Selefogo
AMIGOS PARA SEMPRE
texto: André Mendonça | fotos: Marcelo Tabach | vídeo: Simone Marinho | edição: Daniel Planel
Quem acompanha o Museu da Pelada sabe de nosso prazer em proporcionar encontros memoráveis. O problema é suportar tanta emoção, afinal as resenhas não têm limites e são cada vez mais surpreendentes! Recentemente, pedimos a Carlos Roberto, da Selefogo, organizar um churrasco entre velhos amigos e ele topou. Foi marcado numa cobertura, em Ipanema, e o esquenta aconteceu no Bar Sabugosa, na Rua Maria Quitéria. Sérgio Pugliese ficou de pegar Amarildo, o Possesso, em casa. Ele reencontraria Rildo, seu melhor amigo, que não via há muitos anos.
Rildo e Amarildo, os amigos inseparáveis
Quando eu e o fotógrafo Marcelo Tabach chegamos ao bar já estavam três lendas alvinegras: o lateral Rildo, do Botafogo e da Copa de 66, o meio-campo Carlos Roberto e Roberto Miranda, considerado um dos melhores centroavantes do Botafogo e campeão mundial de 70. Nas mesas vizinhas os fãs não se continham e pediam fotos e autógrafos. Meia hora depois, o momento mais esperado, o reencontro de Amarildo e Rildo, que nos áureos tempos moraram juntos na Prado Júnior e aprontaram todas nas noites cariocas.
– Olha o Papagaio!!! – brincou Rildo revelando o apelido do velho companheiro.
E dá-lhe brinde!!! O burburinho só aumentava e pessoas se aglomeravam em frente ao bar.
– Esses coroas eram foda! – disse um guardador de carros, que aproveitou para sugerir a convocação do rubro-negro Evaristo de Macedo, morador ilustre da rua ao lado.
Carlos Roberto não pensou duas vezes e ligou para o ídolo de Barcelona e Real Madrid. Bastaram 20 minutos para o astro internacional chegar.
– Vou embora! Só tem botafoguense aqui, pô! Sou flamenguista! – brincou Evaristo.
– Junta todos!!! – sugeriu a videomaker Simone Marinho.
– Me dá a minha camisa – pediu Amarildo, aos 76 anos, completados no último dia 29.
Carlos Roberto, Evaristo de Macedo, Rildo, Roberto Miranda e Amarildo exibem a camisa histórica
A camisa número 20, com escudo da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) faz parte da coleção de Victor Raposo e colaborador do Museu da Pelada. Segundo ele, foi a camisa usada por Amarildo nos jogos decisivos da Copa de 62 quando substituiu Pelé. E sobre esse jogo, Rildo brincou.
– Sua praga foi boa, hein Papagaio, tirou o Rei do jogo! Mas deu conta do recado!
Marrento, Amarildo rebateu.
– Foi mamão com açúcar! Não me sentia inferior a ninguém e não me considerava um reserva. Fui para cima dos caras, sem medo nenhum!
A marra tem justificativa. O craque foi decisivo na conquista do bicampeonato mundial! Nos quatro jogos que disputou, marcou três gols, sendo dois contra a Espanha e um contra a Tchecoslováquia, na final. As boas atuações despertaram o interesse de clubes europeus e, em 1963, Amarildo se transferiu do Botafogo para o poderoso Milan, da Itália. Antes de retornar ao Brasil para encerrar a carreira no Vasco, jogou ainda pelos gigantes Fiorentina e Roma.
– Desce mais cinco chopes, a saideira! – pediu Carlos Roberto, que recebera a ligação informando que outros três botafoguense ilustres estavam na cobertura esperando por eles, o lateral Moreira, o artilheiro Nílson Dias e Jairzinho, o Furacão da Copa de 70.
Fecharam a conta e zarparam!
