UM POUCO DE CADA CAMISA 10 GENIAL BROTOU NO ALEX
por André Felipe de Lima
Desde pequeno, entre uma e outra pelada pelas ruas de Colombo, cidade próxima à Curitiba, Alex convencera-se de que seu destino era o futebol. Não sabia ao certo se gostaria de jogar bola na grama. A predileção era o asfalto. Mesmo assim, gostando ou não dos gramados, foi nele que se tornou ídolo de três grandes clubes brasileiros e de outro gigante do futebol turco.
Alex nasceu em Curitiba, às 2h20 do dia 14 de setembro de 1977, na Maternidade Santa Brígida, mas seguiu com os pais para Colombo ainda bem pequeno. Cresceu jogando bola nas ruas próximas à sua casa.
Enquanto os pais iam trabalhar, a zelosa avó materna cuidava do menino, para o qual a vida mostrava-se hostil. Toda a família vivia uma intensa dificuldade financeira. Alex, que muito aprendera com a luta dos pais, jamais percebera o vaticínio da certidão de nascimento: a corruptela do nome [Alexsandro de Souza] tem quatro letras. E quatro letras recheiam nomes [ou apelidos] de craques famosos, igual ao Dida, ao Pelé, ao Pita e ao Zico, principal espelho de Alex. “Esse é o meu ídolo”, dizia aos colegas, como se ele mesmo fosse o Zico. Em verdade vos digo: um pouco de cada um destes geniais camisas 10 renasceria em Alex.
Muita gente só se convenceria disso alguns anos depois. Alex percebera isso bem antes. Decidira que não faria outra coisa na vida. Ser jogador era uma escolha definitiva, embora uma convicção muito precoce para um garotinho que mal largara fralda e chupeta. E o colégio, como fica? Não ficou, embora Alex se esforçasse e mantivesse o desejo de um dia formar-se em Educação Física ou Psicologia. A bola, sempre ela, prevalecera.
“Desde pequeno meus pais me ensinaram a valorizar o estudo e fizeram questão absoluta que eu frequentasse a escola. Agradeço muito a eles por isso, pois sei que a escola ajudou a construir meu caráter e a me tornar um cidadão mais consciente. Só lamento não ter podido concluir o colegial [tive que parar quando estava no segundo ano], pois me profissionalizei muito cedo e ficou impossível conciliar futebol e colégio.”
Para redimi-lo, o inexorável fato é que desde cedo todo menino acredita ser craque. Tenho pena de quem disser o contrário para qualquer garoto que seja. Para quem furar uma bola por conta de um vidro da janela quebrado ou por implicância mesmo, só restará o castigo de Deus, que, em suas onipotência e onisciência, há de castigar também o menino que deixar de lado a sala de aula. Com irrepreensível Justiça Divina.
Quando esteve cara a cara com Argemiro Bueno, o professor Miro, da escolinha do Coritiba, Alex não tremeria. Estava preparado para uma peneira com cerca de 250 meninos para a qual foi levado por Silvio, seu colega e quase vizinho, que já treinava no Coxa.
Miro coçou o queixo e exclamou: “Joga muita bola!”. Para, em seguida, ponderar: “É bom, sim, mas ainda é muito cedo para o gramado. É muito mirrado para o futebol de campo.”
Alex, embora pequeno, conformou-se. Não gostava mesmo de grama. Queria apenas jogar bola. Só isso. Nada mais. Poderia ser no Coritiba, poderia ser em qualquer lugar, menos no Atlético. Sei lá. Aonde houvesse um espaço, com duas traves e uma bola para rolar, bastar-lhe-ia. “Depois da brincadeira, eu estava trocando de roupa para ir embora quando o prof. Miro, que comandava a peneira, chegou para mim e perguntou se não queria ir treinar futebol de salão na AABB [Associação Atlética do Banco do Brasil]. Ele foi até a minha casa e falou para o meu pai que eu ainda era muito novo para jogar no campo, mas disse que seria interessante que eu jogasse futebol de salão. Depois, quando tivesse idade suficiente, voltaria para o Coritiba.”
E lá foi Alex para o futebol de salão da AABB. Ali, foi crescendo e mostrando um domínio de bola incomum. Marcando gols em profusão. Fazendo mágicas dignas de um genuíno camisa 10.
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O texto acima integra a biografia do craque Alex, que consta do I volume (a Letra “A”) de “Ídolos – Dicionário dos craques do futebol brasileiro, de 1900 aos nossos dias”, com lançamento previsto para este semestre. A enciclopédia, que consiste em 18 volumes, está sob a edição do querido Cesar Oliveira.
