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RECEPÇÃO DE GALA!

Nosso colaborador do Pará, Benones Souza recepcionou o craque Giovanni! Ele mesmo! Nascido em Belém, o ex-jogador teve passagens por Tuna Luso, Remo e Paysandu, antes de se transferir para o Santos, em 1994. Na equipe paulista, teve grande destaque pela qualidade no passe e a finalização precisa, apesar da lentidão que incomodava alguns críticos.

Devido ao bom desempenho, Giovanni foi convocado para a seleção brasileira em 1995 e, posteriormente, se transferiu para o poderoso Barcelona, onde formou dupla com Ronaldo Fenômeno e passou a ser conhecido mundialmente após marcar mais de 100 gols. Como havia prometido, encerrou a carreira no Santos, em 2010.

A recente viagem de Giovanni para o Pará foi por uma causa nobre!! Ao lado de outros jogadores, o craque participou de um torneio de peladas com o intuito de arrecadar dinheiro e mantimentos para ajudar comunidades pobres de Paragominas, no Pará, e Benones registrou tudo! Nas fotos, nosso colaborador aparece com Giovanni, Maurinho, ex-lateral do Paysandu, o ex-goleiro Ronaldo, de laranja, que atuou no jogo histórico contra o Boca Juniors na Bombonera e Charles Guerreiro, presidente do Paragominas F.C.! Vale lembrar que, recentemente, Benones nos enviou diversas fotos ao lado de Zico, Iarley e outros grandes jogadores!

Valeu, Benones!!
 

A ORDEM DOS IDEAIS ALTERA A NOSSA ALEGRIA

por Zé Roberto Padilha


Dunga lamenta a eliminação do Brasil (Foto: Reprodução)

Não brinque com o futebol, Dunga, ele é a paixão maior do povo brasileiro! Enquanto os galáticos do Real Madrid, campeões da Champions League, no auge de suas formas, motivados e valorizados, estão dando show na Eurocopa (Gareth Bale fez o gol da vitória do País de Gales, Modric o da Croácia sobre a Turquia e Kroos fez a assistência do primeiro gol da Alemanha sobre a Ucrânia), nosso treinador insiste em não convocar o Marcelo. Deixa de fora o maior lateral-esquerdo em atividade no planeta e escala Filipe Luis, de futebol tão previsível, que você encontra milhares de canhotinhos hábeis e limitados como ele jogando pelada no campinho do Aterro do Flamengo. E aceita deixar o Neymar de fora com a distorcida idéia de poupá-lo para os jogos olímpicos.


Messi comemora o golaço de falta (Foto: Reprodução)

Sexta, a Argentina sofria para derrotar o Panamá. Hoje, qualquer time limitado, para se fortalecer na marcação, escala jogadores fortes e altos para cortar os cruzamentos sobre a área, porque não há mais pontas se infiltrando pelas beiradas. E blindam com três gladiadores frente à grande área a conter tabelas sem inspirações porque o camisa 10 desapareceu pela estrada. Só são encontrados em retrospectivas e no Baú do Esporte. Mesmo assim, o melhor jogador do mundo, Messi, foi levado pelo seu treinador para a Copa América. Quando foi chamado, aos 20 minutos do segundo tempo, o estádio se levantou. O torcedor argentino, então, parecia o torcedor brasileiro em estado de êxtase quando Pelé, Zico, Garrincha e Romário se preparavam para nos conceder um recital. Foi o momento mais bonito da competição, de emocionar todos os amantes do futebol. Nos 25 minutos que esteve em campo, Messi não errou um só passe, fez dois gols deslocando o goleiro com extrema categoria e, o terceiro, em uma cobrança de falta que nem os engenheiros da Sony alcançaram quando conceberam o Playstation da FIFA: uma trajetória perfeita em sua concepção rumo ao gol, com a bola passando raspando o cabelo do segundo homem da barreira e se alinhando na última dobra alta da rede distante de qualquer goleiro, ao vivo ou no joystick, pelo mundo.

Quem poupou o Neymar para os jogos olímpicos, e nos concedeu o vexame de uma precoce eliminação da Copa América, desconhece os valores pelos os quais o Barão de Cobertin, um francês apaixonado pela pedagogia e pelo esporte, reviveu os jogos olímpicos da era moderna. Competir, acima de ganhar, era este o lema de quem acreditou que se o esporte fora capaz de estabelecer uma trégua entre as cidades gregas que viviam em guerras, seria capaz também de unir, e desarmar, povos que se destruíam entre as duas grandes guerras. A tocha olímpica que roda o país, e concede distinção aos seus heróis locais, carrega a chama da confraternização. Existem valores nas Olimpíadas tão importantes quanto subir ao pódio e ganhar uma medalha. Uma pena a CBF não alcançá-los e, pior, trocar as bolas:  Felipão concedeu espaços, gentilezas e liberdade em nosso território aos alemães quando deveríamos lutar para ganhar a Copa, e Dunga poupou o Neymar para vencer jogos em que precisamos, acima de tudo, competir. Neste caso, a ordem dos ideais altera nossa alegria. E desvaloriza cada vez mais o nosso futebol deixando nossa segunda-feira com cara de segunda-feira.

