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Moraes Moreira

OS NOVOS BAIANOS E O FUTEBOL

por Wesley Machado


Os Novos Baianos voltaram a se reunir em 2016 para um show após 17 anos sem todos da formação original. Mas mais do que um grupo musical, os Novos Baianos eram um time de futebol. Gostavam tanto ou até mais de futebol do que gostavam de música. Tanto que o 3º disco do grupo, de 1973, foi intitulado Novos Baianos F. C., tendo dado origem a um documentário homônimo.

Eles chegaram a jogar dentro de um apartamento no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, onde moraram, antes de se mudarem para o sítio Cantinho do Vovô, no bairro de Jacarepaguá, também no Rio.

Foi no campo do Cantinho do Vovô que a bola rolou com força em partidas bastantes disputadas. E os magricelos eram bons com a pelota. Ainda tinham o reforço de craques como Afonsinho e Nei Conceição e participação especial de Paulinho da Viola.

Em contrapartida, Moraes Moreira, que nos deixou nesta segunda-feira (13/04), jogava no time de Afonsinho, o Trem da Alegria. Os Novos Baianos apareceram em várias imagens com camisas de times de futebol.


Moraes Moreira, um flamenguista inveterado, autor de músicas sobre o Rubro Negro, como “Vitorioso Flamengo” e “Saudades do Galinho”! Pepeu Gomes também era rubro-negro, tanto no Rio como na Bahia, onde torcia para o Vitória. O letrista Luiz Galvão, Vasco; o baixista Dadi, Botafogo.

Há ainda quem apareça em imagens da época com camisas do Santos, do Santa Cruz e até do Olaria.

AGORA COMO É QUE EU FICO

por Marcos Eduardo Neves 


Despertei com a notícia da morte de Moraes Moreira. Foi encontrado caído no chão sem vida pela empregada que havia chegado para trabalhar e percebeu o gás aberto. Moraes tomava medicamentos para pressão. A grande imprensa fala em infarto fulminante, mas fonte segura me avisou que ele era muito distraído – e era mesmo, isso eu pude constatar!

ACABOU CHORARE para o BRASIL PANDEIRO nesta segunda-feira. BESTA É TU, se não conheces direito a obra de Moraes. O MISTÉRIO DO PLANETA era um dos gênios imortais da MPB. Com ele A MENINA DANÇA, seja ela loira, morena, índia ou PRETA PRETINHA. Os meninos também. Não à toa, PELAS CAPITAIS só se fala disso. LÁ VEM O BRASIL DESCENDO A LADEIRA com mil homenagens a quem, COM QUALQUER DOIS MIL RÉIS, alegrava a plateia sem fazer esforço.


POMBO CORREIO me passou que o mestre do cordel contemporâneo esqueceu a COISA ACESA e a moça da VASSOURINHA ELÉTRICA bateu de frente com a tragédia ao chegar. Não importa. Gosto dele desde que calçava o CHINELO DO MEU AVÔ e a seu lado tive duas passagens mágicas, SINTONIA profunda em ambas. Primeiro, numa entrevista. Depois, no lançamento de um livro meu, faz um ano e meio. Tenho SANTA FÉ que ele agora CHAME GENTE para cumprimentá-lo no Além. Divertidas as próximas baladas no céu.

Aqui na Terra, ficam as SAUDADES DO GALINHO, saudades minhas, saudades nossas desse rubro-negro que soube levar a vida como novo baiano e autêntico carioca. Solto um GRITO DE GUERRA: Agora, como é que eu fico nas tardes de domingo sem a LENDA DO PÉGASO para aplaudir? O CAMINHÃO DA ALEGRIA freou.  PAROU POR QUÊ, POR QUE PAROU? Só Deus há de saber. E ISSO AQUI O QUE É? Ainda estou sem resposta.

Eis aqui o meu respeitoso e apaixonado POEMA DO ADEUS.