MAZZOLA, O MELHOR ‘ITALIANO’ QUE VESTIU A AMARELINHA
por André Felipe de Lima
Quem o levou para o Palmeiras, no dia 25 de julho de 1955, foi Idilio Gianetti, sócio na Viação Piracicabana e um apaixonado torcedor alviverde. A ida para o Parque Antarctica foi um presente de aniversário para o então jovem José João Altafini, o Mazzola (apelido que recebera devido à semelhança com Valentino Mazzola, que comemorara o aniversário um dia antes da ida para o Verdão. Dali em diante a carreira do jovem craque evoluiu (e muito!). Tornou-se ídolo da torcida palmeirense e foi convocado para a Copa do Mundo de 1958. Era titular até o técnico Vicente Feola decidir mudar drasticamente o time, escalando, sobretudo, Pelé e Garrincha. Na estreia do Brasil, Mazzola mostrou que estava em plena forma. Marcou dois gols na vitória de 3 a 0 sobre a Áustria. Ninguém gosta de ser barrado. Ainda mais quando se está em uma Copa do Mundo. Mas o craque Mazzola, que tinha apenas 19 anos, conformou-se, mesmo jogando o fino na ocasião:
– Sou uma pessoa com pés no chão. Depois de fazer os dois gols, estava satisfeito com o que estava rendendo. Na verdade, acabei torcendo o tornozelo e não estava 100% para jogar. Não era tão fácil se recuperar como hoje. Por isso, não joguei tão bem com a Inglaterra e depois do empate o Feola precisou revisar o time. Por isso ele colocou o Vavá.
Após aquela Copa e o título conquistado, Mazzola decidiu mudar de vida. Inclusive de nacionalidade. Foi para a Itália, onde, inicialmente, defendeu o Milan, e tornou-se ídolo por lá. Tão ídolo que o clamor dos italianos para que vestisse a camisa da Azzurra convenceu-o a buscar a dupla-nacionalidade. Mazzola tinha a plena consciência do que o aguardava. Disputou a Copa do Mundo de 1962, no Chile, pela Itália e ouviu impropérios da torcida e imprensa brasileiras. Acusado de “traidor”, Mazzola incomodou-se no início, mas, distante do Brasil, foi acostumando-se com as críticas, que aos poucos perderam a intensidade.
Logo que deixou o Brasil e assumiu-se italiano, Mazzola respondia às insistentes perguntas de que lado ficaria se o Brasil decidisse a Copa com a Itália. Respondia invariavelmente enfezado: “Torno a repetir: numa peleja assim, não ficarei inibido. Se houver oportunidade de assinalar o gol da vitória da Itália, mesmo que esse tento custe o bicampeonato ao Brasil, não passarei a bola para nenhum companheiro de equipe. Eu mesmo farei o gol.”
Mazzola tocou a vida. Foi bicampeão italiano (1957 e 59) e campeão da Liga dos Campeões (1963). Naquele ano foi vaiado ao voltar ao Brasil para disputar a final do Mundial Interclubes, contra o Santos. A arquibancada do Maracanã foi impiedosa com Mazzola. Virou um dos maiores artilheiros da história do Milan, com 216 gols. Entrou, portanto, para a história do Calcio como um dos maiores jogadores que o clube “rosonero” já teve e ainda brilhou em outros clubes da “Vecchia Bota”, dentre os quais a Juventus, mas jamais escondeu o amor que nutria (e até hoje nutre!) pelo Palmeiras, como declarou ao repórter Rodrigo Farah, em 2008:
– Meu coração é verde. Minha passagem pelo Palmeiras foi curta, mas foi muito marcante. Queria ter jogado mais pelo time, pois me dá muita emoção lembrar essa época. Tive uma identificação muito boa com a torcida e é até engraçado. Fiquei surpreso com isso já que não fiquei muito tempo por lá. Continuo seguindo o Palmeiras. Vi que eles ganharam o Paulista com o Luxemburgo e fiquei muito contente.
