“se reciclou aonde?”
Popular entre os boleiros, a frase “Jogou aonde?” ganha uma nova versão de PC Caju após os fiascos de Tite no Corinthians e Muricy no Flamengo.
O INVENCÍVEL
Por Zé Roberto Padilha
Com poucos recursos, o Vasco apostou desde o ano passado na contratação de um jogador que não está à venda em nenhum clube. Para obtê-lo, pouco importa se a janela europeia está fechada ou aberta. Muito menos, ele pode ser adquirido em um troca-troca ou a imprensa criticá-lo pela idade avançada. Seu nome: entrosamento. Nem por isto seu preço é baixo no mercado esportivo, para obtê-lo foi preciso enfrentar a ira de sua enorme torcida que queria a cabeça até do Almirante após a derrota de 6×0 para o Internacional. E aberto o inevitável caminho para o rebaixamento. Para obtê-lo e estar, hoje, há muitos jogos invictos e disputando o bicampeonato carioca, foi preciso nadar na contramão da mesmice.
Jorginho e Zinho comemoram um gol do Vasco ( Foto: Reprodução)
Primeiro, manter o treinador após uma pancada daquelas. Jorginho e Zinho formam uma admirável dupla de ex-atletas corretos profissionalmente, poucas vezes expulsos de campo e que nunca deram trabalho aos seus treinadores. Podem se impor ao grupo como exemplos, têm moral para pedir seriedade e disciplina, ao contrário de medalhões espertos que fugiam da concentração para ir ao encontro das suas Marias Chuteiras, quepassavam mais tempo de chinelinhos no departamento médico, suspensos pelo milésimo cartão amarelo do que jogando. E que, após assumirem a direção de um clube de futebol, distribuem bíblias nos vestiáriosachando que suas santas páginas vão apagar a lambança das que escreveu jogando. Segundo, manter o elenco, mesmo diante das suas visíveis limitações.
Já fui um dia figurinha de álbum de futebol. Não carimbada, é claro. Fotografado para o álbum Panini do campeonato carioca de 1976, cansei de passar por torcedores do Flamengo irritados de tanto “bater na minha cara”. As minhas, do Jaime, do Toninho, Rondinelli e do Cantarelli vinham aos montes no pacotinho, e cadê que saia a carimbada do Zico para eles fecharem o álbum? Só era possível sua confecção porque o torcedor, o treinador, a imprensa sabia o seu time de cor. O escalavam com os olhos fechados. Hoje, o único time carioca que consigo escalar é o do Vasco. Nem o do meu Fluminense ouso tentar, como saberquando é o Magno Alves, o Osvaldo ou o Marcos Júnior que começam jogando? A zaga, então, é um enigma dos horrores, nem Osvaldo de Souza ou Mãe Dinah ou Alfred Hitchcock ousam opinar.
Jogadores comemoram o título da Taça Guanabara (Foto: Reprodução)
Jogando o tempo todo juntos e sabedores de suas limitações, Rodrigo chega forte e dá chutões, Luan faz corretamente suas coberturas, o novo lateral direito usa sua juventude e o esquerdo a sua experiência. Marcelo Mattos marca e não tenta nada mais do que não sabe, o paraguaio cobre as subidas do Madson, o Andrezinho joga o seu correto feijãozinho e o Nenê puxa a bola para lá e para cá e se joga buscando uma faltinha. E todos vão para a área esperar uma falha do Jefferson. Na frente, Jorge Henrique tem sido o melhor do time e o Riascos… bem, Riascos é um risco até para ser analisado. É pouco, mas é constante. Estão no mesmo lugar, se doam muito e socorrem o colega ao lado. São humildes e se superam. Quando falham, tem um ótimo guardião a consertá-las: Martín Silva. Não são capazes de empolgar nem as caravelas de Cabral, mas se nestes navios negreiros seus porões se entrosassem, como o time do Vasco, certamente haveria revolução, não escravidão, na chegada ao porto seguro onde o futebol conseguiu libertar meia dúzia.
