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QUEM AVISA, TRICOLOR É

por Zé Roberto Padilha


Parece que Fernando Diniz não aprendeu. Ou não tem a humildade de reconhecer. A saída de bola dos seus sonhos são as mesmas dos pesadelos que causou nos time por quais passou.

E logo no seu primeiro treino, ontem à tarde, exigiu que o Fábio, ruim de bola com os pés toda vida, saisse jogando.

Bem como os zagueiros, que foram escalados lá atrás, desde a base, porque são os menos hábeis e nada acrescentaria aproximá-los do objeto de cobiça. Que é o gol.

O que ele acha que Lucas Claro vai arrumar de produtivo realizando uma função que nunca exerceu?

Trata-se de um estilo de jogo vistoso, bonito e, sobretudo, irresponsável. Porque ele já dirigiu esse filme que não teve um final feliz: perdemos do CSA por 2×0 e foi sumariamente demitido.

Foi assim no Santos, São Paulo, Vasco e por onde mais treinou. Muitos jogos foram perdidos por essa extrema vaidade de querer ser o “novo Guardiola”, esquecendo que o Tic-Tac começa a ser implantado, no Barcelona, desde os infantis. Não nos profissionais.

Depois da falha acontecida, xingam o Fábio, o Lucas Claro é questionado, ele é demitido e quem vai para a segunda divisão é o Fluminense.

Tudo bem se fosse em Xerém, nos primeiros andares de uma formação. Pregar na cobertura, na graduação, uma matéria que não lecionaram, é um acinte. Um deboche.

Uma falta de respeito com nossa zaga que cresceu orientada a chutar a bola pro mato, que o jogo é de campeonato e, da segunda pra terça, vai chutar pro mato nossa permanência na Copa Sul-Americana.

Bem, estou avisando de véspera o que o treinador do nosso adversário, o Júnior Barranquilla, já passou para seus jogadores. “Apertem a saída de bola, que vão entregar o ouro!”

Quem avisa, Fernando Diniz, tricolor é desde garotinho. E garotinho, ponta esquerda do nosso clube que, treinado por Pinheiro, aprendeu desde cedo a sair jogando à partir da intermediária. De maneira responsável. E direitinho.

AS DÉCADAS DERRADEIRAS DO ANDARAÍ – PARTE 1 (1938 A 1943)

por André Luiz Pereira Nunes


O gradual e acentuado declínio do Andaraí Atlético Clube, histórica agremiação esportiva que pertenceu à primeira divisão do Rio de Janeiro de 1915 a 1924, se iniciou por ocasião da perda de sua praça de esportes e o posterior arrendamento a partir da Associação Atlética Portuguesa, em janeiro de 1938, através de um acordo do clube luso com a Polícia Municipal.

Alegando, portanto, possuir campo de jogo, a Portuguesa manifestou interesse em manter-se na Liga de Futebol do Rio de Janeiro (LFRJ) em definitivo entre os profissionais. O estádio, o qual apresentou à entidade, era justamente o mesmo que pertenceu ao Andaraí até 1934, quando o então presidente deposto, Jansen Muller, cedeu o espaço para os praças.

Como nada costuma ser uma mera coincidência no mundo do futebol, ele teria sido aceito como sócio da Portuguesa dias após ter sido banido do cargo máximo do Grêmio Alviverde. É evidente que a partir da cessão desse espaço esportivo, o qual já não mais pertencia ao Andaraí desde 1934, a agremiação entra em um profundo e irreversível estágio de decadência. As atividades foram mantidas, contudo de maneira frágil e irregular. Não só o clube, como seus jogadores, já não mais faziam parte do ambiente fabril do bairro, afetando consequentemente a identidade da agremiação, ferida ainda pela perda de outras modalidades esportivas como o basquete e o tênis.