Na cobertura, entre uma picanha e outra, olhava para um lado e via Amarildo, o Possesso, conversando com Rildo, olhava para o outro e estava Jairzinho, estiloso, com seus óculos escuros! Na varanda, o artilheiro Roberto Miranda não parava de rir ao lado de Carlos Roberto, figuraça! Nílson Dias relembrava seus golaços na rodinha com Moreira e Evaristo de Macedo, o “intruso”. Ali, pelos depoimentos que ouvi, ficou claro para mim como é importante termos referências. Nílson Dias disse que a sua maior inspiração foi o homem-gol Roberto Miranda. Roberto Miranda disse que a sua foi Amarildo. E Amarildo disse que a sua foi Evaristo. É preciso dizer mais alguma coisa?
A alegria naquele encontro era visível no rosto de cada um! Para a equipe do Museu da Pelada, amigos e parentes dos jogadores, havia um encanto por ver tantos craques reunidos. Para aqueles que fizeram história com a bola nos pés, a alegria era pelo reencontro de grandes amigos, que não se viam há anos. O auge do encontro ocorreu quando Carlos Roberto, nosso “Repórter Por Um Dia”, a pedido de Simone Marinho, reuniu todos os craques para uma breve apresentação de cada um. Nessa hora, foi impossível não ter passado um filme na cabeça com belos lances dos jogadores. Nos discursos emocionados, os craques não conseguiam esconder a felicidade pela reunião memorável! Rildo buscou o ar, Jairzinho destacou a união do grupo, e Amarildo, olhando para a lendária camisa 20, chorou.
UMA VEZ POR ANO
texto: Wesley Machado | fotos: Maria Clara Menezes
Dia dos Pais também foi dia da pelada anual da Associação de Imprensa Campista (AIC), instituição histórica da cidade de Campos dos Goytacazes, fundada em 1929. E a pelada que reúne os profissionais da Imprensa Campista e acontece apenas uma vez por ano – é isto mesmo – já se tornou tradicional. Há quem jogue apenas esta pelada durante todo ano. É o caso de Rafael Vargas, flamenguista que, por ter jogado basquete no America, foi para a pelada vestido com o manto rubro.
Na pelada anual da AIC, os jogadores não usam coletes. Cada qual joga com a camisa que quiser. Eu fui com a camisa do Museu da Pelada. O repórter e blogueiro de Política, Alexandre Bastos, com a camisa do Botafogo. E o experiente fotógrafo Jocelino Check, com a camisa do Brasil com o escudo do Americano. Por conta do Flamengo ter perdido no dia anterior, ninguém apareceu com a camisa rubro-negra. Outros jogaram com camisas sem ser de times. Houve quem jogasse sem camisa e descalço para honrar o nome pelada, caso de Antônio Leudo, fotógrafo veterano.
No Dia dos Pais, muitos tiveram a oportunidade de jogar ao lado dos filhos, como Leudo e o filho Leno e Alexandre Paiva, o repórter mais bem informado de Campos e região, e o filho também chamado Alexandre. O jornalista das antigas, Cilênio Tavares, ficou de fora apitando, mas o filho dele, Bernardo, no auge de seus 19 anos, foi o que mostrou mais disposição. Mas o craque foi Alexandre Paiva, que aplicou um lindo lençol em Check e ainda deu vários dribles no artilheiro da pelada, que gosta de zombar dos adversários mas desta vez vai ter de aturar a gozação, mesmo que tenha feito sete gols, segundo ele, e comprovado sua fama de matador.
Quem também fez muitos gols desta vez foi o repórter de Esportes Raphael Petersen, o Tijolo, que mesmo acima do peso, assim, como eu, mostrou faro de gol. Quem não gostou muito foi Alexandre Bastos, que apesar de ter deixado duas vezes a bola no fundo das redes não ficou satisfeito em perder a pelada. Reclamou muito comigo pois quando eu subia para apoiar e não recebia a bola (“Quem desloca, recebe”), não voltava para marcar. Mas tenho a desculpa de ter jogado praticamente sozinho lá atrás, por mais que Bastos voltasse de vez em quando para ajudar na defesa. Mas é que ninguém aguenta a solina que estava.
