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Marcelo Mendez

AMORES DE ALAMBRADO

por Marcelo Mendez


Imagem: Renato Cordeiro (UOL)

“Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo…”

Tudo bem, eu sei que quando Caio Fernando Abreu escreveu isso, nem de longe passou pela sua cabeça, pelo seu uísque, pela sua echarpe chique e pela sua mais linda e devassa intenção, falar de futebol. Quiçá de futebol de várzea que o amigo poeta não devia ter a mais remota idéia do que fosse.

No entanto, quanto mais passa o tempo, quanto mais domingos de futebol de várzea presencio, mais me sinto dentro desse sentimento que Caio escreveu, pelo meu mais torto viés. Intrigante…

Já não foi a primeira vez que pensei em criar uma distância entre eu e essa coisa maravilhosa que são as pelejas do domingo de manhã. Por uma reserva do coração, daquele apaixonado que morre de medo de se apegar ao amor com medo de não tê-lo adiante, quis ficar meio fora desse universo, mas, como descrito na frase do Poeta, tal e qual o amor, eis que lá vem a várzea para me dilacerar em encantos, versos prosas e odes pelos campos de bola do ACBD. Veio, amigos…

Me contaram da Copa São Bernardo de Futebol de Várzea. Mais de 146 times participantes, de todas as divisões e até os não filiados à Liga da Cidade. Uma copa democrática que ocupou os mais de 40 campos de São Bernardo ao longo dos últimos quatro meses em disputas eliminatórias de um jogo só. Um mata…

Durante o torneio, muito mais que uma partida de futebol, o que se disputava ali pelos terrões eram duelos. Debaixo de sol escaldante ou, sob um frio siberiano, as equipes ali se encontraram para disputar os seus mais obtusos sonhos. Uma prova de fôlego que chegava ao jogo final entre Marabá x Nós Travamos. Chegando no Estádio do Baetão onde acontecia o Match, a velha magia da várzea.

As equipes prontas, o mesário Tom e seu impecável terno preto, o auxiliar Gil com suas tropicalistas calças cor de salmão, árbitro atento, hino tocado e começa a peleja. Um instante em que o som que ecoa no mundo é da fúria dos instrumentos de samba das torcidas de várzea. Nesse momento, como que por capricho da criação me distraio do campo e olho para o alambrado.

De frente comigo, a alguns poucos metros, vi um senhor. De rosto colado ao alambrado e camisa do Marabá, o homem de cabelos grisalhos segurava nas mãos um galho de arruda. Com ele fez umas rezas, arregalou bem os olhos e então, não mais os desviou da cancha. Me chamou atenção a cena… O Torcedor. Mas não qualquer torcedor:

O torcedor de várzea.

Assim como eu, ele acorda cedo domingo.

Come seu pão com manteiga, engole seu café puro… puro como ele, forte como sua paixão. Beija a boca de hortelã de sua mulher, veste a camisa do seu time, sobe em cima de seus chinelos e com eles voa para muito além de Agadir; Vai para o campo de várzea.

De rosto colado no alambrado, o torcedor de várzea torce. Sonha amiúde, de maneira curta, por um átimo de encanto. Torce para algo que se aproxima de uma divindade, a divindade que lhe é possível. Uma entidade que toma conta de sua alma e o leva para muito além da razão, da quimera rasa dos sentidos.

A ele só lhe é permitido viver por poesia. Nada que seja meramente racional. Não! O torcedor de várzea está lá para louvar o improvável, o insólito, o gol do título feito por Beto do Marabá, a catarse de um titulo de futebol de várzea, o qual o torcedor tem plena convicção que só foi possível por conta de suas rezas e de suas mandingas. Um gol de Deus.

No dia em que Deus imitou Beto do Marabá. Para alegria do torcedor…

O DIA QUE O COROTE E MOLOTOV VIBROU

texto: Marcelo Mendez | foto: Maristela Ranieri


Era um dia diferente na várzea de Santo André.

