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QUE SEJA ETERNO ENQUANTE DURE.

por Eliezer Cunha

Vejamos. Pela dinâmica dos momentos e dos fatos provenientes de várias atividades remuneradas ou não, cotidianas ou não, nos quais somos submetidos a ações momentâneas ou planejadas a todo momento, nos deparamos com um mundo regido por pessoas na qual estamos incluídos tais como: Instituições, Organizações, Empresas, Famílias etc.

Olhamos agora a eternidade que é o assunto a ser abordado. Na realidade tomamos ações, atitudes e comportamentos, prezando nossos princípios e, para que possamos no futuro ser lembrados como um bom pai, profissional, pessoa, amigo etc. Na realidade buscamos uma personalização e com isso uma consagração e perpetuação do eu.


Apresento esta reflexão e a direciono para as instituições futebolísticas. Pessoas passam, mas as instituições permanecem. Fatos, sons, imagens e até olfatos podem ser lembrados eternamente. E o que eterniza uma instituição… Vamos lá: uma música eterniza um cantor, um quadro eterniza um artista, um gol eterniza um jogador, um livro eterniza um escritor e e assim por diante. Agora o que eterniza um clube de futebol? Afirmo,s ão suas cores, sua bandeira, seu escudo, seu mascote, sua camisa, entre outros. A sagrada camisa de um clube, no geral, busca integrar todos os requisitos citados anteriormente.

Quando assisto a uma partida de futebol com o time vestido de cor laranja e não de vermelho e preto, me decepciono, quando vejo em uma comemoração de um gol e, consequentemente numa atitude repentina, o atleta retirar a camisa do clube que ele representa e a lança ao chão ou na torcida, me entristeço.

Procuro compreender a arte, a necessidade e os objetivos desses gestos. Jogadores são operários como outro qualquer e devem respeitar as cores e a tradição do clube. Na perpetuação de uma foto ou de uma imagem de uma comemoração, a instituição deve ser respeitada e preservada, porém, alguns jogadores infelizmente ainda desconsideram isso.


No Flamengo, a camisa é chamada de manto sagrado e em outros times representam outras paixões.

As diretorias devem se pronunciar e proibir tais atos para o bem e a conservação da Instituição maior, o Clube. As Diretorias também devem fazer o seu papel preservando as cores da tradição dos clubes que dirigem, sem interesses comerciais. Fotos e imagens são registros da perpetuação de uma instituição e é essa a condição e não outra qualquer que devemos respeitar.

FLAMENGO 1981

por Marcelo Mendez


Foi uma tarde dos anos 80…

Um presente do Pai daqueles que a gente não esquece; Aos 11 anos de idade, conhecer o Maracanã lotado de 160 mil vozes, apaixonadas, munidas de um sentimento que só o futebol pode propiciar e nem sempre explicar.

Lá dentro do Maraca lotado, ainda com o som do Bob Dylan cantando “Homesick Subterranean Blues”, no carro que nos trouxe pela Dutra afora, até a Cidade mais linda do mundo, tudo era “normal” até a hora do placar eletrônico do Maracanã começar escalar o time do Flamengo, número por número, junto com a torcida rubro-negra; 5 – Júnior (EEEEEE!!! Júnior, Júnior, Júnior…) 8 – Adílio (EEEEEE Adílio, Adílio, Adílio) 9 – Nunes (Nunes, Nunes, Nunes) Aí veio a catarse…

De repente, a massa rubro-negra se levantou do concreto do Gigante. Todo mundo de pé, bandeiras tremulando, fogos espocando e o placar eletrônico parado, não punha mais nenhum nome. Apenas o número 10 apareceu no placar. Aí o 10 piscava e o povão entrava em transe. Então veio, letra por letra; Z-I-C-O.

!!!!!