Ao longo de 1939, o Andaraí passou a conviver com as ameaças de expulsão da Associação de Futebol do Rio de Janeiro (AFRJ). Em 17 de junho foi anunciado que o clube seria suspenso caso não cumprisse com as obrigações de filiado de acordo com o estatuto. Sem saber quando voltaria a atuar e com seus jogadores “presos”, portanto, impedidos de atuar em outras equipes, a agremiação vivenciou um ano praticamente ocioso.

Em mais uma infrutífera e desesperada tentativa de se reerguer, o Andaraí anunciou, em abril de 1940, não só o retorno do ex-presidente afastado Jansen Muller, como o plantel formado pelos jogadores de 1932 para atuar no campeonato da Associação de Futebol do Rio de Janeiro (AFRJ). O time daquele ano fora convocado a comparecer a uma reunião marcada na própria residência de Jansen Muller, localizada na rua Visconde de Santa Isabel, bem próximo à sede social do clube. Jogadores como Bianco, Aragão, Palmier e outros, que haviam se destacado oito anos antes já não se encontravam em favoráveis condições físicas. No início dos anos 1930 eram desejados por outros clubes que já haviam se profissionalizado. Por sua vez, o Andaraí só oficializou contrato com seus atletas depois da criação da Federação Metropolitana de Desportos (FMD), em 1935. Agora, esses jogadores atuavam em equipes que não faziam parte da liga profissional, como o próprio Dondon, zagueiro imortalizado pelo samba de Nei Lopes, dos anos de 1980, que vinha jogando junto a Bianco no Confiança, clube ainda mais modesto e vizinho.

O grêmio verde e negro ficava sediado na Rua General Silva Teles, a cerca de dois quarteirões da rua Barão de São Francisco, onde se localizava o estádio do Andaraí. Todavia, os esforços para refazer uma equipe, a qual obtivera certo destaque em um passado recente, a volta de dirigentes famosos e as tentativas de recuperar um espaço perdido entre os clubes de maior projeção da cidade se tornaram cada vez mais difíceis.

Em reunião realizada pelo Conselho Superior da Liga de Football, que controlava a AFRJ, no dia 29 de maio de 1940, ficou determinado o desligamento do Andaraí por ter infringido os estatutos daquela entidade. Portanto, já desvinculado da AFRJ, o clube não participou do Torneio Início daquela associação, realizado em 9 de junho de 1940. E, a partir daí, as notícias que traziam o nome de Jansen Muller e dos antigos jogadores provenientes do plantel do começo da década de 1930 tratavam apenas de jogos festivos e amistosos.

Entre 1939 e 1941, o time se restringiu a promover jogos e excursões sem compromissos profissionais a fim de relembrar tempos mais gloriosos.

Em 1942, o Andaraí passa a integrar o Campeonato Carioca de Amadores, Primeira Categoria, promovido pela Federação Metropolitana de Futebol (FMF). Com o estabelecimento do futebol profissional pela Liga Carioca de Futebol (LCF), em 1933, a disputa da antiga categoria de segundos quadros foi substituída pelo campeonato de quadros amadores, destinado aos atletas que não desejavam aderir ao profissionalismo. A campanha, no entanto, foi bastante insatisfatória. O clube ficou na penúltima posição, superando apenas o Carioca, com a campanha de 34 jogos, 6 vitórias, 6 empates e 22 derrotas, sofrendo algumas goleadas humilhantes.

