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HOJE E 1982

por Rubens Lemos

Faltou coragem para convencer o motorista que me dava carona a parar por cinco minutos. Não mais que cinco minutos. Porque há 40 anos houve uma data mortífera para minha vida de menino prosseguindo nas repetições bastardas sobre aquela quase tarde de 1982.

Gostaria de ter pedido licença ao atual dono do imóvel, Rua Abelardo Calafange, Morro Branco, Natal(RN), onde iria procurar por mim mesmo, sufocado de saudades. Casa ajardinada, com ampla varanda, três quartos arejados, a sala de estar onde a velha TV Telefunken certamente apareceria para mim, como um fantasma eletrônico a martirizar o fragilizado espírito.

Deus, meu Deus, queria tanto que me liberaste a carta de alforria do meu sentimentalismo, combustível dos meus dias desde as primeiras travessuras.

Iria vasculhar a casa, entrar na cozinha, de onde mamãe emitia ordens expressas para tomarmos banho no horário correto e esperar a condução para a escola, pois meu pai raramente almoçava com a gente durante a semana.

Voltaria, meu Deus, à varanda. Lá, meu pai declamava poemas de Drummmond, de Quintana, de Berilo Wanderley, dele próprio, nas farras embaladas pela suavidade do violão de Domilson Damásio, pai dos meus amigos Denílson, Kleber( Klebão) e do mais novo, Zé Bastos.

Domilson dedilhava Lupicínio Rodrigues, Cartola, Ismael Silva, os velhos sambistas evocados e reverenciados por Rubão de bigode nicotinado e, foi dele Deus, que herdei, a emoção exposta na pequena piscina do seu olhar cansado e na sua voz aveludada.

Foi na sala de estar que, dia 5 de julho de 1982, vestindo uma camiseta simplória da Hering com distintivo da Confederação Brasileira de Futebol(CBF), juntei-me a papai e seu cigarro fumegante, à minha irmã, torcedora do Flamengo e ao caçula, de apenas seis anos e, feliz dele, sem entender nada do que a jornada faria com nossas vidas a partir de então.

Estávamos certos, embriagados pela traiçoeira armadilha da presunção, de que o Brasil sairia do Estádio Sarriá, em Barcelona (Espanha), tão glorificado quanto três dias antes, quando humilhou a Argentina campeã mundial com o astro-rei Maradona. A Itália – naquele dia não enxergávamos nada racional – por nós era sentenciada como time medíocre.

A vitória da Azzurra sobre a Argentina por 2×1, tampouco nos alertara, embriagados de soberba que estávamos, diante dos recitais de Zico, Sócrates, Falcão, Júnior, Leandro – que fábula de lateral-direito -, Éder e Oscar impondo-se com o porte dos grandes marechais de retaguarda.

Então, a Itália faz 1×0, cabeçada de Paolo Rossi. A bola viajou pela pequena área e o goleiro Valdir Peres não saiu para afastá-la. Valdir Peres nem na Copa, agora é fácil protestar, deveria estar, Brasil com dois veteranos fantásticos – Leão e Raul -, vítimas da teimosia siderúrgica do técnico Telê Santana.

Zico dribla, dribla não, Zico descadeira Gentile e serve a Sócrates. O Magrão toca entre Zoff e a trave, 1×1, explosão familiar na Abelardo Calafange. Alegria tolhida pelo passe ridículo de Cerezo atravessando a defesa. Como uma cobra cascavel de cantina, Paolo Rossi se antecipa e fulmina Valdir Peres:2×1.

Termina o primeiro tempo, meu pai sai para comprar cervejas e, sem ser convidado, vou com ele, agarrado à sua camisa e perguntando desesperado:

– Pai, vamos empatar? vamos, pai?

– Sim meu filho, acho que sim, mas vá aprendendo a perder, ele ensinou, colecionador de derrotas futebolísticas e, sobretudo pessoais, que machucavam sua alma lírica.

Falcão empata e, pela primeira vez, desabo em prantos em jogo de seleção. Choro muito, ajoelhado e rezando o Santo Anjo. Aí, Cerezo cede o escanteio mais idiota do mundo. Estava com a bola dominada e, nervoso, jogou-a pela linha de fundo. Patético.

A defesa faz a linha burra para deixar a Itália em impedimento. Júnior fica na pequena área. Paolo Rossi, verdugo, faz seu terceiro e decreta a nossa derrota, muito mais que a vitória deles.

A casa virou um cemitério. Perdemos. Eu aprendi que super-heróis eram enganações na acidez da verdade. Dor que me faz odiar aquela casa, aquela esperança, aquele fracasso e a derrota principal: meus pais estão mortos.

