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PC Caju

CENAS DE GUERRA

:::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::

Mais um fim de semana de clássicos e mais episódios de selvageria e violência! Respondam com sinceridade: foi surpresa para alguém a briga das torcidas organizadas de Flamengo e Vasco nos arredores do Maracanã? Todo mundo sabia e o pior é que ninguém faz nada, as autoridades não punem, os jogadores se calam e os dirigentes se escondem. Recebi vídeos horríveis no celular de vândalos chutando um torcedor rival desmaiado no chão.

Há algumas semanas atrás, um amigo meu estava saindo do estádio do Maracanã de carro, com o vidro aberto, e tomou um soco no queixo simplesmente por estar vestido com a camisa do Fluminense. Frequento o Maracanã desde a infância e acho que nunca vi nada parecido com os tempos atuais. Costumava sair dois ou três minutos antes do apito final e agora estou saindo com 15 minutos de antecedência para não tomar nenhum soco ou algo do tipo. Daqui a pouco teremos que sair no intervalo!

Sobre o clássico, fiquei feliz demais com a vitória do Vasco da Gama! Por ter conquistado vários campeonatos no ano passado e contar com alguns jogadores renomados, o time do Flamengo me parece arrogante e isso traz uma motivação extra para o time rival. O Vasco jogou ontem com muita garra e poderia vencido com um placar ainda mais elástico se não fosse o pênalti perdido e as duas bolas na trave de Pedro Raul. Para não se complicar no resto do ano, o Flamengo precisa reformular o seu elenco que reúne diversos veteranos. A torcida já está sem paciência!

Por falar em sem paciência, meu Botafogo sofreu para passar do Sergipe na Copa do Brasil e que papelão fez o dirigente do time da casa. Partiu para cima da arbitragem, incitando a violência e ainda saiu com o rosto sangrando. Nada justifica a violência, em hipótese alguma!

Aproveitei o fim de semana para ver alguns jogos do Campeonato Paulista e do futebol europeu também, me surpreendendo com duas goleadas: Atlético de Madrid 6×1 Sevilla e Liverpool 7×0 Manchester United. Fiquei até com pena do brasileiros Casemiro, Fred e Anhony, que pareciam não acreditar no que estava acontecendo em campo. No Paulistão, o Santos tomou de três do Ituano e foi eliminado de forma vergonhosa. Gostei muito da permanência da Portuguesa-SP, mas fiquei triste pelo rebaixamento do São Bento, onde trabalha meu amigo Luizinho Rangel.

Não poderia terminar a coluna sem homenagear três pessoas muito queridas que nos deixaram neste fim de semana: Romualdo Arppi Filho, um árbitro educado e que era impossível brigar com ele, Lula, uma das lendas do Lagoa, do futebol de praia, e Sueli Costa, grande compositora. Muita força para os familiares!

Pérolas da semana:

“Ligação direta com leitura de jogo na linha de cinco ou de quatro, no último terço do campo centralizado, com rotação que traz consistência e dita a frequência para encaixar o falso nove que bate na cara da bola”.

“Linha baixa com intensidade de jogo alta para zerar a segunda bola do campo vivo e encontrar os dois alas que procuram identidade com o selo de referência”.

“O navio já partiu com conjuntura e se perdeu na contramão. A ideia de jogo faz o time ser competitivo, mas balança racional faz o time perder a confiança”.

A CASA DOS VETERANOS

::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::

Passado o Carnaval, finalmente consegui voltar a caminhar na rua sem tropeçar em garrafas ou latas de cerveja e logo fui abordado por um vendedor do quiosque:

– PC, o que achou do retorno do Marcelo ao Fluminense?

Parei para refletir e em poucos segundos consegui montar mais do que um time inteiro de veteranos com Fábio no gol, Fágner, Fábio Santos, Gil, Filipe Luis, David Luiz, Carli, Gum, Felipe Melo, Hulk, Nenê, Diego Souza, Cano, Luiz Adriano e por aí vai! A realidade é que jogar no Brasil virou uma teta e espertos são eles que aproveitam a oportunidade para voltar pra casa!

Sobre o Marcelo em si, acho uma excelente contratação para o futebol carioca, mas não acredito que vá jogar de lateral. Sempre admirei a habilidade dele, mas nunca foi forte defensivamente. Já não é mais um garoto e acho muito difícil atuar numa posição que gera tanto desgaste físico, correndo atrás da garotada.

Por falar nos meninos, li que o Endrick saiu chorando de um jogo do Paulista por estar numa seca de gols. Se Roberto Miranda, Jairzinho e Nilson Dias ficavam algumas partidas sem marcar, o que podemos esperar de um garoto de 16 anos? Uma hora ou outra o gol vai sair e só não podem sacá-lo do time para não abalar a sua confiança!

