A DERROTA ETERNA
por Cláudio Renato
Era difícil dormir com um silêncio daquele. E Zizinho passou muitas noites em claro. Ao fim do trágico crepúsculo de 16 de julho de 1950, não se lembrava como chegara em casa. Deve ter caminhado muito. Do Maracanã até a estação das barcas de Niterói, na Praça XV de Novembro, a distância é de pelo menos dez quilômetros. Estava embriagado de tristeza, mas não chorou. Recordava-se apenas do vazio pesado e melancólico da cidade, vez em quando cortado por um tapinha nas costas, uma ou outra voz solidária, que parecia emergir de um pesadelo e lhe aumentava ainda mais o desespero: “Pois é, Ziza, não deu.”
Àquela hora, pouco antes das 8 da noite, Zizinho deveria estar feliz da vida, surdo de tantos fogos, bêbado de champanhe, encarapitado em carro oficial com os companheiros, agarrado à Taça Jules Rimet, ovacionado por centena de milhares de pessoas nas ruas e reconhecido como o maior jogador de futebol do planeta. Um gol desenxabido, chute torto do uruguaio Alcides Eduardo Ghigghia, aos 34 minutos do segundo tempo, pôs tudo a perder: a glória e a fortuna dos jogadores; a honra e a autoestima do povo brasileiro. Pensava desordenadamente enquanto esperava sozinho a partida da barca, como um semideus castigado, destituído do poder e transformado, em poucos minutos, em pobre mortal.
Cinquenta anos passados, o fiscal aposentado Tomás Soares da Silva nos recebeu, na primeira semana de junho de 2000, no apartamento humilde no bairro do Fonseca, em Niterói, na região metropolitana do Rio. Sereno, Zizinho lembrava em detalhes cirúrgicos aquela tragédia, o placar adverso de 2 a 1, que marcou e angustiou toda uma geração. Tentava explicar a anatomia daquela derrota – termo cunhado pelo filósofo gaúcho Paulo Perdigão, autor da obra mais completa sobre o tema. Seu Tomás morreria dois anos depois, em 8 de fevereiro de 2002, sem conseguir explicação convincente, mas tinha opinião muito direta.
– Os uruguaios eram melhores! – dizia o mulato sábio e elegante, então com 78 anos, o mais completo jogador brasileiro até o surgimento de Pelé, segundo o próprio Dondinho, pai do rei.
Havia três anos, Zizinho começara a elaborar “As Lições do Mestre Ziza – Evolução Tática do Futebol Brasileiro”, em que pretendia en passant, explicar a derrota.
– A certeza da vitória era tanta que me fizeram assinar mais de 2 mil fotos montadas com os dizeres Brasil Campeão!
Antes da final, a seleção brasileira aplicara no Maracanã, construído especialmente para a Copa, duas goleadas históricas: 7 a 1 na Suécia e 6 a 1 na Espanha, adversários contra os quais o Uruguai penara para não perder. Os brasileiros, em casa, jogavam só pelo empate.
Brasil derrotado diante de 200 mil pessoas no Maracanã, torcedores e cronistas trataram logo de eleger os culpados: o goleiro Barbosa, o zagueiro Juvenal e o meia-esquerda Bigode. Eles não acompanharam Ghiggia, o ponta-direita de 22 anos que chegou a dar sete passos com a bola antes de despachá-la fraca para o canto esquerdo do gol. Houve até a versão de um suposto tapa que Obdúlio teria desferido contra o rosto de Bigode, para extremar ainda mais a humilhação.
– Não vi tapa nenhum! – desconversava Zizinho.
Para Ziza, um consolo:
– Graças a Deus, nunca me crucificaram, mas culparam injustamente meus amigos!
Os “proscritos” viveram como Barrabás, carregando o peso de uma culpa imposta que nem o pentacampeonato mundial conseguiria aliviar. Moacir Barbosa morreu dois meses antes da nossa conversa com Zizinho. Ele passou a vida tentando explicar que não falhara no gol de Ghiggia. Bigode exilou-se em Minas. Juvenal, na Bahia. Augusto, capitão do time, não atendia ao telefone.
– Quem errou foi Ghiggia, que queria centrar a bola, chutou a grama e enganou o goleiro! – explicava Zizinho.
