FUTEBOL PRETO E BRANCO
por Marcos Vinicius Cabral
Após ser eliminada na Copa América Centenário, disputada nos Estados Unidos em 2016, havia um temor nos brasileiros dos quatro cantos do país em ver o Brasil fora de uma Copa do Mundo, pela primeira vez em sua história.
Eis que surge Adenor Leonardo Bachi, ou melhor, Tite, que pega uma equipe desacreditada e a classifica para a Copa do Mundo da Rússia.
De lá pra cá, criou-se uma expectativa por seu trabalho à frente da Seleção Brasileira, iniciado naquele junho de 2016, quando o Brasil ocupava a sexta colocação nas Eliminatórias.
Com 41 pontos, o time brasileiro terminou em primeiro lugar com 10 pontos a mais que Uruguai e 13 da Argentina, garantindo com folga o passaporte para a o Mundial da Rússia.
Enfim, o sonho do hexa estava brilhando como o sol no horizonte e (quase) tudo conspirava a favor de Neymar e Cia.
Mas o comandante da nau verde e amarela cometeu alguns equívocos que poderiam ser evitados.
Um deles foi em não ter um líder, pois com esse rodízio desnecessário da braçadeira de capitão, o time ficou órfão daquele jogador que chamava atenção de todos quando necessário.
Assim como foram o “Capita” em 1970, o Dunga em 1994 e o Cafú em 2002.
Os outros foram não ter barrado Gabriel Jesus, ter voltado com Marcelo na lateral, não ter colocado Douglas Costa de cara contra a Bélgica e ter mantido alguns jogadores mesmo mal, demonstrando um paternalismo nojento.
Porém, se fomos tricampeões em 1970 com um Pelé já consagrado, o tetracampeonato veio num hiato de 24 anos ou 5 Copas do Mundo depois (1974, 1978, 1982, 1986 e 1990).
Já com a famigerada “Família Scolari”, conquistamos o pentacampeonato em um Mundial pobre tecnicamente falando.
Pois bem, já estamos há 16 anos sem o tão sonhado hexa ou 4 Copas do Mundo fazendo vergonha (como esquecer dos 7 a 1 para a Alemanha em casa, em pleno Mineirão?).
Num país em que grandes jogadores parecem brotar do chão e que já teve, e ainda tem, craques de primeira linha, soa estranho creditar a um treinador o fracasso e a recuperação da seleção brasileira.
Mas vai ser exatamente isso o que vai acontecer.
E com rapidez surpreendente.
Contudo, independente de ter escalado bem ou mal, o treinador merece continuar no cargo.
Desde a estreia, com um contundente 3 a 0 sobre o Equador, em Quito, no dia 1º de setembro de 2016, pelas Eliminatórias da Copa, o Brasil voltou a ser Brasil.
E espero que daqui a pouco – quatro anos passam rapidinho – voltemos a nos sentir e não apenas desejar o hexacampeonato.
LIÇÕES QUE NUNCA SÃO APLICADAS
por Mateus Ribeiro
Não é a primeira vez que vejo isso. Na verdade, é a quarta. A quarta vez SEGUIDA que a seleção brasileira é eliminada de uma Copa antes da final. Até aí, não há nenhum problema, já que pra cada time campeão, existem outros 31 que não são campeões.
O ponto é que desde 2006, após a eliminação da seleção, inicia-se o mesmo ciclo: caça às bruxas – imprensa limpando a barra de alguns (e arrebentando com outros) – promessas de mudanças – processo de ilusão do torcedor cego – vitórias que são obrigação se tornando a oitava maravilha do mundo – Copa do Mundo – eliminação.
A caça às bruxas começou minutos após a derrota. Fernandinho (que definitivamente, jogou mal) foi o escolhido. Além do tribunal futebolístico ter o escolhido como principal culpado pela derrota, alguns mais exaltados colocaram pra fora o que tinham dentro do peito, e proferiram ofensas racistas ao meio campo. Um fato triste, mas infelizmente, longe de ser isolado.
Paulinho, Fagner e Gabriel Jesus foram os demais escolhidos. De fato, não fizeram uma Copa impecável. Mas quem fez? Nem os venerados e intocáveis Neymar, Marcelo e Coutinho fizeram o que deles era esperado. Mas aí, no caso deles, “tem que dar tempo ao tempo”; “não é hora de crucificar”; “daqui quatro anos tudo será diferente”, e por aí vai.
Essa conversa pra boi dormir é o núcleo da operação passa pano. O grande Edu Gaspar, fiel escudeiro de Tite, inclusive, começou a blitz com o papinho de que “não é fácil ser o Neymar”. Meu amigo, se não é fácil ganhar trilhões, destratar adversário, ter milhões de fãs (que o camisa 10 faz questão de desprezar ou ignorar), viver com 90% da imprensa passando a mão na cabeça, sair sempre ileso de derrotas grandiosas e ser o ícone das grandes vitórias, definitivamente, eu não sei o que é fácil ou difícil. E tenham certeza que daqui a pouco começarão a pipocar reportagens emocionantes contando como o craque deu a volta por cima fazendo 450 gols contra os gigantes do Campeonato Francês.
Até a Copa de 2022, o destruído e pobre Neymar já se tornará candidato ao jogador da Copa, ao prêmio de melhor jogador do mundo. Mas se perder, volta a se esconder atrás de belos textos em suas redes sociais. Bom, melhor isso do que falar palavrões para torcedores, como aconteceu nas Olimpíadas de 2016.
Depois disso, vai começar o processo de endeusamento do time. Foi assim em 2006. Em que pese que o time era bom, o fato do brasileiro achar que só nós sabemos jogar bola atrapalhou um pouco. Além disso, a concentração, que mais parecia um programa de auditório dominical, não colaborou muito para o sucesso daquele time. No ciclo pós Copa da Alemanha, vieram as costumeiras vitórias em Copa América e Copa das Confederações. Com os títulos, vieram juntos os tradicionais oba oba e favoritismo. Favoritismo que a valente Holanda mandou pra Lua.
Sobre a Copa passada, é melhor eu nem falar nada. Já em 2018, novamente endeusaram uma geração que tem ótimos nomes, mas que está devendo em diversos fatores. Falta alma, falta gana, e sobra soberba. Tudo isso apareceu nas Copas anteriores. E o que foi aprendido? Nada.
Nosso treinador vai continuar sendo venerado, nossos jogadores continuarão sendo tratados como crianças indefesas, ou como uma parcela oprimida da sociedade. Não estou falando que devam ser crucificados. Longe disso. Mas a tática de se vangloriar o fracasso, e buscar méritos onde não existe, já torrou a paciência.
Que nossos torcedores entendam que para um vencer, outro tem que perder. É inevitável. Derrotas fazem parte do jogo. E algumas vezes, o único culpado pela tristeza do derrotado é a competência do vencedor. Em 2006, foi a França, em 2010 a Holanda, 2014 a Alemanha, e dessa vez, a Bélgica. Nenhum deles foi tão levado a sério antes do jogo. Nenhum deles teve o devido reconhecimento após as derrotas. Em 2022, em caso de eliminação, acontecerá a mesma coisa. Nunca o mérito é do adversário.
Para a próxima Copa, que todas as lições que as derrotas anteriores deveriam trazer, sejam realmente aprendidas e aplicadas. E que os que caçam bruxas, os que passam a mão na cabeça de marmanjo, e os que endeusam quem nunca cumpriu o que prometeu sejam um pouco mais realistas.
O caminho é longo. Muitas lições devem ser aprendidas. E aplicadas. Só assim, quem sabe, o Hexa vem.
A CAMINHADA DE DIDI
:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
(Foto: Nana Moraes)
Eu, definitivamente, devo viver em outro planeta. Quase 100% dos comentaristas de tevê e jornal apoiam a permanência de Tite. Os motivos são incontáveis: “deixou um caminho pavimentado”, “mudou a cara de nossa seleção”, “tem o grupo na mão” e blá blá blá!!! Que cansaço!!!
Teve um, na tevê, que chegou a duvidar que existisse alguém no mundo que não gostasse do trabalho do professor: “liguem para a redação e se apresentem”, sugeriu. Se o nível do futebol está ruim, o dos comentaristas, com algumas exceções, nem se fala.
Querem discutir futebol, de verdade? Então me respondam qual a diferença das seleções do 10 x 1 do Felipão (sete da Alemanha mais três da Holanda) , do Dunga e essa do Tite? Me apontem alguma evolução tática ou técnica de uma para outra.
Era óbvio que nas Eliminatórias o grupo estava insatisfeito com o Dunga. Jogador derruba o técnico que quiser, isso é muito comum no futebol. O que mudou na seleção, me digam? Saiu um professor sisudo e entrou um pastor, um palestrante de auto-ajuda. Mudou apenas o discurso. E se Dunga tinha zero de apoio da mídia porque nunca fez questão de ser simpático, Tite teve uma aprovação retumbante. Aí fica mais fácil trabalhar.
Mas pensem comigo. Sua técnica de auto-ajuda não melhorou em nada, por exemplo, o lado psicológico de Neymar, que até o último minuto tentou ludibriar o árbitro com suas quedas. O Tite psicólogo falhou. Como uma seleção chega no ponto alto da Copa com tantos jogadores em frangalhos, contundidos? O Tite departamento médico falhou. Como uma seleção consegue dar 50 passes errados em um jogo tão importante? O Tite fundamentos falhou. Como uma seleção não tem uma jogada ensaiada, um contra-ataque mortífero, um toque de bola envolvente e coloca o centroavante para marcar como um cabeça de área? O Tite técnico falhou. Como olhar para o banco e ver Fernandinho, Renato Augusto e Firmino como as principais alternativas? O Tite convocação falhou.
A verdade é que o “genial” Tite falhou além da conta, mas a imprensa continua passando a mão em sua cabeça e a CBF já garantiu a sua permanência, a do filho e a do papagaio até o ano 3000.
É preciso mudar não só o Tite, mas toda a cúpula da CBF que transformou a seleção em um balcão de negócios. E olha que essa seria a chance de ouro de Tite & Cia brilharem porque o nível dessa Copa está abaixo da crítica. Pelo menos as seleções em que apostei, tirando a Espanha, continuam no páreo: Croácia, França, Bélgica e Inglaterra.
O Brasil perderia para as quatro até porque não somos mais a melhor seleção do mundo faz tempo. Mas o pior é que agimos como se fôssemos. E não seremos tão cedo se essa escola retranqueira, covarde, do futebol de resultado, pragmático, que preza o futebol força e ama os velocistas, permanecer no poder.
Nós temos nossa própria forma de jogar, que foi enterrada sem dó nem piedade por Parreira, Mano, Felipão, Dunga e Tite. Já deu. E não me venham com essa de romantismo, isso é o que precisa ser feito porque a tecnologia está a favor de todos, correr todos sabemos, mas nenhum outro país do mundo tem o dom para o futebol como o brasileiro, em nenhum outro país surgem tantos garotos bons de bola. O problema é que estão sendo engessados nas escolinhas. Ali, na mão dos professores de Educação Física travestidos de técnicos de futebol, eles sofrem a primeira lavagem cerebral e passam a trocar o drible pelo carrinho, os gols pela ajuda na marcação.
