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TOCO Y ME VOY

por Mateus Ribeiro


Reinaldo Rueda

No último domingo, o Flamengo foi derrotado pelo Vitória, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. A derrota inesperada culminou na demissão do treinador Zé Ricardo.

Nada de anormal, uma vez que tal prática é uma certeza no caso de uma campanha que não satisfaça aos anseios da torcida. Some a essa já insuportável pressão todo o carnaval que a imprensa fez em cima do jovem treinador. Pronto, a bomba está feita, e o “Fora, Zé ricardo” foi atendido.

Menos de 48 horas depois do anúncio, nem esperaram o presunto esfriar, e nomes começaram a pipocar pelos programas esportivos, e pelas redes sociais. Dentre os nomes, me deparei com o nome de Reinaldo Rueda.

Além das costumeiras especulações, algo me chamou a atenção: a loucura da torcida no Twitter e no Facebook , com direito até a criação de hashtags.

Reconheço que o trabalho dele ano passado rendeu bons frutos, coisa e tal. Mas não é por isso que consigo acreditar que estão colocando o treinador em um pedestal que não é de seu merecimento. Venhamos e convenhamos, fora o título do ano passado na Libertadores, não restam muitas glórias em sua carreira. Talvez o fato de ter classificado a Seleção de Honduras para a Copa 2014. Enfim, na minha modesta opinião, um time do tamanho do Flamengo merece um treinador com muito mais casca , e menos holofotes, de preferência.

Ainda falando de Rueda, ouvi de um comentarista (que graças a Zeus já esqueci o nome) que PARTE da torcida rubro negra DESEJA um treinador estrangeiro. E aí chego no ponto que queria: o fato de que muitos torcedores brasileiros enxergam uma competência fora do comum pelo simples fato de um jogador ou treinador falar espanhol.


Defederico

O caso clássico, que todos amam falar, é o do argentino Defederico no Corinthians. Chamado por alguns mais alucinados de “Novo Messi” (realmente, era o novo Messi e só o Corinthians prestou atenção em seu futebol), chegou com toda a pompa possível no Alvinegro de Parque São Jorge. Claro que um jogador contratado por um DVD não tinha a mínima chance de dar certo. Não deu. Mesmo com muita gente insistindo por chances e mais chances. As chances vieram, o resultado não. E parte da torcida queria ver essa enganação em campo. O motivo? Acredite, muita gente imaginava que esse sem sangue tivesse a raça e a gana de alguns jogadores argentinos. Erraram feio, e o bibelô de alguns desavisados deve perambular por algum clube sem expressão.

Isso sintetiza esse fenômeno que há um bom tempo vem tomando conta do Brasil. Se fulano “hablou”, é craque. Ou um bom jogador. Dane-se a sua real qualidade, é argentino, uruguaio, ou chileno, traga pra cá que dá resultado. E numa dessas, o Brasil virou um belíssimo de um refúgio pra muito jogador que nunca sairia do continente, e ganha salário de nível europeu atuando na América (isso quando jogam).


Outro caso que merecia um pouco de reflexão é o de Juan Carlos Osório, com curta passagem pelo São Paulo. Após um bom ano dirigindo o Nacional de Medellín, Osório chegou ao São Paulo com fama de fazer o time jogar bonito. Bom, alguns torcedores ficaram iludidos e de queixo caído pelo fato do Professor Pardal fazer rodízios malucos, substituições equivocadas e entregar bilhetinhos aos jogadores. Fora isso, sinceramente, não fez absolutamente nada de revolucionário ou de novo, como alguns torcedores de arquibancada e torcedores disfarçados de jornalistas enchem o peito para falar. Sua passagem (até o momento, tenebrosa) pela Seleção Mexicana, mostrou que sua principal característica mesmo é tentar inventar e se aparecer mais que todo mundo. Mas ele é estrangeiro, então, tudo certo. Vai um Joel Santana ou um Geninho da vida inventar de fazer essas graças por aqui, pra ver o que não iria chover de críticas.