A propósito, leiam a excelente biografia do Alex assinada pelo Marcos Eduardo Neves.
NO TÁXI, COM PSG E FOGÃO
:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
(Foto: Nana Moraes)
Bastou eu entrar no táxi e o motorista foi direto ao assunto: “E, aí PC, o PSG vai bem na Liga dos Campeões, Neymar vai ter vida fácil?”. Pode anotar, vida fácil não terá. O PSG nunca venceu uma Liga e o Neymar terá um desafio maravilhoso pela frente. Olha, eu adoraria estar no lugar dele.
É bom demais jogar uma Liga, ainda mais com a chance de conquistar um primeiro título. Mas o garoto tem estrela e talento. Não viram na Olimpíada? Essa chave será muito equilibrada porque tanto o Emery, técnico do PSG, quanto o Ancelotti, do Bayern, gostam de jogar mais defensivamente, por uma bola.
E o time do PSG está em formação. O Di María não fará falta porque o Mbappé é ótimo jogador. O PSG tem que entrar em campo sabendo que não é o Barcelona.
O Campeonato Francês regula com o deles, podem acreditar. O inglês, espanhol, italiano e alemão estão bem à frente. Até o português tem tido bons jogos. Mas torço demais para que o talento de Neymar supere esses ferrolhos.
Acho que respondi, mas antes de terminar a corrida o motorista quis saber do Botafogo x Grêmio.
Os dois têm perdido tudo nesse ano, mas acho que dá Botafogo, apesar de Luan (que só joga na volta) ser um excelente jogador.
Gostava do Grêmio treinado pelo Roger justamente por fazer o time jogar, tocar a bola. São os treinadores que jogam por uma bola que estão enfeiando cada vez mais o nosso futebol e, por isso, se o Botafogo não se acovardar como fez com o Flamengo, pode sair vencedor.
DAVI CONTRA GOLIAS
por Marcos Vinicius Cabral e Rafael Evangelista
Há uma passagem na Bíblia que conta a história do povo israelita e do filisteu.
Nela, havia um gigante filisteu, chamado Golias, que sempre zombava dos israelitas.
Fez isso por intermináveis 40 manhãs e 40 tardes.
– Escolham um homem para lutar comigo. Se ele vencer e me matar, seremos seus escravos. Mas, se eu vencer e o matar, vocês serão nossos escravos. Desafio vocês a escolherem alguém para lutar comigo – disse o gigante, desafiando o povo de Israel.
Indignado, Davi perguntou aos soldados:
– O que ganhará o homem que matar este filisteu e livrar Israel da vergonha?
– O nosso Rei Saul dará ao homem muitas riquezas e sua filha em casamento – disse um desolado soldado.
Mas todos os israelitas estavam com medo de Golias, porque ele era muito grande, com uns três metros de altura.
Ciente do desafio à frente, o pequeno Davi aceitou o desafio.
Com isso, alguns soldados foram contar ao Rei Saul, que Davi queria lutar contra Golias.
– Mas Saul, não pode lutar contra este filisteu. Você é apenas rapaz, e ele foi toda a vida soldado – alertou o Rei de Israel.
Com pequenos feitos, Davi respondeu:
– Matei um urso e um leão que haviam levado ovelhas de meu pai. E este filisteu será como um deles.
Diante da insistência do pequeno soldado, o Rei Saul desejou-lhe sorte.
E então, Davi se foi.
Desceu um riacho para apanhar cinco pedras lisas, que pôs na sua bolsa. Depois tomou a funda e foi ao encontro do gigante. Vendo Golias, quase não acreditou, tamanho o susto com seu tamanho.
– Venha para cá, eu vou dar seu cadáver às aves e aos animais – esbravejou o gigante filisteu.
Então, Davi correu em direção a Golias. Tirou uma pedra da bolsa, colocou-a na funda e atirou-a com toda a força. A pedra acertou em cheio a testa de Golias e ele simplesmente caiu, com o rosto no chão. Davi foi até Golias e, usando a espada daquele gigante, decepou a cabeça dele. (1 Samuel 17:48-51)
Vendo os filisteus que seu campeão havia sido morto, todos fugiram. Os israelitas correram atrás deles e venceram a batalha.
E não seria exagero ressaltar, que alguns “Davis” vencessem alguns “Golias”, em confrontos inimagináveis.
Na Copa da Espanha, em 1982, quem depositaria alguma esperança de vitória na Itália de Enzo Bearzot, diante do Brasil de Telê Santana, que encantou o mundo?