A pelada estava marcada para às 11 horas de domingo, horário que passou a ser utilizado em campeonato profissional da 1ª divisão desde o ano passado, só começou quase meio-dia. E só o fato de eu estar pesado demais para jogar bola, aliado ao fato de estar há um mês parado, já seria suficiente para um má atuação. Ainda bem que deixei meu golzinho como de praxe. E fiz um esforço para tirar algumas bolas, o que fez com que Bastos diminuísse as críticas. Ao fim da peleja, o que valeu foi a confraternização dos colegas de profissão e os momentos vividos pelos pais com os filhos e vice-versa.
O OLHO DO MARACA
O fotógrafo tinha um cantinho reservado no Maracanã
O futebol brasileiro perdeu ontem uma lenda! Não se trata de nenhum craque dentro das quatro linhas, mas na beirada delas! Aos 77 anos, Eurico Dantas, mestre do fotojornalismo, morreu devido a complicações causadas por um acidente vascular cerebral.
Com quase 2500 gols fotografados, de grandes craques como Pelé, Romário e Zico, Eurico é o recordista no quesito e se orgulhava disso. Um dos seus registros mais emblemáticos ocorreu na partida entre Vasco e Botafogo, em 1976, quando Roberto Dinamite deu um lençol em Osmar e marcou um golaço no Maracanã. Torcedor do Vasco, Eurico conseguiu registrar o momento exato de um dos lances mais bonitos do futebol brasileiro.
Golaço de Dinamite registrado por Eurico Dantas
A habilidade com a máquina nas mãos lhe rendeu incríveis 25 premiações nacionais e internacionais. Entre elas, o prêmio Bola de Ouro, em 1974, dado ao melhor fotógrafo do ano.
Toda essa paixão pelo fotojornalismo começou aos 15 anos, em 1955, quando Eurico trabalhava como contínuo no arquivo de fotos do jornal O Globo. Sempre disposto a aprender, buscava o contato com os experientes fotógrafos dos jornais, além de frequentar as aulas de fotografia.
Em 1961, aos 21 anos, deu suas primeiras saídas, mas foi em 1962 que o craque começou a dar seus “tapas” na beira do gramado. Com uma Roleiflex, sua primeira máquina, registrava os lances no campo do Olaria. O talento de Eurico logo foi reconhecido.
Passou a fazer viagens nacionais e internacionais, cobrindo jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Mundo de 70, no México, e da Argentina, em 78. Em 76, teve a oportunidade de cobrir o torneio do quarto centenário dos EUA no qual o Brasil foi campeão.
Foram 40 anos de trabalho no Jornal O Globo, antes de ingressar no Jornal O Dia, onde comandou a equipe de fotógrafos. Entre os fotógrafos, estava Marcos Tristão, seu grande amigo. O curioso é que o primeiro contato, no entanto, não foi dos mais agradáveis:
– Foi traumático porque minutos antes de uma partida começar, todos os fotógrafos já posicionados, ele chegou e ficou na frente de todos! Xinguei muito! Mas depois virou um grande amigo, aprendi muitas coisas com ele no Jornal O Dia, era uma pessoa fantástica que ajudou muitos fotógrafos em início de carreira. Ele era muito respeitado, tinha o cantinho do Eurico no Maracanã, era o lugar fixo dele! A gente brincava dizendo que ele tinha mais gols do que Pelé e Romário juntos! Depois que eu fui para O Globo, mantive o contato com ele, e muitas vezes almoçávamos juntos! Fiquei muito triste com a notícia – disse Marcos Tristão.
Depois de trabalhar no Jornal O Dia, Eurico foi convidado para ser editor de fotografia no Extra, onde ficou até janeiro de 2011. Ele dizia que suas paixões eram o futebol e o céu, onde tem as nuvens!
VALEU, EURICO!!
JACK SPARROW
Você sabe qual é o time do capitão Jack Sparrow? Em uma resenha divertida, o pirata revelou que é um grande boleiro!
