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Pelé

AINDA SOBRE PELÉ

por Paulo-Roberto Andel

Para os que insistem no terraplanismo futebolístico de reduzir os feitos numéricos de Pelé como Atleta do Século XX, proponho um simplório exercício de Estatística Documentária.

Vejamos os dez maiores artilheiros da história do Santos, excetuando-se o próprio Pelé, mais Feitiço (artilheiro nas décadas de 1920-30) e Araken Patuska (artilheiro nos anos 1920). Assim, são sete os maiores artilheiros santistas que jogaram ao lado do Rei.

2) Pepe, 405 gols em 750 jogos (1954-1969). Jogou 13 anos ao lado de Pelé.

3) Coutinho – 370 gols em 457 jogos (1958-1970). Jogou 12 anos ao lado de Pelé.

4) Toninho Guerreiro – 283 gols em 373 jogos (1963-1969). Jogou seis anos ao lado de Pelé.

6) Dorval – 198 gols em 612 jogos (1956-1967). Jogou 11 anos ao lado de Pelé.

7) Edu – 183 gols em 584 jogos (1966-1976). Oito anos ao lado de Pelé.

9) Pagão – 159 gols em 612 jogos (1955-1963). Sete anos ao lado do Rei.

10) Tite – 151 gols em 475 jogos (1951-1963). Sete anos ao lado de Pelé.

Nenhum dos nomes desta lista jogou menos de seis anos com Pelé de camisa 10, fazendo tabelas e recebendo passes. Somados, eles chegam à impressionante marca de 1.749 gols. Não é nenhum absurdo imaginar que Pelé tenha sido o principal responsável por municiar todos esses artilheiros. Que tenha sido por baixo em 40% das jogadas de gol (sabemos que foi mais): falamos de 700 gols pra começar a conversa. É claro que a lista contém vários dos maiores jogadores da história do Peixe, mas é impossível negar a participação direta de Pelé nas estatísticas de gol de seus companheiros.

Obs: apenas a título de curiosidade, dos dez maiores artilheiros da história do Barcelona, o espetacular Messi jogou apenas com Luisito Suárez (198 gols, o terceiro maior, seis anos jogando com Messi) e Samuel Eto’o (131 gols, o oitavo maior, cinco anos ao lado de Messi). Somados, dão 329 gols. Provavelmente Messi também teve expressiva participação em assistências para os colegas de equipe.

(Números sujeitos a retificações mínimas)

@pauloandel

O CRAQUE, O SUPERCRAQUE E O GÊNIO

por Marcos Fabio Katudjian

Muitos foram os jogadores que passaram diante dos meus olhos nesses anos todos. Milhares deles, dos mais diferentes tipos: atacantes, defensores, altos, baixos, destros, canhotos, enfim, poderia dividi-los de acordo com uma série de critérios. A qualidade, porém, é sem dúvida o tipo de classificação que mais interessa ao torcedor.

A imensa maioria dos futebolistas é composta pelos jogadores comuns. Existe uma enorme diversidade nesse grupo, desde os “tranqueiras”, a base mais ampla da pirâmide até os candidatos a craques. Um jogador comum se define pelo seguinte: o torcedor – na sua visão do jogo a partir da arquibancada – enxerga uma determinada possibilidade para o lance, uma resolução ótima para a jogada. E esse desenvolvimento ideal do lance não é enxergado pelo jogador comum. Outra possibilidade é que o jogador comum enxergue, sim, esse desenvolvimento ideal, mas não consegue realizá-lo com competência.

Então, se o torcedor imagina um passe milimétrico no meio da defesa, o jogador comum erra o passe. Se o torcedor imagina uma bomba indefensável para o gol, o jogador comum oferece apenas um traque pela linha de fundo. Se o torcedor imagina um tremendo passe de primeira, o jogador comum acaba ficando tempo demais com a bola. Se o torcedor imagina um drible maravilhoso e desconcertante, o jogador comum dá de canela ou tropeça na bola.

Resumindo, o jogador comum é o que está sempre aquém da imaginação do torcedor.