Mesmo amando o Brasil e o Palmeiras, Mazzola fez da Itália sua morada. Jamais deixou a terra na qual é idolatrado até hoje.
NÃO VALE A PENA VER DE NOVO
por Mateus Ribeiro
Não faz muito tempo, e provavelmente todos aqui vão se lembrar de quando Neymar ainda atuava pelo Santos. Qualquer ser humano um pouco mais esperto sabia que mais cedo ou mais tarde, ele iria atuar na Europa. Se para contar com qualquer jogador meia boca que a imprensa inventa, times do Velho Continente abrem a carteira, obviamente que um dia iriam dar um caminhão de dinheiro em cima do último grande talento que nosso futebol apresentou ao mundo.
Dito isso, vamos ao ponto chave da conversa. Lá pelos idos de 2011, alguns boatos começavam a pipocar: “Neymar tem um pré contrato com Barcelona”; “Real Madrid prepara proposta milionária para joia santista”; “Quem dá mais pelo menino de ouro?” eram algumas das manchetes.
Até aí, tudo bem. Não somos bobos, e sabemos que o importante é vender jornal, caçar cliques e tudo mais. O problema começou a ficar sério quando teve início a corrida maluca para ver quem acertava primeiro o destino do atacante. “Neymar acerta essa semana com Barcelona”; “Madrid está a espera de Neymar” e mais algumas notícias desse porte poluíam portais, páginas do Facebook, jornais, e os já então insuportáveis debates. Toda essa movimentação visava apenas encher linguiça e ver quem seria o primeiro a acertar o destino do jogador. Como se existisse algum clube além do clubinho dos ricos nos últimos anos com dinheiro suficiente para bancar uma contratação de tanto peso…
O final todo mundo já sabe: Neymar foi para o Barcelona, ganhou tudo o que poderia, e fez gol de tudo que é jeito.
Confesso que já estava até esperando a reprise da novela “Neymar e seu destino” ser veiculada no “Vale a pena ver de novo”. Não deu nem tempo.
Nos últimos dias, presenciamos o “Grande Prêmio Neymar de Fórmula 1 (71)”. Jornalistas, “jornalistas” e palpiteiros descarregaram a metralhadora do achismo na ânsia de ser a pessoa que descobriu onde o queridinho do Brasil vai jogar. A cada instante uma notícia diferente aparece. Nenhuma certeza. O filme do início da década se repete.
Em que pese o fato de que a especulação (por mais indícios que apresente) é uma das partes mais desnecessárias do já desprezível jornalismo esportivo, ninguém mais tem saco pra isso. Deus, o mundo, eu e você sabemos que se um dia o Neymar sair do Barcelona, ele vai jogar em um time que tenha dinheiro para pagar sua multa, e aparentemente, só o time de Paris tem dinheiro (e vontade) o suficiente para descarregar um caminhão de dinheiro (ainda mais porque gastar dinheiro dos outros é mais fácil).
Eu não entendo nada de jornalismo, absolutamente nada. Mas creio que existam pautas mais interessantes do que saber os motivos que fazem um ser humano querer ganhar muito dinheiro em uma das cidades mais bonitas do planeta. Também imagino que se for pra ficar fazendo fofoca e levantando boatos, eu posso muito bem ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de entendedores de futebol.
Apenas para finalizar, outro ponto que já exterminou a paciência: “Neymar vai para o PSG para ser o melhor do mundo”. TODO O PLANETA sabe que esse prêmio é a coisa mais previsível do mundo, e que se o prêmio não ficar com Messi ou Cristiano Ronaldo, ficará com ele. Toda a galáxia sabe também da linda historia de amizade entre ele e Daniel Alves. Ninguém mais tem saco pra ouvir essas baboseiras que relembram os piores momentos da tenebrosa “Malhação”.
Dito isto, desejo boa sorte para todos que se martirizam acompanhando o noticiário esportivo.
Aquele abraço. É Tóis.