Partidas: Primeiro turno: 29.03 – 2 a 5 Bonsucesso (F); 4/04 – 4 a 3 America (C); 11/04 – 2 a 6 – Vasco (F); 2/05 – 1 a 2 Fluminense (F); 10/05 – 2 a 5 Flamengo (C); 17/05 – 2 a 2 Carioca (C); 24/05 – 2 a 2 Ríver (F); 31/05 0 a 7 Confiança (C); 7/06 – 5 a 7 Olaria (F); 14/06 – 1 a 9 Botafogo (C); 28/06 – 3 a 4 Ideal (C); 5/07 – 6 a 1 Mavílis (F); 12/07 – 3 a 3 Bangu (F); 19/07 – 1 a 2 Ruy Barbosa (C); 26/07 – WO Canto do Rio (C); 2/08 – 1 a 1 Madureira (F); 8/08 – 2 a 6 São Cristóvão (C). Segundo turno: 16/08 – 6 a 4 Bonsucesso (C); 22/08 – 2 a 6 America (F); 29/08 – 0 a 6 Vasco (C); 12/09 – 1 a 12 Fluminense (C); 20/09 – 0 a 8 Flamengo (F); 27/09 – 2 a 3 Carioca (F); 4/10 – 2 a 4 Ríver (C); 11/10 – 1 a 2 Confiança (F); 18/10 – 0 a 12 Olaria (C); 25/10 – 1 a 17 Botafogo (F); 8/11 – 1 a 1 Ideal (F); 15/11 – 2 a 5 Mavílis (C); 22/11 – 3 a 2 Bangu (C); 29/11- 2 a 2 Ruy Barbosa (F); 5/12 – 5 a 0 Canto do Rio (F); 13/12 – 3 a 5 Madureira (C); 22/12 – 1 a 5 São Cristóvão (F).

Classificação da Primeira Categoria de Amadores:

1º Botafogo (campeão) – 64; 2º Flamengo (vice) e Vasco – 55; 4º Olaria – 52; 5º Fluminense – 51; 6º São Cristóvão – 43; 7º Ideal – 35; 8º Confiança – 33; 9º America – 31; 10º Mavílis – 29; 11º Madureira – 25; 12º Canto do Rio – 24; 13º Bonsucesso e Ruy Barbosa – 22; 15º Bangu e Ríver – 19; 17º Andaraí – 18; 18º Carioca – 15.


Em 1943, os times amadores passaram a integrar a Segunda Categoria da Federação Metropolitana de Futebol (FMF) por imposição das equipes profissionais que não desejavam dividir espaço. O campeonato foi disputado por Manufatura, Confiança, Andaraí, Ruy Barbosa, Ríver, Mavílis, Ideal e Oposição. O Andaraí, que atuou no campo do Mavílis, ficou na quarta colocação final no certame, cujo vencedor foi o Manufatura, ficando o Oposição na segunda posição. Na categoria juvenil o Grêmio Alviverde foi o lanterna. O campeão e o vice foram, respectivamente, Ríver e Ruy Barbosa.

Partidas: Primeiro turno: 13/06 – 4 a 3 Ruy Barbosa (C); 20/06 – 4 a 4 Oposição (C); 27/06 – 2 a 3 Manufatura (F); 4/07 – 1 a 2 Ideal (C); 11/07 – 5 a 2 Confiança (C); 18/07 – 1 a 1 Ríver (F); 25/07 – 6 a 3 Mavílis (C). Segundo turno: 1/08 – 3 a 1 Ruy Barbosa (F); 8/08 – 3 a 1 Oposição (F); 15/08 – 1 a 2 Manufatura (C); 22/08 – 1 a 8 Ideal (F); 29/08 – 3 a 2 Confiança (F); 5/09 – 3 a 4 Ríver (C); 12/09 – 3 a 2 Mavílis (F).

Classificação da Segunda Categoria de Amadores:

1º Manufatura (campeão) – 24; 2º Oposição (vice-campeão) – 19; 3º Ideal – 18; 4º Andaraí – 16; 5º Confiança – 12; 6º Mavílis – 10; 7º Ríver – 7; 8º Ruy Barbosa – 6.

CERA, VAR, STREAMING

:::::::: por Paulo Cézar Caju :::::::


Seja no sofá ou nos estádios, está cada vez mais difícil assistir um jogo de futebol do início ao fim! Além de não ser mais aquele espetáculo que estávamos acostumados, uma série de fatores contribuem para que os 90 minutos pareçam mais de mil! Com raríssimas exceções, os jogos são muito desinteressantes. Ontem estive no Engenhão para ver Botafogo x Juventude e saí mais aborrecido com o comportamento dos jogadores do que com o desempenho em si. Perdi as contas de quantas vezes o goleiro caiu no chão e pediu atendimento.

