DISCUTINDO PESQUISAS
por Idel Halfen

O passar dos tempos faz com que sejamos mais seletivos, o que inclui até as escolhas dos debates. Por mais que tenhamos argumentos irrefutáveis sobre certos assuntos, muitas vezes, dependendo do interlocutor, é melhor se calar.
Nessas horas, devemos ter como mantra a frase: “mais burro é o sujeito que tenta ensinar um cavalo a falar inglês do que o cavalo que não aprende”.
Dentre os assuntos que não vale a discussão estão as pesquisas no Brasil, aqui destacam-se as eleitorais e, mais recentemente, as sobre os tamanhos das torcidas dos times de futebol.
As eleitorais costumam ser taxadas de “fraudadas” se o resultado apontar o candidato adversário à frente e “corretas” quando o inverso ocorre. Ainda que as metodologias possam ser questionadas, condenar peremptoriamente resultados cristalizados em forma de tendências deixam evidente o quanto a paixão e/ou o fanatismo afetam a capacidade cognitiva das pessoas.

Já as contendas acerca do tamanho das torcidas são ainda piores, pois, ao contrário das eleições, onde quem tiver mais votos vencerá o pleito, o fato de se ter mais torcedores não implica em conquista de títulos, tampouco em garantia de vitórias frequentes.
Aqueles que torcem para os times ditos com maiores torcidas poderão argumentar que a quantidade de torcedores está correlacionada ao aumento de receitas advindas de bilheteria, de direitos de transmissão e de “marketing”.
De fato, uma maior quantidade de torcedores engajados – engajamento não costuma ser mensurado nas pesquisas – proporciona um potencial maior de receitas, todavia, isso dependerá do preço dos ingresso, do poder aquisitivo dos torcedores, da capacidade dos estádios onde ocorrerem suas partidas e da experiência que o espetáculo proporciona.
Quanto aos direitos de transmissão, temos que considerar que está havendo uma mudança nos critérios de divisão, de forma que o tamanho da torcida passa a ter menos peso na distribuição – o que talvez seja reflexo da maior consciência acerca da difícil mensuração.
Já no que tange ao “marketing”, a argumentação parte da premissa de que os clubes de futebol não comercializam patrocínio e sim espaço publicitário, pois acenam como retorno o número de aparições espontâneas do uniforme para “venderem” aquela propriedade. Agindo assim, ignoram que estão entrando em um mercado disputado por grandes players especializados na comercialização de mídia e que um clube de futebol tem em sua marca valores riquíssimos que, certamente, são atrativos e valiosos para as marcas que poderiam o patrocinar.
As receitas obtidas através das vendas de produtos licenciados têm peso pequeno nas contas dos clubes, visto que, além de dependerem da oferta – qualidade, quantidade, sortimento, preço e distribuição –, proporcionam margem pequena.

Então quer dizer que o tamanho de torcida não importa? Resistindo à tentação de fazer analogia à anatomia, acho mais prudente responder que favorece, mas não é garantia de performance, pois, é fato de que não existe a tal correlação perfeita entre torcida e receitas.
Convém esclarecer que, embora essas últimas reflexões tenham como base as pesquisas publicadas sobre tamanho de torcida, isso não significa admitir que as mesmas traduzam perfeitamente o universo de fãs, visto que, como já foi escrito anteriormente, seria necessário segmentar a amostra em critérios qualitativos de engajamento, afinal há uma diferença muito grande entre ser torcedor e ser simpatizante.
Todavia, ainda que ocorram falhas de metodologia e, talvez, até de definição amostral, são números a serem considerados e analisados, desde que, é claro, sejam repetidos numa frequência na qual se consiga identificar tendências ou mesmo concluir que não oferecem nenhuma credibilidade. Sim, a frequência é fundamental para evitar situações em que se constata, pasmem, que certos times, grosso modo falando, perderam cerca de 600 mil torcedores em quatro anos, um verdadeiro genocídio.
