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21 NASCEMOS. DIA 21 RENASCEREMOS

por Filipe Ikis


Número cabalístico é o 21 na vida do Cruzeirense!

Em 02 de Janeiro de 1921 nascia o Palestra Itália, posteriormente com a mazela da guerra, foi forjado Cruzeiro Esporte Clube!

Em sua história quase centenária de 98 anos, o Cruzeiro, se tornou um gigante do futebol!

Sua história é escrita com muita luta, suor e glórias!

Que nos últimos tempos estão sendo manchados por pessoas que parecem não se importar com a grandeza do Maior de Minas e tão pouco com seus mais de 9 milhões de torcedores espalhados pelo globo.

Voltando ao nosso número cabalístico, o destino quis que dia 21 de Outubro de 2019, seja a votação que pode decidir pelo afastamento da atual diretoria.

Ou melhor, pode decidir o futuro do nosso clube!

Mais uma vez o 21 entra em nossas vidas, com a mesma importância daquele 1921 em que nascemos!

Dia 21 de Outubro de 2019 será o dia em que o Cruzeiro Esporte Clube renascerá!

O dia que o Torcedor junto com os Conselheiros, vão resgatar os dias de glória da camisa mais vitoriosas das Minas Gerais!

Dia 21, não teremos A ou B. Teremos apenas o C!

C de Comprometimento com as 5 Estrelas!

C de Campeão que somos!

C de Centenário!

C de Cruzeiro Esporte Clube!

O 21 mais uma vez entra em nossa história, podendo definir 98 anos de história!

Mais uma vez o 21 definirá QUEM SOMOS!

Nascemos Palestra, fomos forjados Cruzeiro!

Dia 21 mostraremos mais uma vez quem é o CRUZEIRO ESPORTE CLUBE!

“21 Nascemos, dia 21 Renasceremos!”

Faça sua parte, esteja presente!

LUCINHA BAYÃO

por Domingos Torres

“Ela não foi a primeira mulher no futebol, mas é única.”

Museu da Pelada falou com Maria Lúcia, das primeiras mulheres a trabalhar com futebol, já nos anos 50. Lucinha além de entender de futebol, também foi precursora de estatísticas de competições.

Domingos Torres, nosso parceiro da Tijuca, foi até a casa da Lucinha.

SÓ A EDUCAÇÃO PODE SALVAR O FUTEBOL

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


O futebol está desmoralizado e apenas a educação poderá salvá-lo. A educação é o principal pilar de desenvolvimento das nações e é justamente a falta de investimentos nessa área que deixa nosso Brasil degradado, destroçado e diminuído. Mas vou me ater ao futebol, pois ele já vem me desgastando o suficiente.

Nessa última semana, testemunhamos vários exemplos de falta de respeito e educação, desde o apresentador do canal esportivo que divertia-se imitando uma pessoa caindo para ironizar as quedas de Cuca e Rogério Ceni até o bate-boca entre treinador e jogador, ambos experientes e prestes a se aposentar. Essa mesma emissora lançou uma votação para saber qual o próximo treinador a cair. E os debatedores divertiam-se com a desgraça alheia.

Uma coisa é você opinar, criticar, esclarecer os motivos dessa dança das cadeiras e outra é você fazer piadinhas e ironizar esses profissionais. Eu mesmo sou um crítico ferrenho do estilo de muitos desses “professores”, mas jamais faria o que esses “jornalistas” fazem.

É lamentável tudo o que vem acontecendo, no campo e nas bancadas esportivas. Oswaldo de Oliveira mostrando o dedo do meio para a torcida, Mano Menezes batendo boca com a galera, o presidente do Palmeiras chutando o balde e Ganso dando uma de galo de briga. Gerson também deu uma encarada em Jorge Jesus. Talvez fosse uma boa ideia aproveitar essa onda de cartazes “Hoje tem gol do Gabigol” para enviarmos mensagens mais contundentes, como “Educação é bom e eu gosto”, “Quem simula em campo, simula na vida”, “Quer briga? Vai para o UFC” e “Hoje é dia de pagar indenização para as famílias dos meninos mortos no CT”. Meu estômago anda bem fraco. O VAR também merece um cartaz: “O VAR veio para beneficiar ou prejudicar?”.

O árbitro virou pavão! Eles ficam doidos para acontecer um lance duvidoso, pois todos os holofotes estarão direcionados para eles. E a interpretação final tem sido danosa para muitos clubes. Não vou ficar citando os lances, mas o certo é que não está funcionando de maneira justa, o que dá a impressão de um VAR tendencioso.

Os clubes com menos audiência, tadinhos, vão penar até o fim do campeonato. É bom que comecem a espernear logo porque, como diria o saudoso Chacrinha, que aniversariou segunda-feira passada, quem não se comunica se estrumbica, KKKKK.

