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O EXAME

por Claudio Lovato


– Toma o seu protetor auricular, pra enfrentar essa música bonita que você vai ouvir daqui a pouco.

O enfermeiro era um cara de meia-idade, muito falante, e tentava criar um clima de bom humor.

– Valeu! – disse o craque, que já havia usado em outras ocasiões aquelas duas pequenas “rolhas” (era o que sempre lhe vinha à cabeça) cor de laranja ligadas por um cordão da mesma cor. 

O enfermeiro disse que ele já podia se deitar. O jogador já sabia o que tinha de fazer. Não era a primeira vez que passava por um exame desse tipo, mas agora era uma situação diferente, muito diferente. 

Enquanto ele se acomodava na máquina, o técnico responsável pela condução do exame, que era mais jovem e bem maior que o enfermeiro, entrou na sala.

– Qualquer coisa é só apertar aqui, que paramos o examena mesma hora! – ele disse, enquanto acomodava na palma da mão esquerda do paciente o que parecia ser uma bola de borracha.

– O mais importante é não se mexer! – ele acrescentou antes de voltar para a salinha anexa, onde ficava o computador que era sua ferramenta de trabalho.  

Então começou.

Primeiro uma sirene, depois um bate-estaca, em seguida leves movimentos da maca para frente e para trás, e por fim o silêncio, até recomeçar a barulheira, e assim por diante. 

A ressonância magnética diria o tamanho do estrago que havia sido feito no seu joelho. 

Ele rezou. Dentro daquele túnel ruidoso, ele rezou pais-nossos e aves-marias e, no meio das orações, veio-lhe à mente, venenosa que só ela, a pergunta “por que isso foi acontecer comigo, por que comigo?”. Lidava com essa interrogação bandida ao mesmo tempo em que via o rosto da mãe e do pai e dos outros que ele amparava; sim, pensou neles, mas era o rosto da mulher e da filha pequena, a filhota linda, que fazia seu coração bater aospulos, e de novo “por que comigo, por que essa porra foi acontecer comigo?”, e ele ficou com receio de acabar fazendo algum movimento brusco por causa do tumulto na sua cabeça e dos saltos que seu coração dava.

Num certo momento, as orações e a preocupação e o amor infinito e o inconformismo se combinaram de uma forma tão intensa que acabaram resultando numa explosão em forma de lágrima solitária, que escorreu do canto do olho direito, e só no que ele conseguiu pensar nessa hora é que sua vida não podia se encerrar ali, fosse qual fosse o resultado do exame, e foi então que ele sentiu o rastro quente de outra lágrima, essa no olho esquerdo, e sua cabeça de repente invadida, completamente invadida, todos os cantos e recantos dela, por uma nova pergunta: “O que eu vou fazer se não puder mais jogar?”, e diante dessa indagação gigantesca e brutal, completamente solitário perante essa questão assassina, a única resposta que ele conseguiu arranjar foi um suspiro fundo e alto, um gemido, talvez tenha até falado, e de repente tudo foi interrompido pela voz do técnico no alto-falante: 

– Estamos finalizando seu exame. Só mais um instante.

E então acabou. 

Ele agradeceu ao enfermeiro e ao técnico, que lhe responderam com votos de boa sorte e entusiasmadas confissões de que eram seus fãs. 


Havia uma tristeza profunda que vinha lá do fundo do peito e que tirava a graça de qualquer coisa, uma tristeza que era enfrentada apenas por uma persistente fé com base naquilo que ele não conseguia explicar nem em palavras nem em pensamento, um sentimento, ou uma sensação, ou apenas um desejo – sim, talvez apenas isto, desejo – de que a tragédia fosse evitada. 

Foi somente horas mais tarde, horas longas e difíceis, que ele conseguiu se livrar desse campo minado de emoções potentes e paradoxais. Isso ocorreu no exato momento em que seu médico, o médico do clube, entrou no quarto e, sem dizer uma palavra, sorriu e levantou os dois braços numa simulação de comemoração de gol.