Ainda falando de treinadores, é bom a torcida do Flamengo abrir os olhos. Essa necessidade, esse desejo de ter alguém estrangeiro no comando quase botou água no chopp do Corinthians em 2005. Daniel Passarela substituiu Tite, e com seus métodos controversos, foi demitido tendo como maior marca uma bordoada dolorosa em partida contra o São Paulo.

Não estou falando que Rueda não vai dar certo. Muito menos que vai dar errado. eu realmente não sei. A única coisa que sei é que essa euforia simplesmente pelo fato de alguém ser estrangeiro já consagrou inúmeros cabeças de bagre pelo Brasil. Jogadores que não serviam em seus países, são enviados pra cá, endeusados sem entregar o mínimo do que se espera.

Isso sem contar a expectativa que alguns criam em profissionais que mal viram atuar. Caem em todo esse oba oba que alguns mais empolgados criam. E nessa onda, Escudero, Gioino, Santiago Silva, El Tigre Ramirez, Buffarini, Gareca, Maxi Biancucchi, e mais dezenas de gringos aumentaram seu pé de meia atuando por aqui. Não convenceram, e tínhamos profissionais do mesmo gabarito por aqui. Porém, a grama do vizinho é mais verde. Só se esqueceram que pode ser mais amarga também.

Hasta la vista, babes!

E SE EXISTISSE SMARTPHONE NO PASSADO?

por Mateus Ribeiro


Duvido que você não gostaria de ter registrado esse lance do DEUS Nilton Santos.

Ah, o futebol moderno… O foco do mantra raivoso que milhares de pessoas espalhadas pelo mundo mágico do futebol entoam todos os dias.

Obviamente, eu sou um dos que abomina o que aconteceu com o futebol: o balcão de negócios que o esporte bretão se tornou, o comportamento de celebridade que alguns jogadores apresentam, a imprensa oportunista que enche a cabeça de alguns com falsas promessas, os comentaristas entendidos que não entendem mais ou menos do que muitos de nós, as mesas táticas, e todo aquele combo que estamos cansados de ver dia sim, dia também. No que se refere a esses pontos, há muito o que se concordar com o pessoal que dispara a metralhadora da ira contra os carniceiros do futebol. Porém, alguns outros pontos exigem um pouco de reflexão, no mínimo.

De início, um dos temas mais recorrentes nas mesas de bar e redes sociais: AS CHUTEIRAS PRETAS !


Será que a chuteira colorida de Ronaldo impediu o penta em 1998?

Antes de tudo, eu sou absolutamente apaixonado pela chuteira preta. Primeiro, porque a cor sempre foi a minha preferida. Segundo, talvez por ter sido apresentado ao futebol quando praticamente só existia essa cor de chuteiras.

Por outro lado, tenho horror ao carnaval fora de época que virou o pisante dos jogadores de futebol de um tempo pra cá. Quando Rivaldo usava sua Mizuno branca, achava maravilhoso, talvez, por ser uma novidade. Porém, de repente, o que era exceção virou regra, e o resultado é esse verdadeiro disco de Newton que vemos hoje no pé dos chutadores de bola, desde o futebol amador até a final da Copa do Mundo.

Bom, eu não sou nenhum especialista em marketing esportivo, economia, vendas, ou qualquer coisa parecida. Porém, se estão sendo fabricadas e vendidas até hoje, é porque existe um público que compra. Infelizmente, não será o clamor das reclamações vazias (“ah, naquela época todo mundo usava chuteira preta”) que vai mudar esse cenário. Aliás, até mudou. De tanto o pessoal destilar o ódio, algumas marcas acharam uma ótima forma de encher os bolsos: voltar a fabricar as saudosas chuteiras pretas! Genial. Para as fabricantes, óbvio. Não vai ser um calçado com temática retrô que vai trazer de volta o encanto perdido.


Conseguiram deixar até as botinadas mais glamourosas.

