A ÚLTIMA FRONTEIRA DA PAIXÃO NA VÁRZEA
por Marcelo Mendez
(Foto: Maristela Raineri)
Depois de uns longos dias cinza eis que o sol volta à várzea.
Nada de garoa fina, frio e dia nublado; O dia amanheceu quente, claro, com raios solares multicores e calor de samba e festa. No campo do Nacional no Parque Novo Oratório, o clima da temperatura e dos sorrisos era de um verão que ainda não chegou.
Garrafas de cerveja de litro, instrumentos de samba, roupas curtas e muita festa, faziam a alegria das arquibancadas da cancha. Era a rodada dupla da semifinal da divisão de acesso da várzea de Santo André. Os times digladiavam em campo pelo que é possível ter de real grandeza dentro do futebol da bola marrom.
As torcidas de Colorado, Rio Avante, Alhambra e Guarará lutavam ali pelo réquiem de sonho, pelo ínfimo ato de alegria que se pode ter em tempos bicudos. Em meio a goles santos de drinks psicodélicos, as suas Gentes torciam ali no duro e quente concreto por tudo isso.
Foi uma festa!
Após a rodada dupla, Colorado e Guarará passaram de fase e farão a final no Estádio Municipal da Cidade. As torcidas felizes batucavam seus instrumentos de samba em festa para comemorar tal feito. O dono do bar do campo atendia a todos com um sorriso na cara, contente pela féria que seria ali arrecadada.
Ali todos estavam radiantes e enquanto as festas eram todas feitas, observei que dois times desciam pelas escadas rumo ao campo de jogo.
Em suas entradas nada de festa, nenhuma celebração mais efusiva, nenhum rojão espocado, nenhum tambor batucado. O trajeto até o campo de jogo foi realizado quase que de maneira muda. O único som que se ouvia durante o caminho era o do barulho das suas chuteiras coloridas que insistiam em nos lembrar que ali havia pessoas, que ali seria realizada mais uma partida.
Me aproximei deles. Falando com um e outro, descobri que jogariam pelo campeonato da terceira divisão da várzea de Santo André. O calendário apertado da cidade era o responsável pelo horário do jogo a ser realizado ali, naquele horário cruel para a prática ludopédica.
Eram 13h da tarde e o sol castigava. Ouro Verde e União Racial entraram em campo para a disputa da peleja sob um sol de 40 graus, portanto, para decidir os pontos que ali estavam em jogo. Da beira do campo a vê-los, fiquei a pensar…
O que explica isso tudo? Por que aqueles homens abriam mão de um domingo de sol desses, propício para o macarrão em família e para a prática cervejeira entre tantas outras coisas, para correr por um jogo da terceira divisão da várzea, como se de fato este, fosse um jogo épico? Qual a razão disso tudo?
Não precisou de muito tempo para que eu tivesse a resposta…
Em cada de suor que escorria as bicas dos rostos daqueles 22 homens, residia o que de mais belo pode haver em um ser humano; a paixão.
A paixão de um homem que joga bola na várzea se aparta totalmente de qualquer arremedo de um sentido vago de razão tola e dispensável. Ela eleva esse jogador a uma proporção épica que o faz grandioso, independente de seja la qual for a divisão que se joga. Ao cronista, portanto, nada de tentar só entender tudo isso. Que se sinta.
Dessa forma, a poesia se aproximará da paixão e será então eterna.
Eis aí a beleza, meus caros. E nada mais precisará ser dito…
O ADEUS AO ÍDOLO
por Luiza Barbosa
O ex-goleiro Waldir Peres, grande ídolo do São Paulo e goleiro da Copa de 82, nos deixou na tarde deste domingo, aos 66 anos, após um infarto fulminante. O ocorrido aconteceu na cidade de Mogi Mirim interior de São Paulo. Segundo familiares, ele não sofria de nenhuma doença crônica, mas depois de almoçar reclamou de azia e falta de ar onde acabou não resistindo e veio a óbito.
Iniciou sua carreira como jogador na Ponte Preta e, aos 22 anos, se transferiu para o São Paulo no ano de 1973. Defendeu o clube por 11 anos, destacando-se por defesas incríveis. Foi campeão brasileiro em 1977 e campeão paulista nos anos de 1975, 1980 e 1981.
Waldir Peres foi o segundo jogador que mais vestiu a camisa tricolor, totalizando 617 partidas, atrás apenas de Rogério Ceni que atuou em 1237 jogos. Depois da saída do São Paulo, em 1984, defendeu ainda América-RJ, Guarani, Corinthians , Portuguesa , Santa Cruz e voltou para seu time de origem, a Ponte Preta, onde encerrou a carreira.
Pela seleção Waldir, jogou entre 1975 e 1982. Em 1982, a seleção foi derrotada e desclassificada pela Itália, jogo que levou milhares de brasileiros à frustração. Mesmo não se tornando campeão ficou reconhecido pelo seu profissionalismo e suas belas atuações.