BASTIDORES DO PENTA RUBRO-NEGRO
por Elso Venâncio

Parece que foi ontem, mas faz 30 anos. Não tinha Zico e nem Romário, mas o velho Junior estava em campo para se consagrar como o “Maestro” da garotada, em seu canto de cisne, aos 38 anos de idade.
A CBF decidiu fazer o Campeonato Brasileiro com 20 clubes, no sistema de pontos corridos, mas em turno único. Os oito melhores passariam para a segunda fase da competição.
Na última rodada, os matemáticos diziam que o Flamengo tinha apenas 2% de chances. Quer dizer, estava fora da disputa! Dependeria de uma série de resultados. Principalmente, do arquirrival Vasco, que jogaria contra o fortíssimo São Paulo, campeão da Libertadores e que ganharia do Barcelona, ao fim do ano, o título mundial.
Em coro uníssono, a torcida cruzmaltina chegou a pedir para seu time “entregar” o jogo, para que o Flamengo não conseguisse a vaga. Contudo, o clube da Colina acabou atropelando o São Paulo: 3 a 0, em São Januário. Na mesma hora, no Maracanã, o Flamengo se impôs frente ao Santos: 3 a 1. A oitava vaga estava garantida. Só São Judas Tadeu para explicar a classificação!
Nos bastidores, dois dirigentes travavam uma guerra de vida e morte. Márcio Braga tinha ido à Justiça Comum contra uma alteração estatutária na CBF que perpetuaria na entidade o cartola Ricardo Teixeira, que com mão de ferro comandava o nosso futebol. A FIFA ameaçava desfiliar a CBF e o presidente do Flamengo não recuou: contratou advogados internacionais para irem junto com ele ao Tribunal Internacional de Haia.
Em campo, o Flamengo engatou resultados positivos e, desbancando Vasco e São Paulo, chegou à decisão com o Botafogo. Venceu o primeiro jogo por 3 a 0, banindo o carro-chefe do clube alvinegro, o atacante Renato Gaúcho. Na partida seguinte, a grande final, houve uma das maiores evasões de renda da história do estádio. O público anunciado foi de 122mil, mas havia mais de 150 mil torcedores no local e, assim, parte da arquibancada – onde ficava a Raça Rubro-Negra, uma das maiores torcidas organizadas do país – não suportou. Era uma tragédia anunciada! O que aconteceu? Torcedores despencaram na geral! Quase 90 feridos e três mortos. Em campo, empate em 2 x 2, garantindo o quinto título nacional para a Gávea.
O Flamengo comemorou a vitória no gramado enquanto fora das quatro linhas o pau comia… A CBF recuou e a diretoria rubro-negra só retirou a ação após confirmado o título. Se retirasse antes, o “VAR” da época teria impedido o inesquecível pentacampeonato.
A vitória de Márcio Braga só não foi completa porque ele acumulava a Presidência da Suderj e sabia que o Velho Maracanã, na época, necessitava urgentemente de reforma.
museu da pelada, o filme
por Rubens Lemos

O refúgio da velha guarda, amante do futebol-arte brasileiro chama-se Museu da Pelada, ideia luminosa, sacada de meia-esquerda criativo do jornalista vascaíno Sérgio Pugliese, carioca maduro, maneiro e gente boa. Faço parte da equipe de redatores porque Pugliese considerou meu texto afinado com a filosofia lírica dos programas exibidos em canal do Youtube.
Aqui mesmo de Natal, fiz duas entrevistas com Danilo Menezes. Na primeira, contou sua passagem desde o Uruguai ao Vasco da Gama(RJ), suas vitórias, suas jogadas de artista e os pesadelos vividos contra Pelé e Garrincha nos confrontos do Cruzmaltino diante do Santos e do Botafogo.
Satisfeitíssimo, aos 77 anos, Danilo Menezes celebra uma vitória duríssima em 1968 por 3×2 sobre o Santos na qual saiu do Maracanã com nota 9 do Jornal O Globo pelo futebol canhoto e criativo no sufoco diante do melhor esquadrão do mundo.