Resultado: 3 a 2, com três gols do camisa 20 da Azurra, o carrasco Paolo Rossi.
Em 1989, quem apostaria no desacreditado Botafogo, na final do Campeonato Carioca daquele ano?
Resultado: Depois de uma fila de 21 anos sem títulos, o Botafogo se sagrou campeão carioca invicto, de 1989 em cima de um timaço do Flamengo que tinha Jorginho, Aldair, Leonardo, Zinho e Bebeto – todos tetracampeões – mais Zico. O gol salvador, e polêmico, do ponta Maurício, marcado aos 12 minutos do segundo tempo, deu o título tão sonhado à torcida do Fogão.
No Campeonato Brasileiro de 1992, os favoritos ao título eram Botafogo, São Paulo e Vasco.
O Flamengo, que contava com várias pratas da casa na competição, como Júnior Baiano, Gélson Baresi, Piá, Fabinho, Marquinhos, Marcelinho, Paulo Nunes, Djalminha e Nélio, enfrentava a forte equipe alvinegra, com jogadores experientes, e em grande fase, como: Renato Gaúcho, Valdeir, Carlos Alberto Dias, Válber e o zagueiro do Tetra, Márcio Santos.
Resultado: Com uma vitória maiúscula por 3 a 0 no primeiro jogo, com todos os três gols marcados ainda no primeiro tempo, e um empate em 2 a 2 no segundo, a equipe rubro-negra, sob a regência do Maestro Júnior, sagrava-se pentacampeã daquele ano.
E assim, com carreiras distintas fora das quatro linhas, quisera o destino, que o pequeno Davi (Jair Ventura), enfrentasse o Gigante (Renato Portaluppi).
Em jogo válido pelas quartas de final da Taça Libertadores da América, Botafogo e Grêmio se enfrentam na primeira batalha de um jogo de 180 minutos, e a luta é pela sobrevivência na competição.
Só que dessa vez, o garotinho que tirou uma foto ao lado do ídolo na infância tem a chance de derrubar aquele que um dia lhe pareceu gigante, mas não usando uma pedra, e sim a cabeça; Jair é reconhecidamente, um dos melhores técnicos da nova safra de treinadores brasileiros, junto com Fábio Carile, Zé Ricardo e tantos outros ex-auxiliares que ganharam uma oportunidade como interinos e foram efetivados; Ventura tem como uma de suas principais qualidades, o poder de persuasão, tranquilidade e bom diálogo com os jogadores, fazendo ajustes precisos durante o jogo e, principalmente, no intervalo das partidas, fruto das anotações que faz no seu bloquinho.
O Botafogo vem embalado por uma vitória por 2×0 em cima de seu arquirrival, o Flamengo, e o Grêmio vem de derrota para o Vasco. A confiança é fator chave nesses momentos, e o Botafogo busca forças no bom retrospecto nessa edição da maior competição do continente.
Quem sairá vencedor nessa primeira batalha entre Davi e Golias? Vamos aguardar os primeiros 90 minutos desse jogo eletrizante!
O HORROR
por Claudio Lovato
O homem de terno escuro recolhe a sacola passada por cima da mesa pelo outro homem de terno escuro. A sacola está aberta e ele olha para dentro dela.
– Pode contar, fique à vontade – diz o sujeito que entregou a sacola.
– Confio em você – ele responde.
Ficam em silêncio por um tempo.
– Você está fazendo a coisa certa. Você tem que se remunerar, caramba! Olha a idade chegando, meu amigo! Eu já me remunerei, já não me devo mais nada! – diz o cara que entregou a sacola.
Disse isso, riu e então prosseguiu:
– O ginásio vai sair de qualquer jeito. A criançada não vai ficar sem ter onde jogar bola. E com atividades o dia inteiro! Educação física, futebol, o escambau! Pode ser que demore um pouquinho mais, porque agora o contrato vai ganhar uns aditivos, só isso.
Ele se levanta e sai, carregando uma sacola cheia e uma consciência vazia.
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Um menino salta sobre o esgoto que corre a céu aberto. Pés descalços, e a bola debaixo do braço. O vira-lata vem atrás, correndo e saltando, latindo para o mundo inteiro ouvir. Lá no terreno de terra batida, uma boa parte da garotada do time já está à espera dele. O helicóptero passa perto. Dá para ver o cara com o fuzil na porta. Começam a bater bola, mas aí aparece a mãe de um deles, chamando o seu menino para dentro de casa e dizendo aos outros para irem embora, já para casa.