Os clubes por onde Waldir fez passagem em sua carreira prestaram homenagem ao ex-goleiro. A torcida são-paulina fará uma homenagem no jogo contra o Grêmio, válido pela 16° rodada do Campeonato Brasileiro.
Zico
varandão da saudade
entrevista: Sergio Pugliese | texto: André Mendonça | fotos: Marcelo Tabach | vídeo e edição: Daniel Planel
A ansiedade pelo encontro com a fera nos fez chegar uma hora antes do horário combinado. Ansiedade desperta o apetite, então o time do Museu da Pelada aproveitou o tempo livre, abrigou-se numa pensão próxima e devorou os deliciosos PFs. Foi rapidinho e pontualmente estávamos em frente ao número 7 da Rua Lucinda Barbosa, onde seus três irmãos e uma irmã já o aguardavam. Desde o primeiro suspiro do Museu da Pelada sonhávamos em fazer uma resenha caprichada com esse craque, por isso quando aquele carro estacionou e Zico, o gênio rubro-negro, desceu e colocou os pés na rua onde deu seus primeiros passos no futebol eu, Pugliese, Tabach, Márcio, Alf, Rafinha e Toninho nos entreolhamos orgulhosos como se falássemos “conseguimos”. A vontade era de socar o ar, repetir seu gesto que encantou milhares de torcedores ao longo de sua brilhante carreira.
– Fala, rapaziada! – nos cumprimentou.
No portão da casa, Eduzinho Coimbra, outra lenda da bola, Nando, Tonico e Zezé o recepcionaram e nos convidaram para sentarmos na aconchegante varanda da casa. Parecia que o relógio girava ao contrário. As distantes lembranças surgiam junto aos sorrisos no rosto.
– Era aqui que a gente se reunia depois dos jogos, né? O saudoso Antunes gostava de me cornetar aqui. Sorte que o Edu me defendia! – recordou Zico.
Zezé, a única mulher, não escondia o orgulho dos irmãos. Durante todo o papo, manteve no colo um retrato do Atlético Clube Lucinda, time que surgiu antes do tradicional Juventude. Por ser mais velha, era ela a encarregada pela mãe de acompanhar e tomar conta dos irmãos nas peladas. Extremamente habilidoso e veloz, o mirrado Eduzinho despertava a ira dos marcadores em Quintino, que apelavam para a violência vez ou outra. Em uma dessas confusões, foi salvo pela irmã:
– Teve uma vez que eu quebrei a bandeira da torcida na cabeça do juiz. Começou uma briga e eu fui defender o Eduzinho que tinha apanhado.
O irmão Tonico, o mais alto de todos, garantiu que era o responsável por dar a forra nos adversários.
– Eu avisava antes que se dessem porrada nos meus irmãos eu ia revidar lá atrás! – lembrou o zagueirão, para gargalhada geral.
Desde pequenos, Zico e Eduzinho demonstravam um tratamento à bola muito diferente dos demais colegas. Mais velho, Edu despontou primeiro, no América-RJ, e sempre contou com a admiração do Galinho, que garantiu ter se espelhado no irmão. De acordo com Zico, a extinção dos campos de pelada do Rio de Janeiro é extremamente prejudicial para o futebol profissional.
– Joguei muita bola aqui na Rua Lucinda Barbosa e na Franco Vaz, que era mais retinha. Nunca abri mão de jogar aqui. A pelada é importante para a formação dos jogadores, pois ela exige a superação da diversidade do campo, buracos, calçadas, poste… Não teria feito vários gols que fiz no campo se não tivesse jogado as peladas – ressaltou.
O Juventude era o time de pelada em que os irmãos jogavam e maltratavam os adversários com lindas jogadas. Por conta disso, as partidas reuniam diversos curiosos, que não se cansavam de admirar o verdadeiro futebol-arte proporcionado por Tonico, Antunes, Zico, Eduzinho e Nando. O último, aliás, fez questão de vestir a tradicional camisa vermelha do Juventude durante a resenha.
Vale lembrar que, embora não tenha feito o mesmo sucesso que os fenômenos Zico e Eduzinho, Nando surgiu no Fluminense, passou por Madureira, América-RJ, Ceará e Belenenses, de Portugal, antes de ter a carreira prejudicada por conta do regime militar, história contada em seu livro “Futebol e Ditadura: Nando, o jogador anistiado”.
O curioso é que por muito pouco nenhum dos irmãos se tornou jogador. É que seu Zeca preferia que os filhos focassem nos estudos.
– Nosso pai não queria que nenhum filho dele fosse jogador. Dizia que era coisa de vagabundo. Quando começamos a fazer sucesso, ele passou a dizer que todos eram vagabundos menos a gente – revelou Eduzinho.
