RONALDINHO NO BARCELONA
Há exatos 13 anos, Ronaldinho Gaúcho era anunciado como novo reforço do Barcelona! Lembra do dia em que o craque decidiu o clássico e foi aplaudido de pé pela torcida do Real Madrid no Santiago Bernabéu?
CAPITÃO DO TRI!
vídeo: Rodrigo Cabral
No Dia Nacional do Futebol, nada mais justo do que um papo com um dos jogadores mais importantes do Brasil. Trata-se de Carlos Alberto Torres, o Capitão do Tri! Considerado um dos maiores laterais da história, o craque bateu um papo divertidíssimo com Sergio Pugliese e contou como foi seu início nas peladas, na Vila da Penha, e no seu primeiro clube, o Fluminense.
O talento fora do normal, ainda na infância, chamou a atenção dos amigos mais velhos, que o convidaram para fazer parte de um dos melhores times da Vila da Penha. A partir daí, o jogador deslanchou e chegou ao auge quando levantou a taça da Copa de 1970, no México, com uma seleção considerada por muitos como a melhor da história!
Atualmente, Carlos Alberto Torres é comentarista dos programas da Sportv. De acordo com o ex-lateral, os estádios vazios são resultado da carência de ídolos no futebol brasileiro e, principalmente, carioca.
MENOS, GATO! MENOS…
por Zé Roberto Padilha
Júnior durante o papo com a equipe do Museu
Da nova geração de comentaristas esportivos globais, fico com a humildade, prudência e a competência do Júnior. Explica o futebol de uma maneira tão simples, que até nossa gata, a Liz Taylor, já sabe se vale a pena permanecer no sofá tirando seu cochilo, quando ele diz que a partida será enfadonha, ou se é melhor correr dali, se ele prevê uma gritaria como foi o Botafogo x Flamengo no último sábado. Bruno gritava gol de um lado, Guilherme empatava com um berro ainda maior que o do seu irmão. Liz, então, foi dormir no quarto.
Já Edinho, precisa do auxílio de uma fonoaudióloga para a voz acompanhar seu raciocínio. Paulinho Criciúma, uma dúzia delas. Ricardo Rocha é bom, mas repetitivo durante a transmissão: se enxerga uma jogada pela linha de fundo que leva perigo, mesmo que o treinador adversário feche a avenida, ele insiste em pedir jogadas por aquele setor, sem ter o trabalho de acompanhar a evolução das performances dos jogadores e as variações táticas da partida. Pura preguiça porque entender de futebol, ele entende. Juninho vai bem, obrigado, mas será prudente manter gatos e crianças afastados da sala porque vem Olimpíadas por aí e com eles… Ronaldo, o Fenômeno. Ninguém merece! Queremos Casão!
A decepção tem sido o Roger. Tinha tudo para ser o melhor dos comentaristas: jogou o fino da bola, fala bem, tem boa aparência e conhece os bastidores da emissora pelo tempo em que namorou uma das suas atrizes. Mas tem carregado doses de arrogância em seus comentários que não combina com a elegância com que conduzia a bola nos pés. Uma canhotinha que dá saudades em qualquer tricolor. Roger, ao contrário do Júnior, não fez seu jogo de despedida. Ainda balança, olhando para o gramado, com um certo olhar de ainda dá para descer e resolver. E quando o Cícero, ou o Scarpa, atuam pelo seu setor, não comenta. Compara. Aí fica difícil, quem está assistindo não tem uma justa avaliação dos seus desempenhos e, pior ainda para os dois meias, que não jogam tanto quanto ele jogou.
Quando Luiz Carlos Jr. diz que foi escanteio para o Flamengo, ele retruca de bate-pronto, com o tempo da bola que nenhum narrador que não jogou há de alcançar: “Não, o juiz marcou saída de bola antes!”. Está sempre acertando, mas poderia esperar o replay, exercer a cumplicidade para seu parceiro de cabine não viverpedindo desculpas. “Você está certo, Roger, a bola saiu antes!” Sábado, porém, quem errou foi o Roger. Placar de 3×1 para o Flamengo, 22 minutos de jogo no segundo tempo, e o que fariam Guardiola, Mourinho, Evaristo de Macedo e Telê Santana nas substituições? Ricardo Gomes ousar, jogar pro tudo ou nada, Zé Ricardo preencher o meio-campo com dois volantes de categoria, descansados para manter o resultado. E assim, corretamente o fizeram. Mas a comodidade de exaltar o alcançado, não respeitar o inusitado daquele caixinha de surpresas que nos mantém sentado até o último minuto foi a sua opção. Enalteceu as mexidas do Ricardo, e condenou o Zé Ricardo pelas suas. Simples, óbvio e injusto. Quando tudo acabou, a paz voltou a reinar na sala enquanto subia a tabela de classificação. Liz, de olhos claros como ele, retornou ao sofá, pediu licença e foi dela o comentário final: “Menos, Gato! Menos!”.