Na minha opinião, o buraco é mais embaixo e a punicão tem que ser severa e aos dirigentes dos clubes. Não adianta punir sós os jogadores. Além disso, os árbitros, perdidos em campo, pedem o auxílio do VAR em qualquer lance e a análise demora longos minutos. Os analistas de computadores inventam um novo termo a cada rodada, tentando complicar aquilo que sempre foi muito fácil pra gente, as propagandas são infinitas e interrompem os lances a todo momento.

Se já não fosse o bastante, ninguém sabe mais em qual canal ou aplicativo serão transmitido os jogos. Ontem, por exemplo, não consegui assistir Altos-PI x Flamengo porque a transmissão era exclusiva de um serviço de streaming. Pelo que me falaram, o modesto time deu um calor no rubro-negro, com direito a gol de bicicleta e tudo, mas não perdi nada além disso. A realidade é que assistir um jogo até o fim virou um exercício de paciência e eu não tenho mais idade para isso!

A dança das cadeiras segue firme e forte no futebol brasileiro e o personagem da vez é Fernando Diniz. Para quem não se lembra, o treinador saiu humilhado do Fluminense há pouco tempo e agora retorna como salvador da pátria! Como explicar um negócio desse? Por falar no tricolor, abriu 2 a 0 contra o Coritiba, mas conseguiu levar a virada e saiu derrotado do Couto Pereira. Não será fácil a vida do Diniz por lá. Sigo dando tempo ao tempo, mas o Botafogo está demorando a engrenar com esse novo time e, dessa vez, empatou com o Juventude em casa. Por fim, Tombense x Vasco foi um grande exemplo do que falei no início da coluna sobre a dificuldade que é assistir os 90 minutos.

Pérolas da semana:

“Com uma filosofia de jogo moderna, o treinador implementa uma marcação de bloco alta, baixa e média, para surpreender o adversário nos variados terços do campo, aproveitando a superioridade numérica quantitativa e qualitativa”.

“Após fechar os lados dos campos, o volante deu uma chamada na bola para o atacante agudo agasalhar no peito, deixar o adversário desconfortável e dar uma chapada na costura de rede”.

VINI JR. MALVADEZA


por Serginho 5Bocas

Em 3 de novembro de 2017, vaticinei aqui neste espaço, que o jovem Vinicius Junior estava pronto para voar. Um menino ainda, idade de juvenil, cara e sorriso de menino, um moleque abusado, que só queria ser feliz jogando bola e que foi vendido por uma fortuna para os nossos padrões.

Realmente foi muito dinheiro, principalmente para nós brasileiros, mas, talvez para os espanhóis, nem tanto, apenas um investimento, entre tantos outros. Se der certo capitalize, caso contrário, passa para frente, sem dramas. Eles fazem isso anualmente, realizando um “turnover” constante de jogadores que são os seus principais ativos.

Se naquela época, parecia uma heresia falar que o garoto da base flamenguista era uma joia, ainda hoje tem muita gente que vira a cara para a realidade e baixa o cacete na fera.

Mas naquele momento, ele já mostrava sua força física acima da média e a sua vocação para o drible em alta velocidade, sem contar a sua frieza de não se intimidar com jogos grandes e torcida adversária, coisa de quem foi criado na “porradaria” de São Gonçalo e dos que passam a infância jogando na pressão que é a base rubro-negra. 

O menino rapidamente se destacou e entrou para o grupo de elite do Real Madrid, que é simplesmente o maior clube do mundo. Assim, foi acumulando minutos em campo, gols e assistências para os companheiros. Quem diria que o “Neguebinha” ia se tornar Vini Malvadeza, calando a boca de muitos críticos.

Hoje ele é o principal parceiro do maior finalizador do time, Benzema, mas nunca foi fácil. Recebeu críticas até mesmo do atacante francês, maior beneficiado pelos seus passes.