Se antes da fama os talentosos meninos já movimentavam o bairro, imagina depois do sucesso? Em um determinado momento da resenha, Nando lembrou uma história que só quem estava na Rua Franco Vaz consegue acreditar. Logo assim que começou a fazer sucesso no Flamengo, Zico armou um churrasco em Quintino com os companheiros de clube e João Nogueira. Eduzinho, por sua vez, convocou os amigos do América-RJ para participarem da festa.
– Depois de muita cerveja e samba, PC Caju deu a ideia de armarmos uma pelada na rua. Pegamos os calções do Juventude, distribuímos e foi uma coisa doida. O primeiro carro que passou na rua tomou um susto! Em poucos minutos tinha uma porrada de gente assistindo e a pelada comendo solta. Um monte de craque descalço fazendo miséria com a bola, no meio-fio, na calçada… – lembrou Nando.
Durante a resenha, Sergio Pugliese lembrou ainda da provocação de César Maluco, Luisinho e Caio Cambalhota, os artilheiros da família Lemos que garantiram ter mais gol que qualquer outra família no Maracanã. De bate-pronto, como nos velhos tempos, Zico emendou:
– Quantos gols eles têm? Se bobear, eu sozinho fiz mais que eles todos! Eu fiz 335! Não é pouca coisa, não! – comentou para mais gargalhada de todos.
– A nossa família está no Guinness Book! Ninguém fez mais gols que a gente! – reforçou Edu.
Ao ser perguntada sobre qual era a sensação de reunir todos os irmãos naquela varanda novamente, Zezé não conteve a emoção:
– Tivemos uma vida muito feliz e bem vivida! A gente vê o fruto do ambiente familiar que a gente teve. Meus pais gostavam muito de ficar nessa varanda. Se minha mãe ainda estivesse aqui, ela estaria muito orgulhosa da vida que nós levamos.
No fim da resenha, o fotógrafo Marcelo Tabach convidou os irmãos para a tradicional, mas sempre surpreendente, sessão de fotos. Descendo a Rua Lucinda Barbosa, os irmãos continuavam o papo e Zico, agora ídolo de uma nação, conduzia a bola como nos tempos de menino. Tudo registrado pelas lentes fotógrafo!
FALTA JOÃO
:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
(Foto: Nana Moraes)
E bastou chegar ao calçadão para um torcedor disparar: “PC, como o João Saldanha comentaria o futebol de hoje?”. Kkkkkkkkkkkkkkk!!!! Dessa eu tive que gargalhar!!! Olha, o Saldanha se excedia além da conda e pegou pesado em algumas situações, mas era uma figura maravilhosa.
Se nos áureos tempos ele fumava 40 cigarros por dia, hoje em dia, com certeza, triplicaria o nível de nicotina no pulmão. Tenho certeza que, de 94 para cá, ele ficaria com calos nos pés de tanto chutar o balde. Mas acho mesmo é que ele viveria só para curtir seus cavalinhos, sua segunda paixão, e desistiria do futebol.
Alguém me enviou outro dia sua primeira coluna publicada na revista “Placar”. Ele reclamava da ausência de pontas. Saldanha, sabe como é hoje? Os jogadores não malham mais pernas, acredita? A onda, agora, é deixar os braços fortinhos para, na cobrança de lateral, conseguirem arremessar a bola dentro da grande área, kkkkkk!!!
Mas se não for dessa forma como a bola chegará ao centroavante? Centroavante? E quem precisa mais dessa peça? Teve um jogo outro dia em que o técnico do Vasco, tirou o artilheiro e colocou um zagueiro. Saldanha, os zagueiros e volantes estão comandando o espetáculo e já chegou a hora de ganharem a Bola de Ouro como os melhores do mundo.
Vocês viram Vasco x Santos, que horror!!! Ah, João, agora quando o jogador é substituído, a TV mostra quantos quilômetros ele percorrer, kkkkkk!!!! Mas quem tem que correr não é a bola?
João Saldanha
O Rogério Ceni trouxe dois estrangeiros para ajudá-lo na formação do São Paulo, mas passou o tempo se explicando nas coletivas e apresentando números, estatísticas, posse de bola, blá blá blá. Na última, reclamou até da distância da barreira. O Zidane antes de assumir o Real Madrid passou dois anos treinando o time B, depois foi auxiliar do principal. Os técnicos brasileiros parecem estar brincando de bonequinhos e casinhas. Rabiscam e desenham em suas pranchetinhas. Só faltam os lápis de cera coloridos. Futebol virou totó com um monte de jogadores engessados dando bicudas na bola.
João Saldanha colocou Tostão para jogar com Pelé e foi criticado, João Saldanha batia boca com presidente da República. Hoje, o profissional um dia está no Bom Senso criticando a CBF e no outro vira técnico da seleção e não abre mais o bico. O que falta no futebol de hoje é arte, mas, acima de tudo, falta atitude, falta João Saldanha.