Fazendo um exercício simples, imaginemos que nos anos 60, a Adidas ou a Puma decidissem fazer uma linha de chuteiras vermelha. Você realmente acha que Pelé, Tostão, ou até mesmo Yashin não iriam usar? O ponto é o seguinte: o problema jamais será a vestimenta. Parte do problema? Talvez. Causa? Jamais.


Para quem acha que chuteira preta e camisa por dentro do calção resolvem o problema, durmam com essa foto de Daniel Alves.

Logo após as chuteiras, a próxima da fila no Procon do futebol é a tecnologia: jogadores tirando selfies até quando comem bolovo na feira, torcedores registrando qualquer momento do jogo, e tudo o mais que permeia a caixa de comentários internet afora.

É gigante o número de pessoas que possuem um telefone com internet em mãos. Não dá para bater de frente com a tecnologia. Simultaneamente, o futebol é um culto que deveria ser mais respeitado. Da mesma forma que não é legal fazer check in no local onde você vai procurar a paz espiritual, é extremamente chato ir ao estádio pra ficar tirando foto, postando em rede social. Mas existe quem faz isso. E não são um ou dois. São milhares.

Novamente, vamos trabalhar a cabeça: você realmente acha que não existia ninguém tirando foto da cena abaixo com a gigantesca POLAROID?

Pois é. Mais uma vez, uma parte do problema, e não o que o ocasiona. Claro que não gosto de quem vai ao estádio e fica na minha frente tirando foto, postando em todas as redes possíveis e trocando comentários e hashtags. Mas é bem simples: se eu não gosto, não faço. Acabou. Isso torna o espetáculo mais chato, sem dúvida. Mas achar que isso tem mais culpa do que a qualidade baixa do futebol apresentado nos últimos quinze anos chega a ser infantil.


Veja a foto de Brehme cobrando o pênalti que definiu a Copa de 1990. Note que existe alguém tirando uma foto. Claro que pela relativa dificuldade em comprar uma câmera na época, e a facilidade para se adquirir um telefone celular (isso sem falar do tamanho) torna muito mais fácil registrar momentos históricos. Resumidamente: se existisse essa tecnologia no passado, todos usariam. Inclusive quem não era nascido e reclama tanto para o vazio atualmente.

Você não vai ser inocente de achar que Pelé, Maradona, Cruyff, Puskas não teriam um Instagram. Ou vai? Duvido. Você iria até seguir o perfil dessas feras. Longe de querer comparar eras e jogadores, uma vez que 90% dos jogadores da atualidade possuem o carisma e a personalidade de uma folha de papel vegetal.


Protestar pelo futebol é legal. Mas protestar no vazio não.

Enquanto isso, vamos caminhando, esperando por dias melhores nos gramados. Sempre com nosso celular nas mãos. Menos o Maradona, que penhorou o dele no corre.

Até a próxima!

300 VEZES CÁSSIO

por Mateus Ribeiro


Trezentos. Um número representativo. Tão representativo quanto Cássio na história do Sport Club Corinthians Paulista.

Trezentos. Um número enorme. Gigantesco. Tal qual Cássio. Tanto na sua altura, quanto em sua relevância.

Trezentos. Esse é o número de jogos que o Gigante completou ontem pelo Alvinegro de Parque São Jorge na vitória contra o Atlético-MG. E nós, que torcemos pelo Corinthians, só podemos agradecer e relembrar os bons momentos (que foram inúmeros, por sinal).

Cássio foi contratado no final de 2011, e no ano seguinte, era o terceiro goleiro, atrás dos medonhos Júlio César e Danilo Fernandes. Jogou algumas partidas, mas ainda não havia conquistado a titularidade. Após o titular Júlio falhar de maneira tenebrosa e contribuir para uma vexatória eliminação no Campeonato Paulista, Tite resolveu escolher Cássio para a meta Corintiana.

