PRÊMIO CRIO ESPM
Haja coração!! Na noite de 8 de setembro de 2022, o Museu da Pelada recebeu o Prêmio @crioespm de Economia Criativa, que promove os talentos cariocas da área e vibramos como em um estádio lotado!
A nossa vontade, assim como nos bons tempos da Geral, era abraçar cada um de vocês para comemorar essa vitória que, claro, não é só nossa! Se no futebol costumam dizer que a torcida é o 12º jogador, aqui no Museu vocês são os nossos camisas “10”, os capitães que fazem do “Museu” esse timaço. Seja participando das resenhas, enviando textos ou interagindo nos comentários, todos nos ajudam diariamente a resgatar e eternizar a origem do nosso futebol!
Por isso, mais do que anunciar a conquista, hoje gostaríamos de agradecer a cada um de vocês e dizer que vem muito mais por aí!
Bora dar um soco no ar juntos???

AS MARCAS DE UM REINADO
por Zé Roberto Padilha

Assistindo Bragantino X Santos, nesta semana, e antes que me acusem “de não ter coisa melhor pra fazer” acabei recompensado com a exibição de gala de mais um “Menino da Vila.”
Dizem que por onde o Rei do Futebol pisou, a Vila Belmiro, ficou impregnado de sementes da genialidade. Ali se tornou a Serra Pelada da bola. Se abrirem os portões, derem oportunidades e orientações às novas gerações, serão esculpidos novos discípulos de Pelé.
Tem algo escondido naquele gramado que transcende nossa vã filosofia.
Depois do Robinho, Diego, Ganso e Neymar, surge pelo lado direito do ataque santista, usando a perna esquerda, outra preciosidade. Daquelas que o narrador do Sportv paga, com sua língua impaciente, as críticas que fazia ao garoto de 17 anos: “Tem optado erradamente nas decisões que toma para definir as jogadas!”
Um minuto depois, ele recebe um lancamento longo, em velocidade, parte junto ao zagueiro e dá um corte para dentro. E ante a saída do goleiro o encobre com um toquinho sutil.
Poderia estar conferindo a pesquisa Ipec, na Globo News, estar assistindo ao Telecine ou dando uma repassada no meu O Globo impresso. Mas os Deuses do Futebol foram mais generosos comigo.
E o show que esse menino, Ângelo, nos proporcionou superou qualquer outra atração que uma opaca segunda-feira tinha a nos oferecer.
Obrigado, futebol brasileiro, por conhecer sentado em nosso sofá, com exclusividade, o que o mundo da bola em muito breve irá aplaudir de pé.
ESQUECERAM DE MIM
por Zé Roberto Padilha

Sem dúvida, a posição mais carente da história do futebol brasileiro é a lateral direita. Tão inexpressivamente ocupada que o Tite apenas convocou um jogador para a posição, o Danilo. E mesmo assim porque atua na Juventus. Se joga no Fluminense…
Tirando Carlos Alberto Torres, que era um clássico, capitão do Tri, todos os que ocuparam aquela posição não tiveram destaque. Mas à exceção de Daniel Alves, que chegou perto, Leandro, que não atuou à sua altura, em 82, os demais não estiveram no mesmo nível dos seus companheiros de seleção.
Cafú, Toninho, Jorginho, Djalma Santos, Perivaldo, Maicon, Nelinho…e, acreditem, Fagner, um bom jogador, que foi titular na última Copa do Mundo.
Assistindo Palmeiras x São Paulo, vejo um especialista fazer certinho o dever de casa: Marcos Rocha.
Marca bem, realiza as coberturas e se apresenta no apoio. Erros de passes e cruzamentos? 0,5%. E ainda carrega um trunfo: seus laterais levam o veneno dos escanteios para dentro da área adversária.
Sempre atuou nos grandes clubes do nosso futebol, como Atlético-MG e Palmeiras, e é um colecionador de títulos: 6 estaduais, 3 Brasileiros, 2 Copas do Brasil e 3 Libertadores da América.
Uma pena que ele, aos 33 anos, dono de uma regularidade impressionante, atua em um clube mal colocado na tabela do Brasileirão e o Tite ainda não teve tempo de vê-lo atuar.
SELVAGERIA
::::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::::