Apesar da derrota, Zizinho foi eleito o melhor jogador da Copa pelos correspondentes estrangeiros. A beleza plástica das jogadas foi comparada à das obras de Da Vinci. Ziza acreditava que o WM, sistema adotado por Flávio Costa, com a variação em diagonal, deixara o time vulnerável.
– O 4-3-3, criado em 1945 por Ondino Vieira, do Vasco, é a melhor disposição tática que o Brasil já teve.
Maior ídolo da seleção na época, Zizinho só estreou no terceiro jogo da Copa de 50, contra a Iugoslávia, após o empate aziago de 2 a 2 com a Suíça no Pacaembu.
– Eu não tinha a menor condição de jogar; meu joelho estava inchado, deste tamanho!
Ziza, que tinha a perna direita mais fina desde 1946, por causa de uma distensão muscular, sofrera nova torção num treino contra o Flamengo.
– Entrei machucado, e o Brasil conseguiu vencer por 2 a 0! Jogava no sacrifício, mas nunca tomei injeção no joelho! – assegurava.
Ademir marcou os gols. Zizinho também fez um, erradamente anulado.
Mestre Ziza, como era conhecido, gozava da confiança do técnico Flávio Costa, que o lançara no futebol profissional pelo Flamengo em 1939, após vê-lo participar de um treino no lugar do legendário Leônidas da Silva.
– Zizinho é o cérebro e o coração de qualquer time – dizia Costa.
O jogador não tinha dúvidas de que a política atrapalhara o escrete de 50.
– A concentração em São Januário vivia repleta de políticos, como Cristiano Machado, Adhemar de Barros e outros; no dia da final, tivemos que interromper o almoço várias vezes para ouvir promessas!
O que mais irritara Zizinho foi o discurso do prefeito do Rio, general Ângelo Mendes de Moraes, que dizia ter construído o maior estádio do mundo e exigia, em troca, a conquista da taça.
– Fiquei com raiva; ele não era nosso dono, não tinha direito de fazer o que fez! – A estátua do prefeito que o próprio mandou erguer na frente do Maracanã foi derrubada por torcedores ao fim da partida.
Ziza lembrava que entrou tranquilo na final; não olhava o relógio, ouvia apenas o zunido do público. Ele considerava o esquema do Uruguai perfeito para a partida.
– Eles jogavam com um beque de espera e outro no avanço, estavam protegidos.
Zizinho observou que a final da Copa de 50 solidificou a amizade entre os jogadores das duas seleções e rasgou elogios a Obdúlio, um jogador extraordinário e um homem como poucos, segundo ele!
Os adversários passaram a se encontrar com frequência no Rio e em Montevidéo.
– Quase nunca falávamos daquele jogo, o Obdúlio detestava lembrar a data conosco; sabia o quanto o Brasil sofreu – ele jurava que mantinha conversas telepáticas com Obdúlio Varella.
De 1953 a 1957, com a saída de Domingos da Guia, Ziza tornou-se capitão da seleção brasileira, pela qual jogou 53 partidas oficiais e marcou 31 gols. Armador técnico, condenava os jogadores violentos que ocupam a posição, alegando que o guardião não pode fazer falta perto da área. Além disso, Zizinho se dizia furioso com o que considerava inverdades sobre a Copa de 50.
– A história de que Barbosa queimou as balizas do gol de Ghiggia num churrasco em Ramos é ridícula! Como poderia ter levado a baliza para casa? Para que queimaria as traves? – indagava Zizinho, que toda semana acendia uma vela em memória do goleiro. Outra história que desmentia é a de que os brasileiros almoçaram sanduíche de queijo no dia da decisão.
A concentração em São Januário era tão tumultuada, segundo Zizinho, que “a gente não tinha concentração nem para fazer balão.” Ziza, Nílton Santos e Alfredo eram os baloeiros.
– Se saísse da concentração, ninguém ligava; não fosse o empate com os suíços, eu não jogaria.
A algazarra da multidão era até um alento.
– Ficava mais tenso contra time pequeno; em estádio vazio, ouvem-se os insultos e palavrões.
Ziza sustentava que o Brasil começara a perder a Copa quando Friaça fez 1 a 0, em um minuto e meio do segundo tempo. Segundo ele, deu um gelo na equipe, que imaginava ter cumprido o dever. O problema, argumentava, era que o Brasil nunca enfrentara uma seleção sul-americana numa final como aquela, o que torna difícil a compreensão da derrota. Além disso, Ziza rebatia a acusação de que faltaram, em campo, os berros de um Obdúlio a favor do Brasil.