Luxemburgo reclamou muito do gol anulado do Vasco e muitas outras polêmicas acontecerão porque nesse país a credibilidade está em baixa.

Perceberam que a coluna chegou ao fim e não consegui falar de futebol? Ele está em último plano. Por isso, decidi abrir uma fábrica de cartazes e já lanço alguns na próxima semana. Aceito sugestões, mas vou começar com esses: “Quero que VAR tudo para o inferno”, “A regra é clara, na dúvida beneficie o de maior audiência”, “Xingue seu técnico e vire capitão do time” e “Não me chamem para resenhas, vai dar m….”.      

SOLITÁRIO

por Claudio Lovato


O técnico de futebol é um solitário, meu padrinho Ivan Miguel sempre dizia. Ele nunca foi técnico, nunca foi jogador. Meu padrinho Ivan Miguel era contador. Um torcedor de arquibancada.

Estou pensando nisso agora, nas palavras do meu padrinho, porque fiquei sabendo pelo Altair, meu auxiliar, que por sua vez ficou sabendo pelo Cidão, preparador de goleiros, que alguns jogadores estão querendo me derrubar. O Richard e o Neozinho estão liderando a coisa. 

O Richard é o meu jogador mais experiente, já disputou duas Copas, botei ele na reserva. O Neozinho, bom, este é o que se pode chamar de traíra. Eu o trouxe lá do fim do mundo, de um clube que, na melhor das hipóteses, vai ficar lutando eternamente para se manter na terceira divisão nacional. Trouxe o cara para cá, há mais de dois anos, o garoto foi recebido como um reizinho por minha causa, deram a ele todas as condições de mostrar o futebol que tem, e agora está aí, querendo me passar a rasteira. Quantas vezes o moleque veio me abraçar na beira do campo depois de fazer um gol… O pessoal aqui do clube, de sacanagem, dizia que ela era meu filho.

Mas o técnico de futebol é um solitário, como dizia o meu padrinho Ivan Miguel. E olhe que ele nunca entrou num vestiário, nunca ouviu uma preleção, nem esteve em concentração. Não tem jeito, eu sei: quando os jogadores querem derrubar o técnico, eles derrubam mesmo. É só questão de tempo. Estou sabendo que tem jogador que até gosta de mim, que não vê problema na minha permanência, mas estes, como sempre acontece quando o movimento está encorpado, quando o processo é comandado pelos caras certos, os que têm a tal da “ascendência sobre o grupo”, calam o bico, fingem que não é com eles, se fazem de mortos e consentem com tudo.

O presidente é um covarde que quer me demitir faz tempo. Só estou aqui até agora porque o diretor de futebol, responsável pela minha vinda para o clube, conseguiu segurar as pontas. Esse diretor, que é um sujeito decente (sou suspeito para falar, claro), também acontece de ser um tremendo conhecedor do futebol, coisa que esse canalha desse presidente não é nem nunca vai ser. O diretor sabe que o time é limitado, sabe que o fato de estarmos hoje na décima quarta colocação na tabela é um pequeno milagre, porque já era para estarmos matematicamente rebaixados nessa altura do campeonato, com o time que nós temos. Mas não adianta, não tem jeito. Esse presidente quer me usar como bode expiatório, quer jogar para a torcida. Um filho-da-puta.

É a primeira vez que passo por isso. Depois de 15 anos como técnico, oito clubes, cinco estados, enfim chegou a hora. E por quê?, eu meu pergunto. Errei onde? Não sei. Nunca fui de dar tapinha nas costas de jogador, nem de assar churrasco para eles. Mas também sempre deixei claro que não gosto de bajulação, nunca menti para jogador, nunca critiquei ninguém em público. Quando um deles perde a posição, eu mesmo chamo o cara para uma conversa olho-no-olho e informo a minha decisão. O jogador é o primeiro a ficar sabendo, e fica sabendo por mim, o treinador. Assumo os meus erros, não jogo a culpa pelos maus resultados em ninguém, sempre fui assim, quem me conhece sabe que tudo isso é verdade.

Então é isso. Um jogador vaidoso, que viu na perda da posição um insulto pessoal, uma tentativa de humilhação, partiu para o revide. Em momento nenhum fez autocrítica. O Richard não estava jogando nada havia pelo menos um ano. Porra nenhuma. Está acima do peso, é uma caricatura do centroavante de tempos atrás, hoje não consegue nem segurar a bola lá frente quando o time precisa ganhar tempo e fôlego num jogo difícil. 

E tem o covarde que os conselheiros desse clube tradicional e de bela história elegeram para a Presidência. Esse tipo de tumor só é extirpado quando o clube é rebaixado, quando a torcida vive um momento de completa vergonha e a instituição é achincalhada por todos. Aí o cara esse vira persona non grata, fica proscrito, a foto dele nem vai para a galeria de ex-presidentes. 