Acima do jogador comum, minoria absoluta entre os futebolistas, existe o craque. O craque é aquele que não está aquém do que o torcedor vislumbra como a melhor solução lance a lance. O craque pensa e realiza a jogada da mesma forma que o torcedor imaginou. O pensamento do torcedor caminha par-a-par com as ações do craque. Em outras palavras, o craque entende o torcedor e lhe entrega uma qualidade de jogo muito próxima do idealizado por ele. E por essa razão o craque é amado pela torcida.

Acima do craque há o supercraque, um tipo ainda mais raro de jogador, que tem a capacidade de estar à frente do que o torcedor imagina. O supercraque antecipa a visão do torcedor e, por isso mesmo, é capaz de surpreendê-lo. O torcedor imagina um passe lateral, mas o supercraque coloca o centroavante na cara do gol. O torcedor imagina um bom passe, mas o supercraque desfere um petardo no ângulo do goleiro. O torcedor imagina um recuo de bola, mas o supercraque avança com um drible desconcertante. Enfim, o torcedor imagina algo e o supercraque entrega mais do que o torcedor imagina.

Desnecessário dizer o nível de idolatria que o supercraque desperta. São jogadores cujos nomes são eternizados, marcados a ferro e fogo na história do futebol.

E acima do supercraque há o gênio. Da mesma forma que o supercraque, o gênio antecipa o que torcedor imagina. Mas há algo a mais no gênio que não encontramos no supercraque. E aqui entramos no terreno do intangível. Os movimentos do gênio não parecem ser gerados por ele mesmo. Quer dizer, o jogo do gênio não é apenas a expressão de uma competência extrema que ele possui. O gênio parece beber em uma fonte de criatividade superior. Uma fonte que não lhes pertence, mas que são capazes de acessar.

Por isso, ao assistir um gênio jogando temos uma sensação de que seus movimentos não são surpreendentes apenas para a plateia, mas também para eles próprios.

Os gênios do futebol são responsáveis por elevar o status do futebol, de esporte para arte. E assisti-los em seus grandes momentos pode ser descrito como uma experiência mágica, reveladora e de verdadeira epifania.

*
E há ainda outro patamar, acima do craque, do supercraque e do gênio. O patamar mais elevado de todos, nem sequer citado no título por ser mais do que raro, absolutamente único. Um patamar que foi ocupado apenas uma vez na história do esporte. Incomparável, inatingível, verdadeiramente hors concours. Esse patamar se chama PELÉ, sobre o qual nada pode ser dito, pelo simples fato de não haver palavras.

LENDA VIVA

por J Maurílio Paixão

Lenda é uma estória inverossímil que tornamos verídica por acharmos que é o ideal para relatarmos a outras gerações.

No caso de Pelé, a lenda e a realidade se misturam.

Como todo rei dos primórdios do mundo, Pelé é exaltado por suas façanhas, algumas nos levam a crer que realmente lenda e realidade andam juntas quando se trata do maior jogador que o mundo já viu.

Quem em seu tempo jogando futebol foi expulso de uma partida e retorna logo em seguida; com o detalhe de trocarem o juiz para que sua majestade não fosse mais incomodada em campo? Quem senhores, quem?

Quem em seu tempo parou uma guerra na África para que os dois povos pudessem ter o privilégio de ver em campo o Deus único desfilar sua realeza futebolística? Quem senhores, quem?

Este súdito leal viu esta lenda dividir verdadeiras obras primas nos gramados com vários parceiros.

Vi Pelé e Coutinho, Pelé e Toninho Guerreiro, Pelé com Nenê, Pelé e Edu, Pelé e Tostão.

Via e não acreditava. Como alguém podia ter tamanha desenvoltura técnica em campo. Sua dinâmica era ininterrupta em direção ao gol.

Agora entendo quando um famoso jornalista esportivo inglês disse: – “Pelé nunca jogou em Wembley” o que fez seu interlocutor dizer com pesar: – “azar de Wembley”.