No fim de semana, também assisti Botafogo x Flamengo! Confesso que as expectativas já não eram altas, mas foi pior do que eu imaginava. Já falei algumas vezes o quanto acho péssimo o fato de pouparem jogador, né? Na minha época, ninguém gostava de ceder a vaga porque tinha o risco do reserva fazer uma excelente partida e virar titular. O que vemos hoje em dia é uma disputa para ver quem vai jogar menos.

Sobre o clássico, sem clubismo, acho que a arbitragem favoreceu o Flamengo ao não dar um pênalti e por anular um gol, que, na minha visão, foi legal. Quero ver o que os “titulares absolutos” do Flamengo vão aprontar depois do papelão que fizeram fora de casa. Tenho muitos amigos flamenguistas que já estão cantando vitória, mas vale ressaltar que o Del Valle tem um time organizado e que pode surpreender amanhã no Maracanã! Vamos aguardar!

Pérolas da semana:

“Marcação alta com ligação direta para atacar por dentro dos espaços ou pelos lados do campo com alas das escolas de samba para desfilarem na passarela do sambódromo ao invés do Maracanã”.

“Time mais encorpado com dinâmica de jogo consistente e intensidade com ritmo vertical ou diagonal dando tapa na orelha ou cara da bola de chapada ou estilingaço na direção da bochecha da rede”.

“Conectar ou encaixar o contra-ataque buscando várias bolas (só existe uma) na partida dinâmica para recalcular a rotação e destravar e jogar espetado”.

Analistas de computadores com linguajar insuportável estão acabando com o prazer de se assistir um jogo de futebol na televisão!

ESTADUAIS SEM GRIFE

::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::

Como de costume, fui dar a minha tradicional caminhada no Calçadão do Leblon e me deparei com um bando de mal educados, uma confusão e só depois fui entender que era um bloco. O Rio de Janeiro recebe turistas do Brasil inteiro que acham que podem jogar lixo na rua, urinar na calçada e por aí vai! Fiquei indignado com a quantidade de lixo! Bem diferente da folia do meu tempo!

Sem opção, voltei para casa e fui assistir aos jogos dos Estaduais. Para início de conversa, fiz questão de ouvir atentamente os analistas de computadores para anotar as pérolas da semana e mais uma vez eles conseguiram se superar! Vejam no fim da coluna!

Sobre os jogos em si, pareciam até o bloco que me deparei durante a minha caminhada: xingamentos, gritaria e muita falta de educação. Não sou a favor do término dos Estaduais, mas precisamos rever os regulamentos e, sobretudo, melhorar o nível técnico de todas as partidas.

Tema da última coluna, o Santos não pode se enganar com a goleada de 4×0 em cima da Portuguesa, que somou só míseros seis pontos em 30 disputados. Gostaria de ressaltar, inclusive, a minha profunda tristeza com a fase da Lusa! Um time de tradição, que já formou grandes elencos, com estádio próprio, não pode chegar a essa situação. Sabe quem é o treinador? Gilson Kleina! É o tal rodízio que sempre beneficia os treinadores e não acrescenta em nada aos clubes. Celso Roth também está de volta ai Juventude! Bato nessa tecla com frequência, mas confesso que estou ficando sem esperança alguma de mudança!

O Campeonato Carioca também anda mal das pernas e o Flamengo vive jogando com o time reserva por conta das infinitas competições que tem disputado. A final da vez é a da Recopa, mais uma competição que a Conmebol inventou para amontoar o calendário e arrecadar mais dinheiro.

Por falar nisso, li que a FIFA informou na última semana que, durante todo o ciclo da Copa do Mundo do Catar, arrecadou incríveis 7,6 bilhões de dólares. Quero saber quantos porcentos desse valor será investido para melhorias no futebol em si!

Pérolas da semana:

“A ligação direta proporciona uma leitura de jogo do jogador de beirinha para encarar a linha de cinco ou de quatro no último terço do campo centralizado, evitando a rotação consistente e a transição com frequência para o X1”

“O jogador de beirinha bateu na cara da bola, encaixando a bola para o adversário propor o jogo por dentro. Assim, consegue abrir espaçando na diagonal o campo e sempre de olho no retrovisor com farol ligado para ver quem vinha por trás com sangue nos olhos”.