BRASIL 2 x 3 ITÁLIA, 40 ANOS DEPOIS

por Paulo-Roberto Andel

Tudo ainda está muito vivo em minha memória. Eu tinha treze anos e o mundo pela frente. Desde 1981 o mundo se curvava ao talento da Seleção Brasileira, lotada de craques e com atuações inesquecíveis.

Acordei cedo e fiquei na expectativa do jogo. Pela primeira vez eu não iria ver uma partida da Copa em casa. Meu amigo Ivan, também meu vizinho de prédio, me convidou para ver em sua casa. Éramos nós dois mais a irmã dele, a prima e a mãe.

Começou tenso, porque a Itália logo marcou um gol numa cabeçada de Paolo Rossi, mas o Brasil também deu o troco com um jogadaço de Sócrates, o Doutor, a fera cerebral do Brasil com seus toques geniais de primeira e de calcanhar. Gritamos no empate mas estávamos tensos. Por outro lado, o Brasil tinha acabado de dar um baile na poderosa Argentina, o que aumentava nossa confiança.

Houve um branco, a Itália se aproveitou e fez 2 a 1. Paolo Rossi outra vez. Ficamos em silêncio, mas havia muito tempo ainda. Tínhamos a melhor seleção do mundo, precisávamos ter calma e confiança.

No intervalo comemos biscoito e tomamos Coca-Cola. A cada mordida e gole, dava para sentir certa apreensão. O Brasil não perdia um jogo há um ano e meio, era o favorito, brigava de igual para igual. A gente ia empatar o jogo.

Atacávamos, mas o gol não saía. Eles respondiam, tínhamos medo. Acompanhamos tudo em silêncio frente à pequena televisão. E foi aí que Falcão puxou a bola na frente da área e marcou um golaço! Explodimos. Nosso silêncio desabou em meio à comemoração. Os fogos explodiram na vizinhança. Copacabana inteira não gritou pelo gol, mas deu um urro que misturava alívio, dor e esperança.

Rimos e nos abraçamos. O Brasil se encaminhava para as semifinais da Copa da Espanha.

O problema é que o roteiro seria totalmente diferente das nossas expectativas. Veio um escanteio. Uma bola de longe chutada torta e – como assim? – acabou em gol. Gol. O terceiro gol. Gol da Itália. Paolo Rossi de novo, logo ele que tinha o nome parecido com o meu, me dando um castigo daqueles.

Da saída do meio de campo até o último apito de Abraham Klein, a gente só fez ruídos para respirar. Sabíamos o que nos esperava. A janela oferecia um silêncio de cinco mil cemitérios numa segunda-feira à noite. Ficamos tão congelados que nem pulamos quando Zoff fez grande defesa em cabeçada de Oscar, nem quando a Itália marcou o quarto gol, que acabou anulado.

Quando o jogo acabou, tive a reação que uma criança teria num dia de feriado: chamei o Ivan para irmos jogar bola na Lagoa. Ele topou. Combinamos de nos encontrar na rua em dez minutos. Então me despedi da prima, da irmã e da mãe, todas muito silenciosas, e fui rapidamente em casa, onde o silêncio de meus pais era também profundo. E depois de tantos silêncios, entendi que a mais profunda das tristezas nem sempre vem com sons.

Pensando na casa do meu amigo e na minha, aí chorei sozinho no elevador Atlas branco para dez passageiros. Os oito andares pareciam quinhentos. Me recompus, estava sozinho, ninguém me notou na portaria. Logo encontrei o Ivan e fomos chamar mais amigos para o futebol na casa de cada um – os telefones eram raros. Sozinho, pensei: perdemos 1982 mas vamos ganhar 1986. Sonho de menino.

Juntamos uma turma e fomos para a Lagoa a pé. A rua estava deserta. Não havia carros nem ônibus. Não havia pedestres. Nas portarias, não se via os porteiros. Éramos um grupo de garotos atravessando uma Copacabana fantasma, como se tivesse sido abandonada por seu povo. Descemos a Tonelero, atravessamos o túnel, seguimos pela Pompeu Loureiro e tudo era o silêncio de desolação, mas a gente carregava para sempre o amor pelo futebol.

Quarenta anos depois, eu continuo perseguindo o futebol. Demorou, mas vi o Brasil ganhar duas Copas do Mundo. Vi milhares de jogos e dezenas de milhares de jogadores. O futebol ainda é muito importante na minha vida, é uma presença diária. Mas o que penso daquela tarde de quarenta anos atrás é que, de algum jeito, aquilo mudou o jogo que tanto amo e a mim mesmo para sempre.

O futebol ensina muitas coisas. Não se pode vencer todas. Nem sempre o melhor vence. Nem sempre o melhor é tão melhor. Às vezes, o pior é muito melhor do que podemos imaginar. A Itália naquele dia foi melhor e depois se tornou uma merecida campeã. O Brasil perdeu, mas o sonho daquela seleção que encantou o mundo por um ano e meio foi tão forte que, hoje, quarenta anos depois, seu desenho de beleza e poesia ainda está entre nós. O Brasil de 1982, a Holanda de 1974 e a Hungria de 1954 são provas vivas de que há seleções condenadas à eternidade mesmo sem título.

