por Zé Roberto Padilha

A primeira foi cometida com o Fluminense. Tantos anos preparado com carinho, quatro refeições, profissionais qualificados à sua disposição em prol de sua formação, em Xerém, nunca ouvi dele um “Muito obrigado, Fluminense!”.
Agora, no Flamengo, que acaba de reajustar seus rendimentos por reconhecimento, não obrigado por contrato, algo pouco comum em qualquer profissão, Gerson está pensando em deixar o clube e partir para a Rússia.
A segunda ingratidão, pois vai ficar um pouco mais rico de dinheiro, e um pouco mais pobre como cidadão.
A terceira e última ingratidão, ele comete consigo mesmo. Quem, em sã consciência, deixa um clube que vai disputar o Mundial de Clubes, dar sequência à Libertadores para desaparecer do cenário esportivo um ano antes de uma Copa do Mundo?
Será que ele não lembra do Nino? Convocado para a seleção, trocou no Fluminense pelo…se eu não lembro, nem o Mercado Livre ou a CBF descobriu o clube e o país que atua, como receberia uma encomenda ou uma convocação?
Tudo bem que no Rio acontecem barricadas na Linha Vermelha, tiros diariamente trocados na Avenida Brasil. Porém, a ficar sujeito às bombas arremessadas pelos drones da Ucrânia já não se trata de ingratidão.
Mas de falta de informação.
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