Pelé quando menino no reino distante de Bauru, adquiriu os fundamentos do futebol com outro herói mitológico de sua época. Começou sendo Pelé-Zizinho, pois com ele aprendeu a técnica e a coragem de enfrentar os marcadores.

Críticos de ontem e de hoje insistem em comparar mestres e foras de série com divindades, então me permito fazer este exercício de comparação, lembrando que futebol só é completo quando o fundamento técnico é completo, logo comecemos as comparações:

Garrincha um semi Deus “quase” completo. O corpo se projetava com malícia pra esquerda e ao mesmo tempo o arranque fatal pra direita. Sempre, sempre pro mesmo lado.

Dom Diego Maradona? Onde estão teus chutes de direita? Onde estão teus cabeceios, tuas matadas?

Crüiff, quem pensa que é com este futebol mecânico e esquemático?

Euzébio tinha belas arrancadas, mas cadê teus dribles inversos? Tuas tabelas? Cadê o corte fatal e conclusivo em teus adversários?

E tu Di Stefano? Tinha os fundamentos, porém, faltava o principal, a magia no conduzir, a magia de inventar. Faltava também jogar em outros continentes, pois era reconhecido apenas na Europa, enquanto que o Deus da bola jogou e ganhou em todos, disse todos os continentes.

Pelé disse em uma ocasião que se jogasse no futebol atual faria mais de 2.000 gols. Os incrédulos de plantão, os burocratas, os profissionais do ramo que chamam jogadores de “atletas”, duvidam que ele fosse capaz de tal façanha.

Pelé simplesmente deu seu veredicto:

– No tempo que joguei não existia cartão amarelo. O jogador que me marcava, puxava, rasgava o meu calção e camisa e nem advertido era. O time que jogasse contra o Santos do meu tempo com as regras disciplinares de hoje, terminaria com seis jogadores.

Imaginem a quantidade de gols que o maior de todos faria em cada partida.

Palavra de rei, vassalos.

Pena o homem ainda não ter inventado a máquina do tempo. Várias vezes imaginei isto:

Pelé com 25 anos e todos estes monstros da bola também com 25. Cada um poderia escolher os jogadores do seu time para um duelo. Duelo este que definiria quem é o melhor.

Que covardia seria!

Comparemos com o que mais reclama esta majestade única:

Quem tu escolhe Dom Diego Maradona pra jogar do teu lado?

Quem sabe poria novamente a seleção de 86? Jogaria com Burruchaga? Jogaria com Valdano? Dou uma colher de chá, ok?

Misture junto alguns de 78, muito melhores que estes de 86. Coloque aí um Passarella na defesa, um Fijoll no gol. Será que assim seria adversário?

Isto em seleção, porque em time você só jogou em um que ganhou algumas coisas. O Napoli.

E você Rei?

Escolha. Quem sabe o time do Santos de 62? Mas como você mesmo disse, no lugar do Mengálvio o Jair Rosa Pinto bem mais técnico e conclusivo.

Na seleção seria covardia com Dom Diego.

O rei teria a sua disposição jogadores que não tiveram a honra de compartilhar jogadas com ele, entre eles, craques do quilate de Romário, Zico, Ronaldo e por aí afora.

Junte a essa esquadra um Rei com 25 anos.

Desculpe senhores foras de série não brasileiros. No confronto entre clubes ou em disputas de seleções, o Rei seria ainda mais Rei.

Só posso concluir que Pelé foi o que foi devido ao amor que nutria pelo futebol. Só quem ama o que faz com tanta intensidade pode ser tão perfeito.

Pelé era completo nos fundamentos, daí a divindade.

O drible desconcertante, o arranque, os olhos antevendo a jogada seguinte e o arremate impiedoso, cruel, implacável.

Hoje devemos sim orar pelo Deus Pelé.

Um Deus sem tempo definido. Um Deus que vale por todas as eras. Um Deus encravado na memória do que o futebol já teve de melhor.

Não oremos para o santo cristão.

Devemos orar pelo Deus pagão que tinha como missão infernizar as defesas adversárias.