Contra Garrincha, sofria pela ordem tática de fazer a cobertura na marcação ao Torto, dando-lhe o segundo combate. Levou um drible diante de 130 mil pessoas no Ex-Maracanã, o das gerais, e levantou-se, humilhado , ao som das gargalhadas. Sorte que Mané perdeu o lance e o jogo por 2×1.
Em toque ousado de craque, Pugliese, que banca tudo com merchandising, fez um mini-filme chamando a todos nós, os nostálgicos, jamais melancólicos, à reflexão saudosista. O título dispensa debates: Já Fomos Bailarinos, Hoje Somos Robôs. É uma pintura, é a sagração do Museu da Pelada, de Pugliese e de todos os seus parceiros que simbolizo em Paulo Cézar Caju, o gênio rebelde e Embaixador do canal e André Mendonça.
É o choque sem medo com a realidade injusta do futebol brasileiro, em que menino com estatura de pivô de basquetebol é mais valorizado no gramado que o baixinho gingado e imarcável do drible. A síntese é: futebol hoje é dinheiro demais acima do talento.
Há um desfile sociológico. Antes, as famílias se chocavam com os diferenciados, os virtuosos, mas pobres, crias de morros e campos de várzea, como Paulo Cézar Caju que fazia malabarismo com uma bola de meia em favela próxima ao Cemitério São João Batista, onde jaz, o estilo moleque e encantador exibido por ele desde os 10, 12 anos.
A história mudou. Piorou. Ficou terrível. Os pais, não importa a capacidade dos moleques, veem nos garotos, um cofre de banco cheio de euros e ouros, forçando a barra para que limitados sejam aproveitados enquanto franzinos de drible fácil perdem no quesito do confronto corporal, imitação terrível das lutas de octógono.
Os clubes – tristemente assessorados por empresários de caráter duvidoso – apontam seus espelhos para o exterior e preferem os fortões. Que se misturam aos pernas de pau europeus, assimilam a barbárie do assassinato contínuo da bola. Um grosso é um serial killer, maltratando a plástica suave de um toque delirante e esgarçando tíbias e perônios rivais.
O que fica: a fantasia é familiar da liberdade, exercício da visão e do pensamento imbatíveis. Tinha que ser Pugliese a criar um espetáculo didático e emocional. Ele que, aos fins de semana, sai em seu carro caçando ex-ídolos, muitos em balcões de boteco, contando episódios imperdíveis do tempo do grito de gol ecoando pelas marquises e do bale-bola empolgando multidões.
Com o mini-filme, o Museu da Pelada se consagra. É nossa casa, é a fuga da mediocridade reinante de um futebol que já foi sem concorrência em qualquer continente. Futebol de país continental.
Na tradução literal, fomos bailarinos nos pentacampeões mundiais, em Ademir da Guia, Falcão, Zico, Sócrates, Geovani, Adílio, Pita e o melhor comentarista e cronista do Brasil: PC Caju. Hoje somos robôs. Sim, Somos Casemiros, Freds, Hulks, Jôs. Sacada genial do Museu da Pelada, a Academia de Letras e Cinemateca do futebol em arquitetura de Niemeyer.