Confesso a vocês que a indignação é tanta que a minha vontade hoje era de nem escrever nada! Quantas vezes vocês já me viram falar de desrespeito, violência, brigas, etc? Volta e meia bato nessa tecla aqui na coluna, mas vocês viram o que aconteceu nesse último fim de semana?
Sport x Vasco tinha tudo para ser um grande jogo, com duas equipes de tradição brigando para retornar à Série A nas últimas rodadas do Brasileirão. Não digo nem grande jogo em termos de futebol bem jogado, porque isso está em extinção, mas sim por uma festa bonita da torcida e muita vontade dentro de campo. O que vimos? Invasão, cenas de selvageria, pânico e terror. Sabe o que é pior? Vi muita gente, inclusive um dirigente do Sport, colocando a culpa no Raniel, autor do gol do empate nos minutos finais. O atacante balançou a rede e foi comemorar na frente da torcida rubro-negra, assim como eu fazia quando me xingavam, como Romário fazia, Túlio Maravilha, entre outros.
A verdade é que o futebol perdeu a graça e tão fazendo de tudo para que deixe de ser o esporte mais popular do mundo. Se já não fosse o bastante, as cenas de confusão e vandalismo se repetiram no empate entre Ceará x Cuiabá. Em uma das imagens, vi um menino sendo carregado por bombeiros e fiquei imaginando o desespero dos pais dele! Provavelmente nunca mais deixarão o garoto frequentar o estádio.
O que eu não posso deixar de falar é que, na minha opinião, a culpa é dos dirigentes, dos árbitros, que viraram galãs frescos, e, sobretudo, da federação, que não pune os clubes da forma que precisa. Depois de episódios lamentáveis como esses do fim do semana, o mínimo que eu espero é uma multa milionária, somada à perda do mando de campo por um longo período. Vamos ver no que vai dar…
Pérolas da semana:
“Em um termo mais acadêmico, o jogador visualizou se a bola estava coberta ou descoberta, evitando que a linha corresse para trás, para fazer o facão junto com os meias construtores pelas beiradas através de movimentos coordenados”.
“Com uma leitura definitiva de jogo, o time encorpado pressiona a segunda e última bola viva com consistência e intensidade ampulhetada, ligação direta e tapas na orelha da bola”.
Até quando vamos aguentar essas malas pesadas, Geraldinos?
DECISÃO É COM GABIGOL
por Elso Venâncio

O Flamengo é favorito? Sim, por dois motivos: pelo elenco que tem e pelo pavor que causa ao adversário.
Nunca vi, em decisão, um Corinthians tão acovardado como no primeiro jogo das finais da Copa do Brasil. Era para correr riscos…
Ah, numa decisão tudo pode acontecer… Pode, verdade. Mas Dorival Júnior tem um punhado de opções no banco e será que o português Vítor Pereira, que fechou os espaços com uma sólida defesa, mudará a forma de jogar?
Na Neo Química Arena, a Fiel, com mais de 50 mil presentes, e os paulistas saíram satisfeitos com o empate. Isso, mesmo com a recuperação do Renato Augusto, a volta de Balbuena e a afirmação do argentino Fausto Vera. Preferiram se defender com o chororô do lance do Léo Pereira. Cássio, que devia ser o titular da seleção na Copa, foi o destaque do jogo.
No Maracanã serão 80 mil rubro-negros. E, nas decisões, Gabigol cresce, ou seja, tem de novo tudo para ser decisivo. A “Nação” gosta, apoia e joga com ele. Yuri Alberto é perigoso, mas está sacrificado pelo esquema.
A importância das Copa do Brasil e Libertadores ninguém discute. Mas gostaria de ter visto o Flamengo caçar o líder Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Time das Copas? Há de se encontrar um meio-termo. Com esse grupo tão forte, o time pode ter três ou quatro mexidas por contusão ou desgastes. Ninguém gosta de ficar fora, acaba comendo demais, perde a concentração. Isso é normal. Rodinei, por exemplo, ultimamente vem demonstrando claramente estar acima do peso.
Um dia Mestre Nilton Santos me disse:
– No meu tempo os jogos aconteciam no fim de semana. Mas eu jogava em times amadores na quarta ou quinta e ainda ganhava um troco. Eu ia ficar só treinando?
Zico concorda:
– Eu quero jogar todas. O ritmo tem que ser mantido.
E você… acha que poderemos ter, em termos de emoção, o maior Flamengo x Corinthians de todos os tempos?