Salve Rei, Deus da bola.

Ainda hoje passados 82 anos o melhor do mundo, porque o mundo do futebol se dividiu.

Assim como aconteceu com a humanidade. Antes e depois de Cristo, assim foi com o futebol AP e DP. Antes e depois de Pelé.

PELÉ EM 3 TEMPOS

por Péris Ribeiro

1) 1951 –

  • Deixa eu entrar?
  • Que é que há, garoto! Não vê que é muito pequeno?
  • Mas sei jogar…
  • Então entra. Rápido!

Canelas finas, olhar comprido, o negrinho mirrado tinha apenas escassos minutos para mostrar o que sabia. O diabo é que sabia mesmo; E jogava tanto, que virou o destino daquela simples pelada em Bauru. Bastaram os poucos minutos que lhe deram.
Ninguém via, sequer percebia. Mas ali começava a se consagrar um Rei.

1958 –

Um drible seco em Borjesson, um chapéu em Gustavesson. Finalmente o toque sutil, desconcertante, no canto direito do incrédulo Svensson.

Pouco depois, fim de jogo. Brasil 5 x Suécia 2. Brasil, campeão do mundo pela primeira vez.
Lá em baixo, no campo, um menino de 17 anos acabava de ser coroado Rei do Futebol.

2) 1962-

Com o uniforme imaculadamente branco do Santos, são jornadas épicas. Memoráveis! O ápice acontece no ano seguinte, com o bicampeonato mundial de clubes; o bi da Libertadores da América.

E o Rei, soberano, segue reinando com a pompa de sempre.

1970 –

Pela Seleção Brasileira, eis que vem o tricampeonato mundial, nos altiplanos do México. E era de se ver um Pelé ungido, a realizar jogadas de puro sonho pelos gramados astecas.
Já nos ombros do povo, aquele inesperado sombrero não poderia servir-lhe de mais apropriada coroa.
Ali, ele era o Rei maduro em sua arte. A viver os rescaldos da glória…

3) 1999 –

Vejo Pelé e pergunto:

  • Seu ídolo maior. Dondinho?
  • Negativo. Zizinho!
  • Os motivos…
  • Olha, é que sem o Mestre Ziza talvez não existisse o Pelé. Como ele, sei que nunca havia aparecido outro igual. Driblava, criava, lançava e finalizava com a maior perfeição. Até na cabeçada era bom, apesar do tamanho, da baixa estatura. E era do tipo macho! Que não rejeitava parada em campo. Foi nele que me mirei. Ele foi o meu grande espelho.

E o Rei ainda teve tempo, de me lembrar uma certa historinha:

  • Em 1957, ali no comecinho da minha carreira, o São Paulo foi o campeão paulista. Mas, sei bem que só chegou lá, graças à genialidade do Zizinho. Era ele do lado de lá, dando o seu showzinho particular. E eu, do lado de cá, de olhos arregalados. Só aprendendo, aprendendo…

Detalhe: não muito tempo depois, Pelé, com apenas 17 anos, se consagraria o mais jovem campeão mundial da história. A camisa? A de número 10 do Brasil. E na volta triunfal, apenas quatro meses depois, ainda levaria o Santos ao título de campeão paulista de 1958. O recorde? 58 gols em 30 jogos – marca não igualada até hoje.
Lições, afinal, do venerável Mestre Ziza?

2022-
Se o Futebol,
é pura forma de religião,
que o Maracanã, então,
seja o templo.
A bola,
consagrada hóstia.
Pelé?
Deus!

AS COPAS QUE FIZ COM PELÉ

por Elso Venâncio

Durante a cobertura de três Copas do Mundo, tive a chance – e a honra – de estar próximo do maior jogador de futebol que o planeta já viu. Em 1990, na Itália; nos Estados Unidos, em 1994; e no Mundial seguinte, em 1998, Copa disputada na França. Pelé convivia com a imprensa brasileira por ser o principal comentarista da Globo. E posso afirmar: nunca vi um brasileiro ser tão idolatrado no exterior.