PASSADO X PRESENTE
::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::

Certa vez, eu e Gerson Canhotinha de Ouro resenhávamos com a turma do Museu da Pelada quando Guilherme Careca, ironicamente, nos perguntou se os jogadores de antigamente conseguiriam atuar no futebol atual. Gerson, deu uma cortada radical: “Não jogaríamos de vergonha!”. Essa é uma questão totalmente sem sentido e a grande prova disso são os veteranos que seguem fazendo o seu pé-de-meia a cada rodada. Diego Souza fez um “de bicicleta”, Nenê continua carregando o Vasco nas costas, o Avaí acaba de anunciar Guerrero, Fábio vem salvando o Fluminense, o Corinthians está lotado de jogadores experientes, Miranda segue dominando os velocistas e Ganso vem jogando o fino da bola. E reparem o Ganso jogando, um toque só, parece estar em câmera lenta, como nos bons tempos do Canal 100. Mas alguns especialistas insistem com essa tese. Os jogadores atuais correm sem qualquer propósito, falta inteligência. Já dizia o genial Gentil Cardoso: “Quem se desloca recebe, quem pede tem preferência”. Ou também tem outra expressão famosa: “Quem corre é a bola”. Alguns atletas chegam a perder três quilos em um jogo e se formos avaliar sua atuação ela beirou a zero. Mas a mídia adora aquela chatice de “mapa do calor”. Por que insistem com essa chatice? É GPS, análise de desempenho e um monte de firulas. Tem chip em chuteira, uma penca de equipamentos tecnológicos, mas os jogadores sequer sabem dominar uma bola, fazer um cruzamento, bater uma falta. Os “velhinhos” atuais vão jogar até os 100 anos porque sabem tocar a bola, conhecem os setores do campo. O lateral Fábio Santos fez dois gols para o Corinthians e venceu o Galo, de Hulk. Dois veteranos que se destacam mesmo sem terem essa qualidade toda. Se eles conseguem, imaginem um Marco Antônio, de Vasco e Flu, e um Jairzinho Furacão!!! Meu Deus, o Jairzinho hoje faria 100 gols! A nova geração está lascada! Aprende a correr com os professores de Educação Física e o resto é o que acompanhamos nos estádios, uma lástima. E sabe porque não vai melhorar. Porque no intervalo das partidas, nas entrevistas, os jogadores repetem o discurso: “Agora, vamos para o vestiário ver o que o professor tem para falar”. Esqueçam, os professores não têm absolutamente nada a dizer!
Pérolas da Semana:
“A filosofia vai contra a dinâmica do jogo, tendo terceiro zagueiro jogando profundamente, dando tapa na bola e fazendo ligação direta no último terço do campo. Dessa forma, centraliza por dentro para morar no ataque ou encontrar o losango na frente”.
“Mais consistência na ideia para gostar do jogo e baixar a intensidade de um time reativo, azeitando os alas pelo lado do campo para encontrar o nove raiz. O objetivo é equilibrar a balança entre o emocional e o racional”.
Agora tem até torneio de X1. Nosso futebol está virando um circo mesmo!
O PORTENTOSO MAJOR PUSKAS
por Péris Ribeiro

Ainda verdinho, por volta dos 12 anos de idade – e vivendo, portanto, o limiar de todo o meu encanto para com o jogo da bola -, tive o prazer de conhecer de perto, em pleno Maracanã, a força criadora de um gênio de exceção chamado Ferenc Puskas.
Era verão de 1957, e naquele mês de janeiro, não poderia haver melhor proposta de amor eterno ao futebol do que ver, quase que noite após noite, a magia daquele time de camisas brancas que atendia por Honved de Budapeste. Tetracampeão do seu país e base da Seleção Húngara que assombrara o mundo, logo na primeira metade da década de 50, aquele Honved, podem crer, era uma senhora constelação. Um time repleto de estrelas. Grocsis, o goleiro, Bozsic, o médio-volante e os atacantes Czibor e Budai, mais o cabecinha de ouro Kocsis – artilheiro da Copa de 54, com 11 gols -, entrariam em qualquer seleção do planeta.
Mesmo assim, não havia como duvidar que o astro número um do tetracampeão magiar era o seu jogador da camisa número 10. Aquele gordinho baixinho, de pernas roliças e cabelos escuros lisos repartidos do lado esquerdo, que se movia com uma leveza, maciez e rapidez impressionantes para alguém do seu porte físico.
Capaz de dribles desconcertantes em plena velocidade e dono de uma incrível habilidade na troca de passes curtos – além de muita visão para os lançamentos -, era nas finalizações, no entanto, que Puskas impressionava pra valer. Seus chutes de canhota ganhavam a força de um canhão – e , pior para os inimigos : nunca erravam o alvo.
