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CRAQUE DA SEMANA

De lavada!! No duelo de laterais, Roberto Carlos superou Marcelo com facilidade e foi eleito o craque da semana!! Além da força física e a facilidade para cobrar faltas, pesou o fato do ex-jogador ter disputado três Copas do Mundo, tendo vencido uma!

CARNE ESTRAGADA

:::: por Paulo Cezar Caju ::::


Se tem algo que me deixa intrigado no futebol brasileiro é o rodízio de treinadores. É o futebol-churrascaria!!!! Os empresários, como garçons, vão passando de clube em clube oferecendo seu cardápio, aquele velhinho, amarelado, com as folhas despencando: “Vai um Mano, aí?”, “Olha um Marcelo Oliveira, no ponto!”, “Quem vai de Cuca no espeto?”. E nessa brincadeira o Inter ressuscitou o Celso Roth. Deve estar mal passado, mas pelo jeito não tem outro.

A carne dura de Argel não funcionou no Colorado, foi para o Figueirense e já voltou para o matadouro. Antes, o Inter tinha tentado o Falcão, peça nobre, mas basta perder duas para a cabeça dos professores serem entregues de bandeja ao olho da rua.

O baiano Cristóvão está vivendo dias apimentados no Corinthians e já já vai para o Cruzeiro em troca do Mano, e Cuca volta para o Botafogo, Levir sai do Flu e vai para o Atlético e a mesmice se perpetua. Vou dar uma dica aos dirigentes: Joel Santana, Jair Pereira, Vanderlei Luxemburgo e Renato Gaúcho, carnes esquecidas, estão de bobeira.

Ué, se o Celso Roth voltou, por que não eles??? Se não se formam novos treinadores, se os ex-jogadores não conseguem espaço ou não se interessam por esse cargo, sou totalmente a favor de intercâmbio com profissionais estrangeiros, isso, carnes uruguaias, argentinas, alemãs, espanholas, principalmente no comando da seleção brasileira, que continua insistindo na carne gaúcha. Vamos ver até quando vai essa data de validade.

– texto publicado originalmente no jornal O Globo, em 3 de setembro de 2016.

1ª TAÇA MIRIM “LE BOUTON”



Neste sábado, o francês Marc Regnier vai resgatar uma brincadeira que marcou a infância de muitos boleiros! O craque está organizando um torneio de futebol de mesa, o futebol de botão, para a garotada de 7 a 14 anos, na Praça São Salvador, no Rio de Janeiro! A bola começa a rolar às 10h e as inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 15 minutos antes.

A rapaziada que não possui botão não precisa se preocupar, terão times de sobra para serem emprestados durante o torneio. Aqueles que têm, no entanto, precisam prestar atenção no diâmetro dos “jogadores”, visto que o máximo permitido é de 42mm.

Vale destacar que três mesas serão disponibilizadas para a brincadeira e os três primeiros colocados serão premiados com troféu e medalhas! A regra é a dadinho simplificada!

Boa sorte, garotada!

71 ANOS DE POESIA


No dia em que o vascaíno Aldir Blanc completa 71 anos, recordamos uma historinha bem legal que o rubro-negro Moacyr Luz nos enviou: 

“Quem mora na a Tijuca sabe. Se o sujeito mora na Muda, na Usina, costuma dizer pro condutor:

– Depois da Rua Uruguai. E foi assim que o Aldir aceitou minha carona…

Eu, emocionado com a sua presença na minha Variant, balbuciei:

– Eu também!

Tinha acabado de me mudar pro bairro.

Alta madrugada, cruzo a rua de referência, e o gênio-poeta acena:

–  Moro ali, terceira à direita, Rua Garibaldi.

Tremi:

– Eu também!

Nos olhamos com riso de trama:

– Qual o prédio? O de grades em volta?

Eram seis da manhã. Entramos na garagem, fumamos um maço de cigarros, guimbas pela janela do carro, e assim ficamos, vizinhos por 23 anos.”

 

Nascido e criado no Estácio, bairro do Rio de Janeiro, Aldir se mudou para a Tijuca e começou a compor aos 16 anos. Após abandonar a faculdade de Medicina, em 1973, voltou toda sua atenção para a música, sobretudo MPB, e o sucesso foi quase imediato.

 A parceria com João Bosco rendeu lindas canções como “A Nível De”, “O Bêbado e a Equilibistra”, “Nação”, entre outras. O talento não demorou a ser reconhecido e o craque participou de dois Festivais Internacional da Canção e do Festival Universitário da Música Popular Brasileira, sempre bem colocado.

No seu 50º aniversário, lançou o disco comemorativo “Aldir – 50 anos”, com a participação de Betinho, Edu Lobo, Paulinho da Viola, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.

Se já não fosse o bastante, em 2006, publicou um livro de crônicas chamado “Rua dos Artistas e Transversais”. Sempre retratando o Rio e o Brasil, Aldir é, sem dúvidas, um dos maiores letristas da música popular brasileira.
 

106 ANOS DO TIMÃO

No dia do aniversário de 106 anos do Corinthians, o Museu da Pelada resgata uma linda canção de Paulinho Nogueira e Toquinho, exaltando o amor por um dos maiores clubes do Brasil!

Confira a letra:

MEUS 20 ANOS (AI, CORINTHIANS)
(Paulinho Nogueira)

São 20 anos de espera,
Devoção e muito amor.
Cada vitória é uma festa
E a derrota um dissabor.
Até um simples empate,
Que podia consolar,
Quase sempre é conquistado
Quando é preciso ganhar.
Mas nessas poucas vitórias,
Algumas sensacionais,
A gente esquece de tudo
Não desanima jamais.

Ai, CORINTHIANS,
Cachaça do torcedor,
Colorido em preto e branco,
Sem preconceito de cor.
Ai, CORINTHIANS,
Quando és o vencedor,
Pobre fica milionário
Rindo da própria dor.

E lá se vão 20 anos,
Alimentando ilusão
Renovando a esperança,
Agüentando gozação.
Quantos domingos sombrios,
Eu, eterno sonhador,
Chegava em casa arrasado,
Maltratava o meu grande amor.
Meu São Jorge, me dê forças,
Pra poder um dia, enfim,
Descontar meu sofrimento
Em cima de quem riu de mim.