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SEM ESPERANÇA

26 / dezembro / 2022

:::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::

Fim de ano é sempre uma época de muita reflexão, balanços e promessas para o futuro. Juro que ia aproveitar a última coluna de 2022 para renovar as minhas esperanças – que estão cada vez mais baixas – com o futebol brasileiro, mas foi tudo por água abaixo quando abri o jornal para ler as notícias.

Nos áureos tempos, a essa altura, as manchetes seriam sobre os preparativos para os campeonatos estaduais, contratações de peso e a expectativa para o ano seguinte, certo? Pois é, agora só se fala de futebol inglês, do tal “Boxing Day” e não sei mais o quê. Esse é o problema! Estamos tão desvalorizados que nem os nossos próprios jornalistas se preocupam com as novidades daqui. Queremos imitar o futebol inglês, mas esqueceram de dizer que a Inglaterra só ganhou uma Copa do Mundo, em 1966, e, para quem não se lembra, foi com a ajuda da arbitragem! Geoff Hurst chutou a bola, que bateu no travessão, quicou nitidamente fora e o juiz deu gol.

Sei que não é um trabalho do dia para a noite, mas não consigo entender como nada foi feito desde os 10 x 1 (7 da Alemanha e 3 da Holanda). Perdi as contas de quantas vezes bati na tecla de que precisávamos enfrentar seleções da Europa durante a preparação para a Copa do Mundo e não deu outra: fomos eliminados por uma de lá. É preciso investir na base, trabalhar os fundamentos básicos dos garotos ou ficaremos mais 20 anos sem conquistar uma Copa do Mundo. Além disso, ao invés de contratarem professores de educação física, seria importante buscarem os craques do passado para trabalharem no base do clube, como Telê Santana, Pinheiro, Neca, Carlinhos e tantos outros.

É triste dizer isso, mas precisamos ter a humildade de reconhecer que já não somos mais aquela seleção que faz os adversários tremerem. Antigamente, os rivais já entravam derrotados no túnel ao se depararem com Pelé, Gerson, PC, Brito, Didi, Clodoaldo, Félix, Garrincha, Vavá, Zagallo, Nilton Santos, Djalma Santos, Tostão, Carlos Alberto Torres, Rivellino, Jairzinho, Zico, Leandro, Eder, Sócrates e por aí vai! E hoje? É capaz de nem conhecerem os que vestem a amarelinha! Inclusive, não sei como ocupamos o primeiro lugar no ranking de seleções da FIFA, superando Argentina e França, respectivamente. Sinceramente, não consigo ver uma luz no fim do túnel.

No futebol carioca, Fluminense e Vasco contrataram diversos jogadores e aposto que, assim como eu, a maioria não sabe quem são. Por que não investir essa grana na garotada, no centro de treinamento?

Pérolas da semana:

“Com uma ligação direta e marcação alta, o jogador faz a transição com uma leitura de como armar um jogo tendo uma rotação qualificada para chapar a bola explodida como pedra e gerar consistência para o time encorpado, com ideia de jogo por dentro, sobre as linhas”.

“Intensidade e jogo vertical para replicar dinâmica e viés de contenção dos pilares de gravidade do gramado. Dessa forma, encaixa o tapa pelas beiradas com a bola viva para que o atacante do 4-3-2-1 na cratera reativa vertical da diagonal centralizada possa receber a assistência no último terço do campo”.

TAGS: PC Caju

6 Comentários

  1. Benedito R. De Lima Filho.

    O Club Vasco da Gama, virou time de várzea de tanto ser roubado pelos dirigentes hipócritas e desonestos. É uma pena torcer por um time que vem só apanhando há 20 anos.

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  2. Ivan fernandes

    O problema começa na direção da CBF
    Tem de vir a limpeza de cima para baixo

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    • Carlos gota

      Vc incluiu Havelange e Teixeira no seu comentário?

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  3. Jorge Mesquita

    O PC tá corretíssimo a base realmente é a saída,o grande problema é q não existem mais campos de grama e terra batidas,a especulação imobiliária acabou com eles,e aí treinar em grama sintética cria o jogador robô q não aprende os fundamentos qdo inicia seus primeiros passos com a bola.

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  4. Claudio Aragao

    Tivemos a geração dos preparadores físicos como treinadores. Nso sabia chorar uma bola. Agora…A dos sei lá o que…que falam o ” titês” sinapses…último termo…por isso o Brasil não tem a simpatia do Brasileiro…e ainda tem o neymar…capítulo a parte.

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  5. Jorge Bernardo Fabri

    Caro PC. Nao acredito que sejam necessários somente esses dados que vc elenca. Nosso jogo contra Croácia foi o maior exemplo de minha tese: o que nos faltam é empenho e seriedade. A maior parte dos nossos jogam como se estivessem em uma pelada de várzea, ou de intervalo de aula na escola. A diferença entre o empenho e a obstinação dos nossos, se comparados com as atitudes dos atletas Croatas é gritante. Enquanto os nossos parece que se divertem, eles JOGAM com o objetivo de vencer sem exibicionismo.

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