Ao contrário dos domingos de sol, de manhãs de feiras livres, do gosto de pastel e dos cheiros dominicais, dessa vez a pauta era em um sábado que repentinamente se fez de inverno, em tons acinzentados que outrora talvez pudessem ser chamados de melancólicos, mas não.

Dada o quão especial era aquela pauta na várzea, o sol em acordo com o destino resolveu se recolher para gerar em mim um outro tempo. Um momento de mais silencio, de mais solidão até, para que toda reflexão acerca do momento que estava por viver, fosse feita.

Era um sábado. Dia de receber no campo do 7 de Setembro, em Santo André, o meu time, o nosso time. Corote&Molotov para além de time de futebol é uma experiência que ousa ser única no futebol. Uma união entre moradores de rua de três ocupações da região da Radial Leste em São Paulo (São Martinho, Alcântara Machado e Cimento) e ativistas que correm junto com esses moradores na luta por moradia.

Lembro de quando o companheiro Paulo Escobar me chamou para fazer parte de tudo. Não pude recusar.

Conhecendo a ocupação Alcântara Machado, conheci Carequinha, Gordinho, Tibuia, Olodum, Ceará, Baixinho, Índio, Carlos, Dione, Japa e mais outros que formam conosco o nosso time. Tive destes a honra de conhecer as suas histórias, lutas, agruras, dores e ouvi as mais lindas histórias de vida e resistência. Me emocionei por um milhão de corações que pulsam por paixão e fúria, que clamam por igualdade, que não querem pena de ninguém, querem justiça e não se fazem de rogado em lutar por tudo isso.

Começamos a batalhar então e o Corote já está na ativa há dois meses. As coisas do trabalho, no entanto, me impediram de vê-los em ação e isso só foi possível no último sábado, quando os amigos do Racing Sacadura nos enfrentou. Lá fui eu…

Em meio a esse sábado acinzentado e frio, encontrei meus amigos de time trocados, orgulhosos, felizes, na beira do campo e prontos para o jogo. Olhei para cada um de seus rostos e vi neles uma alegria que contagiaria a qualquer ser vivente. Mas ainda tínhamos que jogar e o match era duro.

Até o final perdíamos por 2×1 e Guilherme, o nosso técnico, se retorcia em táticas, enquanto eu, Caróu e Adriana torcíamos por uma sorte diferente daquela que tínhamos, quando Escobar bateu uma bola no gol e o goleiro do Racing rebateu.

No rebote, Dione correu. Mas correu por muito mais que apenas uma bola. Nos pouco mais de 20 metros que nosso menino atacante correu, uma vida veio à tona. Era correr pelo sonho, pela alegria, pelo que a vida jamais poderia deixar de dar para as 650 pessoas das ocupações da Radial Leste e para todos os brasileiros que lutam por moradia nesse País. Dione correu…

Pegou aquele rebote e estufou as redes. Gol! Comemorou como se a vida fosse de fato algo muito bom, abraçou seus companheiros de time, de luta e de vida e foi feliz como é de direito ser.

Nesse momento em que os nossos festejavam, me afastei. Fui para um canto do campo e vendo os jogadores do Corote&Molotov, chorei da mesma forma que se chora por uma grande vida. A lágrima grossa que me escorria a barba enquanto via os nossos felizes é a mesma que desce o rosto agora que escrevo essa crônica e eu devo a esses jogadores toda a alegria desse sábado que jamais deixará de existir em mim.

Obrigado, amigos.

Amo vocês, profundamente….

DESCULPA, BARONINHO!

por Marcelo Mendez


Da minha mais tenra lembrança de torcedor Verde, consta o sofrimento no ano da graça de 1981, quando o time de todo mundo só tinha craque e o meu, pobre e velho Alviverde, que outrora havia sido imponente em um passado que naquela altura nem era tão longínquo assim, só tinha ele: Baroninho.