Sob o olhar atento da mulher e de um de seus irmãos, ele apenas conseguiu fechar os olhos e pensar que é preciso passar por algumas coisas nesta vida, simplesmente isso, é preciso passar, e que o futebol e a vida são lindos, mas são duros, e só não foi adiante em seus pensamentos porque nesse momento sentiu o toque de uma mãozinha macia e quente em seu rosto e ouviu a vozinha fina da dona daquela mãozinha, e então, como nunca antes, tudo fez completo sentido para ele, completo e perfeito sentido. 

FOI UMA VEZ OS ANOS 70 DE NOVO

por Marcelo Mendez


Era uma noite de Outubro de 2020, eu sei.

Mas ecos de um tempo sombrio bateu fortemente na minha memória enquanto esperava por um jogo de futebol e diga-se; esperava única e tão somente por dever de ofício. Longe daquele menino torcedor que assistia os jogos da Seleção Brasileira com ávido interesse.

Há muito tempo deixei de ser menino, trocando o encanto do verso, a luz do lúdico, pelo pragmatismo óbvio da vida adulta.

Sou Jornalista e como tal, tenho o fato diante da minha frente; Caros leitores, tivemos ontem uma noite “Pra Frente Brasil” na vida futeboleira Brasileira. E isso, pelo pior que se possa imaginar.

O icônico tema musical da seleção de 1970 virou trilha sonora para os maiores 11 homens que já pisaram a Terra para jogar futebol. O maior time de todos os tempos pisou o estádio de Guadalajara para provar que a perfeição era possível, que o sonho era viável, que a poesia plena vestia chuteira e camisa a amarelinha. Mas não, leitor, não teve nada disso. Como falei, a reminiscência da memória foi a pior possível.

Em 1970, o Brasil vivia o chumbo pesado da Ditadura Militar e do AI-5 o artigo que caçou todas as liberdades individuais dos Brasileiros arrochando ainda mais a repressão. Nesse contexto a seleção de futebol foi usada escancaradamente como uma propaganda de um Brasil legal, maneiro, dando uma passada de pano nessa realidade. O Presidente Médici tinha lá a imagem do Velhinho boleiro de frente a tv vendo futebol e tudo parecia muito bem. Bem…

Passaram-se 50 anos. Não temos mais os porões de tortura institucionalizados, temos liberdade para se expressar (por enquanto…) como faço agora, mas algumas práticas novamente nos assola.

O Brasil jogou ontem. A partida aconteceu em Lima e a tv aberta que cobria esse time desde muito tempo não o transmitiria. O povo Brasileiro que vem sendo afastado sistematicamente dos estádios, agora também será afastado do direito de ver a Seleção na tv. Ou paga ou vê A Fazenda na tv do bispo. Mas eis que os anos 70 batem à porta!

A Tv Brasil chegou em baixa definição, com muita bajulação, insistindo em efusivos abraços ao Presidente da República ao longo dos 90 minutos que a peleja durou. Um histriônico narrador e um antigo bom comentarista a todo instante faziam questão de lembrar do mandatário nacional.

Não tem Problema nisso.

O Jornalista, assim como todo cidadão tem direito adquirido de ter o seu lado político, sua preferência ideológica assegurado pela decência da sociedade em respeitar essa escolha. Concordar, discordar, faz parte dela. Mas respeitar acima de tudo.

Todavia a questão que se coloca aqui é a forma de como isso se dá. Vocês que assistiram a peleja ontem, acham mesmo que o que houve ontem durante aquela transmissão era necessário? Tudo que foi dito foi por convicção ideológica e profissão de fé? Qual foi o sentido de toda aquela bajulação?

Também não me importo de ter que pensar essas questões. Mas me preocupa muito a repetição dessas perguntas que em algum momento da sociedade brasileira, já foram feitas ali por volta de 1975/76.