Assim, volto ao velho elevador Atlas e me sinto livre para o choro, o mesmo dos meus treze anos.

A HORA DE PARAR

::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::

Ainda bem que aceitei o convite para assistir Fluminense x Corinthians. Primeiro porque pude conferir ao vivo o trabalho de Fernando Diniz, de quem sou admirador confesso. O mais engraçado dessa partida foi o Corinthians ter deixado algumas de suas “estrelas’’ no banco.

O treinador português, bambambam, deve ter pensado “se der algo errado coloco minhas armas secretas em campo”. Deu errado, ele colocou “as feras” e continuou apanhando. Mas foi muito legal ver o show da torcida homenageando o artilheiro Fred, que está prestes a encerrar a carreira.

Lembrei que não tive jogo de despedida. Parei aos 35 anos, no Aix de Provance, da terceira divisão francesa. Fui bem em todos os clubes, mas nenhum se propôs a organizar uma festa, talvez por meu perfil contestador. Mas em compensação participei de algumas inesquecíveis, como a de Michel Platini, em Nancy, com Pelé dando o pontapé inicial. A de George Theo foi mágica e joguei com Kubala, Di Stèfano e Puskas. Também teve a do peruano Teófilo Cubillas, em que joguei com Figueroa e Ancheta, e do chileno Caszely.

Foram momentos maravilhosos, mas ainda estou na flor da idade, 72, e já avisei aos amigos que meu jogo de despedida vem aí. Sempre gostei de surpreender! Esperem e verão!

Por falar em idade, Vidal, Cebolinha e Fernandinho foram contratados recentemente e agora posso afirmar que o Brasil virou um cemitério de veteranos desgastados e promessas que não vingaram.

Pérolas da Semana:

“Jogador de beirada, dando carrinho orientado para lá e pra cá, fatiando a bola por dentro e encontrando o jogador dominante para chapar a orelha ou cara da bola”.

“Jogo pegado encontrando as conexões do 4-1-4-1, encaixado com ideia de informação, usando a diagonal do último terço do campo, dando tapa na bola bandida. Dessa forma, é possível criar um modelo e padrão ao estilo da outra linha de 5 defensiva”.

TRICOLORES CHORARAM COM O ÍDOLO

por Elso Venâncio

A torcida tricolor chorou junto com Fred. Impressionante a reação da galera, não só no Maracanã, mas em todo o país, após o Ídolo entrar em campo, marcar e se emocionar durante a comemoração de seu gol contra o Corinthians.

É fundamental ter um Ídolo! Fred fez a torcida crescer. Apenas na semana passada, 8 mil associados a mais em apenas três dias. Incrível!

João Saldanha falava que clube grande podia até não conquistar títulos, mas a presença de um ídolo era obrigatória. Citava o Corinthians, ao longo do jejum de 23 anos. A torcida, com grandes contratações, se tornava cada vez mais apaixonada e gigantesca.

No mês em que o Fluminense completa 120 anos de fundação, Fred, aos 38 anos, aproveita o embalo para novas emoções. Ele se despede no próximo sábado, contra o Ceará. Amigos que moram fora do Rio me ligam querendo ir ao jogo, mas os ingressos estão esgotados.

Vamos aproveitar a empolgação da galera e relembrar momentos marcantes do tricolor. Qual o melhor time do Fluminense que você viu jogar? Qual é aquele que te traz as melhores recordações?

A Máquina que mais admirei foi a de 1976, já que houve duas, ambas formadas por Francisco Horta, o ‘Presidente Eterno’. Uma, em 1975; outra, no ano seguinte. Falo dessa: Renato, Carlos Alberto Torres, Miguel, Edinho e Rodrigues Neto; Carlos Alberto Pintinho, Paulo Cezar Caju e Rivellino; Gil, Doval e Dirceu.

Mas, que tal essa formação: Paulo Victor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Jandir, Delei e Assis; Romerito, Washington e Tato.

Em relação à Máquina Tricolor dos anos 70, Rivellino e Paulo Cezar Caju eram os principais craques do Brasil. O primeiro saiu quase expulso pela Fiel, após derrota para o Palmeiras na final do Paulista, em 1974. Já o ‘francês’ PC Caju foi repatriado ao Olimpique de Marselha. O artilheiro argentino Doval e o Capitão do Tri, Carlos Alberto Torres, eram duas outras estrelas de ponta naquela constelação.

