por Wesley Machado

A história do centroavante do Fluminense, Everaldo, é uma lição de volta por cima que o futebol nos proporciona. De meme na Copa do Mundo de Clubes há pouco mais de um mês com o bordão “Chuta, Everaldo”, o jogador foi o autor dos dois gols da vitória do Tricolor fora de casa contra o Internacional pela Copa do Brasil, depois de cinco derrotas seguidas, uma na semifinal do Mundial e quatro na volta do Brasileirão.
Everaldo veste a camisa 9 de tantos goleadores do Flu, como Flávio, Mickey, Dionísio, Doval, Cláudio Adão, Washington, Super Ézio, Coração Valente, Fred e John Kennedy. Camisa que pesa com a obrigação de fazer gols. Este foi apenas o quinto gol em 35 jogos de Everaldo pelo clube. O jogador chegou em março.
No intervalo da partida desta quarta-feira, o centroavante comentou sobre o fim do jejum de 12 jogos sem marcar e disse que leva na esportiva as brincadeiras do torcedor: “estava em uma fase ruim”, afirmou Everaldo. Esta frase me lembrou de uma música de Ely Miranda, que cantava assim: “Não vai ser esta fase ruim que vai conseguir me derrubar”.
E assim o fez Everaldo, chutou a bola como pedras pelo caminho. Balançou as redes pelo lado de dentro. Foi feliz. O paradoxo é que este dia será eternizado como a glória efêmera do jogador. Everaldo já tem o que contar para os netos. Daqui a 30 anos, esta noite fria no estádio Beira-Rio será lembrada com fervor. Só faz gol quem chuta.
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