O que me assusta mesmo é saber que as respostas são as mesmas daquela época…

O QUE TE LEVA A SE PREJUDICAR?

por Wendell Pivetta


Tenho uma curta experiência até aqui nos dias de futebol, uma longa jornada ainda para trilhar, porém identifico cada vez mais situações assombrosas no futebol moderno. Uma delas aconteceu em uma partida válida pela Liga Unificada de Futsal no Rio Grande do Sul.

Seria a minha primeira partida assumindo o microfone principal da jornada, saindo da fotografia e das atividades de comentarista para elevar a voz diante da emoção maior do esporte. Junto da equipe de reportagem, adentramos ao Ginásio Municipal, descarregamos os equipamentos para transmissão de voz e vídeo da partida, montamos o equipamento e a pedido da arbitragem da noite, saímos para fora do ginásio para medição da temperatura corporal, tendo em vista a pandemia do COVID-19 e seus protocolos.

A temperatura estava ok, dentro dos conformes exigidos. Porém na lista nossos nomes estavam com um sinal de exclamação impedindo o acesso para transmitir a partida. No ato ficamos decepcionados. Estávamos regularizados no sistema da liga, e em um teste falho quanto ao COVID-19, a liga colocava em uma planilha questões relacionadas sobre se eu estava ou não com sintomas, e por minha própria responsabilidade, eu colocava se estava ou não com o vírus. Um teste infantil, cabível de qualquer pessoa omitir a verdade sobre tal fato. Após discussões sem resultados com o delegado da partida, retiramos nossos equipamentos e seguimos embora. A única foto da partida, tirei rápido, com parte do equipamento e agilizando a saída rápida do local.

Algo mais triste estava ainda por vir. Ao tentar adentrar o ginásio, o delegado bloqueou a entrada da equipe de pronto socorro, assim como a guarda municipal, alegando que a saúde e o policiamento da partida não estavam cadastrados na lista, fazendo os mesmos, ficarem do lado de fora do ginásio sem poderem ao menos assistir a partida. Como pode em uma partida sem torcida, e nem presença da imprensa, deixarem a saúde e a segurança do lado de fora e ainda iniciarem a partida. Em uma noite de sábado, gelada no Rio Grande do Sul, conseguiram deixar de pé e em prontidão a partida inteira a equipe médica e os guardas municipais do lado de fora do ginásio, sem a mínima empatia para pelo menos liberar alguns assentos pro pessoal. Seria o regulamento tão sem educação assim?

Parabenizo aqui a Federação Gaúcha de Futebol de Salão, atenta a estes detalhes e sempre atendendo esses requisitos, partida após partida, disponibilizando aos meus colegas de imprensa e aos órgãos de saúde e segurança uma empatia muito mais agradável, responsável e sem equívocos. Já a Liga Unificada, ficou a dívida de, pelo menos, tratar bem aqueles que salvam vidas.

O AMERICANO DE SANTO CRISTO

por Paulo-Roberto Andel


Naquele tempo os times só conseguiam dinheiro se jogassem. A arquibancada era a principal fonte de receita financeira. E por isso, em plena Copa do Mundo de 1982, com a Terra inteira olhando para Sócrates, Falcão e companhia, o Maracanã abriu várias vezes para as partidas do Torneio do Campeões de 1982, praticamente uma versão reduzida do Campeonato Brasileiro.

Gostando de futebol e querendo ver outras partidas além das do meu Fluminense, o que me restava? Administrar a mesada e dividir direitinho para poder ver o máximo de jogos na geral, o setor mais popular e barato do Maracanã. Foi o que fiz. 

Além do Flu, vi também o Vasco num 0 a 0 com o São Paulo. Jogo ruim para os vascaínos num raro domingo à noite – antigamente só no Sul é que se tinha partidas neste horário -, vaias e um pênalti perdido pelo poderoso artilheiro Roberto Dinamite, cuja cobrança vi atrás do gol, bem de pertinho como a geral permitia. Se era difícil enxergar os lances, por outro lado a gente tinha a sensação de que fazia parte do jogo, de que estava dentro do campo. Quando o gol saía, lá estava a gente na televisão feito os figurantes mais felizes do mundo. 