RONALDINHO DÁ SHOW NA ÍNDIA
Comandado por nosso parceiro Octávio Bocão Jr, Ronaldinho Gaúcho brilhou em uma partida de futsal na Índia. Vestindo a tradicional camisa 10, o craque marcou cinco vezes e sua equipe venceu o time do inglês Paul Scholes por 7 a 2, para o delírio da torcida. O repertório foi invejável: teve gol driblando o goleiro, de primeira, de cobertura e virando o rosto! Vale destacar que a partida serviu como divulgação de um torneio idealizado por um empresário indiano.
A TURMA DO MARINHO
texto: Sergio Pugliese | fotos: Reyes de Sá Viana do Castelo
Gerson, o Canhotinha de Ouro, fez um carnaval na defesa, driblou o goleiro-paredão Gil Rios e deixou o saudoso João Sergio com a missão de apenas empurrar a redonda para o gol, mas, vai entender, o chute possuído por algum efeito sobrenatural fez a coitadinha da bola mudar totalmente a direção e mergulhar nas águas da Praia de São Francisco. O campeão do mundo de 70 gritou “é brincadeira!”, jogou a camisa no chão e despediu-se: “Nunca mais volto aqui”. Mas quem consegue? Na semana seguinte lá estava ele, no Praia Clube, em Niterói, animando a resenha com o seu pandeiro, na companhia de Jair Marinho, outro campeão mundial, e de incontáveis amigos. Nossa equipe entendeu perfeitamente a quebra de palavra do ídolo. Não dá para ficar longe dessa rapaziada, turma do bem, liderada pelo engenheiro Edgar Chagas Muniz!! São dezenas de doidos que esbanjam felicidade, autênticos malucos-beleza que adoram estar juntos.
Jair Marinho beijando Edgar Muniz, organizador da pelada do Praia Clube, em Niterói.
– Babalu, desce mais uma!!!! – berrou Shubert.
No dia de nossa visita a casa estava cheia, mas Babalu, o garçom, deu conta do recado. Na verdade, ali a casa está sempre cheia! O salão reunia quase 70 jogadores, uma grande família!!! A turma tem até jornal, O Racha, editado por Edgar, que também é mestre de cerimônias, fundador da pelada, artilheiro e violonista dos bons! O evento foi de alto nível! Estavam alguns presidentes do clube, como Henrique Miranda Santos, e o primeirinho de todos, quando a história começou há 32 anos, Onofre Bogado. O Praia Clube era apenas um quiosque no meio do nada e hoje seus fundadores Edgar, Fabiano, Cesar Maia, Huguinho, Nelson, Gil Rios e Ney Vargas mostram orgulhosos cada espaço construído, com destaque para o porrinhódromo e, claro, o belo campo soçaite, de grama sintética, onde todas às noites de quinta-feira, os veteranos craques viram crianças.
– Nosso lema é Saúde, Paz, União e Força no Vergalhão! – gabou-se o analista jurídico Cesar Maia.
Disposição realmente não falta ao grupo. No embalo de Cássio (vocal) e de Marcílio Tanaka (bandolim), músico que, entre outras feras, já tocou com Zeca Pagodinho e Beth Carvalho, a rapaziada não olhava para o relógio. Então, Fabiano, de 67 anos, abraçado ao filho Fabson, de 43, e ao neto Fabinho, de 11, puxou o hino do time: “É quinta-feira, por favor não esqueça, não me segura pois estou em cima da hora, no Praia Clube vou fazer minha cabeça e se eu me atraso rola a bola e eu tô fora. Não gosto de te ver chorando, mas tô me mandando, só vou relaxar…”.
– É uma espécie de homenagem às nossas mulheres – brincou Merinho, craque do time.
Num canto da festa, Reyes de Sá Viana do Castelo, da equipe do Museu da Pelada e corintiano apaixonado, chorou ao ver Jair Marinho, campeão mundial, em 62. Ele faz parte de uma terceira geração de fãs do craque, que começou com seu bisavô Paulo, torcedor da Portuguesa, e passou por seu avô Raul, também Coringão. Por isso, se emocionou ao ouvir Jair contando sobre Pampolini, Ivair, Dino Sanni e Rivellino. Sobre Jair Marinho, no entanto, os amigos ignoram o passado de glória e preferem lembrar o dia em que ele escondeu a dentadura de um parceiro dentro do copo de cerveja de Gerson, o Canhotinha. Após a descoberta foi tudo parar dentro da piscina. Jair fez cara de moleque e deu um beijo carinhoso em Huguinho.
– Aqui todos somos iguais e até podemos reclamar dos lançamentos errados do Gerson – resumiu Cesar Rizzo, consagrado locutor, criador do bordão “Sacudindo, sacudindo a galera!”.
O churrasqueiro Jonas continuava queimando carne. Há 25 anos no clube, ele conhece o apetite da turma. O cardiologista Ciro Herdy tentava controlar o consumo de gordura. Esse conhece o colesterol da turma! Mas ninguém ouvia mais nada. Sinval, sósia de Gerson, se despediu. Aproveitamos o embalo e fomos juntos, com a felicidade de ter descoberto mais um cantinho recheado de felicidade!.
Os craques do time posam para foto