Nós, geraldinos, continuamos sem entender esse linguajar dos analistas de computadores!

de mal a pior

::::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::

Se quem viu os áureos tempos do futebol brasileiro sofre com o nível técnico atual, imagina quem esteve dentro de campo fazendo a torcida sorrir os 90 minutos? Pois é, amigos! Clodoaldo, Lima, Mengálvio, Edu, Abel e Manoel Maria honraram a camisa do Santos e devem sofrer com o time atual do Peixe, lanterna do Grupo A do Campeonato Paulista, atrás de Bragantino, Inter de Limeira e Botafogo-SP. Para se ter noção, o alvinegro empatou com São Bernardo, Ferroviária, Água Santa e perdeu para o Palmeiras no último fim de semana. Peguei o Santos como exemplo, muito pela minha relação com o clube. Embora nunca tenha atuado por lá, sempre gostei muito do Peixe e, na infância, cansei de torcer por Pelé e cia. Mas a verdade é que esse “vírus” ataca o futebol brasileiro como um todo. Se antes cada clube tinha pelo menos três craques fora de série, hoje não temos mais nenhum no Brasil. Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Vasco, Fluminense, Botafogo, Flamengo… Nenhum desses! E olha que a imprensa vive tendo emplacar um novo craque, quando surge um menino que faz duas ou três embaixadinhas. No meu Botafogo, por exemplo, bastou o Jeffinho fazer algumas boas partidas que já se transferiu para a Europa. Torço muito pelo sucesso do garoto e consigo enxergar um potencial, mas precisamos ter calma antes de taxá-lo de craque. Talvez o último jogador um pouco diferente dos demais seja o Vinicius Jr., que vem sendo alvo de ataques racistas na Espanha. Por perder as contas das inúmeras vezes que fui ofendido no Maracanã, tenho propriedade para falar que a melhor resposta dentro de campo, aplicando chapéu, caneta e metendo gol! Por falar em futebol europeu, acompanhei a rodada do Campeonato Inglês e, como um bom fã das zebras, celebrei as derrotas de Arsenal, Manchester City e Liverpool. É bom o Arsenal abrir o olho para não perder a vantagem que construiu nas primeiras rodadas. Não poderia terminar a coluna sem homenagem a querida Glória Maria, lenda da TV brasileira que nos deixou recentemente. Se Angela Davis é uma grande ativista pelos direitos dos negros e das mulheres, via a Glória Maria como a maior repórter negra, referência para muitos talentos. Deixou um legado gigantesco e um vazio enorme em nossos corações! Descanse em paz!

Pérola da semana:

“Para explorar o X1, o central aciona o jogador de beirinha através da ligação direta e espeta as linhas de quatro ou cinco com a bola viva por dentro para atacar os espaços”.

“Com intensidade e consciência, o time consegue ser explosivo na diagonal e na vertical para surpreender o adversário no último terço do campo, centralizando a segunda bola”.

Geraldinos, haja saco e paciência para entender tantas asneiras dos analistas de computadores!

DESCONTROLE EMOCIONAL

:::::::: por Paulo Cézar Caju ::::::::::

Nunca escondi minha admiração pelo trabalho de Fernando Diniz, mas acho que ele está jogando tudo por água abaixo por conta de seu temperamento. Essas caras e bocas não ajudam em nada. E o pior que ele e Abel Ferreira, do Palmeiras, são dois nomes cogitadíssimos para assumir o comando da seleção brasileira. O descontrole emocional de Abel durante a partida contra o Flamengo foi patético. Será que o departamento de psicologia do clube o convoca no dia seguinte para rever as imagens? Isso acaba influenciando no comportamento dos jogadores.

Ele, Fernando Diniz e os integrantes das duas comissões técnicas vivem sendo expulsos. Que chatice! E a estratégia de Fernando Diniz precisa ser revista. Se formos comparar o Botafogo venceu o Fluminense da mesma forma que o Palmeiras venceu o Flamengo, com uma defesa sólida e saídas rápidas no contra-ataque.

Flamengo e Palmeiras jogam de forma ofensiva, mas o Verdão me parece ser mais jovem e se recompõe muito mais rápido quando perde a bola. Dorival fazia isso muito bem, mas foi dispensado sabe-se lá por quais razões. Sem João Gomes o Fla perdeu muita força e Gerson, Arrascaeta e Everton Ribeiro não marcam ninguém.

E pela rodada na Europa nota-se que camisa já não impõe tanto respeito. A Juventus perdeu para o Monza em casa, o Milan foi goleado pelo Sassuolo, o Brighton venceu o Liverpool e o PSG empatou com o Reims. Aí vem aquela turma, assim como Gabigol falou após a derrota, dizer que é início de temporada e a filosofia do novo treinador ainda não foi incorporada. Mas a imprensa adora ser enganada, eu tô fora.

Por fim, gostaria de expressar a minha indignação com o empréstimo do garoto Jeffinho para o Lyon na véspera do fechamento do mercado. Um jovem com enorme potencial…

Pérolas da semana:

“Com o objetivo de empurrar o adversário para o precipício com intensidade, o treinador espaça seus alas pelas beiradas do campo e busca travar a bola viva, estancando a sangria do time com o jogador agudo que faz a leitura sob a linha de quatro centralizada”.

“O zagueiro espetado na transição se esparrama por dentro para destravar o jogo encaixado e quebrar a segunda bola. Assim, consegue bater um mano com o adversário incisivo na linha terminal em diagonal”.