FUTEBOL É PARA POBRE, RICO E ATÉ MESMO PARA ALGUNS IDIOTAS
por Mateus Ribeiro
Vivemos dias difíceis em todos os aspectos de nossas vidas. Seja no âmbito social, seja no pessoal, seja no econômico, já diria aquele ditado, “não está fácil para ninguém”.
Como se não bastasse o Celtic x Rangers da nossa política, a crise social, o Tsunami de preconceito e intolerância, nossa maior paixão, o já judiado futebol, passa por um período nebuloso.
Não é de hoje, todos nós sabemos, que passamos por dificuldades dentro e fora de campo. A qualidade foi para o fundo do poço, seja dos nossos jogadores, seja dos nossos queridos cronistas que aprenderam futebol através de jogos eletrônicos. Como se todo esse cenário todo não bastasse, nosso bolso também sofre.
Ingressos com preços de uma cesta básica (não só aqui, mas em qualquer lugar do mundo) para assistir um futebol tão empolgante quanto um acústico do Julio Iglesias representam um crime hediondo da pior espécie. É o fenômeno dos estádios faraônicos, construídos para atender a vontade de dirigentes e empresários gananciosos ,atingindo quem deveria ser espectador, e virou vítima: o pobre torcedor.
Qualquer um que seja um pouco mais esperto sabe que para se assistir qualquer partida de futebol hoje, uma mísera nota de 50 reais já não é mais suficiente. Se você tiver o azar de torcer para algum time de primeira divisão, o buraco é mais fundo, uma vez que alguns ingressos ultrapassam os três dígitos na hora do pagamento. Uma pornografia. Um valos obsceno.
Estamos falando do futebol. o esporte que um dia uniu povos. O esporte que faz o dono da empresa sentar ao lado do desempregado. O esporte que faz o presidente da nação abraçar quem ganha mil vezes menos que qualquer político na hora do gol. O esporte que não precisa de mais do que uma bola para ser praticado. Acredite se quiser, o futebol é tudo isso, apesar de ter virado essa balada top nos dias atuais.
O mais triste de tudo: existe quem defenda isso. E não estou falando de “torcedor” que paga 500 reais pra gritar que é brasileiro com muito orgulho e com muito amor. Estou falando de cachorro grande. Mais precisamente de Alexandre Kalil.
Alexandre é uma das personalidades mais abomináveis e desnecessárias do mundo do futebol. Um falastrão, que sempre se notabilizou por suas opiniões polêmicas . A sua diferença para dirigentes antigos é que Kalil não tem carisma. E provou também não ter caráter, ao afirmar que “… no mundo inteiro, futebol não é coisa para pobre…”, dentre outros impropérios. Para quem tiver estômago, segue o link : https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/14/deportes/1500068233_300420.html
Pois bem, vamos aos fatos. Realmente, o ingresso é caro, muito caro. Acontece que pessoas que já vivenciaram (e talvez vivenciem ainda) o meio do futebol, DEVERIAM fazer o mínimo de esforço para mudar o quadro. Como é que quem ganha um salário mínimo vai ter a oportunidade de levar os filhos, o par amoroso, os pais, ou até mesmo ir sem companhia ver seu time do coração? Chega a doer os olhos ler uma declaração dessas, ainda mais vindas de quem sempre se mostrou torcedor do clube que dirigiu. Porém, tais palavras se mostram fundamentadas partindo de alguém que aparentemente gosta muito de dinheiro, já que o fanfarrão ajeitou seu burro na sombra através da maneira mais fácil de se ganhar dinheiro sem fazer nada, ao conseguir se tornar prefeito da capital mineira.
É claro, óbvio e evidente que essa banana podre não vai se importar com o torcedor, com o povo, com a situação do futebol atual, que seja. Não apenas ele, mas grande parte dos dirigentes, gestores, políticos que poderiam mudar a situação dos fãs de um dos maiores PATRIMÔNIOS CULTURAIS do nosso país estão se lixando. O importante é o bolso cheio, mesmo que seja com o estádio vazio.
(Foto: Agência O Globo)
O plano de transformar estádios em camarotes vips para a turma mais abastada continua a todo vapor. Em Minas Gerais, em Itaquera, e em todo lugar do planeta, como disse o já citado mandatário. A elitização só não é um fato consumado porque ainda existe quem sacrifica o lazer para se martirizar em uma partida de futebol do clube do coração.
Apenas para finalizar, é legal ver o rico no estádio. Mas é legal ver o pobre também. Da mesma forma que é legal ver todo mundo. Afinal, o futebol é para todo mundo. Para o rico, para o pobre, e para alguns imbecis. você pode se encaixar onde quiser, Kalil!