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“SAFETY” NO FUTEBOL BRASILEIRO

4 / agosto / 2025

por Fabio Lacerda

O futebol brasileiro vive um momento de inovação com a presença das Sociedades Anônimas do Futebol (SAF) que são alternativas aos clubes que apresentam um histórico deficitário nas gestões. O ambiente se torna favorável para os investimentos. E seja em clubes SAFs ou associativos, o toque refinado, o passe que abre as defesas da burocracia, é da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE). O futebol é a modalidade esportiva que detém o maior número de projetos incentivados pelo Ministério dos Esportes (2.872), e o futsal é o oitavo (667) – dados referentes a 2024.

A LIE ajuda a construir os ativos das categorias de base e a valorizar as jovens promessas antes de chegar ao time profissional. O Marketing Esportivo não depende somente das negociações de atletas nas janelas de transferência, das receitas de bilheteria, da exposição da marca e de comercialização de produtos licenciados. A expansão da relação B2C deve ganhar perspectivas positivas nos próximos anos. Em entrevista à CNN Brasil no programa Esportes S/A, apresentado por João Vitor Xabier, os sócios Joel La Banca (Galapagos) e Pedro Oliveira (cofundador da OutField, apontam que 25% das receitas dos clubes são negociações realizadas por jovens promessas vindas das categorias de base. Assim como as SAFs terão alguns anos pela frente para maturação no futebol brasileiro, as transações de ativos dos clubes continuarão em alta também.

Baseado nas convicções dos especialistas de Marketing Esportivo, a LIE ganha notoriedade para o desenvolvimento humano, material e de infraestrutura dos atletas que saem de casa ainda na fase infantil para jogar e dos clubes. No Brasil, há 690 clubes profissionais, 17% dos clubes estão estruturados em modelos Ltda. e SAF, R$11,5 bilhões de receitas entre clubes das séries A (R$10,2 bilhões) e B (R$1,3 bilhão), gerando R$2,3 bilhões de transferências de atletas. Dos 1496 clubes no Brasil, 455 são de formação de atletas na base. Quanto às contratações de jogadores para clubes da série A foram investidos R$3,4 bilhões. Todos os dados acima e muito mais são referentes ao relatório “A indústria do futebol brasileiro” produzido pela Galapagos, OutField e Convocados.

Em 2024, a LIE captou R$1,2 bilhão quando apresentou o melhor resultado da série histórica iniciada em 2007. O número fica abaixo em R$100 milhões quanto as receitas dos 20 clubes da série B. Baseado na comparação.

Especialista em elaboração de projetos incentivados pela LIE, Álvaro Martins, CEO da AR Lei de Incentivo ao Esporte, empresa há 14 anos no mercado com projetos em 25 estados não tem o menor receio de pegar de primeira, na veia, a Lei 14.193/2021, e estufar a rede da sustentabilidade financeira dos clubes valorizando as joias lapidadas naquela trajetória que começa no sub-10 e vai até o sub-20.

“Os ativos dos clubes estão nas categorias de base. E a LIE vem para dar este apoio indispensável para tornar estes atletas valorizados antes de chegarem ao profissional. Como tornar uma Fábrica de Craques nas categorias de base? Profissionalismo e incentivos fiscais que serão transformados em gestão avitária, estruturação e inovação, programas educacionais, acompanhamento psicológico e social, são alicerces que a LIE oferece para a potencializar os ativos. AS SAFs procuram reduzir a dependência de empréstimos imediatos”, diz Álvaro, que durante a infância, foi goleiro de futsal e circulava nas dependências do Social Ramos com Ronaldo ‘Fenômeno’.
Os clubes SAFs têm um atalho que somente os grandes craques conhecem. Elas podem acessar projetos incentivados sem a certificação exigida no artigo 18 e 18-A da Lei Pelé, já que é voltada apenas para projetos de rendimento. É estratégia que mira não somente os títulos, mas também a perenidade, os impactos social e ambiental, valores que tornam o jogo ainda maior que o placar final. As SAFs podem mitigar e facilitar as relações com a LIE para que os clubes façam jogadas memoráveis atenuando suas dívidas fiscais junto ao Governo Federal e buscando a tão sonhada gestão sustentável e da cultura da Responsabilidade Social.

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