– Grito não ganha jogo!
Indignado, Zizinho não entendia por que a imprensa deixara de cobrar as falhas do Brasil na derrota contra a França, na Copa de 98.
– O Zagallo diz que estava dormindo, quando o Ronaldo passou mal; o Lídio Toledo falou que, se cortasse o menino da partida, seria morto; o Roberto Carlos declarou que teve que meter o dedo na garganta do Ronaldo. Por que nada é questionado e só falam da derrota de 50? O Brasil já perdeu oito Copas depois daquela e a imprensa é cruel conosco; o Bigode só tem três amigos; o Barbosa, maior goleiro da história do Brasil, foi barrado por um molequinho (o goleiro Taffarel) nos preparativos da seleção e morreu só; por que tanta humilhação?
Para Ziza, a acusação contra Barbosa, Bigode e Juvenal teria sido “uma baixeza”. Mas ele não acreditava em racismo. Considerava “outra indignidade” o argumento de que as vitórias nas Copas de 58, 62 e 70 foram frutos da derrota de 50. O Brasil era injusto com todo mundo, na opinião de Zizinho. Ele dizia que na Europa os jogadores eram protegidos e citava o exemplo de Beckenbauer, eleito o melhor beque central de todos os tempos, apesar de ter jogado no meio-campo.
Não se falava bem de Diego Maradona com Ziza.
– Ele não foi nem o melhor jogador argentino a jogar na Itália, porque este foi Sívori, que ganhou três títulos pelo Juventus.
O melhor argentino de todos, para Ziza, fora Pedernera, que atuou na década de 40. Em compensação, falar mal de Pelé era arranjar um inimigo. Para ele, Pelé, Leônidas da Silva, Domingos da Guia e Nílton Santos eram os maiores craques brasileiros da história. Também não poupava elogios a Garrincha, mas tinha reservas em relação a Ronaldo Fenômeno.
– Atacante não pode ser o melhor se não cabeceia bem!
O goleiro mais difícil que enfrentara fora mesmo Barbosa.
– Era frio demais; eu não tinha coragem de colocar a bola quando ele estava no gol.
Barbosa
Ziza contava que deixara de assistir a jogos no Maracanã havia mais de dez anos, com medo de passar a humilhação de ser barrado. De vez em quando, convidado pela diretoria do São Paulo, comparecia ao Morumbi. Afirmava que torcia pelo Flamengo, o Bangu e o São Paulo – todos os times em que jogou. Na infância, torcera pelo América do Rio, onde fora preterido por insuficiência física. Franzino, 1,68 metro de altura, Zizinha tinha paixão por basquete. Adorava boxe e se dizia admirado com o panamenho Roberto “Manos de Piedra” Durán.
Zizinho nasceu em 14 de setembro de 1921, dentro de um clube de futebol.
– A tática que o Uruguai usou para nos vencer já conhecia desde os seis anos! – brincava. Filho de Tomaz Silva e dona Eurídes, Ziza morava numa casa em São Gonçalo, sede do Carioca Football Club, que disputava uma vaga na Liga Niteroiense de Futebol. Em 1937, mudou-se para Niterói e transferiu-se para o Byron, Em 1939, treinou no Flamengo e assinou contrato. Foi lançado em 1940. Conquistou o tricampeonato carioca de 1942/43/44. Em 1949, foi campeão sul-americano pela seleção brasileira.
Na Copa de 50, Zizinho fez o gol que considerava o mais bonito da carreira, contra a Espanha; um sem-pulo, depois de um balão em Gonzáles. Ziza acabara de se transferir para o Bangu, onde jogou até 1957. Foi chamado nesse ano pelo técnico húngaro Bella Gutman para o São Paulo, levando, aos 36 anos, o clube a ser campeão paulista. Em 1958, recusou-se a embarcar para a Suécia e perdeu a oportunidade de ser campeão do mundo.
– Fui convocado quatro dias antes do embarque; não sou moleque e achei que aquilo seria uma injustiça com o Moacir, do Flamengo, que seria cortado. É questão de atitude! – Ziza jurava que não se arrependera.