A ÚLTIMA FRONTEIRA DA PAIXÃO NA VÁRZEA
por Marcelo Mendez
(Foto: Maristela Raineri)
Depois de uns longos dias cinza eis que o sol volta à várzea.
Nada de garoa fina, frio e dia nublado; O dia amanheceu quente, claro, com raios solares multicores e calor de samba e festa. No campo do Nacional no Parque Novo Oratório, o clima da temperatura e dos sorrisos era de um verão que ainda não chegou.
Garrafas de cerveja de litro, instrumentos de samba, roupas curtas e muita festa, faziam a alegria das arquibancadas da cancha. Era a rodada dupla da semifinal da divisão de acesso da várzea de Santo André. Os times digladiavam em campo pelo que é possível ter de real grandeza dentro do futebol da bola marrom.
As torcidas de Colorado, Rio Avante, Alhambra e Guarará lutavam ali pelo réquiem de sonho, pelo ínfimo ato de alegria que se pode ter em tempos bicudos. Em meio a goles santos de drinks psicodélicos, as suas Gentes torciam ali no duro e quente concreto por tudo isso.
Foi uma festa!
Após a rodada dupla, Colorado e Guarará passaram de fase e farão a final no Estádio Municipal da Cidade. As torcidas felizes batucavam seus instrumentos de samba em festa para comemorar tal feito. O dono do bar do campo atendia a todos com um sorriso na cara, contente pela féria que seria ali arrecadada.
Ali todos estavam radiantes e enquanto as festas eram todas feitas, observei que dois times desciam pelas escadas rumo ao campo de jogo.
Em suas entradas nada de festa, nenhuma celebração mais efusiva, nenhum rojão espocado, nenhum tambor batucado. O trajeto até o campo de jogo foi realizado quase que de maneira muda. O único som que se ouvia durante o caminho era o do barulho das suas chuteiras coloridas que insistiam em nos lembrar que ali havia pessoas, que ali seria realizada mais uma partida.
Me aproximei deles. Falando com um e outro, descobri que jogariam pelo campeonato da terceira divisão da várzea de Santo André. O calendário apertado da cidade era o responsável pelo horário do jogo a ser realizado ali, naquele horário cruel para a prática ludopédica.
Eram 13h da tarde e o sol castigava. Ouro Verde e União Racial entraram em campo para a disputa da peleja sob um sol de 40 graus, portanto, para decidir os pontos que ali estavam em jogo. Da beira do campo a vê-los, fiquei a pensar…
O que explica isso tudo? Por que aqueles homens abriam mão de um domingo de sol desses, propício para o macarrão em família e para a prática cervejeira entre tantas outras coisas, para correr por um jogo da terceira divisão da várzea, como se de fato este, fosse um jogo épico? Qual a razão disso tudo?
Não precisou de muito tempo para que eu tivesse a resposta…
Em cada de suor que escorria as bicas dos rostos daqueles 22 homens, residia o que de mais belo pode haver em um ser humano; a paixão.
A paixão de um homem que joga bola na várzea se aparta totalmente de qualquer arremedo de um sentido vago de razão tola e dispensável. Ela eleva esse jogador a uma proporção épica que o faz grandioso, independente de seja la qual for a divisão que se joga. Ao cronista, portanto, nada de tentar só entender tudo isso. Que se sinta.
Dessa forma, a poesia se aproximará da paixão e será então eterna.
Eis aí a beleza, meus caros. E nada mais precisará ser dito…
O ADEUS AO ÍDOLO
por Luiza Barbosa
O ex-goleiro Waldir Peres, grande ídolo do São Paulo e goleiro da Copa de 82, nos deixou na tarde deste domingo, aos 66 anos, após um infarto fulminante. O ocorrido aconteceu na cidade de Mogi Mirim interior de São Paulo. Segundo familiares, ele não sofria de nenhuma doença crônica, mas depois de almoçar reclamou de azia e falta de ar onde acabou não resistindo e veio a óbito.