Mas o que mais me magoa mesmo, no fim das contas, é o envolvimento do Neozinho nessa sacanagem contra mim. O que será que o Richard botou na cabeça dele? Puta que pariu.

Você veja. A pessoa tenta levar a vida da melhor forma, da maneira mais correta possível, trabalha direito, se aprimora, não se afasta da ética em momento nenhum, é justo com quem está embaixo, respeitoso com quem está em cima, e então aparece um mau-caráter para complicar a sua vida. 

Olha aí o telefone tocando. Para mim? Quem é? O diretor de futebol? Atendo, claro. Sujeito muito decente, me trouxe para cá, segurou as pontas até onde deu. Boa gente, é do ramo. Passo aí já – é o que eu digo quando ele pergunta se eu podia dar uma chegada na sala dele. Lógico que eu já sei qual vai ser o assunto da conversa. E como ele é um sujeito direito, e como sempre me tratou com respeito e até com admiração, eu vou facilitar a coisa para ele, vou chegar dizendo logo que já sei do que se trata, que ele não precisa se preocupar, que eu já estava preparado, que foi um prazer ter trabalhado com ele etc e tal. E, depois disso, talvez me aposentar seja a única coisa sensata que me reste fazer. 

Mas talvez não seja nada disso. Pode ser que eu chegue lá e ele me diga que convenceu o presidente a afastar o Richard e o Neozinho do grupo e me manter no cargo. Vou caminhando do vestiário à sala da Diretoria de Futebol pensando nisso. E uma nesga de esperança se abre no meu peito. É porque, além de solitário, todo técnico de futebol, no fundo, é um otimista, mas isso não foi o meu padrinho Ivan Miguel quem disse.  

O TRIUNFO PODE ESPERAR – UMA LIÇÃO DE VIDA

por Serginho 5Bocas


Era dezembro de 1979 e o Flamengo o time sensação do Brasil, pois dominava amplamente o cenário carioca e começava a montar o grande esquadrão que faria história no País, na América e no mundo.

Naquele dia, foram mais de 112 mil torcedores presentes ao jogo, destacando que havia pelo menos 10 mil palmeirenses acreditando na equipe e por esta razão viajaram de Sampa para o Rio, para assistir à partida. 

Meu irmão Geraldo me levou ao Maracanã e na minha mente infantil seria um grande dia, pois se o Flamengo vencesse, passaria para a semifinal do Brasileirão daquele ano e enfrentaríamos o Inter, de Falcão, que era uma máquina de jogar bola. Mas primeiro tínhamos que despachar o Palmeiras, um belo time armado pelo mestre Telê Santana.

O Maracanã fervia o concreto com pelo menos 100 mil flamenguistas muito confiantes, sabíamos que daquela vez nada iria atrapalhar, agora não tinhamos só o Zico, havia também o Paulo Cesar Carpegiani, o Adílio, o Adão, o Tita, enfim, muita gente boa. Agora tínhamos um time de respeito, bastava vencer e sair para o abraço.

O primeiro tempo terminou 1×0 para o Palmeiras e o empate viria no inicio do segundo tempo com Zico fazendo de pênalti, e até aquele momento um jogo muito equilibrado. Estávamos tensos, pois em minha cabeça de menino, então com 12 anos, não entendia porque não goleávamos logo aquele “timinho”, algo estava errado.

Pois bem, no segundo tempo, vimos uma grande atuação do Palmeiras, o time de Jorge Mendonça, de Jorginho, de Pedrinho, de Mococa, de Pires, e principalmente de Telê Santana. O Verdão, que enfiou 4 a 1 em nossa goela em pleno Maracanã, com direito a “sambadinha” de Carlos Alberto Seixas quando fizeram o último tento. 

Hoje, vejo que este jogo foi um divisor de águas, um excelente laboratório que nos preparou para vencer no futuro. Na verdade, naquele dia, chorei muito de mãos dadas com meu irmão, pelo caminho escuro da saída da arquibancada, num silêncio frustrante de uma massa que compareceu e apoiou a equipe enquanto pode.

Tristeza de um menino que viu seu sonho frustrado e achava que nunca mais seria campeão brasileiro. Menino que depois, pouco depois, pra ser mais exato no ano seguinte, conheceria o outro lado da moeda, e teria toda sorte de títulos e glórias, inclusive com uma forra contra este mesmo Palmeiras por 6 a 2. Mas que naquele dia, sentiu o gosto amargo da derrota, e aprendeu que a vida não é feita só de vitórias e mais que isso, que nossos heróis também falham.

Ali, naquele trágico dia, eu nunca poderia imaginar que aquele jogo me daria uma grande lição de vida e que o melhor ainda estava por vir.