POBRE MESSI
por Paulo Cezar Caju
“A seleção de 82 ter perdido não foi bom para ninguém, foi ruim para o futebol como um todo e, principalmente, para a nossa arte.”
A resenha é livre, eu sei, e justamente por isso volta e meia perco a paciência com o que ouço. Na semana passada, com Carlos Roberto e Moreira, no Bunda de Fora, boteco de Ipanema, ouvi a seguinte pérola de um rapaz próximo a nós: “Se o Messi não ganhar uma Copa do Mundo não valerá nada o que fez até hoje”. Meu Deus, muitos concordaram!!! Coitado do Cristiano Ronaldo, então, que terá menos chances ainda, pensei. Eusébio já passara por isso. Essa discussão é cruel, malvada, injusta. Isso vem de longe. Em 34, Leônidas não conquistou a Copa, Domingos da Guia não ganhou a de 38 e Zizinho, olha isso, Zizinho e Ademir Queixada não venceram a de 50!!! Eles não valem nada? Jair da Rosa Pinto!!! E o Cruyff? Platini?? E Zico e Falcão em 82? Muito jogador ganhou a Copa do Mundo e você sequer lembra. Tudo bem, estavam lá, tiveram estrela, saíram no pôster, mas peraí estou falando em contribuição, marca. Caramba, o Zico foi o Rei do Maracanã, campeão mundial pelo Flamengo e encantou multidões. Até hoje, no Jogo das Estrelas, tem o seu nome gritado. Isso é marca, isso é paixão, isso é futebol!!! A seleção de 82 ter perdido não foi bom para ninguém, foi ruim para o futebol como um todo e, principalmente, para a nossa arte. Depois, o Dunga ganhou. E daí??? Romário o carregou nas costas com o seu talento. Vencer é maravilhoso, mas deixar marcas, mesmo sem ter vencido uma Copa, é para poucos e bons. Carlos Roberto e Moreira, da Selefogo, continuavam mandando ver no chope. Craques!!!! Fico pensando, então, nos que sequer participaram de uma Copa do Mundo, como eles dois, Dirceu Lopes e muitos outros. Pedi a conta e passei pelo garotão que continuava firme em sua teoria. Ri e, no táxi, rezei para Deus livrar o pobre Messi do ostracismo.
– texto publicado originalmente no jornal O Globo, em 26 de abril de 2016
Adílio + Andrade + Torcedor
teste de fogo
texto: Sergio Pugliese | vídeo: Simone Marinho | fotos: Marcelo Tabach
Sabe aquelas notícias malas que, além do susto, nos fazem pensar se os exames médicos estão em dia? A do camarada Fábio Varsano foi uma dessas. De cara, lembrei dele, moleque, na sala de escuta do Jornal do Brasil monitorando os movimentos da Polícia Militar, Civil, Bombeiros, cemitérios, Instituto Médico Legal, Defesa Civil e acompanhando os noticiários de rádio e tevê. Eu chefiava a reportagem e quando ele estava ali, enclausurado naquele cubículo, eu relaxava, pois dificilmente seria surpreendido pela concorrência. Caxias, ligado, esperto, competente, “levar furo” não fazia parte de seu dicionário. Depois, libertou-se da saleta, deslanchou e brilhou na redação!
– Parece que está no CTI!!! – ouvi alguém dizer, na outra ponta da mesa, num boteco, habitat natural dos jornalistas.
O problema é que jornalista tem o grave problema de aumentar, acrescentar o seu molhinho na história, e temi que quando chegasse na ponta onde eu estava já fosse tarde demais, missa de sétimo dia, essas coisas. A verdade é que todos tínhamos levado furo e o Fábio acabara de postar uma mensagem no Facebook tranquilizando sua legião de fãs e contando o passo a passo do drama vivido.
– Ele está bem!!! Vamos brindar!!!! – sugeriu Moreira, seguido por Ahmed, Aquino, Octávio, velhos companheiros de guerra.
Em casa, ainda inspirado pelo excesso de geladas, pensei numa homenagem inusitada ao antigo parceiro de redação, após ler esse trecho de seu relato: “Eu sofrera uma parada cardíaca e tive que ser levado às pressas para outro andar, o da neurologia, onde usaram um desfibrilador para me reanimar. Colocaram tubos pela minha garganta e, sedado, fui para a cirurgia. Agora com quatro ‘stents’ ao lado do coração, sei que é preciso cuidar muito bem deles. Por isso, eles já foram batizados de Zico, Júnior, Andrade e Adílio, pois, afinal, só me deram alegrias”. Que tal um encontro entre os homenageados e o rubro-negro “de coração”?
– Só se for agora!!! – gritou, em coro, a equipe do Museu da Pelada.
A primeira medida seria combinar a visita-surpresa com Flávia Ribeiro, mulher de Varsano e jornalista top de linha. Autorizada!!! Em seguida, convencer os craques. Para isso, entramos em contato com o dentista-peladeiro Lulinha, queridíssimo das estrelas da Gávea. Marrento, pediu apenas alguns minutos. Adílio e Andrade toparam!!!! Zico, na Índia, e Junior, não localizado, quem sabe topem um futuro encontro?
– Já tinham batizado criança com o meu nome, cachorro, mas stent nunca imaginei – divertia-se Adílio, no táxi, a caminho de Laranjeiras.
Laranjeiras??? Mas Fábio não é rubro-negro? Sim, sim, mas por conta da comodidade até dá suas braçadas no Fluminense. E foi justamente nadando que sentiu o desconforto no peito, que mais tarde culminaria num infarto agudo. Os amigos mais próximos já sugeriram a transferência do título de sócio para a Gávea. Ele está avaliando. O interfone toca!!!! Estão achando que seria surpresa, né? Não, o jornalista farejou pegadinha quando a mulher disse que o Museu da Pelada gostaria de entrevistá-lo sobre o nome dos quatro stents. Muiiiitooo estranho, achou. Pressionada, soltou uma gargalhada e confessou. Mas qual fã não gostaria de receber a visita de dois ídolos de infância?
– Adílio, Andrade!!!! Podem entrar!!!
Quantas vezes aquela dupla fez o coração de Varsano explodir de alegria? Adílio marcando o gol do Mundial em Tóquio!!! Andrade emplacando o sexto gol na histórica vitória do Mengão de 6 a 0 no Botafogo!!! Adílio emocionou-se. É gratificante ser homenageado tantos anos após ter pendurado as chuteiras. Andrade também tremeu o queixo ao lembrar-se da bactéria que quase o matou após uma cirurgia no joelho. A videomaker sugeriu uma rodinha com os três trocando passes na sala. Claro!!! Apareceu uma bola!!! Flavinha afastou os copos da mesa. Toca daqui, toca dali até que Adílio fingiu passar a bola para Varsano, mas a trouxe de volta com o bico do tênis: “aí é sacanagem comigo”, reclamou o fã, que só presenciara essas molecagens das arquibancadas. Abraçaram-se para a foto histórica, vivos, realizados, corações rubro-negros pulsando fortes!
Fabio com o pai Claudio e o irmão Daniel
De pai para filho: Fabio com o filho Pedro, em campo, no Maracanã
De geração para geração: Claudio, Fabio, Pedro e Daniel Varsano
Tinga
TINGA, UM BRASILEIRO
texto: Jihan Kazzaz | fotos: Bruno Senna
““De uma coisa eu tenho certeza: Deus não faz nada por acaso. Se isso tinha que acontecer justamente comigo, deve haver uma forte razão.” ”
Os huancas são um povo nativo da selva amazônica que vive na região central do Peru. Fazem parte do grupo étnico Quechua, termo coletivo usado para denominar indígenas que vivem na região em torno do Vale do Mantaro, centro do país. Durante centenas de anos, os huancas sofreram com a dominação dos conquistadores, primeiro na formação do Império Inca, depois pelo espanhol Francisco Pizarro e, finalmente, com a guerra civil peruana, na segunda metade do século XX, tendo sido vítimas de constante perseguição étnica. Dentre os cerca de 400 mil habitantes da cidade de Huancayo, quarta maior do Peru, pelo menos a metade tem origem huanca. Os demais são, em geral, de sangue europeu ou asiático.