Precisamos nos libertar, clamamos por novos ares, por mais leveza, temos que partir em busca de nossas raízes. Mas a mídia precisa comprar essa briga e não se deixar levar por discursinhos chatos e ensaiados. Não queremos mais pastores, gestores de pessoas e fabricantes de brucutus. Queremos boleiros!!! E não me venham, novamente, com o papo furado de que o mundo mudou. Nós mudamos, nos influenciamos pela escola europeia e ela só estava tentando nos copiar. Evoluíram eles, regredimos nós.
Precisamos reverter essa situação trágica, mas para isso temos que a agir com a tranquilidade e a serenidade de mestre Didi, após o gol da Suécia, na final de 58. Dá para virar esse jogo! Didi acreditou, eu acredito.
A PRIMEIRA COPA
por Leandro Ginane
Sentados lado a lado esperavam ansiosos o início do jogo decisivo entre Brasil e Bélgica pelas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia de 2018. Para ele era sua primeira Copa, que começou três meses antes de a bola rolar, quando o menino de apenas seis anos despertou para o futebol. Aprendeu o nome dos jogadores, pediu para ir ao Maracanã para conhecer o estádio, colecionou o álbum de figurinhas da Copa e cortou o cabelo igual ao maior craque da seleção brasileira.
Em pé ao início de cada jogo, com a pequena mão direita espalmada sobre o lado esquerdo do peito, o coração infantil do menino pulsava ao toque do hino nacional e ao seu lado, o pai quarentão repetia os mesmo gestos e voltava a se emocionar com a seleção brasileira, o que não acontecia desde o tetracampeonato em 1994, vinte e quatro anos antes. Esse ritual se repetiu em todos os jogos da seleção, criando o mais estreito laço de amizade entre pai e filho. Enrolado em sua bandeira como de costume, o menino viu a bola rolar para aquele que seria o último jogo do Brasil na Copa. Torceu como nunca. Vibrou com cada drible dos craques brasileiros e não se abateu com os dois primeiros gols do time belga.
Na sua imaginação, seria 3 a 2 para o Brasil com o terceiro gol sendo marcado na prorrogação. Um roteiro cuidadosamente criado pela magia que o futebol desperta nos corações infantis. O gol brasileiro feito aos trinta do segundo tempo serviu como prenuncio para alimentar a certeza do menino e também fez seu pai acreditar, que àquela altura também havia se transformado em uma criança.
Mas o gol perdido pelo time brasileiro minutos depois fez a certeza se transformar em desconfiança e com ela veio a pergunta: “Se perder hoje ainda temos uma segunda chance?”
Como uma metáfora da vida, a única resposta encontrada pelo pai para uma derrota tão dolorida que se anunciava, foi: “Sim, meu filho, daqui a quatro anos o Brasil estará de volta e até lá terão que treinar ainda mais e aprender com os erros.”
Após a resposta, o silêncio entre pai e filho permaneceu nos minutos finais com incerteza entre o sim e o não. Rompendo o silêncio, o apito final mais pareceu um grito.
Enrolados e abraçados na bandeira brasileira, choraram a despedida do Brasil na Copa e os momentos intensos que viveram nos últimos dias, que agora se repetirá a cada jogo do clube de futebol que une o coração destes grandes amigos.
O VALOR DE UMA COPA
por Gabriel Galo e Heraldo Iunes
Enche o meu saco essa história que “o país está uma merda, a economia fodida, tem ladrão pra todo lado e você preocupado com futebol”. É como se o futebol fosse SÓ para alienados.
Os céticos dão seus ultimatos sectários, não notando que há no futebol uma saudável anormalidade que comove, sensibiliza e une às pessoas. E em campo estava a seleção brasileira, ainda que tal tenha menos importância que o Fluminense.
Quando comecei a curtir a Copa do Mundo, que entrei na onda do verde e amarelo, o Brasil foi “despachado” pela Bélgica. Sexta foi fim de festa.
Fui momentaneamente tragado por uma inércia paralítica provocada pela frustração, pela decepção e pela adaga afiada da realidade. Não deu e, agora, resta-me esperar mais quatro anos.