Eu gostava do America. Gostava bastante. Talvez fosse meu segundo time, talvez eu tivesse ficado encantado pelo bandeirão vermelho que abriram num empate com o Flu em 1979. E então veio um jogo contra o Atlético Mineiro, decisão de vaga na competição. 

Tinha um garoto que era fanático pelo America. Estava sempre com sua camisa e escudo rubros, bandeira na mão, boné e radinho. Gostava de ficar na geral entre o escanteio invertido à direita da Tribuna de Honra e a primeira trave. Num jogo vazio nos conhecemos e vimos algumas partidas juntos. Eu tinha treze anos, ele já devia ter uns dezesseis por conta do bigodinho que usava. E torcia, torcia, torcia demais. Eu achava bacana que ele torcesse tanto por seu time, que não ganhava títulos há tempos, era bonito aquilo. Com o tempo, entendi que todos querem ser campeões mas torcer não tem a ver com a obrigação de títulos e sim com a paixão. 

Oi. Beleza? Legal você estar aqui. Vamos torcer. Sangueeeeeee!

Jogo duro, pouca gente, frio de domingo. Quando as partidas começavam às cinco da tarde, geralmente o segundo tempo tinha cara de noite. Não foi diferente. 

Meu amigo com caras e bocas de sofrimento atroz, eu torcendo pelo America, por ele, pelas pessoas que ali estavam. O Flu ia jogar noutro dia, podia esperar. Ali era tudo ou nada para o Diabo da Campos Sales. Zero a zero, zero a zero. Zero a zero. 

No último minuto, aconteceu um bate-rebate na área. Alguém furou.  A gente estava no lugar de sempre: escanteio invertido à direita da Tribuna. Elói chutou. Francisco Chagas Eloia, não esqueço o nome. Gol. Gol! Gol de Elói no último minuto, America classificado.

Meu amigo me deu um abraço, outro e começou a chorar. Eu nunca tinha visto um garoto chorar de alegria, nem eu mesmo tinha chorado. Chorou muito e gritou muito quando o árbitro logo encerrou o jogo. Foi uma lição para mim: eu me sentia tão triste porque o meu time mal tinha dois anos sem título e, ali, o meu amigo que nunca tinha visto uma volta olímpica mostrava todo o seu amor pelo seu grande clube. Então aprendi que, no futebol, títulos são importantes mas não são eles que determinam o amor de alguém por aquele jogo fascinante que, há dois séculos – e desde muito antes – mexe com a alma da gente pelo mundo inteiro. 


Havia pouca gente no Maracanã, mas lembro das pessoas gritando muito na saída, tanto no corredor soturno da geral quanto na rua. Trocamos outro abraço. Ele me agradeceu porque via os jogos sozinho e, segundo sua opinião, quando nos conhecemos, eu tinha trazido sorte para o nosso America. Eu devia ter contado a ele que era Fluminense, mas acabei não falando. Então nos despedimos e ele seguiu para a estação de trem, para depois chegar em Santo Cristo. Estava muito feliz. Qual será seu nome? Não sei dizer.

Virei à direita na Avenida Maracanã e, quando passei pela majestosa Estátua do Bellini, quase não havia gente, exceto um vendedor de cachorro quente e umas três pessoas. Então resolvi fazer um lanche antes de atravessar a rua, pegar o 434 e fazer uma viagem até Copacabana. 

O America seguiu em frente e acabou campeão, Campeão dos Campeões. A Seleção, que era o grande assunto daquele Brasil, acabaria eliminada pela Itália. Ainda voltei muitas e muitas vezes à geral, aí praticamente só pelo meu amor tricolor. Um dia, a força da grana e da ganância destruiria o palco dos meus sonhos de garoto. 

Tomara que meu amigo americano de Santo Cristo continue vivendo aquele sonho permanente do futebol, o choro, o gol. As coisas estão difíceis para o America mas o sonho não pode morrer. Estão difíceis para o futebol brasileiro na verdade. O Maracanã era o sonho de dois garotos abraçados, que nem precisavam torcer pelo mesmo time para saber o que é que um jogo significava. 