A história sangrenta de um povo que conhece a dor de ser dominado e subjugado por invasores não impediu que, séculos depois, alguns dos seus representantes protagonizassem uma das mais tristes e desrespeitosas manifestações de racismo em um estádio de futebol. A estreia do Cruzeiro na Copa Libertadores de 2014, contra o Real Garcilaso, no dia 12 de fevereiro, em Huancayo, no Peru, não será lembrada pelo resultado final do jogo, e sim pelas ofensas preconceituosas ao volante Paulo César Tinga.
O jogo poderia ter sido em Cuzco, mas o estádio do adversário na partida de abertura do grupo 5 da Libertadores estava em reformas e havia sido interditado. Poderia também ter acontecido em Espinar, porém a pequena cidade da província de Cuzco não possuía base aérea a 150 km de distância, como exige o regulamento da Conmebol. Assim, o duelo foi marcado para Huancayo, a 3.259 metros acima do nível do mar e a 700 km da “casa” do Real Garcilaso, onde as duas equipes tiveram que se digladiar em território desconhecido, mas continuariam tendo pela frente os efeitos da altitude como principal arma dos peruanos contra o time celeste.
Aos 20 minutos, com o placar desfavorável ao Cruzeiro, o volante Tinga, carreira internacional na Europa e Japão, duas Libertadores conquistadas, 36 anos, entrou em campo para tentar mudar a história da partida. A Raposa perdia por dois a um, resultado que se manteria até o final. O técnico peruano Freddy García fechara o time inteiro, com sete atletas na defesa, cinco zagueiros e dois volantes. Pelo lado do Cruzeiro, Marcelo Oliveira apostava na experiência, excelente passe e capacidade de infiltração de Tinga mesmo nas defesas mais impenetráveis. Assim, colocou o jogador no lugar de Ricardo Goulart.
Mas Tinga não imaginava que mudaria a história da partida sem mexer no placar. Logo percebeu que, a cada toque que dava na bola, a torcida huancaya grunhia, fazia guinchos, sons e gestos que tentavam intimidar o jogador, trazendo à partida um desfecho inesperado e sombrio. Pouco importava o resultado final. Todos sabiam que o futebol havia sido derrotado.
A Revista do Cruzeiro conversou com Tinga, em uma tarde quente de fevereiro nos jardins da Toca da Raposa II. Da história vencedora no futebol à discrição na exposição de suas atitudes, o volante celeste mostrou sua conhecida personalidade e muita firmeza nas opiniões e posições. A mesma seriedade demonstrada ao final do jogo contra o Real Garcilaso, quando fez uma declaração tão forte quanto verdadeira: “Se [eu] pudesse não ganhar nada e ganhar esse título contra o preconceito, trocaria todos os meus títulos pela igualdade em todos os lugares, todas as áreas e todas as classes”.
“Se [eu] pudesse não ganhar nada e ganhar esse título contra o preconceito, trocaria todos os meus títulos pela igualdade em todos os lugares, todas as áreas e todas as classes.”
O que se passou com Tinga poderia ter ocorrido com qualquer jogador negro, brasileiro ou não. Craques internacionais como o camaronês Samuel Eto’o, do Chelsea, e o italiano Mario Balotelli, do Milan, já deixaram o gramado revoltados e até chorando após serem insultados por torcidas europeias. O que chama a atenção no episódio foi ter acontecido na América Latina, em um país onde há forte miscigenação racial e poucos registros de preconceito tão escancarados como o visto em Huancayo.
Tinga não esconde que ficou muito incomodado e surpreso com a atitude da torcida peruana. “Tenho muita fé em Deus e sei que não foi por acaso o que aconteceu”, garante. “Estou preparado para responder a todos sobre isso, pois sempre tive opinião formada sobre todos os assuntos”, explica o experiente jogador, ciente de que se as ofensas tivessem sido dirigidas a um garoto iniciante no futebol, o resultado poderia ter sido devastador.