Na temporada 1961/62, ainda jogou no Audax Italiano, no Chile. Defensor do passe livre, Zizinho teve proposta milionária do Milan, mas não pôde jogar lá.
– Quando houve greve de jogadores na Argentina, nos anos 40, fui lá apanhar o estatuto; queria reunir as cabeças daqui, mas ninguém participava.
Ziza adorava passarinhos e alimentava um bando na varanda do apartamento. Era desquitado, tinha duas filhas, torcedoras fanáticas do Fluminense, e dois netos. Gostava de caminhar pelo horto de Niterói e passear no sítio em Marambaia, Itaboraí. Às vezes, andava armado para se prevenir dos assaltos. Adorava os sambas de Walter Alfaiate, João Nogueira, Baianinho e Nélson Sargento. Frequentava a casa de samba e chorinho Candongueiros, em Niterói.
Ex-técnico do Vasco, América, Bangu e Remo, campeão pan-americano com a seleção brasileira no México (1975), Ziza defendia a criatividade. Concordava com o nome de Vanderlei Luxemburgo para a seleção, mas considerava absurdas as convocações de jogadores que atuavam na Europa para amistosos do Brasil contra times sem expressão.
– Se jogasse lá fora, não viria! – afirmava ele, na época entusiasmado com Ronaldinho Gaúcho, França e Alex, que ainda estavam por aqui.
No fim da Copa de 50, Zizinho ganhou 15 dias de folga do Bangu. Não aguentou ficar longe do Maracanã. Voltou a treinar quatro dias depois. Na reestreia, o time goleou o Flamengo por 6 a 0. Ziza tentava muito se convencer de que a final contra os urguaios fora apenas mais um jogo de futebol. Daquela Copa, só guardara uma medalhinha de vice-campeão (que mais parecia uma moedinha de cobre azinhavrado de cinco centavos), recortes de jornais e revistas e um punhado de amigos.
– Tive muita insônia, mas, com o tempo, consegui dormir!
E sempre que dormia, até o fim da vida, Ziza sonhava com aquele jogo.
– Sonho que Brasil contra o Uruguai é uma partida eterna, sem fim, um jogo que nunca acabou e só acabaria quando conseguisse alcançar aquela bola no último minuto e fizesse o gol de empate!
REFORMULAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO
por José Dias
Os resultados de 7 x 1 e 3 x 0, sofridos pela nossa seleção na Copa das Copas, em pleno território nacional, não foram a causa que levaram o futebol brasileiro ao nível tão indesejado em que se encontra, mas uma das consequências.
Para melhor compreensão daquilo que vamos expor, tornou-se necessário efetuar um desmembramento do “Mapa Mundi”, adaptando-o ao futebol.
Vamos considerar o Brasil como um continente e, assim, efetuarmos as comparações.
Separamos o Brasil da América do Sul e verificamos que sua extensão territorial, pouco difere do continente europeu e do sul americano (sem o Brasil) e inserimos o contorno do mapa da Alemanha na altura do Estado da Bahia.
Então, a pergunta que deve ser feita e considerada:
Por que não tratar os temas ligados ao futebol considerando o Brasil como um continente?
Os verdadeiros seguidores da história devem ter percebido que a partir da segunda metade da década de 80, teve início o processo de degradação do nosso futebol.
Basta comparar a equipe do FLUMINENSE/RJ que teve um ciclo encerrado no ano de 1986, quando perdeu a conquista do “tetra”, no campeonato estadual do Rio de Janeiro. Daí em diante e, até hoje, o clube não conseguiu mais montar uma equipe sequer parecida com ela e, muito menos, com a famosa “Máquina Tricolor” dos anos 70.
Fluminense FC – Entrega das faixas de tri campeão – 83/84/85
E, esse fenômeno ocorreu com todos os clubes brasileiros.
“CQD” – COMO QUEREMOS DEMONSTRAR
FLUMINENSE FC – três anos depois
Com os integrantes das seleções brasileiras de juniores de 1983 e 1985, teve início o êxodo dos jovens valores para a Europa, seguido da ação predatória dos empresários, qual aves de rapina que, em muitos casos, com a cumplicidade de dirigentes, descobriam e negociavam antes da participação nos clubes brasileiros – para se ter uma ideia -, da seleção de 1983, HUGO, HEITOR, ALOISIO, JORGINHO, GUTO, DEMÉTRIO, DUNGA, BEBETO, GEOVANI, que corresponde a 50% dos que estavam no México, foram para a Europa.