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O homem entra em sua sala, tranca a porta, abre o armário, tira dali uma pasta de nylon preta e a coloca sobre a mesa, junto com a sacola. Transfere uma parte do conteúdo da sacola para a pasta e fecha as duas. Coloca a sacola no armário e passa chave. A pasta ele coloca no chão, ao lado da mesa. Senta e espera. Em menos de meia hora um homem aparecerá para pegar a pasta preta de nylon, igualzinha a que estará carregando quando chegar. Uma troca. Assim é.
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Lá na comunidade, o menino assiste desenho animado dentro da sala minúscula. Está sentado no sofá com os dois pés sobre a bola, e o cachorro ao lado, olhando para ele. O som das hélices do helicóptero continua, agora com a companhia dos tiros, que o menino há muito tempo aprendeu a identificar. A mãe foi trabalhar, com o coração na mão, por causa do seu menino. Ela não pode deixar de ir trabalhar e a escola dele é à tarde. As manhãs às vezes são um inferno.
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Depois de entregar a pasta de nylon preta ao homem de barba que acaba de sair apressado do escritório, deixando a pasta vazia e dizendo que tinha voltar logo para a repartição, ele tecla o número de casa. A esposa atende. Ele diz que não vai almoçar. Muitos compromissos hoje. A mulher diz “até a noite” e “te cuida, meu bem, te amo” e desliga. Em seguida, avisa a empregada que o patrão não virá para o almoço e que ela pode fazer apenas uma saladinha simples e um peito de frango grelhado, e a empregada diz “sim senhora” e pensa no seu menino, sozinho, dentro da casa alugada que Deus, amém, amém!, vai proteger de todos os males que os homens, de um jeito ou de outro, podem cometer e então, da cozinha, ela ouve a vinheta do plantão de jornalismo da emissora de TV e a patroa dizendo “que horror, meu Deus, esta cidade está perdida, nem criança escapa mais, que horror, minha nossa”, e, lá na cozinha, ouvindo a patroa dizer aquilo, lavando as folhas de alface americana, ela sente o coração parar de bater, mais uma vez.
O CONVICTO JUIZ DE VÁRZEA
por Marcelo Mendez
(Foto: Reprodução do site Amigos da Várzea Fria)
Os Festivais de Futebol…
Houve um tempo em que os clubes não se filiavam em ligas e outras entidades. Se viravam como podiam e cada qual organizava suas equipes. Esses plantéis jogavam amistosos contra times vizinhos da várzea, em jogos aos domingos pela manhã.
E quando valia alguma coisa, nos feriados se realizavam os Festivais.
Eram dias lúdicos nas periferias. O time do bairro organizava uma série de jogos, valendo troféus, que eram comprados com uma taxa de inscrição cobrada e o coro comia ao longo de todo dia. Futebol raiz, encantador de tempos que só existem por puro exercício da teimosia do encanto. Como este em que fui ao Bairro do Sônia Maria, divisa entre Santo André/Mauá e Zona Leste de São Paulo.
Cheguei pelo campo. A borda lotada de rostos, de instrumentos de samba, de riso farto e causos múltiplos. Passei pelas torcidas e então fui até o bar do campo. Era uma tenda agradável com algumas mesas de plástico ao lado. Pedi uma cerveja, me sentei em uma delas, enchi meu copo, dei aquele gole purificador, passei os olhos pela cancha e vi os times entrando em campo.
Perguntando aqui e ali, descobri que o match em questão seria entre os times do 11 de Agosto e do Barranqueiros, ambos ali daquela região da divisa. Dispersos em campo, os atletas tiveram a atenção chamada pelo árbitro da porfiria. Entra em ação nosso personagem de hoje; O Juiz de várzea.
O árbitro em questão não tem um nome afinal ele é muito mais que isso… Trata-se de uma entidade.
Tampouco o chamam “árbitro”. Na várzea como falei é juiz. Juiz mesmo. Por entre versos e barros, no seu apito está a responsabilidade de cuidar de toda essa idiossincrasia desse universo maravilhoso que é a várzea. E sua senhoria não faria feio.
Empertigado de toda a roupa preta do mundo, com os cabelos esticados para trás com tubos e tubos de gel, o juiz do match entrou em campo com pompas e classe de um Valentino, com a finesse de Cary Grant e a imponência de um Victor Mature, soprava com gosto seu apito e conduziu o jogo maravilhosamente bem, com toda a regra e toda autoridade que o certame pedia. