DIA MUNDIAL DO DRIBLE
Hoje é aniversário de 37 anos de Ronaldinho Gaúcho, mas bem que poderia ser o dia mundial do drible! Elástico, caneta, chapéu… Confira o vasto repertório do aniversariante do dia!
Acervo










A BOLA E O RÁDIO, ROBERTO QUEIROZ
por Marcelo Mendez
Roberto Queiroz
A coluna “A Bola e o Rádio” de hoje sobe até o Pernambuco para trazer um narrador lendário.
Locutor da Rádio Clube de Pernambuco, Roberto Queiroz é o homenageado da semana e a narração é de um momento épico da história do Sport.
Era o bagunçado ano de 1987.
O futebol brasileiro, que andava uma zona, teve lá uma reformulação partindo da elite, pelo tal do Clube dos 13, organizando o futebol em dois módulos; Módulo Verde, onde jogavam 16 clubes grandes e, módulo amarelo, onde jogavam os 16 que seriam uma espécie de segunda divisão.
Zé do Rádio, torcedor símbolo do Sport
E tudo isso junto era a Copa União daquele ano.
O torneio substituia o combalido e bagunçado Campeonato Brasileiro. Ficou acordado, no entanto, que ao término dos módulos haveria um cruzamento entre os dois melhores de cada módulo para que tivéssemos os representantes do Brasil na Libertadores e o campeão definitivo da papagaiada toda.
Mas esse cruzamento não rolou. Os motivos são para outro dia e outro momento. Não os discutirei aqui.
Agora vamos homenagear esse homem, o grande Roberto Queiroz.
Ao lado de seu irmão Mané Queiroz, no plantão, e de Ralph de Carvalho, nos comentários, Roberto botava as arquibancadas de Pernambuco para balançar!
Segue aqui sua narração para o gol de Marco Antonio contra o Guarani, o gol que deu o título ao time da Ilha do Retiro.
Todo resto não vale muito, perto da voz poderosa de Roberto Queiroz…
TRÊS ANOS SEM BELLINI
por André Felipe de Lima
Três anos sem um dos nossos maiores zagueiros. Três anos sem um galante herói nacional. No dia 20 de março de 2014, Bellini seguiu viagem para o andar de cima e sua partida deixou menos brilhante o nosso futebol. Hoje, mais que merecidamente, reverenciamos aquele que foi o nosso primeiro grande capitão a levantar a taça de campeão do mundo, a imortalizar um gesto que seria repetido por outros capitães décadas depois. Que será repetido, sempre, por todos os futuros capitães campeões do mundo.
A seguir, um trecho da biografia de Bellini, que está no volume da letra “B” da enciclopédia Ídolos-Dicionário dos craques”, que será lançado ainda neste semestre pela Livros de futebol . com, do editor Cesar Oliveira:
“O menino do interior paulista fazia do futebol um sonho impossível. Torcedor do Corinthians — embora fosse apenas um detalhe porque anos mais tarde muitos clubes caberiam em seu generoso coração de ídolo —, o garoto pegava — geralmente escondido da mãe — as meias na gaveta do armário e delas nasciam bolas. Dos sapatos, “traves”. Era um apaixonado por futebol. Todos os domingos, estava lá o menino em meio aos amigos na praça central da provinciana Itapira para acompanhar pelo rádio os clássicos que levavam milhares de santistas, corintianos, palmeirenses e são-paulinos ao estádio do Pacaembu. Terminada as pelejas na capital, desligavam o rádio e faziam da praça o seu “Pacaembu”. O menino cresceu na rua Padre Ferraz, número 884, em Itapira, ouvindo — e idolatrando — Domingos da Guia, o maior de todos os zagueiros do Brasil. Quis também ser zagueiro. O destino se incumbiu disso, mesmo que sobrasse força de vontade para compensar a pouca técnica.
“Nunca deixou de sonhar, até o dia em que foi responsável por imortalizar um gesto que muitos repetiriam. Foi assim que Hideraldo Luis Bellini, o nosso eterno “capitão” da bola de meia, ergueu a taça Jules Rimet em 1958, na Copa do Mundo da Suécia, para consolidar definitivamente o Brasil como o país do futebol. ‘Não pensei em erguer a taça, na verdade não sabia o que fazer com ela quando a recebi do Rei Gustavo, da Suécia. Na cerimônia de entrega da Jules Rimet, a confusão era grande, havia muitos fotógrafos procurando uma melhor posição. Foi então que alguns deles, os mais baixinhos, começaram a gritar: ‘Bellini, levanta a taça, levanta Bellini!’, já que não estavam conseguindo fotografar. Foi quando eu a ergui.’”
Bellini é eterno!
ZÉ CARLOS FEZ DO BAHIA O MAIOR DO BRASIL EM 88
por André Felipe de Lima
(Foto: Reprodução)
Hoje, 20, é aniversário do Zé Carlos, o meia-atacante decisivo para o Bahia na conquista do bicampeonato brasileiro de 1988.
Zé Carlos teve uma infância difícil e começou a trabalhar aos 13 anos para ajudar a família: “Tenho o orgulho de dizer que passei fome, mas nunca mexi em nada de ninguém, nunca apelei para a marginalidade. Sempre acreditei na honra e no trabalho honesto. É isso que procuro ensinar para as escolas de futebol em que atuo.”
O ingresso no futebol foi tarde. Zé tinha 18 anos, quando o juvenil do Tricolor de Aço baiano o acolheu após uma peneira com mais de mil garotos. Tiro certeiro dos olheiros do Bahia. O rapaz, embora muito magrinho e com quase 1,80m, era bom de bola pra chuchu. Em 1985, foi peça fundamental para o título estadual de juniores. Para não o dispensarem, fazia exercícios contínuos pendurado no travessão para tentar ganhar musculatura. Nem precisava disso. Zé batia um bolão. Após a boa fase na base do Bahia, já entre os profissionais, foi tricampeão baiano e, a maior de todas as conquistas, campeão nacional, em 1988.
O rapaz bom de bola fez tanto sucesso que o treinador da Seleção Brasileira, Sebastião Lazaroni o convocou para amistosos contra Arábia Saudita e Portugal, em 1989.
Com todo aquele futebol, não há dúvida: os Orixás sempre deram uma força bacana para o craque e ídolo Zé Carlos. Axé, mestre! E, claro, feliz aniversário!