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O CRAQUE DO BRASIL EM 2008

por Luis Filipe Chateaubriand


Em 2008, o São Paulo conquistava o tri campeonato brasileiro e, durante a campanha, vimos a ascensão de um menino que veio do Atlético Paranaense, muito franzino, mas que jogava uma bola enorme!

Dagoberto não era de fazer muitos gols, mas os fazia nos momentos decisivos, nos chamados “jogos grandes”.

Tinha uma movimentação de um lado para outro, zigue zague, que confundia as defesas adversárias.

Era líder em assistências, que colocavam os companheiros na cara do gol, os chamados “passes açucarados”.

E foi assim que Dagoberto foi o craque do ano de 2008.

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

SOY LOCO POR TI, ABREU

por Leandro Costa


A relação de Washington Sebátian Abreu Gallo, ou simplesmente Loco Abreu, com o Botafogo e sua torcida, extrapola todos os limites da razão. Quase dez anos depois de Loco deixar o clube da Estrela Solitária, tivemos o relançamento do livro “LOCO POR TI”, escrito por Marcos Eduardo Neves e Gustavo Rotsein, sobre as juras de amor eterno entre Loco Abreu e o Glorioso.

Não por acaso, o evento ocorreu no dia 13 de dezembro na sede de General Severiano. Foi uma noite emocionante, que marcou o reencontro de Loco com seu povo. O maior ídolo do Botafogo nos últimos vinte anos fez despertar na torcida alvinegra um sentimento de orgulho por tudo que Abreu representa para o clube. Crianças, jovens, adultos e idosos fizeram filas gigantescas para tirar foto e pegar o autógrafo do ídolo.

O que torna alguém ídolo? O que torna Loco Abreu ídolo? Talvez esta resposta seja permeada de subjetividade, porém existem alguns pontos pacíficos em relação ao tema. Loco é ídolo porque jogou com amor à camisa, porque cativou novos torcedores, porque aumentou a autoestima do botafoguense. Loco deu fim, da maneira mais improvável possível, cobrando um pênalti com cavadinha, a uma sequência de três vice-campeonatos para o maior rival. Abreu foi a representação do torcedor em campo. Dignificou a camisa alvinegra com profissionalismo e amor.

Dono de uma personalidade forte, nunca deixou que o Botafogo fosse desrespeitado. Um jogador que conhece a grandeza do clube, valoriza sua história e emana positividade. De Loco não tem nada, a não ser a forma como sempre brincou com os companheiros e a coragem para cavar pênaltis decisivos.

Eternizado no muro dos ídolos, em frente á sede de General Severiano, Abreu proporcionou aos seus fãs uma noite inesquecível, tanto quanto os seus gols pelo alvinegro da Estrela Solitária. Parafraseando Nelson Rodrigues, por tudo isso, sem que ninguém pedisse, sem que ninguém mandasse, as massas, as multidões invadiram General Severiano e agradeceram a Loco Abreu em uma festa como não houve igual nunca, nem no Uruguai, nem no Brasil.

Gracias, Loco!!


TCHAU, SÉRIE A

:::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::


Na mesa ao lado, dois amigos não entendem como o Grêmio caiu, argumentam que o time é experiente e tem bons jogadores. Mas talvez eles não saibam como incomoda ao grupo a chegada de alguém com o salário dez vezes maior e o tratamento de estrela internacional. Para o mercado europeu não servem, mas aqui viram astros. A chegada de Douglas Costa foi mais ou menos isso. Não resolveu o problema e ainda causou um enorme estrago. Perdeu, deu tchauzinho para a torcida e já já será abrigado por algum outro clube acostumado a jogar o dinheiro na privada e dar descarga.

No Grêmio, também ocorreu outro caso curioso, o do técnico Vagner Mancini, que também deu um tchauzinho para a torcida, no caso a do América mineiro, e se mandou para o clube gaúcho. O resultado todos vimos, o todo poderoso Grêmio caiu para a Segunda Divisão e o patinho feio do América se classificou para a Libertadores. Qual a moral da história? Mais uma vez os gerentes de futebol deram um show de incompetência fazendo apostas caras e ineficazes. Eu devo viver em outro planeta, não é possível.

Agora, os gerentes estão em busca de técnicos portugueses, como se eles fossem a salvação do mundo. E leio a imprensa espanhola apontando Vinicius Jr. Como um dos melhores do mundo. Estamos perdidos. A crise é mundial. Na tevê, os comentaristas debatem o mapa do calor como algo fascinante e nos despejam um caminhão de estatísticas inúteis. Os locutores e as locutoras berram como gansos, e os bordões forçados poluem nossos ouvidos.

O assunto da mesa ao lado mudou. Agora, os amigos questionam as cotas de tevê para a Segunda Divisão e se perguntam, o que será melhor assistir, Cuiabá x Juventude ou Grêmio x Cruzeiro, América mineiro x Avaí ou Vasco x Bahia? Minha cabeça está um trevo, já não sei de mais nada. Na tevê, a câmera foca no semblante de Alberto Valentim após o quarto gol do Galo. Alberto Valentim? Realmente os gerentes de futebol estão mais perdidos que cego em tiroteio.

MEU SIMPLES MANIFESTO

por Claudio Lovato Filho


O amor que sinto pelo meu clube vem de longe, de há muito tempo.

