SAGRADA PELADA DE SEXTA
texto: Sergio Pugliese | vídeo: Daniel Perpétuo e Rodrigo Cabral
A equipe do Museu está numa felicidade só, afinal o boleiro Rogê, um de nossos ídolos musicais, organizou uma roda de samba, no Clube Federal, com exclusividade para registrarmos. Foi uma noite e tanto e não cansamos de ouvir a carioquíssima canção “Sagrada Pelada de Sexta”, composta por ele. A casa estava cheia, cerveja gelada e churrasco comendo solto!!! Formavam a roda e o corinho, Deio, o presidente, no tantan, Bahia, no surdo, Alex, repique, De da Rocinha e Delorme, no pandeiro, Fabinho Primeiro Amor, banjo, Octávio, Sebastian, Thiago, Leandrinho e Marcelinho Moreira. Valeu, Rogê!!!!!!!!!
DJANIRA, SEM FIRULAS
por Ivonesyo Ramos
Vivemos um tempo de simplificação da comunicação, da vida, buscando o que realmente importa. Como no caso do Google, em sua recente reestruturação visual. Meu futebol são as tintas e tenho o privilégio de ser amigo do Pelé da ilustração, o Benício, que deixou sua marca, por exemplo, no primeiro Rock in Rio e em centenas de cartazes de cinema. E tenho conversado com ele exatamente sobre esta busca da simplicidade no trabalho, afinal ele é o maior craque no assunto. A conclusão dos papos é sempre uma gostosa gargalhada!
– É fácil, se você busca!
Domingo passado fui ao Museu Nacional de Belas Artes matar saudades, pois há muito não ia. O Museu é o meu Maracanã, que frequento desde os 12 anos. Eu ia sozinho, sem defesa a zaga aberta, sem seguranças, ia direto na arte italiana e francesa. Minha escalação: Bernardelli e Taunays me impressionavam, queria jogar como eles! Trinta anos depois chego sem expectativas e entendi que cada um tem o seu jeito de jogar. E me deparo com esta tela de Djanira (pintora, ilustradora e gravadora, 1914-1979) “Futebol: Fla x Flu”, de 1975, e começo a rir sozinho!
Genialmente simples e contemporânea, me fez sentir como se eu fosse a rede do gol, presenciando os 22 jogadores entrando com bola e tudo! A simplicidade explícita, o goleiro vendido e a defesa do Flamengo marcando em cima. Não se enxerga a linha branca da meta. Será que foi gol?
Foi! Golaço de Djanira, que certa vez se auto definiu: “Sou jornalista, sou Brasil, sou Djanira”. E era mesmo! Na década de 70, foi para Itabira, em Minas, conhecer o serviço de extração de ferro e, Santa Catarina, vivenciar a vida dos mineiros de carvão. Antes, conviveu com os índios do Maranhão e também pintou o painel “Candomblé”, na casa do escritor Jorge Amado. No Rio, liderou o movimento Salão Preto e Branco, um protesto de artistas contra os altos preços do material para pintura. Enfim, a história de Djanira é belíssima!
Vale visitar a exposição “Você está aqui! Rio de Janeiro” e conferir de perto!
– Exposição: ” Você está aqui! Rio de Janeiro”
– Período: 16 de dezembro de 2015 até 07 de fevereiro de 2016.
– Curadoria: Amauri Dias, Anaildo Baraçal, Daniel Barreto, Euripedes Junior e Laura Abreu
– Visitação: terça/sexta de 10h às 18h; sábado, domingo e feriado de 12h às 17h.
– Ingresso: R$ 8,00 inteira, R$ 4,00 meia e ingresso família(para até 4 membros de uma mesma família) a R$ 8,00. Grátis aos domingos.
– Museu Nacional de Belas Artes: Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia -Tel: (21) 3299-0600.
FAMÍLIA PELICANO
por Sergio Pugliese
É praticamente impossível recusar os convites da galera do Pelicanos Azuis, de Niterói. A rapaziada é divertida por natureza e tem o espírito sintonizado com o que buscamos, do contrário não teria nos convocado para o evento “Onze anos sem títulos, onze anos de resenhas vitoriosas”. Em 2015, venceram apenas duas partidas, uma de WO e outra de um time “estranho”, que sequer lembram o nome. Mas os atletas não se abatem e as resenhas musicais estão cada vez mais concorridas. Participamos dessa última, em Guapimirim, na casa de Márcio e Nadir, pais do maestro do meio-campo, Gabriel Figueiredo, e comprovamos: os Pelicanos são show!!!!
– Quanto mais perdemos, mais nos unimos – resumiu o showman Diogo, o Sandro Silva, acompanhado da mulher, a estrela Mariana.
Nesse ponto, os Pelicanos também fazem a diferença: as esposas e namoradas não faltam nunca.
– Só perdemos, precisamos de carinho após os jogos – explicou o zagueiro Márcio Beckerman, braços dados com Thalita.
E é um tal de Gláucia “de” Gabriel, Júlia “de” Jorginho do Cavaco, Bruna “de” Renatinho Família, Walney “de” Lidiane. Teve até Sílvia “de” Pugliese. Em Niterói, eles gostam dessa forma carinhosa “de” tratamento. Mas e a Renatinha é “de” quem? Dizem que foi tentar a sorte, afinal tem muito “pelicano” solteiro na área. O pandeirista Oirthon é um desses, um eterno apaixonado em busca da amada. O amor faz milagres!!! Não acreditam? Basta olhar para o novo Dogão, de Kaká, algumas toneladas mais magro, modelo!!!!
– Resenha sem samba, cerveja e mulher não tem vez com os Pelicanos – atestou Paulinho, o Paulinóquio, de Marina.
E é verdade! Chegamos às 10h30 e o cantor Maycon, o cozinheiro Nico, o empresário Bruno, o roupeiro massagista Felipe “Menina”, o roqueiro, agora esbelto, Tiago Guima, e Teteuresminho, da cuíca, já estavam na piscina saboreando algumas geladas. Segundo Paulinóquio foram comprados 624 latões de cerveja. Seria verdade? Como acreditar em alguém com um apelido desses? Os que ainda dormiam eram embalados pelo som de Reinaldo, o príncipe do pagode. A música tinha tudo a ver com uma rapaziada que não se abala com derrotas: “Samba, a gente não perde o prazer de cantar e fazem tudo para silenciar a batucada dos nossos tantãs”.
– Não existe união igual a essa – garantiu Anderson, o camisa 10.1, acompanhado de Marcela.
E se alguém podia afirmar isso, era ele. Na noite anterior envolveu-se numa confusão de trânsito e acabou preso. Na delegacia, quase se engalfinhou com um policial, mas de repente lembrou-se da resenha no dia seguinte e virou um cordeirinho, desculpou-se, partiu para o abraço e só faltou distribuir flores aos envolvidos. Final feliz! Chegou Moacir!!!! Muita moral, afinal o “pelicano” mudou-se para São Paulo e veio exclusivamente para a resenha. Também teve festa para Gun, o pai do ano, e para Gláucia por ter acertado na Megasena ao conhecer o estiloso Gabriel, tatuagem gigante nas costas de um anjo com o rosto de Zico.
– Essa confraternização é a extensão da pelada – filosofou o capitão João Canário enquanto apontava para a piscina lotada de “pelicanos”.
Resenha pegando fogo, uma dúvida de Márcio, pai de Gabriel: por que o Pelicanos Azuis perde tanto? Tudo bem que o filho dele foi o principal responsável em algumas partidas, perdendo pênaltis, sonolento, mas melhor deixar quieto. Ou o excesso de churrasco e cerveja venha deixando os craques um pouquinho, quase nada, mais pesados. Só especulação. Mas nossa equipe consultou os orixás e eles chegaram a uma interessante conclusão. O símbolo do Pelicanos, que mais parece um flamingo, lembra o íbis, ave pernalta e de pescoço longo, que batiza o pior time do mundo. Outra curiosidade é que o íbis anuncia tragédias e é sempre a primeira ave a surgir após a tempestade passar. Ou seja, depois das goleadas já chega querendo uma gelada.
– A verdade é que com nossa rapaziada não tem chororô – afirmou Jorginho do Cavaco.
Falou e disse!!! Na resenha dos “pelicanos” só quem chora é a cuíca, de preferência nas mãos do craque Teteuresminho, que ditou o ritmo enquanto a galera fazia o coro e entoava “a amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir, somos verdade, nem mesmo este samba de amor pode nos resumir….”.
RESSACA BOA
texto: Sergio Pugliese | vídeo: Daniel Perpétuo
A equipe do Museu da Pelada está de ressaca até agora por conta da presença em dezenas de resenhas e eventos de fim de ano. Pena não termos conseguido participar de todas, como a peladaça organizada por Tuca Negri e o aniversário de 81 anos de Armando Pittigliani, no Clube dos 30, regada a arroz de carreteiro, mas, entre outras, estivemos no amigo oculto do Caldeirão do Albertão, no Grajaú, com a presença dos jornalistas Ricardo Boechat e José Carlos Araújo, e no Jogo das Estrelas, organizado por Zico, no Maracanã (Valeu Vinícius e Tinoco!!!). Ah, também fomos ao Iate Clube Jardim Guanabara, na Ilha do Governador, na tradicional pelada da Modus, de José Moraes, conselheiro do Tribunal de Contas do Município, e nas rodas de samba de nosso ídolo Rogê, no Clube Federal, no Alto Leblon, e, em Guapimirim, na do parceirão Gabriel Figueiredo, camisa 10 do Pelicanos Azuis, de Niterói.
O TIME DO TIM
texto: Sergio Pugliese | foto e vídeo: Guillermo Planel
O saudoso Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, o Tim Lopes, estava enroladíssimo com a entrega de mais uma divina matéria e não conseguiu comparecer ao evento promovido por suas ex atletas e companheiras de redação de O Dia, na Fiorentina, no Leme. Certamente estava levantando o perfil dos 12 apóstolos da Santa Ceia ou tentando descobrir o segredo dos anjos, mas conseguiu um tempinho e assistiu, da arquibancada celestial, o reencontro, 25 anos depois, do timaço feminino da Rua do Riachuelo, que comandou brilhantemente durante os torneios entre jornais, realizado no Mimosão, campinho nos fundos da Vila Mimosa, concorrida área de prostituição do Rio.
– O Tim Lopes era um técnico motivador, estilo Joel Santana – comparou Marluci Martins, hoje colunista de Esportes, do Extra, e a primeira a chegar.
E assim foi durante toda a noite, a “presença” de Tim celebrada a cada história, a cada brinde. A ideia de reunir as craques surgiu após Daniella Sholl, adversária do Jornal do Brasil, postar uma foto do time “jotabeniano”, no Facebook, convocando a galera para um encontro. A época era a mesma, 1991, e o torneio também. O evento aconteceu há alguns meses, na mesma Fiorentina, o que causou arrepios de rivalidade em Stellinha de Moraes, pontinha veloz, do Dia, que não só apareceu na festa do JB para colocar água no chope, como organizou a festa do Dia.
Renata Schmitt, Marluci Martins, Renata Fraga, Janete e Tim Lopes, Rachel Vita, Rosane Bekierman, Martha Mendonça e Stellinha de Moares.
Sergio Pugliese, Martha Esteves, Renata Schmitt, Marluci Martins e Renata Fraga, Rachel Vita, Martha Mendonça e Stellinha de Moraes | Foto: Guillermo Planel
– Elas nunca nos venceram. Então nós tínhamos mais motivos para festejar – explicou a craque, última a chegar, com o maridão Alexandre Albuquerque.
É verdade, o Dia venceu todos os torneios entre jornais, nunca encontrou adversárias a altura. E olha, que a estrela Martha Esteves, grávida, na época, desfalcou o time. Mas em compensação fazia crônicas divertidas e motivacionais, guardadas até hoje por Stellinha, apelidada por ela de “Bebetinha”.
– Éramos felizes e sabíamos, mas o que importa é que o tempo passa, o tempo voa e continuamos numa boa – resumiu Marta.
Tem razão! As “dietes” continuam em plena forma e até bateram uma bolinha _ ou um bolão _ na calçada do restaurante para delírio dos garçons. E chegaram até a arrancar alguns “fiu fius” de clientes. Martha Mendonça garantiu que mantém a forma correndo na areia fofa com tornozeleiras de 20 quilos, mas como ela é uma das criadoras do Sensacionalista, site isento de verdade, ninguém acreditou. E para surpresa geral a atacante Malu Fernandes, do Jornal do Brasil, apareceu!!!
– Reconheço a superioridade das adversárias e vim brindar com elas – explicou, repleta de humildade.
A meio-campo Rachel Vita, estilosa, esguia, praticamente um Paulo Henrique Ganso, lembrou o duelo entre os técnicos Tim Lopes, do Dia, e Oldemário Touguinhó, saudoso cronista esportivo do Jornal do Brasil. Oldemário chegou a levar as “Jobetes” para treinos noturnos, e secretos, no campo do América. Tim Lopes, liberal, autorizou até Renata Schmitt, a Juliana Paes da época, a posar fumando para a foto oficial do time.
– O Tim era objetivo e dizia ganhem e pago as cervejas. Quer combustível melhor do que esse – divertiu-se a cervejeira Marluci Martins, casada com o papa do samba Moacyr Luz.
Outra musa da Riachuelo, Renata Fraga, divertia-se mostrando a série de charges criadas em sua homenagem pelo fera Jaguar e lembrou dos áureos tempos, quando O Dia chegava a vender 1 milhão de exemplares aos domingos. Martha Esteves puxou um brinde por todas estarem ali, superando crises e os zagueiros da vida. Perguntaram pela goleira Janete e pela fotógrafa Rosane Bekierman, não Beckham, do astro inglês David Beckham. Mas o futebol ficava ali, pau a pau. Mas, surpresa, Taísa Mundy, ex produtora do Linha Direta, apareceu com Chris, o maridão americano de alma carioca. E Bruno Quintella, filho de Tim Lopes, enviou mensagem desculpando-se pela ausência. Ê resfriado chato….
– Um brinde a Tim! – convocou Martha Mendonça.
Foi mais um golaço da seleção do Dia! Tim vibrou, deu socos no ar, fez o símbolo do coraçãozinho e saiu voado para não atrasar o fechamento.
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Resenhas feitas por Martha Esteves na época dos torneios e nos amistosos entre louras e morenas da redação, do Dia: