeiro jogo contra a Servia, o esquema corajoso não funcionou, o Brasil fez dos gols no segundo tempo , Rafinha perdeu pelo menos outros dois.
Segundo jogo com a Suiça, foi pior ainda, os atacantes não recebiam a bola a não ser por passes longos dos zagueiros, porque não tínhamos meio de campo, a nossa imprensa especializada nada falava, alguns até falavam que com Rodrigo, nem Neymar seria tão necessário.
Veio o terceiro jogo com Camarões, Tite colocou o time reserva, com Rodrigo no lugar de Neymar e Antony que alguns entendidos diziam pedir passagem, tudo com o mesmo 424.
Nesse terceiro jogo o Brasil não conseguiu nada, os tais garotos sozinhos não faziam cosca na defesa adversária, conseguimos perder o jogo, num contra ataque rápido.
Nos tres jogos , os adversários enchiam.o meio de campo com 4 as vezes 5, contra os 2 brasileiros, isso obrigava os passes longos que poucas vezes encontraram os atacantes e qdo encontravam , Rafinha e Vini , davam petelecos na mão dos goleiros adversários.
A nossa imprensa especializada só falava dos jovens que chegaram para ficar no time titular e como se empurrassem a derrota para baixo do tapete.
Nesse momento fomos enfrentar a Coreia do Sul, com um gol logo de saída, contra um time que mais parecia um sub 17 de tanta inocência, vencemos de 4 a 1 e a nossa imprensa especializada já previa o nosso cruzamento com a Argentina, desconsiderando a Croacia., diziam.que usar os reservas contra os Camarões, tinha sido uma grande sacada e por isso passamos com folgas pela fraquissima Coreia.
Finalmente veio o jogo com a Croacia que tem um time forte, alto com um técnico que consegue ver o jogo como ele é , não como nossos especialistas, que pouco ou nunca chutaram uma bola, gostariam que fosse.
Novamente batemos no mesmo muro, um meio de campo com cinco, obrigava os zagueiros a darem chutões para nosso ataque tentar algo contra os defensores Crostas.
Nossos especialistas , do alto de suas sapiências futebolísticas, diziam que a Croácia dominava o meio de campo, sem no entanto mostrar aos telespectadores, que hoje na sua maioria não jogaram nem futebol de botão, que era uma disputa de 2 brasileiros contra 5 croatas.
Com isso fomos para porrogação, os dois times exaustos , qdo Neymar foi Neymar entrando pela área driblando o goleiro e abrindo o placar.
Nesse momento pensei, agora é só ficar com a bola até o fim, eles estão exaustos .
Mas as substituições e orientações , não mudaram o jeito do time jogar, num.lance onde um dos dois meio de campos foi disputar a bola quase na linha de fundo da Croácia, restando só um meio de campo no lance, a bola foi lançada contra a defesa brasileira , Danilo, já mancando, poderia cabecear para lateral permitindo a defesa se arrumar e pelo menos o outro meio de campo se juntar a Casemiro, mas ele devolveu a bola de cabeça para a Croácia , Modric recebeu a bola, marcado por Casemiro, que ainda poderia fazer a falta parando o jogo, mas com medo do cartão amarelo, deixou o quase ancião Croata seguir a jogada e o fim todos nós sabemos, eles empataram e fomos para os pênaltis.
Não acho tão importante ter sido ou não Neymar bater o primeiro pênalti, porque mesmo que ele marcasse , o Rodrigo iria bater o próximo com aquele peteleco na mão do alto goleiro croata.
Assim fomos mais uma vez eliminados.
A reação dos nossos especialistas variou do xilique do Neto a aceitação que o meio de campo da Croácia dominou o jogo e por isso perdemos.
O que me chama atenção é que nenhum entendido ou entendida, falou que com 2 no meio de campo toda esta história era prevista, nenhum entendido ou entendida falou que uma seleção brasileira sem laterais, com um ponta direita que é reserva no Barcelona (Rafinha) e um centro avante que é reserva no Totteham (Richarlison) não poderia se esperar grande coisa.
Mas nossos catedráticos e catedráticas de futebol, muitos que nunca estourou um dedo no meio fio na pelada, ou foi prensado contra um muro de chapisco numa disputa de bola, do alto de suas sapiências futebolistas definiram que a razão de perdermos foi a burrice do Tite, os pentados dos cabelos e as dancinhas.
O FUTEBOL BRASILEIRO ACABOU PORQUE OS BRASILEIROS DEIXARAM DE JOGAR FUTEBOL, PREFERINDO OS JOGUINHOS DE COMPUTADOR , ISSO FAZ COM QUE NÃO TENHAMOS MAIS CRAQUES COMO NEYMAR E ATÉ QUE TENHAMOS COMENTARISTAS ESPORTIVOS QUE NÃO ENTENDAM NADA DE FUTEBOL DE VERDADE.
Creio que precisamos de mais talentos. Essa nova geração parece mais promissora. Necessitamos urgentemente rever alguns fundamentos, como finalizações, bater faltas direto ao gol, buscarmos mais centro avantes de área e principalmente laterais com bons pulmões. E por favor, alguém que fale para o nosso goleiro esperar, nas batidas de pênalti e não tentar adivinhar. Lembrem-se do goleiro Dida, que esperava e muitas vezes, pegava o pênalti.