O paraguaio Julio Cesar Romero foi um dos grandes ídolos do nosso futebol nos anos 80. Raçudo, rápido e habilidoso, Romerito levou o Fluminense ao tricampeonato carioca em 1985, após ter feito o gol do título do bicampeonato brasileiro, contra o Vasco de Roberto Dinamite, um ano antes. Delei, Ricardo Gomes, Branco… quanta gente boa! Além, claro, do infalível ‘Casal 20’: Washington e Assis faziam um ataque e tanto.

E os campeões cariocas de 1969, com Flávio Minuano e o catimbeiro Samarone? Vitória na final sobre o Flamengo, diante de um público superior a 170 mil pagantes. 3 a 2, o resultado. O time era composto por Félix, Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Denilson e Lulinha; Wilson, Flávio Minuano, Samarone e Lula. Todos treinados pelo mestre Telê Santana.

Em 1970 veio a conquista da Taça de Prata, o Brasileirão da época, com Mickey sendo decisivo: marcou gol nos quatro últimos jogos. Nessa competição, os tricampeões no México estavam em campo. Nomes como Pelé, Rivellino, Tostão, Carlos Alberto Torres, Gerson e Cia…

O time campeão de 1964 também não deve ser esquecido. Ainda contava com o gigante Castilho no gol. Na decisão, 3 a 1 sobre o Bangu. A equipe? Castilho, Carlos Alberto Torres, Valdez, Procópio e Altair; Denilson e Oldair; Jorginho, Amoroso, Joaquinzinho e Gilson Nunes. Elba de Pádua Lima, o Tim, também conhecido como ‘El Peon’, era o comandante.

O Flu conquistou com brilhantismo os Cariocas de 1971, 73, 75, 76 e 80. Depois foi tri, de forma magistral, na década de 80. Até chegarmos ao histórico ano de 1995. Naquela temporada aconteceu o épico Fla-Flu do gol de barriga do Renato Gaúcho. Romário, o maior jogador do mundo, estava do outro lado e saiu cabisbaixo.

No novo milênio o tricolor levantou outros quatro canecos cariocas: em 2002, 2005, 2012 e este ano. Após a conquista da Copa do Brasil, em 2007, veio o vice da Sul-Americana e Libertadores. Em 2009, Fred liderou uma impressionante sequência de vitórias, evitando a queda para a segunda divisão. Surge, então, o time de Guerreiros. Na sequência, dois novos Brasileiros. Em 2010, após 26 anos, e em 2012.

No primeiro, Muricy Ramalho era o técnico e Emerson Sheik fez o gol do título: 1 x 0 sobre o Guarani, no Estádio Nilton Santos. O time entrou com Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Diguinho, Valencia, Júlio César e Conca; Émerson e Fred. O argentino Conca foi, disparado, o melhor jogador do Campeonato. Participou de todos os jogos da campanha, sendo decisivo na maioria. Um espetáculo!

No tetrabrasileiro, em 2012, Fred se consagrou de vez no coração da torcida. Marcou duas vezes na decisão contra o Palmeiras, uma vitória por 3 a 2, em Presidente Prudente. Acabou sendo o artilheiro do Campeonato, com 20 gols. Hoje, é ídolo eterno das Laranjeiras.

Não podemos esquecer aquela equipe: Diego Cavallieri, Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean, Deco e Thiago Neves; Wellington Nem e Fred. Abel Braga, o técnico campeão, era o mesmo que esteve também à beira do campo no título estadual deste ano. Aliás, nos três últimos Estaduais conquistados.

Mas, e pra você? Qual o melhor time tricolor, o título inesquecível e seu ídolo preferido?

RECORTES DE UMA VIDA – PARTE 3

por Zé Roberto Padilha

Trabalhava na Prefeitura de Três Rios, em 1987, um ano após encerrar minha carreira, quando o Rubens Galaxe me indicou para ser técnico dos Infantis do Flu. Ele dirigia o Juvenis.

Primeira pergunta que fiz em Xerém, porque não poderia arriscar ficar sem emprego :

– O treinador infantil cai também?

Me falaram que sim. “Tanto que você está aqui assumindo o lugar do que caiu!”, responderam.

– Mas foi por resultado?

Não, erro de avaliação. O treinador também tem que observar jogadores indicados ao clube. E ele foi convidado a ir até Vitória-ES, observar dois garotos da Desportiva. Eram irmãos.

– E aí, o que aconteceu?

Bem, tinha o meia, o Rodrigo, que está com a gente, e ele não observou qualidades no ponta esquerda. Não indicou a sua contratação. Acontece que o Flamengo ficou com ele. E, que azar do treinador, no último Fla x Flu ele fez o gol da vitória. E aí…

– Que azar! Qual o nome do ponta?

– Sávio.

Ainda bem que ganhamos o título infantil e não perdi o emprego. Acontece.

De repente o Sávio não estava inspirado naquele fatídico dia em que o futebol tricolor perdeu um dos mais completos ponta esquerda que vi jogar.

Ou meu antecessor era maluco.