Vini Jr. ainda está em processo de construção, mas mesmo falhando em algumas finalizações e em alguns passes, muito por conta de uma certa afobação e pela falta de um trabalho de fundamentos na base, continua a ser titular e temido pelos laterais adversários.

Só para efeito de comparação, assisto semanalmente o centroavante Gabigol perder gols em profusão e fazê-los também, mas não é tão criticado quanto este garoto.

Talvez o fato de ter sido criado na base do Flamengo seja uma das principais razões de ter que carregar este fardo. Se tivesse surgido em um clube com menor rejeição dos outros torcedores, talvez a vida dele fosse mais suave.

Por outro lado, é desses caras que a gente precisa em grandes competições, de jogadores que não sentem pressão, que recebem criticas destrutivas constantemente e sabem lidar com elas sem se abaterem. É esse soldado que o batalhão precisa na guerra.

Espero que a Copa do Mundo de 2022 no Catar seja o palco iluminado para o menino deslanchar. Mas se ainda não for a hora, a joia estará pronta para entrar em campo, quando solicitado. 

Grande Vini Jr Malvadeza! Arrebenta garoto, “tu é nosso”. 

Forte abraço

Serginho 5Bocas

DE ZÉ BAIANO AO DEUS DA RAÇA

por Mauro Ferreira

O sobrenatural comunga com os deuses e, obviamente, há algo de muito sobrenatural naquele gol.

Nascido sob o signo das águas férteis de São José do Rio Pardo, Antônio José Rondinelli Tobias foi para o Flamengo ainda menino. Cunhado pelos jogos de vôlei, a natação no rio e no clube e na colher de pedreiro, chegou àGávea batizado Zé Baiano, apelido de quando recolhia areia da ladeira para que o material não se perdesse durante as chuvas.

Chegou lateral, virou zagueiro e o apelido de menino ficou sob a tutela apenas dos mais íntimos. Por exigência de quem o levou, virou Rondinelli. E só. Das divisões de base ao gol espírita, uma história carregada de emoção. Da fúria ao choro, o rastilho é curto. E a faísca brota dos olhos até hoje, quando o assunto é Flamengo. É certo que usou outras camisas, incluindo a do arquirrival rubro-negro, só que a alma veste as cores do Exu campeão do carnaval carioca.

Antever e antecipar – verbos necessários na linguagem dos zagueiros – eram especialidades da casa. Como um punguista, surrupiava a bola dos atacantes adversários assim, do nada, surgindo das sombras. E, se não desse com os pés, usava qualquer parte do corpo para evitar um gol. Incluindo a cabeça, mesmo se a bola estivesse nos pés do artilheiro, ao feitio do chute. Ainda assim, não se conseguia enxergar a entidade.

O sobrenatural comunga com os deuses e, obviamente, há algo de muito sobrenatural naquele gol.

Até que 1978 chegou. Foi um ano triste. Até o gol. Até os 42 minutos do segundo tempo de um final de ano de final de campeonato carioca. Uma lesão na coxa tirou de Rondinelli uma Copa do Mundo. E por pouco não ficou fora da decisão do carioca daquele ano. Mas, como diz o ditado, enquanto não dá certo, é porque ainda não se chegou ao fim. Ainda haveria um fim. 

Num escanteio cobrado por Zico, a bola subiu muito.Assim como Rondinelli subiu ao ataque contrariando as ordens do capitão Carpegiani para que permanecesse na zaga. Mais uma vez, surgiu do nada para encontrar a bola de Zico no alto do templo, no tempo correto para esmagá-la com a testa e acertar a coruja do gol de Leão.

Fanática e fascinada, a torcida do Flamengo teve, ali mesmo, no templo da bola, uma conversa de pé de ouvido com Zeus, reapelidou Zé Baiano e garantiu ao Olimpo o surgimento de mais um deus.

Rondinelli renascia. Agora, com novo sobrenome: 

O DEUS DA RAÇA