O Maraca veio abaixo! A massa explodiu num coro lindo… “EI, EI EI O GALINHO É NOSSO REI… ZICOOOOO, ZICOOOOO, ZICOOOOOO”

Naquela tarde eu, um menino Paulista com 11 anos de idade, tive a certeza que não tinha errado no ídolo que escolhi. E agora, em Esquadrões do Futebol Brasileiro, vamos contar a história de um time que marcou a vida deste que vos fala, de tantos outros que assim como eu, escolheram o camisa 10 da Gávea como herói:

É a hora do Flamengo de 1981!

O PACTO DO BARRIL 

Dudu Monsanto é Jornalista, Escritor, bom em tudo que faz. Entre todas as ótimas coisas que fez, Dudu escreveu “1981 – Ano Rubro-Negro”, falei com ele para saber de suas impressões sobre um episódio que ajudaria a formar esse time. Antes, uma apresentação:

Tita era um jovem talentoso vindo da base do Flamengo.

Cheio de personalidade, ótimo jogador, na disputa de pênaltis não se fez de rogado; Foi lá bateu e como conseqüência, o barulho seco da luva de Mazzaropi ecoou por todo Maracanã rubro-negro daquela noite de 1977. O Vasco foi campeão após Dinamite converter a última cobrança. Mas o Flamengo tomou uma atitude totalmente diferente.


– Barril 1800 era um bar/churrascaria na praia de Ipanema. Preocupados em consolar o Tita que havia perdido o pênalti na decisão, a galera foi pra se fechar pra conversar, para lavar a roupa suja, para tentar entender como havia se perdido duas vezes nos pênaltis. Foi algo que mudou todo o rumo do clube!. – Dudu está certo:

Ali se formava um dos maiores times de todos os tempos.

1978, 1980 O BRASIL É RUBRO-NEGRO

A equipe toma corpo.

Com Claudio Coutinho no Banco, Zico, Adílio, Carpegiani, Julio César, Claudio Adão, Rondinelli na zaga, Toninho Baiano e Junior nas laterais, mais a chegada do goleiro Raul, o Flamengo vence o Carioca de 1978 e vai para uma final épica contra o Atlético Mineiro no Maracanã.


No que pese todas as controvérsias daquela decisão, o Flamengo vence por 3×2 com um gol de Nunes na segunda etapa e marca seu nome em nível Nacional pela primeira vez.

Mais do que a Festa, o título inédito credencia o Flamengo para algo grande, algo inédito até então. O Rubro-Negro iria tentar conquistar a América. 

VEM PRO BANCO, PC!

O ano de 1981 não começou fácil para o Flamengo.

Teve eliminação do Campeonato Brasileiro, desconfiança e uma mudança de técnico pouco usual para a época:

Paulo César Carpegiani sai do meio campo para o banco de reservas. Ele foi o escolhido para substituir Dino Sani, que já havia substituído o Capitão Coutinho. Uma nova fase se inicia na Gávea e a Libertadores da América é a meta.

RUBRO-AMÉRICA!

 – O Flamengo passou até que de maneira tranquila na primeira fase. Após a batalha do Serra Dourada, pegou um grupo com Deportivo Cali e Jorge Wilsterman, evitando os confrontos com os Argentinos. Dalí saiu para a final” – relembra Dudu Monsanto

Dudu lembra dos jogos chatos em Cochabamba, em Cali, mas ressalta que os problemas do Flamengo não estavam ali. Viria pela frente em seguida, vestido de laranja e com ares desérticos…

COBRELOA

Aos 11 anos de idade eu não fazia a menor ideia do que se tratava a coisa.

Muito menos havia ouvido falar de Calama, deserto de sei lá o que, minas, todas as essas coisas. Mas o time do Cobreloa vinha de lá e para chegar até a decisão fez grandes estragos pela Copa. Dessa forma, chegava ao Maracanã credenciadíssimos:

– Não chegaram à toa não. Era um time bastante interessante com bons jogadores, como o goleiro  Óscar Wirth, titular do Chile na Copa de 1982, o zagueiro Mario Soto. Fizeram muito boa campanha e daria trabalho ao Flamengo – conta, Dudu Monsanto. De fato era um time interessante. Mas que ficou conhecido por outras características, bem menos nobres.