Iniciou sua carreira como jogador na Ponte Preta e, aos 22 anos, se transferiu para o São Paulo no ano de 1973. Defendeu o clube por 11 anos, destacando-se por defesas incríveis. Foi campeão brasileiro em 1977 e campeão paulista nos anos de 1975, 1980 e 1981.
Waldir Peres foi o segundo jogador que mais vestiu a camisa tricolor, totalizando 617 partidas, atrás apenas de Rogério Ceni que atuou em 1237 jogos. Depois da saída do São Paulo, em 1984, defendeu ainda América-RJ, Guarani, Corinthians , Portuguesa , Santa Cruz e voltou para seu time de origem, a Ponte Preta, onde encerrou a carreira.
Pela seleção Waldir, jogou entre 1975 e 1982. Em 1982, a seleção foi derrotada e desclassificada pela Itália, jogo que levou milhares de brasileiros à frustração. Mesmo não se tornando campeão ficou reconhecido pelo seu profissionalismo e suas belas atuações.
Os clubes por onde Waldir fez passagem em sua carreira prestaram homenagem ao ex-goleiro. A torcida são-paulina fará uma homenagem no jogo contra o Grêmio, válido pela 16° rodada do Campeonato Brasileiro.
Zico
varandão da saudade
entrevista: Sergio Pugliese | texto: André Mendonça | fotos: Marcelo Tabach | vídeo e edição: Daniel Planel
A ansiedade pelo encontro com a fera nos fez chegar uma hora antes do horário combinado. Ansiedade desperta o apetite, então o time do Museu da Pelada aproveitou o tempo livre, abrigou-se numa pensão próxima e devorou os deliciosos PFs. Foi rapidinho e pontualmente estávamos em frente ao número 7 da Rua Lucinda Barbosa, onde seus três irmãos e uma irmã já o aguardavam. Desde o primeiro suspiro do Museu da Pelada sonhávamos em fazer uma resenha caprichada com esse craque, por isso quando aquele carro estacionou e Zico, o gênio rubro-negro, desceu e colocou os pés na rua onde deu seus primeiros passos no futebol eu, Pugliese, Tabach, Márcio, Alf, Rafinha e Toninho nos entreolhamos orgulhosos como se falássemos “conseguimos”. A vontade era de socar o ar, repetir seu gesto que encantou milhares de torcedores ao longo de sua brilhante carreira.
– Fala, rapaziada! – nos cumprimentou.
No portão da casa, Eduzinho Coimbra, outra lenda da bola, Nando, Tonico e Zezé o recepcionaram e nos convidaram para sentarmos na aconchegante varanda da casa. Parecia que o relógio girava ao contrário. As distantes lembranças surgiam junto aos sorrisos no rosto.
– Era aqui que a gente se reunia depois dos jogos, né? O saudoso Antunes gostava de me cornetar aqui. Sorte que o Edu me defendia! – recordou Zico.
Zezé, a única mulher, não escondia o orgulho dos irmãos. Durante todo o papo, manteve no colo um retrato do Atlético Clube Lucinda, time que surgiu antes do tradicional Juventude. Por ser mais velha, era ela a encarregada pela mãe de acompanhar e tomar conta dos irmãos nas peladas. Extremamente habilidoso e veloz, o mirrado Eduzinho despertava a ira dos marcadores em Quintino, que apelavam para a violência vez ou outra. Em uma dessas confusões, foi salvo pela irmã:
– Teve uma vez que eu quebrei a bandeira da torcida na cabeça do juiz. Começou uma briga e eu fui defender o Eduzinho que tinha apanhado.
O irmão Tonico, o mais alto de todos, garantiu que era o responsável por dar a forra nos adversários.
– Eu avisava antes que se dessem porrada nos meus irmãos eu ia revidar lá atrás! – lembrou o zagueirão, para gargalhada geral.
