por Zé Roberto Padilha
Não sei por qual ótica analisaram Vasco X Fluminense, mas a que nos chamou a atenção foram suas posturas táticas distintas.
De um lado, um time experiente abusava da habilidade dos seus jogadores. Muitos já anexando os papéis para completar a justa aposentadoria, tocavam a bola com categoria no intuito de manter a sua posse.
Se a perdem, vão correr o que não podem para recuperá-la. A solução: esbravejar com o árbitro e dar um carrinho porque não deu para chegar antes para realizar a cobertura.
Ser ranzinza faz parte dessa transição.
Uma pena que Xerém não seja prioridade, seja exceção, na renovação tricolor. Logo são vendidos, poucos permanecem.
Do outro lado, um comandante experiente, francês, que cruzou o Atlântico para, igualmente, completar a aposentadoria, fazia a bola ganhar velocidade nos contra-ataques. Circulavam ao seu lado pernas e pulmões voluntários que não ganharam destaque na Copinha. Do contrário, tinham embarcado para a Europa, como o Coutinho.
Como mediador, um árbitro sem a experiência necessária para mediar o encontro dos que voltaram com aqueles que sobraram. Tinha que ser 0x0.
Tirando a Copa do Nordeste, a seriedade com que Bahia e Fortaleza estão tocando seus projetos, já passou da hora de repensar os rumos do futebol brasileiro. Lembra?
Estamos fora das Olimpíadas e ocupamos a sexta colocação nas eliminatórias da Copa. O que precisa acontecer mais para ser recompensado com gols os que, como eu, ficaram acordados até mais tarde?
Caro Padilha ótimo texto,alguém já falou bem lá atrás, que o nosso futebol chegou a onde esta graças ao dueto;os jovem fora de série só esperam os 18 para rumarem a Europa e repatriamos jogadores que nem na segunda divisão Inglesa ou alemã conseguem vaga na reserva.