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ENSAIO MAGNÍFICO

Que o campo de futebol é um dos lugares mais democráticos do mundo todo mundo sabe! Mas o fotógrafo João Luiz Bulcão comprovou isso de uma forma sensacional! Com registros de tirar o fôlego, o craque fez um ensaio fotográfico mostrando a paixão dos brasileiros, que não medem esforços para praticar o futebol. Nos cliques do experiente fotógrafo, todos os personagens têm apenas um foco: a bola. Dentre eles, estão homens, mulheres, índios, negros, brancos, idosos e jovens jogando ou torcendo em lugares variados, comprovando que o campo é mesmo para todos, sem exceção!

Morando na França desde 1997, Bulcão sempre aproveita suas viagens ao Brasil para registrar momentos relacionados ao futebol em diversas regiões do país. Grande parte desse trabalho, no entanto, foi feito nos anos precedentes a 2014, data em que seu livro estava previsto para ser lançado, na França. Mas, por uma questão editorial e pessoal, o lançamento acabou não acontecendo e a nova previsão passou a ser para a véspera da Copa de 2018, na Rússia.

 Por ter sete escritores e um fotógrafo, a obra vai se chamar 7×1. De acordo com o autor, o livro de fotografia será acompanhado de estórias baseadas na paixão eterna do brasileiro pelo futebol e que vão muito além do placar humilhante imposto pelos alemães na ultima Copa do Mundo.

 Há 29 anos na profissão, Bulcão começou na Revista Manchete e passou pela Revista Veja, antes de se mudar para Nova Iorque, em 94, onde trabalhou na agência de fotojornalismo Gamma-Liaison. Em 97, chegou a Paris e ficou até 2003 na agência Gamma. Depois disso, virou freelancer e correspondente, em Paris, da agência americana Polaris Images, com reportagens geralmente voltadas para a temática social e econômica. Parte de seu trabalho está nos arquivos das agências Pulsar e Tyba, que o representa no Brasil. Além disso, tem projetos documentais relacionados ao futebol e à Amazônia. 

Para saber mais sobre o fotógrafo, acesse o site: www.jlbulcao.com

INICIATIVA HISTÓRICA

por Mauro Wainstock


No próximo domingo, dia 07 de agosto, os brasileiros poderão acompanhar de perto uma iniciativa histórica: crianças árabes e judias de Jerusalém entrarão em campo para dar um exemplo de coexistência. 

Às 13h30, antes do jogo Palmeiras X Vitória, no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro, acontecerá uma partida de 15 minutos entre crianças israelenses e palestinas. Depois, elas formarão um time israelo-palestino para jogar outros 15 minutos contra um combinado formado por crianças dos clubes A Hebraica, Círculo Macabi, Clube Atlético Monte Líbano, Esporte Clube Sírio e Esporte Clube Pinheiros.

Israelenses e palestinos integram o programa da ONG israelense Gol da Igualdade, que mobiliza a paixão pelo futebol para criar vínculos entre crianças de 9 a 14 anos de todo o espectro social do país.

MORAL PARA POUCOS


Tem que respeitar o cara!! Nosso padrinho, PC Caju será homenageado amanhã por François Hollande, presidente da França, com o título de Chevalier da Legião de Honra, no Sofitel! Vale lembrar que o craque teve uma passagem marcante pelo Olympique de Marseille e, por isso, é regularmente convidado para homenagens na França! Será que ele vai com esse terno estiloso?

VALEU, PC!!
 

FUI DIEGO, VOLTEI ROBINHO

por Zé Roberto Padilha


Diego teve recepção de gala no aeroporto do Rio de Janeiro

Confesso a vocês que tomei um susto no aeroporto quando cheguei e vi milhares de torcedores rubro-negros a me esperar. Há uma década, no melhor da minha forma, deixei o futebol brasileiro por Viracopos e só a minha família foi se despedir de mim. A torcida do Santos ainda mandou uma faixa, mas todas as torcidas organizadas da Vila compareceram em massa mesmo no dia em que o Robinho foi vendido. Era Robinho e Diego. Como Pelé e Coutinho. Um gênio protagonista, um bom jogador ao seu lado como coadjuvante.


Observado por Diego, Robinho conduz a bola para o ataque

O futebol acima de tudo, é um esporte coletivo e não um monólogo. Mas desde a chegada ao Brasil, vivo a me perguntar: eu melhorei, virei Robinho, ou foi o futebol brasileiro que piorou, perdeu suas referências e virou Diego?

Sem desmerecer o que ainda serei capaz de fazer no Flamengo, afinal sempre me cuidei e escapei de graves lesões, notei, enquanto me preparo para a estreia, que não foi por acaso que o Maracanã deixou de ser palco dos grandes aqui do Rio. Sem Rivellino e Assis, mas com Cícero e Magno Alves ressuscitado, anda bastando para a menos exigente presente torcida tricolor o modesto estádio do América, na Baixada Fluminense.

Para um clube que foi perdendo espaço e prestígio no futebol brasileiro tudo bem, mas daí Edson Passos ser a casa do Fluminense… Logo a seguir assisto Botafogo x Palmeiras, na Ilha do Governador. Para o clube glorioso de outrora, de Mané Garrincha, Mendonça e Nilton Santos, seria uma piada levar para o modesto estádio da lusa carioca os seus jogos. Mas desde que perdeu a classe de Seedorf, o carisma de Loco Abreu e só seu goleiro tem sido convocado para a seleção, para abrigar metade dos seus apaixonados anda cabendo. E eles estão felizes não só com aquele estádio, como ter como camisa 10 o Camilo. Com todo o respeito!


E, finalmente, o Vasco. Este não perdeu seu estádio, mas trocou a paixão por um ídolo, Roberto Dinamite, por um cartola que nunca fez um gol na vida por eles. E seu maior jogador da atualidade, o Nenê, também saiu camisa 8, como eu, do Brasil e agora virou o todo poderoso camisa 10. Dava para desconfiar que existia, desde minha chegada, algo de errado com o nível atual do nosso futebol. 

Mas se estava em dúvida quanto ao seu declínio técnico, o Zé Roberto, jogando no último fim de semana pelo Palmeiras os 90 minutos, acabou com todas. Quando ele se despediu na Alemanha, aos 40 anos, nos confessou que pretendia acabar sua carreira na Portuguesa, seu primeiro clube no futebol, ou jogar no máster do São Paulo. Zé, como eu, sempre se cuidou, pouco se contundiu também. Mas daí a atuar na primeira divisão com aquela idade numa equipe que está no G4 e na lateral-esquerda? Tudo bem, os pontas acabaram, laterais não mais apoiam, mas definitivamente foi a prova que precisava para entender porque agora virei capa dos jornais. Considerado o novo Messias. O camisa 10 do Flamengo.

Num país em que a expectativa de vida aumentou vinte anos, permanecer em cena jogando mais uma década se torna um paradoxo. A definitiva constatação que diminuímos a expectativa de alcançar o futebol brasileiro de novo em sua plenitude. Mas não se esqueçam: se fui Diego, voltei Diego. Robinho será sempre a lembrança de um tempo em que os craques enchiam os estádios e nós, seus coadjuvantes, tabelávamos o simples para receber de volta as maiores das obras de arte.


Diego abraça Robinho após um gol do camisa 11

Chamadas Resenha

 

resenha do museu