Por isso, foi uma surpresa para todos quando os nomes de HULK, FERNANDINHO, DANTE, HENRIQUE, LUIS GUSTAVO e outros surgiam nas convocações.
REBAIXAMENTO
A principal e mais contundente causa que contribuiu para o endividamento dos clubes foi, sem dúvida nenhuma, as loucuras cometidas por ocasião das contratações de jogadores, na esperança de um retorno desejável – um título ou, na atual conjuntura, o não rebaixamento que justificaria investimentos descabidos e inoportunos.
A experiência em aplicar o rebaixamento teve início nos anos de 82, 83 e 84 e, em seguida, foi suspenso, retornando, porém, em 1994 e foi até 1998, quando foi novamente suspenso. Em 2001, voltou e permanece até hoje. Ressalte-se que, a partir de 2003, foi adotado o sistema de pontos corridos e, a partir de 2006, foi fixado em 20, o número de participantes para a Série A do Campeonato Brasileiro.
COPA DO BRASIL – 1989
Em 1989, para suprir um suposto vazio, foi criada essa competição objetivando a integração nacional, quando clubes de todos os Estados dela participariam. O início da Série C, em 1990, fez com que surgisse um imbróglio – não fosse a Série C, também um elemento integrador.
Ninguém se preocupou com a adequação do Calendário à nova situação – Estaduais, Brasileiro Séries A, B e C, Libertadores, Sul Americana, Copa do Brasil, Copas Regionais, jogos da Seleção -, como era de se esperar, as críticas surgiram de forma avassaladora e o Calendário tornou-se uma aberração.
CAMPEONATO BRASILEIRO
Sem sombra de dúvida o vilão da história.
Existe no continente Europeu e no continente Sul Americano, ou demais continentes, alguma competição similar ao Campeonato Brasileiro?
Não esquecendo o Brasil como um continente.
A resposta é não!
E o motivo é que, considerando a extensão territorial, seja descartada a hipótese de sua realização.
O que não acontece no “continente brasileiro”. De uma forma absurda, ano após ano, apesar de todos os contras, continua sendo realizado, fazendo com que o prejuízo de todos os clubes aumente.
Uma competição onde, pelo menos, 60% dos participantes jogam para não serem rebaixados e o restante para ficar no “limbo” – nem rebaixamento e nem possibilidade de ingressar no G4 (hoje G6), ou a possibilidade de se tornarem campeões. Nem para a televisão a competição tem atrativos.
Então, qual seria a solução?
Em princípio a sua extinção, pura e simples ou, deixar “hibernando” por quatro ou cinco anos, enquanto os clubes aproveitam para se recompor estruturalmente, administrativamente e financeiramente.
Um novo modelo seria criado com esses objetivos e dele constando: a reformulação do calendário – a criação de uma competição mais atrativa e moderna e revitalizando os Estaduais, as Copas do Brasil e da Libertadores/Sul Americana.
O principal legado seria o fim do rebaixamento e, com esta medida, mais tranquilidade para os clubes atravessarem uma possível fase de transição.
Este Diagrama, representando o “FUTURO”, foi apresentado, simbolicamente, ao Futebol Brasileiro, que o desprezou e o resultado foi o Brasil ter perdidopara a Alemanha por 1 x 7. Enganam-se aqueles que pensam que a Alemanha ganhou por 7 x 1.
IMPOSSÍVEL QUERER COPIAR O QUE SE FAZ NA EUROPA E, MAIS PRECISAMENTE, NA ALEMANHA.
As diferenças são brutais:
No aspecto financeiro
No aspecto cultural
No aspecto “extensão territorial”
No aspecto governamental
Se o governo brasileiro se dispõe a “financiar” a dívida dos clubes, qual a razão para que isso não se concretize?
É tão difícil para os clubes que um presidente cumpra somente um mandato?
É tão difícil para os clubes usarem a internet para mostrar suas contas?
A terceira exigência, pode fugir ao controle e se tornar um complicador:
NÃO ATRASAR PAGAMENTOS DOS SALÁRIOS.
Os clubes que tem um “patrocínio fica mais fácil.