FOME DE BOLA
por Anoildo Junior
Em destaque, Anoildo não fica longe de sua pelada
A pelada teria novas regras a partir do próximo sábado. O momento era de renovação do grupo e algumas coisas precisavam ser colocadas em prática. Para incentivar novos peladeiros, convidados estariam liberados, desde que chegassem até as 9h30, e jogariam a primeira pelada (aquela que passa na Globo!!). Além disso, a inadimplência não seria tolerada e um novo critério para a divisão dos times seria implantado..
E o nosso personagem da semana, sendo o responsável financeiro e membro da comissão do grupo, tinha um papel importante nesse momento. Ele precisava estar presente e jogar a primeira pelada.
O problema é que naquela semana Junior tinha mais uma viagem para França, com retorno previsto para sábado as 6h da manhã.
Como outras vezes, nosso jogador sempre se organizava pra chegar em casa e ir direto para o Caxinguelê, local da “Pelada do Montanha”, que acontece há mais de 40 anos. O estresse era sempre o mesmo, mas no final dava tudo certo..
Só que como aquele sábado era especial, Anoildo, verdadeiro nome do nosso peladeiro, mudou a estratégia.
No momento de arrumar a mala, ele decidiu: o material da pelada iria com ele para Paris e depois para o interior da França. Desse modo, ganharia alguns minutos na chegada, podendo ir direto para o clube.
A mulher não entendeu nada, mas ele preferiu não entrar em conflito e mentiu dizendo que estava marcado um jogo contra em território francês.
Assim, evitou escutar o que já ouvia sempre que viajava: “Um absurdo, você chega de viagem e vai direto para o futebol!”. Mas a pelada sempre tem prioridade!!
Tudo em nome do choque de ordem! Deveríamos proteger os novos peladeiros convidados interessados em entrar para o grupo!
Só que nosso ala artilheiro, sacrificado por muitos anos de alegrias e contusões, carregava uma verdadeira mala com o material de jogo: ataduras, meiões, tornozeleiras, esparadrapos, que o transformavam em uma verdadeira múmia.Depois de muitas dúvidas, tudo foi resolvido e alguns casacos e camisas ficaram no Brasil naquela vez.
E a semana transcorria sem problemas, quando as emoções começaram. Para sair da cidade onde estava, a tempo de pegar o vôo Paris-Rio, Anoildo tinha que pegar o ultimo vôo das 17h. Mas na sexta-feira pela manhã, recebe a notícia que teria uma última reunião com previsão de término às 15h30. Isso praticamente liquidaria suas chances de estar presente no sábado.
Na hora do almoço, nosso craque já estava cabisbaixo e já tinha avisado ao Nicolau Caixa D’água (assim conhecido por ser o mais veterano e famoso por tomar decisões de pura ditadura) que não chegaria a tempo.
– Nicolau, você vai ter que assumir!! Vou de dar a lista negra e você comanda!! Convidados estão liberados!
Como em um passe de mágica, às 14h as coisas começam a mudar e a reunião é cancelada. Nosso craque parte para o aeroporto em disparada, desafiando todos os limites de velocidade de uma pacata cidade do interior francês e consegue chegar a tempo de pegar o vôo.
Quando tudo parecia bem, mais uma surpresa: O avião que faria essa rota foi trocado por um aparelho bem menor o que reduziu a bagagem permitida em vários quilos. O passageiro não era obrigado a aceitar, mas teria que esperar pelo próximo vôo que só sairia de noite!! E a pelada iria para o espaço!! A prioridade naquele momento sem dúvida nenhuma era o material da pelada, que já lhe roubava quase todos os quilos disponíveis. Mas e o que fazer com tudo que recebeu ao longo da semana, que era importante e não poderia ser abandonado?