Desde pequenos, Zico e Eduzinho demonstravam um tratamento à bola muito diferente dos demais colegas. Mais velho, Edu despontou primeiro, no América-RJ, e sempre contou com a admiração do Galinho, que garantiu ter se espelhado no irmão. De acordo com Zico, a extinção dos campos de pelada do Rio de Janeiro é extremamente prejudicial para o futebol profissional.
– Joguei muita bola aqui na Rua Lucinda Barbosa e na Franco Vaz, que era mais retinha. Nunca abri mão de jogar aqui. A pelada é importante para a formação dos jogadores, pois ela exige a superação da diversidade do campo, buracos, calçadas, poste… Não teria feito vários gols que fiz no campo se não tivesse jogado as peladas – ressaltou.
O Juventude era o time de pelada em que os irmãos jogavam e maltratavam os adversários com lindas jogadas. Por conta disso, as partidas reuniam diversos curiosos, que não se cansavam de admirar o verdadeiro futebol-arte proporcionado por Tonico, Antunes, Zico, Eduzinho e Nando. O último, aliás, fez questão de vestir a tradicional camisa vermelha do Juventude durante a resenha.
Vale lembrar que, embora não tenha feito o mesmo sucesso que os fenômenos Zico e Eduzinho, Nando surgiu no Fluminense, passou por Madureira, América-RJ, Ceará e Belenenses, de Portugal, antes de ter a carreira prejudicada por conta do regime militar, história contada em seu livro “Futebol e Ditadura: Nando, o jogador anistiado”.
O curioso é que por muito pouco nenhum dos irmãos se tornou jogador. É que seu Zeca preferia que os filhos focassem nos estudos.
– Nosso pai não queria que nenhum filho dele fosse jogador. Dizia que era coisa de vagabundo. Quando começamos a fazer sucesso, ele passou a dizer que todos eram vagabundos menos a gente – revelou Eduzinho.
Se antes da fama os talentosos meninos já movimentavam o bairro, imagina depois do sucesso? Em um determinado momento da resenha, Nando lembrou uma história que só quem estava na Rua Franco Vaz consegue acreditar. Logo assim que começou a fazer sucesso no Flamengo, Zico armou um churrasco em Quintino com os companheiros de clube e João Nogueira. Eduzinho, por sua vez, convocou os amigos do América-RJ para participarem da festa.
– Depois de muita cerveja e samba, PC Caju deu a ideia de armarmos uma pelada na rua. Pegamos os calções do Juventude, distribuímos e foi uma coisa doida. O primeiro carro que passou na rua tomou um susto! Em poucos minutos tinha uma porrada de gente assistindo e a pelada comendo solta. Um monte de craque descalço fazendo miséria com a bola, no meio-fio, na calçada… – lembrou Nando.
Durante a resenha, Sergio Pugliese lembrou ainda da provocação de César Maluco, Luisinho e Caio Cambalhota, os artilheiros da família Lemos que garantiram ter mais gol que qualquer outra família no Maracanã. De bate-pronto, como nos velhos tempos, Zico emendou:
– Quantos gols eles têm? Se bobear, eu sozinho fiz mais que eles todos! Eu fiz 335! Não é pouca coisa, não! – comentou para mais gargalhada de todos.
– A nossa família está no Guinness Book! Ninguém fez mais gols que a gente! – reforçou Edu.
Ao ser perguntada sobre qual era a sensação de reunir todos os irmãos naquela varanda novamente, Zezé não conteve a emoção:
– Tivemos uma vida muito feliz e bem vivida! A gente vê o fruto do ambiente familiar que a gente teve. Meus pais gostavam muito de ficar nessa varanda. Se minha mãe ainda estivesse aqui, ela estaria muito orgulhosa da vida que nós levamos.
No fim da resenha, o fotógrafo Marcelo Tabach convidou os irmãos para a tradicional, mas sempre surpreendente, sessão de fotos. Descendo a Rua Lucinda Barbosa, os irmãos continuavam o papo e Zico, agora ídolo de uma nação, conduzia a bola como nos tempos de menino. Tudo registrado pelas lentes fotógrafo!