A BATALHA DE SANTIAGO E A GLÓRIA EM MONTEVIDEO

A segunda partida seria no Estádio Nacional de Santiago e da ditadura de Pinochet que o fez de masmorra oito anos antes. O clima não poderia ser pior.

– Chegamos e vimos um corredor polonês formado por guardas de escudos e cassetetes. Ao entrarmos, eles estreitaram o corredor e ali mesmo já tomamos uns dois ou três pescoções cada um – relataria Adílio, em entrevista para o Globo Esporte, anos depois.

A partida em Santiago foi um inferno de pancadaria, pressão e o escambau. O placar final de 1×0 fez com que a decisão fosse para o terceiro jogo em campo neutro e ali não teve jeito, porrada nenhuma parou o Flamengo.

Em uma das melhores partidas da vida de Zico, o Flamengo mete 2×0 no Cobreloa, volta com o título, mas não tem muito tempo de comemorar. Faz as malas e vai embora atravessar céus e mares.

Faltava o Mundo…

ESSE TAL DE LIVERPOOL

É preciso que se entenda o mundo em 1981.

Para um moleque de 11 anos do ABC Paulista, Palmeirense, sofredor pra danar, ver um time Brasileiro ir até o Japão enfrentar um outro time, mas europeu, era algo pomposo demais.

E que time!


O Liverpool de 1981 era um timaço, que tinha em suas linhas jogadores como Kenny Dauglish, Ian Rush, o goleiro Ray Clemence e toda a pompa de ser o campeão da Europa. Chegou no Japão todo montado em ternos, gravatas, narizes em pé e outras coisas muito comuns para uma época em que o intercâmbio era nenhum.

O Flamengo foi a campo com a sua formação clássica: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Junior/ Andrade, Adílio e Zico/ Tita, Nunes e Lico.

Foi um baile de bola!

Com dois gols de Nunes e um de Adílio, o Flamengo mete 3×0 no Liverpool em 20 minutos de jogo. O segundo tempo, foi só pra rolar a bola, meter na roda e já pensar na festa. Flamengo, Campeão do Mundo!

Mas ainda num ia dar pra fazer a festa.


O Flamengo precisava resolver um problema em casa.

O RIO TAMBÉM É FLAMENGO

Entretido em meio a tantas decisões, o Flamengo que precisava de um empate em três partidas com o Vasco, perdeu as suas primeiras partidas. Mas na terceira a coisa foi diferente.

Com o 2×1 no placar, um show de Adílio, o Flamengo termina o ano de 1981 com três títulos enormes e uma página maravilhosa em sua história. O time do Flamengo era o maior time do mundo e hoje, fica fácil apontá-lo como o maior time da história do clube, um dos maiores do futebol mundial. Mas tudo isso, se resume em uma frase do amigo Dudu Monsanto, quando ele comenta a motivação de fazer o livro sobre esses anos:

– Sabe aquele seu avô, que todo mundo fala muito bem dele, mas que você não pode conviver? Pois bem, pesquisar, estudar e falar desse Flamengo foi isso. Eu consegui viver uma época que não vivi, que não pude acompanhar. O Flamengo de 1981 foi como resgatar o meu avô!

E sem mais, depois de Dudu, me despeço com todas as odes a esse time.

Flamengo de 1981, um dos maiores Esquadrões do Futebol Brasileiro

VIVA A TRADIÇÃO

por Washington Fazolato


Semana passada, no dia da final da Copa Sul-Americana, o tradicional Clube Atlético-PR, agora Club Athletico Paranaense, lançou seu novo escudo. Sua nova identidade gráfica, para ser mais exato.

O novo escudo segue a linha minimalista – menos é mais – e substitui o original por listras e as iniciais do clube em fonte moderna. Indiscutivelmente mais pobre, mas há quem goste.