NOS ILUMINE, DIDI!!!


Contra o Peru, Didi apresentou a folha-seca ao mundo, aquela batida de falta, venenosa, sobre a barreira. Depois, foi contratado para ensinar sua arte aos peruanos e os classificou para a Copa de 70. Antes, inovávamos, surpreendíamos, ensinávamos, brincávamos de jogar futebol. O próprio Didi criou a expressão “jogar bonito”. Nos ilumine, Didi!!!!

Nelinho

histórias de nelinho

texto: Sergio Pugliese | entrevista: Sergio Pugliese e Letícia Cançado Magalhães | vídeos e fotos: Washington Alves

 

Um dia PC Caju me listou os melhores contadores de histórias que conhece: o goleiro Raul, Vampeta e o lateral Nelinho. E acrescentou que durante alguns anos, ele, Raul, Nelinho e o saudoso Sócrates rodaram os bares do Brasil contando causos num projeto chamado “Toque de Classe”. Queria muito ter assistido unzinho!!!! E nada melhor para um bom contador de histórias do que a gargalhada do PC. Ela faz você sentir-se realizado, um Jerry Lewis, um Jim Carrey. Quando surgiu uma viagem para Belo Horizonte pedi os contatos de Raul e Nelinho para PC. Raul estava enrolado, mas Nelinho topou receber a equipe do Museu da Pelada. Para quem ama futebol e idolatra os craques de verdade tocar a campainha e ser recebido pessoalmente por Nelinho é marcante, inesquecível, gratificante.

– Acharam fácil? Vamos entrando?

Mesmo se tivéssemos demorado a achar, qual seria o problema? Vale tudo para encontrar o ídolo!!! De cara, automaticamente, olhei para os seus pés. Não é possível que seus pés fossem iguais aos nossos! Aquele golaço contra a Itália, que nos garantiu o terceiro lugar na Copa do Mundo de 78 nunca saiu da minha cabeça!!!! Que curva foi aquela??? E acreditam que no Wikipedia está assim: “após tentar um cruzamento pela direita, a bola fez uma curva inesperada”. Cruzamento???


Treinava horas e horas, exatamente aquele chute. O roupeiro avisava que estava indo embora, deixava meu sabonete e o meu tamanco num canto e se mandava. Ficava sozinho no clube chutando, chutando e chutando. Os goleiros não conseguiam me acompanhar e também iam embora, mas eu ficava.

– Treinava horas e horas, exatamente aquele chute. O roupeiro avisava que estava indo embora, deixava meu sabonete e o meu tamanco num canto e se mandava. Ficava sozinho no clube chutando, chutando e chutando. Os goleiros não conseguiam me acompanhar e também iam embora, mas eu ficava.

Hoje os médicos proíbem o excesso desse tipo de treinamento para evitar o desgaste da musculatura. Mas Nelinho não estava nem aí e, para provar que os problemas na coluna eram fantasmas do passado, provocou a imprensa e disse que seria capaz de chutar uma bola para fora do Mineirão. A equipe do Fantástico topou o desafio e o pegou de surpresa num dia em que já treinara e preparava-se para ir embora.


Não ia dar pra trás, né?

– Não ia dar pra trás, né?

Voltou ao vestiário, trocou de roupa e deu mais de 30 chutes até conseguir. A coxa inchou e quase ficou fora do jogo de domingo. Outros tempos! 

Essa foi apenas uma das tantas histórias contadas pelo carioca Nelinho, ídolo dos rivais Cruzeiro e Atlético. Nelinho começou a carreira no Bonsucesso, passou pelo Barreirense, de Portugal, América, Remo, Cruzeiro, onde foi campeão da Libertadores, em 1976, e Atlético. Lamenta a perda do Brasileiro de 74 para o Vasco.


Fomos roubados!

– Fomos roubados! – dispara.

Mas a irritação foi abafada pela sequência de divertidas histórias, como a do voucher, do apelido e a do roubo da cortina, todas registradas em nossos vídeos, que vocês podem assistir agora! Divirtam-se!!!!

 

XÔ, CERVEJA!!!!

Dando continuidade ao programa “Xô, cerveja”, que tem como um dos objetivos deixar os boleiros “voando” na pelada, o Museu, em parceria com o Projeto Facão, apresenta o segundo treino de recondicionamento físico!! Depois de acompanhar a atividade do atacante Júlio Cesar na semana passada, Sergio Pugliese participou ativamente do treino dado pelo professor Pablo para João Carlos, brasileiro naturalizado belga, que atua há 13 anos no futebol europeu!! Apesar do tempo fechado e do frio que tem feito no Rio de Janeiro, aqui não tem espaço para “migué”!! Vamos deixar a preguiça de lado, peladeiros!! Sábado que vem tem mais!!