Naqueles três Mundiais, a Rádio Globo ficou posicionada na tribuna de imprensa ao lado das tevês. Os olhos dos jornalistas do mundo inteiro se fixavam sempre em Pelé. Não como ser humano, mas como uma entidade. Eu observava a educação e o carinho do “Rei do Futebol” para com todos. Sempre com um sorriso sincero no rosto, distribuía autógrafos e posava para fotos. Ninguém é rei por acaso!

No intervalo dos jogos do Brasil eu pegava o gravador e caminhava em sua direção. Ele sintetizava, em menos de um minuto, o que tinha visto no primeiro tempo. José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, foi quem teve a ideia e levou a Roberto Marinho, um rubro-negro apaixonado por futebol, a sugestão de tê-lo como comentarista da emissora. Mandou muito bem!

Nosso amigo em comum, Paulo Cezar Caju me contou dois fatos ocorridos durante a Copa de 1970. No jogo contra a Inglaterra, o mais difícil da competição, na entrada em campo, com os times lado a lado, Pelé observou que alguns jogadores brasileiros, sobretudo os mais jovens, olhavam os britânicos com admiração. Ora, eles eram os atuais campeões do mundo, venceram o Mundial que realizaram quatro anos antes, como anfitriões; eram atletas que foram para o México de navio – levando, inclusive, água e a alimentação. Pelé berrou para os brasileiros, cientes de que os rivais não compreenderiam o nosso idioma:

– Vocês estão vendo esses branquelos de merda? Vamos ganhar! Nós é que jogamos bola!!!

Foi um silêncio geral…

Nessa mesma Copa, antes de um treino, Pelé, Tostão e Gerson colocaram o zagueiro reserva Fontana na roda. Cada um dava um toque e, tonto, correndo de um lado pra outro, Fontana não conseguia de jeito nenhum alcançar a redonda. Até que resolveu entrar numa com Pelé, dizendo que ele escalava a seleção.

Vale lembrar que todos já o chamavam de Rei. Ninguém falava Pelé. João Havelange, Zagallo e até o chefe da delegação, o brigadeiro Gerônimo Bastos, um baixinho invocado e temido, sempre com respeito se referiam ao nosso craque maior chamando-o de “Rei”. E não era para menos: ele já era tetracampeão do mundo – duas vezes com a seleção (1958 e 1962) e outras duas com o seu Santos (1962-1963).

À noite, Pelé solicitou uma reunião com a presença de todos: atletas, presidente da CBD (A CBF daquele tempo), dirigentes, comissão técnica – e, não esqueçam, era época de ditadura, ou seja, vários deles eram militares. Ao pegar no microfone, avisou:

– Eu não tô aqui pra brincar. Não aceito certas coisas. Esse cidadão…

Fontana nunca mais abriu a boca no México.

12 de julho de 1998, Stade de France, em Saint-Denis. Antes da decisão da Copa – disputada pela anfitriã França contra o atual campeão, o Brasil –, a FIFA estendeu um tapete vermelho na tribuna do estádio e convidou as maiores personalidades do mundo. Uma verdadeira constelação estava presente, acredito que mais de 50 celebridades de primeira grandeza. Nomes como Al Pacino, Alain Delon, Arnold Schwarzenegger, Elizabeth Taylor, Denzel Washington, enfim, só fera. Além dos campeões mundiais vivos de todos os países. No que chegou Pelé todos se levantaram, buscando um melhor ângulo para admirar o melhor jogador de todos os tempos. Nisso, automática e instintivamente, todos começaram a aplaudi-lo. Cena emocionante que vi de perto. Belíssima reverência ao nosso grande ídolo.

Mestre Armando Nogueira certa vez escreveu:

“Edson Arantes do Nascimento, se não tivesse nascido gente, teria nascido bola.”

Hoje dedico essas linhas ao Eterno Pelé, que aos 81 anos vem jogando a principal partida da sua vida, lutando contra graves problemas de saúde. Muita força, Rei Pelé! Estamos todos na torcida por mais um gol de placa seu!