Impactante também foi a repercussão do episódio. Tinga diz que ficou impressionado com a quantidade de manifestações de apoio que recebeu, de vários jogadores, como Ronaldo Fenômeno e Neymar, e de personalidades como Joseph Blatter e Dilma Rousseff. Até o presidente peruano Ollanta Humala condenou a atitude da torcida: “Um país tão diverso como o nosso e que fortalece sua identidade, com todas suas culturas, não deve admitir reações racistas de nenhum tipo”, declarou o presidente, pelo Twitter. Também pelas redes sociais, cruzeirenses e torcedores de outros times demonstraram apoio ao volante. A hashtag #FechadoComOTinga chegou a ser a líder dos termos mais discutidos no Twitter.
Exemplo para a família
Mas a emoção toma conta de verdade quando Tinga se lembra da família, em especial de um dos filhos, Davids, de 11 anos, que chegou a faltar à escola no dia seguinte ao jogo e perguntou ao pai porque ele havia sido comparado a um macaco. “Este foi o momento mais difícil, em que achei importante explicar para ele que o preconceito pode ser aplicado a vários tipos de situação, contra gordos e deficientes, por exemplo, e que ele nunca fizesse isso contra alguém, pois a pessoa se sentiria como eu me senti”.
“Este foi o momento mais difícil, em que achei importante explicar para ele que o preconceito pode ser aplicado a vários tipos de situação, contra gordos e deficientes, por exemplo, e que ele nunca fizesse isso contra alguém, pois a pessoa se sentiria como eu me senti.”
Orgulhoso da inteligência do filho, que estudou na Alemanha e tem esse nome em homenagem ao ex-meio-campista holandês Edgar Davids, Tinga é casado com a gaúcha Milene Nascimento, loira, de origem italiana, e lembra que sempre sofreu com o preconceito, inclusive no Brasil. “Muitos acham que um negro só pode ser casado com uma loira por ser jogador de futebol e não sabem que estamos juntos há 19 anos, antes de me tornar atleta profissional”.
Se o futebol trouxe tristezas para Tinga, as alegrias foram muito maiores. “Não tive a oportunidade de continuar estudando, terminei só o primeiro grau. Fui educado, alfabetizado, me tornei homem e cidadão através do futebol, pois aproveitei as oportunidades que a carreira me deu”. Aos 21 anos, Tinga saiu do país pela primeira vez, para o Japão, quando não sabia falar nenhuma língua estrangeira. Jogou também na Alemanha, pelo Borussia Dortmund, e em Portugal, pelo Sporting. “Aprendi muito como cidadão. O futebol me levou a conhecer pessoas, lugares, culturas e hoje consigo conversar sobre qualquer assunto”.
“Aprendi muito como cidadão. O futebol me levou a conhecer pessoas, lugares, culturas e hoje consigo conversar sobre qualquer assunto.”
Tinga lembra a infância difícil, principalmente após a separação dos pais, quando tinha somente sete anos. “Vi minha mãe tomando conta de um banheiro de um clube, vivendo com dificuldades, enquanto meu pai tinha uma vida mais confortável com outra família”. O maior exemplo, lembra Tinga, foi dado pela própria mãe, 20 anos depois de ter sido deixada pelo pai, que acolheu o antigo companheiro, com sérios problemas psicológicos, em sua casa, para que Tinga pudesse continuar jogando futebol, quando já atuava no Grêmio. “Essa foi uma lição muito importante para a minha vida e fez com que eu tentasse sempre ensinar aos meus filhos sobre o que é o amor e o perdão”, ensina o craque da vida, Paulo César Tinga.
“Essa foi uma lição muito importante para a minha vida e fez com que eu tentasse sempre ensinar aos meus filhos sobre o que é o amor e o perdão.”
texto originalmente publicado na
Revista Oficial do Cruzeiro Ed. 123, março de 2014