O que me atraiu a atenção no episódio foi o surgimento de várias propostas nas redes sociais para que se mudassem alguns dos mais tradicionais escudos de times brasileiros, inclusive do meu Vasco da Gama.


Lembrei da Juventus, da Itália, que em janeiro de 2017 mudou o belíssimo escudo por um “logo”, uma horrível letra “J” estilizada. A maioria da torcida desaprovou a mudança.

Ainda não soube da opinião da torcida rubro-negra sobre a mudança. Talvez a tenham aprovado, pois a alteração fecharia um ciclo de mudanças, de mentalidade, consagrada com o primeiro título internacional.

Mas há outras coisas por trás de um escudo de clube.

A identidade visual, a tradição envolvida, a simbologia e muitas outras coisas. Por isso, eu sou contra mudar por mudar.


“Os tempos mudam e tudo evolui”, é um dos argumentos. Lembro aos mais jovens que símbolos tradicionais são referências, como escudos de clubes, são referências atemporais, remetem a vitórias passadas, a momentos marcantes, a lembranças que comovem.

Pior, trocar escudos que simbolizam a criação do clube, alguns com simbolos diretamente vinculados ao seu DNA por letras estilizadas?

Viva a tradição!

CONTRA O CEARÁ NÃO DEU

por Rafael Santana


O Rei Pelé jogou entre os anos de 1959 e 1974 contra os times do estado Ceará. Jogou no Estádio Presidente Vargas, jogou no Castelão, contra o quadrado de ouro do Fortaleza Esporte Clube, no Romeirão, e também teve um confronto no Pacaembu.

Em 1959, o já campeão mundial Edson Arantes fez seu primeiro jogo em terras cearenses. Apesar de ter marcado duas vezes, não impediu o empate do Fortaleza, impulsionado por um PV lotado até as tampas em um simples amistoso entre Fortaleza e Santos.

Em 1968, em um ano bem particular, o Santos vistou Fortaleza para fazer a entrega de faixa de campeão cearense invicto do Ferroviário Atlético Clube. O resultado do jogo foi 0x0, mas o que valeu foi a festa.


No dia 3 de dezembro de 1972, o Ceará tinha um timaço!! Campeão cearense, tinha jogadores excelentes como Edmar, Mauro Calixto, Da Costa e por aí vai! Em partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 1972, Pelé iria entrar em campo pela milésima vez na carreira, uma expectativa imensa foi criada para essa partida. Seria essa mais um show do rei?

Nesse ano, Pelé já dava indícios que um fim estaria por perto, mas continuava a brilhar com muitos gols e suas jogadas, então, para seu milésimo jogo, acredito que o Brasil inteiro estava de ouvido ligado nessa partida.

Aos 11 minutos do primeiro tempo, o Santos abriu o placar com Pelé, sim o rei marcou e dava indícios de show. Até que o Ceará mostrou sua grandeza virando a partida com Samuel aos 17 e o goleador Da Costa. Foi a primeira vitória de um time cearense sobre o Santos do Rei.

A torcida do Ceará fez o PV tremer tamanha a festa. Assim que acabou o jogo, rolou uma grande invasão de campo e um fã ofecereceu a bagatela de 10 mil cruzeiros pela blusa do Rei. Acuado, ele foi embora reclamando das condições do jogo.


ONZE MESES DEPOIS INAUGURARAM O CASTELÃO

Pelé finalmente jogou no Castelão, e dessa vez não teve motivo algum para reclamar. Em 23 de janeiro de 1974, o Santos enfiou uma goleada de 5×1 no Fortaleza, campeão cearense, com o Rei marcando duas vezes. Dessa forma, ele se despedia dos campos de futebol cearenses sem nunca ter conseguido ganhar do Ceará Sporting Club.