O desespero já tomava conta do nosso jogador, quando mais uma vez os deuses do futebol conspiraram a favor dos peladeiros! Anoildo identifica um conhecido de trabalho que também retornaria para o Brasil naquele dia! Ele não o conhecia direito e tampouco sabia seu nome. Mas naquele momento era a salvação! Depois de três minutos de um verdadeiro “cerca-lourenço”, ele parte para o ataque:
– Você pode levar parte da minha bagagem para o Brasil?
Depois da resposta positiva, aquele conhecido de empresa já havia se tornado o melhor colega de trabalho!
Tudo resolvido!!
Tudo caminhava bem. Já estava em Paris aguardando seu vôo para o Brasil, quando veio mais um desafio para o nosso peladeiro: ameaça de bomba no aeroporto e todos os vôos atrasados por três horas!! A pelada já era, pensou mais uma vez!
Ligou para o Roberto (o membro da comissão mais equilibrado) para passar os novos critérios de divisão de times.
– Você divide as duplas, discute com uns dois ou três e coloca em prática!! Não deixa o Guera surtar! O Giba só joga se fizer dupla com Zé Carlos Médico! O Godí tem que ser com o Nicolas! No caso do Patrick, é melhor torcer pra ele não ir!! Avisa pro Tiago Tevez que tem que se contentar com o Dadun ou com o Castelo!
Era triste estar de fora nesse momento! Mas fazer o que? Mais uma vez o abatimento já tomava conta quando seu vôo foi chamado com a redução de uma hora no atraso. Com isso, somado a um pouco de sorte, ainda daria tempo!!
O vôo aterrissou às 8h30 da manhã e a pelada começava às 10h! No melhor estilo, com toda sua habilidade de artilheiro, saiu furando todas as filas (imigração, bagagem e táxi) e 9h15 já estava no táxi a caminho da pelada.
Depois de negociar um pequeno incentivo para o motorista caso chegassem a tempo, foi a vez de ligar para casa e avisar que já tinha chegado no Brasil, mas o seu destino era outro. Mais alguns minutos de negociação, com a promessa de uma noite maravilhosa, seguiu para o Caxinguelê com o aval da esposa.
Hora de mais uma ligação, dessa vez para o clube onde a galera já estava chegando. Ligou para o Renato, seu maior rival na divisão dos times, e ouviu de imediato o tiro de misericórdia:
– Já fechou o quorum e o Roberto já começou a dividir os times.
Depois de 30 segundos de silêncio, disparou a pergunta:
– Tem convidados entre os 14 primeiros?
E a resposta afirmativa foi mais uma ducha fria.
O silêncio tomou conta do táxi até a chegada ao clube. Assim que chegou, até o Canário, dono do bar e geralmente o primeiro a chegar não agüentou:
– Pô, Junior! Você é sempre um dos primeiros a chegar e logo hoje vai ficar de fora?
Naquela hora todo o filme da semana passou em sua cabeça rapidamente. Todo aquele esforço seria em vão? Teriam os deuses do futebol abandonado nosso peladeiro?
Nesse momento, em mais uma jogada de pura habilidade e com o apoio da “cartolagem” presente disparou.
– Nicolau, aquele ali é que é o convidado?
E o nosso Caixa d’Água respondeu positivamente, dizendo que o novo atleta foi trazido pelo Napoleão, seu genro.
– Mas o cara tá de bermuda de surfista e de meia tergal?
– Porra, você disse que era pra trazer convidado e agora fica de ironia? – retrucou Julinho.
– Mas ele joga bem? – insistiu
– Ele disse que tem o estilo do Sócrates – respondeu o Leozinho Doideira já em gargalhadas com o bombardeio de perguntas.
– Ele já pagou como convidado?
– Mas você chegou agora, como ele poderia ter pago? – disparou Alexandre, nosso pescador peladeiro.
E na estocada final, nosso personagem da semana concluiu:
– Não interessa se cheguei agora. Está inadimplente! Se está devendo, está fora!
Nesse momento, quase que implorando um aceno positivo dos mais veteranos, teve seu pedido e esforço reconhecido, e foi para o jogo!!!!