Lembro dele indo para a estação de Derby Club. Faz muito tempo. 

Nunca mais o vi.

OS CINCO PERSONAGENS DE FLAMENGO 2 X 1 VASCO

por Zé Roberto Padilha


1) Fernando Miguel. No meu tempo de jogador tinha um goleiro, no Fluminense, Jorge Vitório, que era dono de um vigor físico impressionante. Mora, hoje, em Volta Redonda, é amigo da gente e passa bem, obrigado. Mas quando a bola era alçada sobre sua área, mostrava que não era por acaso que, ao contrário de todos nós, só a ele era permitido usar as mãos. Saia socando a bola e quem mais ousasse se aproximar dos seus voos. Uma pena que o goleiro vascaíno não o tenha visto jogar, sabe quando ele perderia uma dividida na sua área com o Bruno Henrique, que só tinha a ponta da chuteira, e ele todos os braços e mãos? Daí perguntam ao Petkovic se ele falhou. E no lugar da verdade, o corporativismo, o receio de um profissional julgar um companheiro de profissão: “Acho que ele não falhou na jogada!”. Pet foi outro que não viu João Saldanha comentar um partida com a coragem e tesão que faltaram a ele e ao goleiro vascaíno. Tão cuidadoso na dividida do gol que decidiu a partida, Fernando Miguel parecia que ia devolver uma peteca.

2) Thiago Maia. Quando inventaram a lei do impedimento, a melhor de todas porque até nas peladas tinha um gordinho que não voltava para marcar e ficava colado aos goleiros, os grandes jogadores inventaram a vacina contra ela. Num simples olhar, Gérson para Pelé, Rivelino para o Gil, para superá-la o lançamento partia no exato momento em que o atacante se lançava. Numa sincronia perfeita que não há VAR que consiga impedir a beleza do lance. Ontem, Thiago Maia e Bruno Henrique redescobriram o movimento perfeito entre o arco e a flecha rumo ao alvo. Parabéns, que jogador esse Thiago Maia. Parece que na Vila Belmiro, de Robinho, Diego, Neymar, sobrou um resquício de sua majestade que se incorpora no futebol desses diferenciados meninos que revela.

3) Gerson. Nem Jesus, carregando sua cruz rumo ao calvário, muito menos Jorge Jesus, cujo calvário são os jogos do Benfica, escalariam o Gerson na única posição em que ele teria dificuldade para jogar. Exímio organizador de jogadas, dono de uma visão global da partida, escalá-lo no lado direito, todo torto, sem velocidade exigida para a função, foi uma aberração. Até ele brigou consigo mesmo ao tentar fazer o que não poderia. Aí quando entra o Michael, que tem as características ideais para jogar por ali, o treinador tira o Gerson. Das duas uma: ou o treinador faz um curso de português intensivo, ou os atletas rubro-negros aprendem espanhol. Não estão se entendendo.

4) Lincoln. Não há, na história do futebol brasileiro, quem sabe do futebol mundial, um jogador que tenha tido tantas chances em um grande clube como ele. E não há precedentes de alguém que tenha desperdiçado todas elas. Sai técnico, entra técnico, este menino, que deve ter o maior dos empresários, está sempre entrando mal no segundo tempo. Já que no primeiro tempo já provou sua dificuldade em começar jogando. Ou quem comprou seu passe espera uma mágica, do Arrascaeta, por exemplo, deixando-o livre debaixo do gol com o goleiro batido, para poder revende-lo e recuperar um erro de avaliação.

5) O time do Vasco é limitado, porém, muito esforçado. Há de ser respeitada a luta incansável e o oportunismo de dois argentinos, mas o Ramonismo foi tirado da cartola de um grande profissional que os maus amadores, os eternos cartolas, tiraram do comando antes da hora para se eximirem de tanta bobagem.