QUANDO O CRAQUE DRIBLOU O DITADOR

por Paulo Escobar


Carlos Caszely foi sem dúvida o jogador mais popular da história do futebol chileno. Quantas crianças nas décadas de 70 e 80 do século passado não sonharam em ser Caszely, ou comemoraram os gols como ele?

Um dos aprendizados que levou desde muito cedo é que um atleta antes de ser jogador é uma pessoa, e conciliar o lado humano e jogar bem dentro de campo foi mais do que presente na vida dele. Caszely teve que sustentar suas posições e isso lhe custou muita coisa, mas umas das coisas que nunca se arrependeu foi estar ao lado dos oprimidos.

Carlos Caszely foi um dos maiores artilheiros do futebol latino, na sua carreira foram 805 gols anotados, e seu começo foi no Colo-Colo do Chile, clube no qual foi apelidado de “Rei do metro quadrado”. Foram inúmeros gols nos quais o Chino Caszely deixou goleiros no chão e entrou com bola e tudo, numa semifinal de Libertadores fez mais uma de suas obras primas, mais uma vez entrando com bola e tudo.

Geralmente os jogadores com posições fora de campo que zelam por aqueles que mais sofrem ou que com suas vezes geram polemicas não são bem vistos, pois as entidades do futebol zelam pelo silêncio e bons costumes. Para estes suas ações fora de campo sempre se amplificam e ficam mais visíveis.


Caszely declarou sua posição politica de esquerda desde muito cedo, e isto se deu por ver a situação das pessoas pobres de seu país e por acreditar que Allende poderia levar esperança às classes mais baixas. Por conta disso, Carlos não foi contratado pelo Real Madrid na década de 70, e acabou indo jogar no Levante. Depois de duas belas temporadas, foi comprado pelo Espanyol, chegando a jogar na seleção Catalã.

Uma das jogadas mais difíceis e mais arriscadas não foi feita dentro de um campo de futebol, mas sim do lado de fora, numa época de torturas e desaparecimentos de pessoas no Chile. Quando em 1973 o ditador Pinochet toma o poder e leva a cabo operações de tortura e massacres, Caszely não fica indiferente, e foi justamente neste período que ele faz uma das jogadas mais difíceis.

Após a classificação da seleção chilena para a Copa de 1974, os jogadores que iriam disputar a competição na Alemanha deveriam ir saudar o ditador, e foi nesta hora que Caszely deixa Pinochet de mão esticada e se negou a saudar o tirano. Era um gesto necessário para Carlos, pois ao caminhar nas ruas e pisar a realidade reparava e sentia o que rolava do lado de fora dos estádios.


Esta jogada fora de campo o atinge no seu coração, pois quem sofreu a consequência deste ato foi sua mãe, Olga Garrido, que foi torturada e violentada. A pedido de sua mãe, Carlos somente trouxe à luz este fato em 1988, numa propaganda do “Não” que visava o voto contra Pinochet no plebiscito realizado a mando do mesmo para ver se continuava no poder até 1997.

Caszely fazia gols e alegrava o público, mas dentro de si trazia a dor de ter tido uma das pessoas mais amadas ser mutilada em seu íntimo. Não guardou rancor, pois a pedido de sua mãe lhe disse para não guardar mágoas.

As pessoas o saudavam nas ruas e agradeciam sua coragem, baixinho aos ouvidos sussurravam a felicidade, os mineiros lhe diziam que ele era a voz daqueles que sofriam. Caszely sofreu não convocações à seleção chilena, ter levado o primeiro cartão vermelho da história do futebol lhe custou uma série de críticas, teve que jogar e driblar a vida dentro e fora dos gramados.

Sempre é mais cobrado aquele que se posiciona, aquele que não aceita as palavras de suas assessorias ou que sente a mesma realidade que a maioria dos seus torcedores mais desfavorecidos vivem. Um homem com tantos gols e de uma habilidade incrível, frio dentro da área e de um talento diferenciado fez o que poucos jogadores fazem, uma vida próximo à realidade e não foi indiferente ao sofrimento alheio.