Se a folha salarial, incluindo os encargos, for igual ou menor que o montante da verba paga ao clube, é só remeter folhas e guias de recolhimento de impostos para que o banco DEPOSITE os pagamentos nas contas correntes DE CADA UM e repasse para as contas dos órgãos governamentais aquilo que deve ser repassado.
O DINHEIRO NÃO ENTRA NO COFRE DO CLUBE.
VAI DIRETO PARA O SEU DESTINO.
PAGAMENTO EM DIA – JOGADOR SATISFEITO
JOGADOR SATISFEITO – CLUBE MAIS EFICIENTE
OU NÃO???
Cada vez mais consciente de que a indiferença, a inconstância e a falta de conhecimento da maioria dos “boleiros”, me dá a certeza de que estou no caminho certo e que não devemos percorrer o caminho inverso quando do descobrimento do Brasil.
Aprendi com o CASTRO GIL, Vice Presidente de futebol do Fluminense FC/RJ, nos áureos anos 80, que “quando temos convicção e certeza de que alguma coisa tem que ser feita – que seja feita hoje, agora -, e não deixar para amanhã.”
CALENDÁRIO “MEQUETREFE”, como dizia o jornalista Renato Mauricio Prado, pode e deve ser adequado a realidade e necessidade do FUTEBOL BRASILEIRO e não aos desejos da televisão.
FUI CLEAR???
por Eduardo Semblano
Fãs acampam para o show de Justin Bieber
1 – Fila de dias, semanas, meses pra assistir um show? Já tem gente dormindo na porta da Sapucaí e o show é em Março??? Cracudos e ladrões, por favor, passem por lá, têm todo meu apoio contra esse retardo mental de quem está lá, e dos pais que deixaram!!! Aquele pessoalzinho do “bem”que botou fogo nos índios já estão soltos??? Podem passar lá também! TUDO LIBERADO!
2 – Quanto a Marisa pagou pra Gabi Amarantus fazer sua propaganda televisiva??? Alguém passa a comprar porque ELA USA? Repito, não estou falando da Ivete, tá? Tõ falando da Gabi Amarantuuuus, uma espécie de Joelma PÓS rodízio de massas!
3 – Gretchen reclamou em seu canal na internet de sofrer bullying!! Segundo ela, as pessoas falam que ela tem boca de coringa e/ou boca de dinossauro… Ela queria o quê??? Ser chamada de Brigitte Bardot tupiniquim? Ou então de Madonna sul-americana??? Tá parecendo uma virilha de Rei Momo, porra! 7265 plásticas, daqui a pouco está de cavanhaque!
4 – Cariacica > Maracanã
Flamengo fez bons jogos no Estádio Kleber Andrade, em Cariacica
5 – O Flamengo está jogando abaixo de sua posição não é de hoje! O time fez mais do que o provável e mais do que o esperado! Uma hora a conta chegaria… Você comprou o que a grande mídia te vendeu, se cegou pros fatos e agora tá sentindo o cheirinho de azedo, né ? Se fosse normal, estaria aplaudindo de pé! O Flamengo tem apenas um time regular, com um muito bom técnico e faz uma super digna campanha, que poderá ser fechada entre a 2ª e a 4ª posição… TÁ RUIM???
6 – E o São Paulo??? Sem mídia, sem apito amigo, sem oba-oba e em crise, na verdade a maior da história, vence o maior rival por goleada, e mostra seu tamanho! Sim, o maior do Brasil! De fato e de direito!
7 – O que será do Vasco em 2017???
8 – Que babaca o Alex do Inter! Tinha que tomar um surra dos companheiros, fazer aquilo com o massagista é covardia! Essas pessoas estão ali pra atender os jogadores, servem de baba e um filho da puta desse faz isso??? Pediu perdão, mas estamos de olho!
9 – Derrubaram o Levir… Somos muito amadores mesmo! O que muda há quatro jogos do fim? Perderam um grande técnico pra 2017! POLITICAGEM ELEITOREIRA NA DECISÃO! Foda ainda foi ver o Peter comentando sobre padrão tático etc… Vergonha alheia!
10 – 2×1 Brasil na Argentina! Dois do Neygênio!!!
11 – Quanto custaria o passe do baixinho hoje??? Partam do princípio que o CR7 acaba de renovar seu contrato por seis milhões de reais por mês com o Real…
12 – Falcão está pela 14ª vez na SEMI-FINAL da Liga Nacional! Pelé que é o Falcão dos gramados!