O primeiro jogo foi uma belíssima de uma fogueira: oitavas de final da Libertadores, fora de casa, contra o Emelec. Cássio fechou o gol. Começou a escrever sua história. História que todos conhecemos…


Passado o sufoco da primeira partida, veio a classificação para as oitavas, e já nas quartas, contra o Vasco da Gama, Cássio viveu um dos maiores momentos de sua carreira: após Alessandro cometer mais uma de suas presepadas, Diego Souza teve mais da metade do campo para escolher como faria o gol que classificaria o Vasco da Gama para as semifinais. Só não contava com Cássio em seu caminho.

Além de salvar a vida de milhões de torcedores espalhados pelo Planeta, Cássio ajudou o Corinthians a se classificar para as semifinais do torneio continental. No primeiro duelo contra o então atual campeão Santos, tão importante quanto o gol de Emerson Sheik foram as defesas do arqueiro, que ali, já havia conquistado um lugar no coração de todos os torcedores. Nunca na minha vida ouvi tanto o mesmo nome. Cada defesa difícil era um alívio e um grito diferente.

O resultado foi uma classificação inédita para a final da Libertadores, após um empate no Pacaembu. E o título, conquistado de maneira incontestável, contra o time mais temido da América do Sul nos últimos vinte anos.


Além do título, a torcida tinha algo mais para comemorar: o surgimento de um ídolo. Ídolo que aumentou sua lista de milagres na conquista do Mundial 2012 contra o Chelsea. Cássio se agigantou, fez defesas absolutamente memoráveis e garantiu mais uma taça para a galeria corintiana.

O restante da historia todo mundo sabe: títulos e mais títulos, todos com as mãos salvadoras de Cássio garantindo a máxima segurança.

E após cinco anos fechando a meta, eis que ontem foi o dia do jogo número 300. Uma marca representativa, ainda mais em uma época onde um jogador mal consegue fazer 50 partidas por qualquer clube brasileiro.

Assim como todo ser humano, Cássio falhou. Foi para o banco. Se recuperou. E hoje é um dos pilares do Corinthians.

Escreveu seu nome ao lado de grandes personalidades do calibre de Rivellino, Marcelinho Carioca, Ronaldo Giovanelli, Tupãzinho, Neto, Basílio, Gylmar dos Santos Neves, Zé Maria, Wladimir, e tantos outros monstros gigantescos que fizeram de tudo pelo Sport Club Corinthians Paulista.

Do fundo do coração, desejo que nosso gigante continue encarnando o espírito de nosso manto. Que continue fechando o gol. Que continue sendo um torcedor que defende o clube com unhas e dentes.

Obrigado, Cássio!

E VAI, CORINTHIANS!!!

CÃO QUE LATE NÃO MORDE

por Mateus Ribeiro


Muito barulho por pouca coisa. Assim pode ser resumida a passagem de Felipe Melo pelo Palmeiras. A expectativa criada em cima dele foi algo descomunal, inacreditável, absurda, em todos os sentidos. Tal qual em qualquer história, quando a expectativa é grande, a decepção é proporcional. Ao menos nesse caso, Felipe Melo não decepcionou, e foi um mico enorme.

Voltemos um pouco no tempo. Mais precisamente, para o ano passado. Palmeiras endinheirado, campeão brasileiro, torcida em lua de mel com o time. Contratações viriam para a disputa da Libertadores, o que é algo absolutamente normal e aceitável. De repente, do dia para a noite, o clube anuncia a contratação de Felipe Melo. Confesso que me assustei, uma vez que achava o jogador desnecessário para o projeto do alviverde. Bom, na minha opinião ele é desnecessário em qualquer projeto, e explicarei minha opinião no texto.

Dito e feito. Com poucos meses de clube, o volante foi afastado, e ao que tudo indica não atuará mais pelo Palmeiras. Uma história que tinha muitas chances de terminal mal. E terminou.

