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UM ESTRANHO NO GRAMADO – UM REMAKE NECESSÁRIO

por Mateus Ribeiro


Hello everybody, welcome to my show! Não sei se meus amigos internautas (também conhecidos como amigonautas) sabem, mas um dos meus principais sonhos impossíveis sempre foi ser um cineasta de sucesso, mesmo assistindo poucos filmes durante minha nada mole vida. Como dificilmente alcançarei tal meta, resolvi criar filmes na minha cabeça e jogar tudo aqui. Vai que alguém vê e gosta, não é?

Pois bem, a minha primeira obra prima é um remake. Inspirado no clássico “Um Estranho no Ninho”, “Um Estranho no Gramado” é uma historia um pouco mais tranquila que a original (muito por conta de seu protagonista, que não se importa com nada), mas conta com pitadas de drama, terror e suspense.

Pegue sua pipoca, seu refresco, e vamos para minha primeira resenha.


Início: O filme começa contando a vida de Randall McGanso, interpretado por Paul Henry Ganso, também conhecido como “O Diferenciado”. McGanso vive tranquilamente no Pará, e por algum motivo, alguém diz que o jovem tranquilo e sossegado sabe jogar futebol. Acreditando nisso, depois de um bom tempo, vai parar na pequena cidade litorânea de Saints, onde faz amizade com um jovem ousado, chamado NeySea.

Depois de algum tempo, Randall McGanso começa a demonstrar um comportamento deveras controverso. Começou a atuar como um jovem preguiçoso nos gramados. Apenas andava, deixava o trabalho duro para os outros. Dizem que muito desse comportamento foi por influência de um cúmplice, chamado de Little Robson.

Por ser amigo de todo mundo, muita gente o protegia e o protege até hoje. Apesar de todas as evidências, ninguém provou sua indolência. Na época, chegaram a usar como prova uma contusão no joelho. Passados quase sete anos, existem pessoas que usam tal contusão para proteger o rapaz. Para piorar sua situação, seu parceiro NeySea estava voando de verdade, enquanto McGanso passava seu tempo apenas enrolando e enganando as pessoas.


Como todo pequeno malandro, McGanso cansou. Arrumou suas coisas, e foi morar na metrópole de St. Paul, na esperança de enganar mais e mais pessoas. A mudança foi um pouco conturbada, gerando certa polêmica. Mas é disso que McGanso gosta: se esforçar pouco e aparecer muito nos holofotes.

Mudança drástica:

Com o tempo, as coisas mudaram. Pra pior. Nosso protagonista passou a produzir menos e ter mais ibope. Nunca fazia, mas quando fazia qualquer coisa era um Deus nos acuda. Por sorte, isso tudo teria um fim.

Cansado de tanta enganação, o prefeito de St. Paul conseguiu enviar o já não tão jovem indolente para Sevilla. McGanso não gostou, pois sonhava com o glamour de Barcelona, Milão, Madrid, e demais cidades.


De qualquer forma, o anti herói achou que teria vida fácil. Porém, quando chegou em terras espanholas, descobriu que havia chegado a uma clínica de reabilitação futebolística. Achando que conseguiria driblar todos novamente, cometeu um grande erro. Sob o olhar da enfermeira megera Sampaolla, McGanso teve poucas chances de mostrar seu talento em furar o olho das pessoas.

Mesmo afastado, Randall tentava exercer sua influência sob seus pobres companheiros. Tentava tirar vantagem do fato de não ser ruim como os outros e ter que se submeter ao mesmo tratamento. Tentou durante um bom tempo convencer os outros de que era possível sair da reabilitação apenas sendo diferenciado.

Durante um tempo, seus companheiros até que são contaminados pela sua incrível vontade de ser o centro das atenções sem fazer nada. Até que chegou a hora que Sampaolla não quis mais saber e parou de dar atenção para McGanso. Pior do que isso: McGanso virou escravo da sua própria crença de que era um ser diferenciado no meio de tantos iguais. E quando tentou voltar atrás, já era tarde demais. Quando viu que seu mundo desabou, percebeu que nunca foi o que pensou ser ou o que disseram que ele era.


Final Feliz: Triste, infeliz, esquecido, e sem enganar mais ninguém. Assim ficou McGanso. Para sua sorte, a vida lhe sorriu mais uma vez. Como o o bom filho sempre volta (e os filhos medianos também), decidiu voltar para Saints e refazer sua parceria com o amigo enganador Little Robson. Enchem o bolso, continuam a enganar as pessoas e vivem felizes para sempre.

Fim.

Ficha Técnica:

“Um Estanho no Gramado”

Roteiro, direção e trilha sonora feita por Mateus Ribeiro.

Estrelado por Paul Henry Ganso e Oswaldo Sampaolla.

Ano: 2017

AGORA SIM, PROFESSOR

por Zé Roberto Padilha


Fui treinador de futebol durante oito anos. A metade em Xerém, comandando as divisões de base tricolor, América FC-TR, Ariquemes FC e Entrerriense FC. Não fomos mal, conquistamos quatro títulos (Carioca Infantil 87, Juvenil 89, Estadual de Rondônia 93, e Divisão Intermediária do RJ, em 94,) mas acabamos mal: depressão profunda herdada após participar do octogonal decisivo de Carioca de 95.