Ele não me deixa esquecer quem eu sou.

Não me deixa esquecer quem eu fui.

A camiseta que uso, em casa e na rua, nas horas boas e más, não me deixa esquecer quem eu sou.

Não me deixa esquecer quem eu fui.

Somos o que somos também por causa das nossas escolhas, e elas começam a ser feitas muito antes de se tornarem claras para nós.

De se tornarem evidentes.

Nossas escolhas pertencem a nós e nós pertencemos a elas.

O amor que sinto pelo meu clube é incondicional, como todo verdadeiro amor.

É coisa de infância, de história, de escudo.

Assim, então, portanto, meu irmão, minha irmã, não tem choro nem vela.

É imortal.

Incondicional e Imortal.

E que vão para o diabo que os carregue todos os que, de alguma forma – com sua inépcia –, contribuíram para que chegássemos a um momento como este.

Vida que segue. Estaremos sempre aqui. Para o que der e vier.

Vamos em frente, com esse amor que sempre nos caracterizou, esse amor que é engastado no centro da alma, como todo verdadeiro amor, e que nunca nos deixará esquecer o que somos.

Somos GREMISTAS.

E não há nem haverá, jamais, palavras suficientemente capazes de descrever o quanto isso é maravilhoso e sempre será.

FESTA DE GRANDES ALVINEGROS

por Walter Duarte


Tenho muito orgulho de ter visto grandes craques jogarem nos áureos tempos do futebol Brasileiro, e devo reconhecer que os clubes de Campos RJ me deram essa oportunidade, independente do viés da rivalidade do extinto e saudoso Campeonato Campista. O Americano FC foi o primeiro clube do interior do RJ a participar do Campeonato Brasileiro, e isso ocorreu com a “FUSÃO” do Estado da Guanabara ano de 1975.

A estreia foi no dia 24/08/1975, uma vitória de 2×1 (Gols de Paulo Roberto e Rangel) no Godofredo Cruz sobre o Santos FC, que contava com Oberdam, Clodoaldo, Claudio Adão e Edu. Podemos citar alguns títulos relevantes do CANO tais como: 27 Campeonatos Campistas e o Módulo Azul do Campeonato Brasileiro de 1987. No Campeonato CARIOCA, destacam-se as campanhas do vice Campeonato de Série A de 2002 e os vice da Taça Guanabara de 1980 e 2005. Incontáveis confrontos ocorreram contra os grandes clubes Cariocas, com vitórias muito expressivas do Americano, consolidando o time Campista como pedreira em seus domínios.

Essas e outras lembranças maravilhosas foram a tônica, do encontro do grupo denominado AEXCANO (Associação dos ex Atletas do Americano FC), capitaneado pelo amigo e grande apaixonado pelo clube, Jaílton. Com grande satisfação, fui convidado a participar dessa festivaresenha, na ASSETEC (Associação de Funcionários da Escola técnica Federal), dirigida pelo Prof. Carlos Boynard, representando o Museu da Pelada, revendo essas feras depois de muitos anos. 


Grandes nomes das ótimas fases da história alvinegra estiveram presentes, inclusive o preparador físico Raul Arenari e o parceiro das resenhas César Avelar. Vários deles deslocaram-se de cidades distantes, como Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, Itaperuna, Cachoeiro do Itapemirim…, ávidos de relembrar as histórias e conquistas em épocas tão difíceis.

Um expressivo número de ex-jogadores das déc. 70, 80 e 90 marcaram presença, tais como: Sérgio Pedro (ponta esquerda), Totonho (Lateral), Luciano “Buchecha”(Zagueiro), o lendário Gato Félix (Goleiro), Branco (meio-campo), Rogério Colombiano (meio-campo), Marcinho (Ponta-esquerda), Amarildo (ponta-direita), Marcelo Almeida (meia-atacante), Geraldo (Goleiro), Eduardo Orçai (atacante), Oliveira (Zagueiro ex-Bangu), Índio (cabeça de área), Souza (Meia-direita) Paulo Marcos (Zagueiro ex-Goytacaz , Internacional RS), René (atacante), Giovani (Zagueiro), Neneca (zagueiro), Amauri (Goleiro), Kleber (zagueiro), Silvano (zagueiro ex-Cruzeiro), Fabinho (atacante), Jerfinho (lateral) e muitos atletas da base. 

Importante ressaltar a participação  de torcedores que fizeram a sua parte, homenageando todos pelo desempenho e respeito ao Clube. Um dia de felicidade e reencontro, como deve ser cultivado entre amigos de fé. Nós do Museu da Pelada sempre estaremos na expectativa de rever os melhores tempos do futebol Campista, e do interior Fluminense, na sua grandeza como celeiro de craques, além de rebuscar o legado desses jogadores. Que haja de fato uma recuperação financeira e profissional que dê a sustentação às instituições, inclusive no apoio ao futebol de base.


Parabéns aos ex-atletas do Americano e ao incansável relações públicas Jaílton. Que esses belos encontros de respeito a instituição se reproduzam, e sirvam de impulso e inspiração para as novas gerações. Conceber a ideia da associação de ex-jogadores, foi um “golaço”, e que bons frutos sejam produzidos, cientes que a união entre vocês é a base de tudo isso.

Avante AEXCANO.