Em meio a todas as dragas de Darinta, Toni Gato, Benazzi, Sena, Deda da vida, Baroninho jogava muito com sua perna esquerda e sua impávida camisa 11. O quanto podia. No afã dos 11 anos, eu o xingava como se fosse do mesmo tacho dos caneleiros, naquele velho ímpeto de menino torcedor. O tempo passou…

Veio o Setembro de 2016, agora tenho 44 e cuido da saúde ora veja…

Correndo ali pelo Campo do Nacional, perto de minha casa, eu vi Baroninho treinando o sub-alguma coisa do Santo André no campo ao lado, do Nacional. Ele é o técnico da molecada e por ali, passava treinos de fundamento para seus atacantes imberbes. Então, lá pelas tantas, cansado de tanto ver coisa ruim, ele resolveu bater na bola.


Com a velha canhota, dos dez chutes que deu, guardou oito no ângulo, no trinco mesmo. Deu bronca no seu atacante, riu do seu goleiro e como que se soubesse de meu passado de seu difamador, me lançou um sorriso e um desafio ao me ver sozinho na arquibancada do campo do Nacional, onde acontecia o treino.

– Viu como faz, Barbudo? Gosta disso? Dá uns chutes aqui com a gente…

Desafiado como um milhão de amantes perdidos, lá fui eu. Junto dele, bati na bola. Dos cinco chutes que o músculo da minha coxa deixou dar, guardei quatro. No final ele comentou.

– Olha que para o tamanho da sua barba e da sua pança, até que você manja da coisa.


Sorri. Era o fim do treino. Ele pegou uma garrafinha de Gatorade e me ofereceu um gole. Aceitei. Saímos do campo conversando, caminhando juntos como se fossemos amigos que as coisas do ludopédio não nos deixou ter sido.

Ao me despedir, ele me deu a mão. Eu apertei e como que por impulso eu disse a ele

– Desculpa, Baroninho!

Sem entender nada, ele me desculpou…

PALMEIRAS DE SANGUE

por Marcelo Mendez


O ano de 1997 foi duro…

Meu pai, cansado de lutas, das coisas da vida, doente, duramente doente, lutava contra todas as suas infecções renais, suas dores, suas mazelas de mortal que um homem da grandeza de meu velho não merecia ser. Meu pai merecia mais, muito mais…

Em uma daquelas noites de visita no Hospital Jardim em Santo André, enquanto eu me apertava numa poltrona ao lado de seu leito, o velho me chamou:

– Ei, Barbudo…

– Fala pai, que foi?!

– Quanto foi o último jogo do Palmeiras nosso??

– Ah! Se liga, pai! Dorme aí…

– Deixa de ser tonto, rapaz. Me diz! Ganhamos?

– Pai, o senhor já tá aí todo macumbado. Melhor deixar o Palmeiras pra lá, vai por mim…

Velho riu do jeito que podia e insistiu:

– Não se nega um pedido para um homem nessa minha condição. Diga quanto foi o jogo?

– Tá bom; Foi 0×0 os dois últimos jogos. O time tá uma merda. Agora dorme!

– Não!

– Que?! Como assim, “não”? Dorme aí caralho, quer morrer??

Nessa hora, meu pai fez toda a força do mundo, se levantou da cama, me pegou pelo braço e disse com a velha firmeza de sempre:

– Escuta aqui, moleque: eu sou teu pai e te criei para ser feliz. Te preparei para suportar as porradas da vida sim, mas não pra se render assim feito um boi lambão pra tudo que é dureza que aparecer. Que mais você quer? Que eu meta uma faca no meu peito? Você não tá vendo meu estado? Se eu tô te perguntando pelo nosso time é porque isso me da alegria e não importa o resultado de nada. Eu quero falar de futebol com meu filho, posso?

– Pai…

– Cala a boca! Promete a mim: domingo você vai lá no Palestra, vai torcer, vai gritar, vai tomar uma cerveja, vai abraçar um estranho na hora do gol e vai ser feliz…

– Pai, deita nessa porra!!