Nas noites memoráveis daquele verão de janeiro, pude vê-lo comandar vitórias consagradoras sobre o Flamengo e o Botafogo. Mas o jogo que não me sai da memória é o da estreia do Honved. Um acontecimento que mexeu com o Rio. Tanto que até o presidente Juscelino Kubitschek estava lá. E oferecendo, de quebra, uma rica taça com o seu nome para ser entregue ao vencedor.
No início, até que a coisa ia muito bem. Só que se Puskas, Kocsis e cia. mostravam muito do que sabiam, quem, afinal, resolveu acabar com a festa foi a garotada do feiticeiro Fleitas Solich. No final de tudo, o placar mostrava, para espanto geral, Flamengo 6 x Honved 4. E a noite de gala acabou sendo de Dida, Moacir, Paulinho Almeida, Henrique e Evaristo de Macedo – que, como capitão do time, foi lá em cima abiscoitar o belo troféu das mãos do sorridente Juscelino.
Excursão encerrada, eis que tomo conhecimento de que Puskas, Kocsis e Czibor não mais voltariam ao seu país. Tudo por conta da boçal invasão das ruas de Budapeste pelos tanques russos. O destino então passa a ser a Espanha , o grande eldorado dos craques europeus. O refúgio certo para abrigar o talento de Kocsis e Czibor – foram bicampeões no Barcelona, ao lado do nosso Evaristo de Macedo – e, particularmente, do genial Puskas.
É aí que, com a camisa merengue do Real Madrid, aquele gordinho de pernas roliças e cabelos escuros lisos repartidos do lado esquerdo, volta a brilhar como nos velhos tempos do próprio Honved e da Seleção Húngara. Ainda mais por contar ao lado com talentos luminares, bem ao seu porte e estilo, como o argentino naturalizado espanhol Alfredo Di Stéfano e o francês Raymond Kopa.
Pentacampeão espanhol pelo Real, Puskas ainda dá-lhe o título europeu da temporada de 60, com uma exibição monstruosa diante dos alemães do Eintracht Frankfurt. O Real ganha de goleada, 7 a 3, e Puskas liquida o jogo logo no primeiro tempo, com quatro canhonaços de pé esquerdo. É também campeão mundial interclubes ( Real 5 x Peñarol 1, na decisão), e dá a si próprio, no final de tudo, um prêmio mais do que especial : o de artilheiro do Campeonato Espanhol por quatro vezes – três delas consecutivas.
Consagrado definitivamente como um dos maiores craques da história do futebol, Puskas, depois de encerrada a carreira, passou a dividir o seu tempo entre alguns negócios em Madrid – dentre eles, um animado restaurante. Com base nas delícias da gastronomia húngara, mas sem deixar de lado a farta comida espanhola – e seguidas viagens a Budapeste. Amante do bom vinho e da boa mesa, não havia, evidentemente, como não deixar de ficar mais roliço que no seu tempo de jogador. Ainda mais por fazer o tipo alegre, bonachão. Capaz de dar a vida por um bom papo.
Mesmo assim, o grande Puskas era capaz de deixar escapar, volta e meia, que uma espécie de aflição vinha perturbar- lhe o sono. É que a derrota daquela mágica Hungria – então a grande campeã olímpica, e invicta há mais de 30 jogos – ainda era capaz de invadir- lhe as madrugadas. Sempre em forma de pesadelo.
E é dele, uma definição no mínimo lapidar, sobre aqueles trágicos 3 a 2 – Alemanha Ocidental 3 x Hungria 2 – do dia 04 de junho de 1954. Particularmente, depois de os húngaros terem massacrado os mesmos alemães por 8 a 3, na fase classificatória da competição.
– Olha, se a derrota do Brasil para o Uruguai, em 1950, foi um desastre, a da Hungria para a Alemanha foi pior. Foi um verdadeiro cataclismo!