13 – #cheirodemerda tem 13 letras! Sábio Velho Lobo
14 – O Galo vai fazendo a mesma merda que o Santos fez ano passado! Vai acabar perdendo a final da Copa do Brasil e saindo da briga do G6 de forma definitiva! Pra que poupar tanto???
15 – Espelho, espelho meu, existe programa mais babaca que o Extraordinários da SporTV??? Capitaneado pelo no mínimo bobo Peninha, uma espécie de Lobão com Jean Willians, com pitadas de Galvão Bueno e bigode de Fred Mercury! De bom, só a interminável Maitê sabor!
16 – Quando Cuca Montava times pra frente, com toque de bola, três atacantes, laterais jogando lá dentro, meias e não volantes cegos, criticavam e chamavam ele de azarado, pé frio entre outros devaneios. Agora o cara É CAMPEÃO BRASILEIRO e reclamam que ele está jogando com bolas alçadas e chutões! POVO BURRO DOS INFERNOS! Existem no máximo cinco times no mundo que você pode montar o esquema e mandar comprar o jogador que quiser pro esquema já estabelecido, o resto do planeta precisa montar o esquema de acordo com o que tem em seu plantel. ENTENDEU??? Cuca soube vencer com todos os méritos e deméritos de um PUTA TÉCNICO!!! Tirando o implante capilar, parabéns, Alex Stival !!! CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2016!
17 – Felipe Massa vai parar de correr Fórmula 1 e sua ausência não será sentida! INFELIZMENTE!!! Assim como o Rubinho, me parecem serem pessoas incríveis, de verdade, grandes homens, porém MICRO PILOTOS!
Fui CLEAR???
QUE BONITO É
texto: Sergio Pugliese | vídeo e edição: Rodrigo Cabral
Imaginem a musiquinha do Canal 100….tan-tan-tan-tan-tan…..que bonito é!!!! Agora imaginem a equipe do Museu da Pelada entoando-a em coro para comemorar seu primeiro aniversário e a oficialização da parceria com o maior acervo cinematográfico do futebol brasileiro, do amigo Alexandre Niemeyer!!!! É pura felicidade!!!
O Cinejornal Canal 100 ficará marcado para sempre na história do futebol e da cidade. Quantos não desmarcaram compromissos e saíram mais cedo do trabalho para assistir, no cinema, os melhores lances da partida do fim de semana? O craque Edu Coimbra, o Eduzinho, resume de forma perfeita!
– Mesmo com o avanço tecnológico, nada vai conseguir resgatar a emoção transmitida pelo Canal 100!
Umas das ideias é realizar eventos e produzir conteúdo. A parceria, aliás, já começou a render frutos, com o convite da Associação de Grandes Cruzeirenses (AGC) para documentarmos, em Minas Gerais, a comemoração dos 50 anos da conquista da Taça Brasil, atual Campeonato Brasileiro, e os 40 anos da Libertadores. O Canal 100 entra com o acervo e o Museu organiza a resenha e grava os depoimentos dos craques.
Mas estamos só no primeiro minuto de jogo!!!!!
Espero que curtam o vídeo filmado e editado por Rodrigo Cabral.
O PREDESTINADO
edição de vídeo: Daniel Planel
Dando continuidade à resenha do parceiro Claudio Lovato com PC Caju, Renato Sá e Balduíno, em Santa Catarina, o Museu da Pelada publica hoje uma história bem legal! Tendo vestido as camisas de Grêmio, Botafogo, Atlético-MG, Avaí e Vasco, Renato Sá ficou conhecido por quebrar recordes de invencibilidade! Em 1978, quando atuava pelo Grêmio, o craque foi até o Rio de Janeiro jogar contra o Botafogo, invicto há 52 jogos. Com dois gols e uma assistência, foi o nome da partida que acabou com a sequência de vitórias da equipe carioca. No ano seguinte, vestindo a camisa do Botafogo, driblou o marcador e, com um belo chute de fora da área, marcou o gol que tirou a invencibilidade dos também 52 jogos do Flamengo. Durante o papo, Renato Sá descreveu a emoção de marcar esses gols decisivos e falou sobre a fama de predestinado!
Veja o primeiro vídeo do “Encontro de Feras” em Santa Catarina: https://www.museudapelada.com/resenha/encontro-de-feras