– Promete!!

– Tá bom, prometo!

Assim meu pai deitou e dormiu. Olhando pro velho torci muito pro meu Palmeiras contra o Paraná Clube uns dias depois e aí, depois do 3×1 quis muito contar pra ele. Corri pro hospital depois do jogo na hora da visita, mas ele não estava mais no quarto. Quando o médico chamou a mim e minha mana pra conversar, nos desenganou e nosso mundo acabou. Dois dias depois o velho morreu. Tristeza sim, mas não definitiva.

Em horas onde o sofrimento é latente, que a poesia ganha força de um milhão de exércitos pra ajudar o Poeta a suportar. Lembrei de tudo, do Palmeiras em mim, em nós.

Foi chorando na arquibancada do Parque Antártica em 1985 após a derrota de virada para o XV De Jaú por 3×2 que descobri que amava meu clube. Após a derrota para a Inter De Limeira, por 2×1 na final do Campeonato Paulista de 1986, que senti forte a dor de uma perda, por algo que você ama muito. Depois de um implacável 3×0 metido pelo Bragantino em um timaço nosso em 1989, eu entendi a complexidade, a dureza de manter um amor por toda a vida. Chorei demais em 1997 quando meu pai cansou dessa chatice e decidiu descansar desse mundo chato.

No dia do enterro do meu pai, fui ao Palestra Itália como eu o havia prometido alguns dias antes. E lá, vi o Palmeiras golear o Grêmio por 5×0, o que me fez me sentir um pouquinho menos triste.

Chorei.

 Chorei num misto de alegria e tristeza, mas, não tive mais dúvidas; Eu sou Palmeirense. Sou porque foi na miséria ludopédica plena que esse amor se consolidou. Amor de Trapo e Farrapo, minha bandeira de guerra, meu pé de briga na terra, meu direito de ser gente, como cantou Paulo Vanzolini. O Palmeiras é isso na minha vida; “Meu direito de ser gente”. E fui…

 

Pelo Palmeiras eu vivi tudo; Eu ri, chorei, xinguei, amei, odiei… Vivi a plenitude da existência e entendi que isso faz parte não só do esporte, mas da vida. Por isso, mais do que qualquer outro vivente do mundo, eu sei o gosto bom de ser Verde no coração. Sei pelo paradoxo disso tudo, do contrário que pode acontecer ou seja; Sei porque não preciso de nada… de mais nada além da paixão, para me sentir Feliz pelo meu Palmeiras.

Sei, porque o Palmeiras é muito mais que um clube de futebol para mim.

Sei porque entendi há muito tempo que o Palmeiras é um pouco de tudo que há no futebol. O Palmeiras é um drama, como na Cavaleria Rusticana, o Palmeiras é um sonho como num filme de Akira Kurosawa, o Palmeiras é uma tragédia como Carmen de Bizet, o Palmeiras é lindo como a Nona Sinfonia de Bethoveen, como a peça Jesus Alegria Dos Homens de Bach, é triste como o fim do primeiro namoro, é pleno como a fúria de uma paixão.

Aos teus 102 anos de vida, de grande vida Palmeiras, aqui está menino que tu criaste. Que jamais deixará de ser o menino palmeirense.

Hoje, homem de seus 45 anos, escritor, jornalista, apaixonado por Sandra, jamais deixará de ser o menino lá dos anos 70. Tudo que faço tudo, tudo que sinto tudo que eu sou vem do menino. O jeito latino, a malandragem do bem, incessante disposição na busca por encanto, o Palmeiras… Tudo é o menino.

Tudo é Palmeiras, tudo é festa pelo teu aniversário e ao invés de Parabéns, te digo o que direi por todo sempre:

Palmeiras, eu te amo…

A BICUDA DE TINUCA E AS PIZZAS DA MAFALDINHA…

por Marcelo Mendez


Em um sábado à tarde, de algum sol, decidi ir até o campo do São Paulinho do meu Parque Novo Oratório.

