por Luis Filipe Chateaubriand

Quando, há alguns meses, Zico declarou que o futebol brasileiro precisava ter menos jogadores estrangeiros em atividade no país, este escriba discordou parcialmente.

Concordou que esse era um problema.
Discordou que fosse um dos problemas centrais do nosso futebol.

Contudo, o signatário volta atrás.
É, sim, um problema do futebol brasileiro — e trata-se de um dos problemas principais!

Como Zico disse na época, soa absurdo haver um Fla-Flu em que 13 dos 22 jogadores em campo sejam estrangeiros.
Quando isso acontece, e em larga escala, o futebol brasileiro sofre — e muito — na formação de novos jogadores nacionais, oriundos das divisões de base dos clubes.

É preciso haver limitação no número de jogadores estrangeiros.
Não do total por clube, mas do número de estrangeiros presentes em jogos oficiais.

Propõe-se que sejam quatro por clube, por jogo, no máximo — (desconfia-se que Zico prefira três ou até mesmo dois).

É um grave problema, assim como o calendário, a questão da Liga, as arbitragens, os gramados, os estádios e as divisões de cotas televisivas.

Aqui, no Museu da Pelada, quem acompanha este autor há quase sete anos sabe que ele entende que pensamento é algo que evolui, e que estamos — e devemos estar — sujeitos a mudanças de ponto de vista.

Me penitencio e afirmo:

No futebol, o que Zico fala, está falado!