Novamente, vamos voltar no tempo. É notável e da ciência de todos que acompanham futebol que Felipe Melo nunca foi nada além de um jogador “ok” até oito, nove anos atrás. Sabe se lá Deus o motivo (na verdade, “desconfio” de empresários e patrocinadores), Dunga inventou esse cara na seleção. Até então, um jogador com passagens nada marcantes no Brasil, e que perambulou por alguns times da Europa, até chegar na Juventus. E em uma daquelas coisas que só o futebol (e alguns esquemas obscuros) proporcionam, foi parar na Copa do Mundo. No jogo da eliminação contra a Holanda, deu um belo passe para Robinho fazer o gol. Acredite se quiser, ele e sua legião de fãs usam esse lance até hoje para justificar todo o culto ao volante. Bom, venhamos e convenhamos que foi um dos únicos momentos de sua carreira que merecem ser relembrados. Porém, sua atuação no segundo tempo foi desastrosa (como a de todo o time, façamos justiça), e a coroação veio através da expulsão infantil após o pisão em Robben. Ali, Felipe Melo conseguiu reinventar sua carreira, por mais incrível que isso possa parecer.

Se antes Felipe era apenas um jogador sem muito protagonismo, após esse lance virou um personagem construído por doses cavalares de revolta, ódio e descontrole emocional. Começou a ser cultuado por torcedores da Turquia, e até mesmo por alguns brasileiros. Pior ainda: virou símbolo de raça e um dos ícones da tal “luta” contra o futebol moderno.


Antes que me venham com pedras e xingamentos, vamos encarar os fatos. Tudo isso seria muito legal, não fosse por um motivo: tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO que esse cidadão faz e fala é artificial. Plastificado. Ou, como gostam de dizer, fake. Nada ali soa verdadeiro. Mesmo porque em seus primeiros anos de carreira, sua única preocupação era jogar futebol. Depois que percebeu que dar chilique desnecessário proporcionaria mais momentos relevantes, resolveu encarnar esse personagem insuportável e desnecessário, porém, cultuado.

Alguns mais exaltados chegam a dizer que com sua presença, o 7 a 1 não teria acontecido. Concordo. Talvez com ele, o time da CBF talvez nem chegasse até as semifinais. Outros acham realmente relevante o fato dele ter se tornado ídolo de uma torcida pelo fato de se comportar feito um maluco. Enfim, no meio de tudo isso, Felipe conseguiu ir parar na Inter de Milão pra ganhar uns trocos. Não ficou muito tempo, e seu nome começou a ser ventilado em clubes brasileiros.

Já famoso pelas suas declarações vazias e seu comportamento similar ao de uma criança rica que não ganha os presentes que pede no aniversário, eis que Felipe Melo é apresentado no Palmeiras. Chegou falando que iria dar tapa na cara de adversário, porém, com responsabilidade. Difícil imaginar que um jogador dotado de tamanha necessidade de autoafirmação tenha responsabilidade profissional para qualquer coisa. Enfim, grande parte da torcida comprou essa ideia. Achou lindo. Adorou a ideia de pagar um salário exorbitante para alguém que, em 15 anos de carreira, não consegue fazer um vídeo de cinco minutos com seus melhores lances. Bom, por mais dinheiro que o patrocinador tenha, rasgar grana não parece ser uma opção muito saudável.


No início, tudo eram flores. Qualquer carrinho ou jogada que ele participava era um êxtase por parte de seu fã clube. Fã clube que mesmo depois de ver a canalhice que esse imbecil cometeu com Roger Guedes continuou o idolatrando. Fã clube que achava linda toda entrevista após o jogo, onde esse produto da imprensa fazia questão de gritar. Fã clube que achava lindo as comemorações agressivas dele em gols marcados pelo Palmeiras.

Não existem meias palavras para falar sobre esse cara. Felipe Melo não tem lugar no Palmeiras. Na verdade, em nenhum clube sério. Não há problema em ser um jogador superestimado, até porque, esses hoje existem aos montes. Os problemas iniciam quando ele começa a acreditar que realmente é do tamanho que o pintaram, e quando ele enfiou na cabeça que ser o meninão polêmico lhe traria bons frutos.