Torcer é o auto-engano disfarçado de esperança. Pode estar difícil, mas nada é impossível.
Confesso que torci. E muito. Só que, no escanteio para a área, relógio ainda em aquecimento, o gol contra do para-sempre-amaldiçoado Fernandinho tirou o meu sossego. E na reprise do contra-ataque de almanaque anteriormente orquestrado contra o Japão, gritei para que marcassem o cara que vinha pela direita. Não fui ouvido e o tirambaço de De Bruyne levou-me a esperança.
No apito final, o empate não veio e o sonho do hexa na Rússia estava morto.
Uma Copa do Mundo vai muito além do resultado, é mais do que futebol.
As pessoas se reúnem em torno de simbologias únicas. A questão não é ganhar, é viver a Copa. Ainda somos o país do futebol. Os melhores. Penta. Então, bastam os amigos para uma grande confraternização. “Vai ser na casa de quem?”… até às mulheres, que normalmente não são chegadas, se transformam em torcedoras loucas e fanáticas. A Copa do Mundo junta bons sentimentos e, por instantes, protege-nos das mazelas. Depois a gente vê se “o país está uma merda, a economia fodida, tem ladrão pra todo lado”.
E aí, aproveitamos o máximo o que ela representa. Jogo, ponto facultativo, alegria, união, cerveja, churrasquinho, ressaca. Bom demais.
A Copa do Mundo tem este peculiaridade: é de quatro em quatro anos e a gente nunca sabe ao certo quanto tempo a festa vai durar. Na sexta, a festa chegou ao fim. Decepção e tristeza.
Lidamos com a perda de diversas maneiras. Observo nos meus Amigos as diferentes reações. Uns quietos, administrando a frustração. Outros blasfemando: dizem não ligar para o resultado, que a seleção não joga nada, enforcam Neymar e cia. Não só pelo álcool, mas estão todos emocionados.
Aprendemos a nos defender das agruras da vida como podemos. Abster-se de emoções que nos apaixonam não é coisa boa, tanto pelo contrário. Na esteira da derrota consumada para a Bélgica, não teremos mais o feriado prolongado da terça-feira, os encontros obrigatórios com os amigos, todos vestidos de verde e amarelo, o ufanismo das transmissões passando por cada canto do Brasil, mostrando que podemos, sim, ser um.
A rua vai voltar ao normal, as decorações serão guardadas – como acontece em aniversários, no São João, no Natal, no Ano Novo, em qualquer época de celebração.
Assimilo, com viés de desolação, que a dor maior não é da derrota em si, porque perder faz parte do esporte. Não houve humilhação, tal qual 2014. Sem muletas que nos escore, a dor vem do fato de que a realidade, mesmo deixada de lado, retorna. O fim de festa sempre vem. O que não nos impede de admitir que queríamos a fuga por mais um tempo, porque o prazer é libertador.
O que será então da próxima terça-feira, senão mais um dia comum na vida de todos nós? Algo insossa, sem surpresa, sem inesperado, sem magia? Ora, de terças-feiras ordinárias estamos fartos! E chego a ter pena de quem proclama ao vento que se recusa a viver intensamente a delícia que é este tal do futebol.
Pois, sim, concluo que o sonho do hexa, por hoje, “tem, mas acabou”. Amanhã volta. Só que esse amanhã dura longos quatro anos. Foi, digamos, apenas adiado, empurrado com a barriga. Vai ser guardado no porão da memória, cabendo a nós resgatá-lo, limpá-lo e exibi-lo como nosso. Em 2022, no Catar, estaremos quatro anos mais velhos, porém, da mesma forma, contagiados pelo clima de Copa, torcendo pelo Brasil, cantando o hino à capela, reunindo a galera, vestidos de verde e amarelo, rindo, chorando, cornetando e esperando que a festa dure por mais tempo.
Ao menos até a final.