Fiquei sabendo que ali haveria a final de um torneio, a “Copa Pacotão”, que, perguntando aqui e ali, descobri tratar-se do nome do patrono do torneio, um empresário dono de um boteco nas quebradas do Parque São Rafael, que era o incentivador da coisa toda.

– Repórter, o vencedor, além do troféu, ganhará uma rodada de pizzas, lá na Mafaldinha Pizzas… – me contou a fonte que conheci ali, na grade do campo. E munido de informações necessárias, fui ao jogo em questão.

O match que valia o troféu e as pizzas da Mafaldinha era entre os times do Pouca Perna F.C. e o Em Cima Da Hora. Um time era do bairro do Vera Cruz e o outro do Sonia Maria, na divisa com Santo André. A eufórica torcida de uns 15 cachaças que se somavam a mim na arquibancada do campo do São Paulinho me falavam maravilhas do time do Pouca Perna. E então começou a peleja.

A partida era de uma ruindade intrínseca. Disputada a plenos bicões, chutes tortos, trombadas e raspadas de canela, o jogo corria. Os times, talvez sabedores dos encantos lá das pizzas, corriam e se esforçavam com uma dignidade inexorável. Eram homens atrás de réquiens, de glórias curtas que a várzea pode dar. Nesse momento me chamou atenção o camisa 11 do time do Pouca Perna.

Em um daqueles 0 x 0 virginais e indecentes, o jogo seguia. Após um desvio no fundo, o moço da camisa 11 se viu com a bola à sua frente, limpinha, solta, fácil de ser empurrada ao fundo das redes. Sabedor de tal primazia que esse momento do jogo pode oferecer, ele a recebeu, ajeitou seu corpo e então, de frente para um desesperado goleiro, enfiou seu pé embaixo da bola e a isolou sobre o gol:

– Puta que pariu, Tinuca! Como tu é ruim, porra! – esbravejou um dos 15 torcedores a meu lado, arremessando ao campo seu copo de plástico cheio de cerveja.

Tinuca…

Só pela exclusividade do nome, Tinuca já mereceria destaque nessa crônica. Afinal de contas, quantos Tinucas existem no mundo? Que coisa maravilhosa é a sensação de ser então único: Tinuca!

Observando-o em campo, vi que o seu futebol era de uma inapelável ruindade. Um grosso. Alto, de pernas infindáveis, meio arcado, Tinuca corria. Era comovente ver o quanto nosso limitado atacante se esforçava.

Tinuca tinha uma retidão de caráter épica!

Talvez por isso, a bola o procurava. Tinuca teve mais outras quatro chances de fazer o gol. Errou todas. A paciência do bebum da torcida já estava acabando quando então se fez a magia no campo do São Paulinho.

Eram uns 44 minutos do segundo tempo, quando todo mundo se preparava para os pênaltis. Já não se olhava tanto para o campo, quando uma bola sobrou na frente de Tinuca a uns 30 metros do gol adversário. Sem pestanejar e nem fazer análise, o nosso camisa 11 enfiou o bico da chuteira na bola. A pelota fez uma viagem com mil curvas até que encontrou o ângulo do time do Em Cima da Hora.

GOOOLLL!!!

De maneira impressionante, Tinuca fez o maior de todos os gols. Os cachaças vibravam, os parceiros de time o saudaram e todo mundo estava feliz. As pizzas da Mafaldinha estavam garantidas! Graças a Tinuca!!!! Através dele se fez a arte.

Porque afinal de contas o espanto e a surpresa são as maiores características de uma obra de arte. São fatores que a definem como tal, ou até mesmo nossa indignação capenga diante da beleza artística, quando dizemos “Minha nossa, como é belo!”. Pois bem:

Belo nesse dia foi o Tinuca. Minha nossa!