Trouxe a idolatria de alguns mais carentes e uma demissão. Demissão que eu espero que abra os olhos de dirigentes e comentaristas por aí.


Felipe Melo não é tudo isso. Não é essencial para ninguém. Tal qual o tal de Pepe, é um imbecil criminoso travestido de jogador de futebol. Fala muito. Joga pouco. Ilude demais. Uma equação que dificilmente dá certo. Durante um tempo, enganou. Espero que daqui pra frente, não engane mais.

Que no futebol, nasçam mais cães de guarda da volância. Porém, cães de guarda verdadeiros, e não fabricados. Afinal, de jogadores mascarados e sem alma, o futebol está cheio. E não precisamos de mais.

Até a próxima.

BONITO É VENCER JOGOS (E CAMPEONATOS)

por Mateus Ribeiro

Um dos assuntos mais falados em debates esportivos (seja em qualquer canal esportivo, seja na mesa do bar) é o tal do “jogo bonito”. Comentaristas e palpiteiros vivem discutindo sobre a maneira que os times e seleções mundo afora jogam.


O teor da conversa, geralmente, gira em torno de times que se preocupam “apenas” em vencer, e não em dar espetáculo. Começando pelos que esperam que o mundo do futebol seja um Barcelona gigante, com Messis e Neymares tabelando a todo instante, passando pelo saudosista que exige que todos os jogos tenham 300 oportunidades de gol, chegamos até o mais insuportável de todos: aquele que desmerece toda e qualquer vitória do time que baseia seu esquema de jogo no sistema defensivo.

Como se nas regras do futebol existisse algo que proíba o time de dar chutão, ou de terminar o jogo com menos posse de bola. Como se fosse pecado “jogar por uma bola” (a nova menina dos olhos dos comentaristas charlatões). Como se a FIFA fosse mudar as regras do futebol porque um time foi campeão apenas vencendo por 1 a 0.

A beleza do jogo pode ser vista por várias óticas. Um time não precisa encarnar o Ballet Bolshoi para encher os olhos da torcida. A eficiência também pode encher os olhos. Ainda mais no futebol dos dias atuais, onde talentos são escassos, e o coletivo manda.

É claro, óbvio e evidente que eu gostaria de ver um time que desse espetáculo. Porém, me deixa muito mais feliz uma vitoria simples com o mínimo de posse de bola possível. Afinal, o que ganha campeonatos são vitórias, e não apenas triangulações ou dribles.

Não temos mais tantos talentos surgindo como surgiam em outros tempos. E isso não é saudosismo. É um fato. Pode ser que na base os atletas sejam “podados”, proibidos de exibir seu pseudo talento em nome do “sacrifício” de jogar para o time. Aí, fica a critério do torcedor. Se ele preferir ver seu time perder com 300% de posse de bola do que ganhar dando apenas um chute no gol, azar o dele. Digo isso porque acredite, existe quem pense assim. Graças aos deuses do futebol, conheço poucas pessoas assim. Espero manter minha retranca social para evitar o convívio com quem tem esse pensamento, aliás.


Não, isso não é conversa de saudosista que acha que o futebol só prestava antigamente, antes que a patrulha do lacre futebolístico apareça com pedras coloridas e dando botinadas com chuteiras sem cadarço. O futebol continua legal, apesar de muitos problemas. E posso garantir; o problema não é o Chelsea de 2012, o Corinthians de 2017, o Atlético de Madrid dos últimos anos. O problema não é ganhar retrancado. O problema é achar que existe um Bergkamp em cada esquina e achar que todo time tem a obrigação de dar espetáculo.

Quem quer plástica, que vá para alguma exposição de arte. Por enquanto, a beleza do futebol reside em vitórias e títulos.

Até a próxima, fãs do 4–2–3–1.