Mesmo sabendo do tamanho da nossa folha salarial, um abismo em relação aos adversários, não era fácil perder sábado sim, domingo também do Flamengo, na Gávea de 6×1 (Romário, Edmundo e Sávio), de 5×0 para o Vasco em São Januário (Carlos Germano, Gian, Ian, Pimentel, Waldir e Leandro Ávila), 4×2 para o Botafogo, que se tornaria campeão brasileiro daquele ano, do Túlio, e 3×0 nas Laranjeiras para o Fluminense de Renato Gaúcho, que acabou campeão carioca no centenário do Flamengo. Quase protagonizei as cenas de Ricardo Gomes, a pressão disparou, baixei hospital e passei a ser mais um hipertenso que levou meu orgulho de atleta a conviver com um remedinho pela manhã, outro à noitinha.


Último agachado da direita para a esquerda, Zé Roberto fez parte da Máquina Tricolor

Era treinador mas meus jogadores me chamavam de professor. Não era. Mas curtia demais as preleções. Se pudesse, adiava a partida para ficar ali no vestiário repassando ensinamentos às nova gerações, afinal, meus treinadores foram Pinheiro, Telê, Zagalo, Parreira, Antoninho, Paulo Emílio, Didi, Carlos Froner, Claudio Coutinho, Sebastião Lazarone, Evaristo Macedo, Jouber Meira, Jair da Rosa Pinto, Paulo Henrique… seria um desperdício, diante de um privilégio desses, não dividir tamanha sabedoria. E tinha a parte política, que é a minha outra paixão, falar sobre cidadania, participação, respeito àquele pessoal da arquibancada que pagou ingresso e decidiremos no domingo se serão mais felizes, ou não, em razão dos resultados alcançados.


Zé Roberto dando sua primeiro aula

E pensei comigo ao procurar um novo espaço na sociedade: na próxima encarnação vou ser professor. Após me formar Jornalista, vi o anúncio de uma pós-graduação em História, Política e Sociedade na UCP que nos tornaria um “especialista”. E fiz vestibular para História na Unirio. Fui estudando, fazendo a conta e pensei: se não for reprovado em nenhuma matéria, pego o diploma com 67 anos e… quem sabe?

Bem, na ultima quarta-feira, realizei meu sonho: dei no Colégio Walter Francklin, em Três Rios, para meus amigos acolhidos no CapsAd, aos 64 anos, 9 meses e 1 dia, minha primeira aula de História do Brasil. Era sobre o descobrimento, mas o que descobri mesmo foi que para alcançar um novo mundo ainda neste mundo não basta apenas imaginar o que há após o Cabo da Boa Esperança. Temos que alçar nossas caravelas da vontade, singrar os mares com a força da determinação, com qualquer idade, e alcançar o país que habita dentre dos nossos sonhos. Se for no Brasil, e nesta encarnação, podemos até colaborar em sala de aula para que alcance, de verdade, a sua independência.

BOMBA HISTÓRICA

No dia do aniversário de 53 anos de Branco, relembramos o duelo contra a Holanda, pelas quartas de final da Copa do Mundo de 94! Após abrir 2 a 0 no placar e ceder o empate para os holandeses, o Brasil conseguiu a classificação com um lindo gol de falta do ex-lateral!

VALEU, DENER!

O sucesso meteórico do atacante foi tão inesperado quanto a sua partida. Morto em um acidente de carro em 1994, quando tinha apenas 23 anos, o habilidoso Dener faria aniversário hoje! Veja belos lances da fera!

50 ANOS DE GLÓRIA

Ainda sobre a memorável festa de 50 anos da conquista Taça Brasil pelo Cruzeiro, após duas vitórias convincentes diante do Santos de Pelé na final, Sergio Pugliese bateu um papo bacana com personagens importantes daquele título.

Um dos principais responsáveis por parar o poderoso ataque santista, Piazza é considerado por muitos como o verdadeiro “carregador de piano” daquele timaço. Era ele o único homem de meio de campo que ficava na contenção, evitando o combate direto entre os zagueiros e os atacantes adversários.

– Era bom jogar contra o Santos porque era um time muito aberto, que jogava para frente, assim como o nosso. Então, não existia placar de 0 a 0.

Outro personagem importante daquela conquista, Marco Antônio não escondia o orgulho de ter feito parte daquele timaço:

– É uma satisfação muito grande! Espero que a geração que está vindo se orgulhe disso e faça alguma coisa mais ou menos igual ao que fizemos.

Se todo time jovem precisa de um medalhão para proteger a garotada, o Cruzeiro estava mais do que bem servido. Com 1,85m, o grandalhão Procópio não deixava nenhum adversário chegar perto dos cruzeirenses.

– Tive o prazer de jogar em um time muito bom. Eu era um dos mais experientes daquele grupo e pude contribuir com os mais jovens.

Quando a festa se encaminhava para o fim, o narrador Osvaldo Reis, o Pequetito, narrou novamente um dos três gols de Dirceu Lopes no Mineirão, levantou a galera e emocionou o craque celeste!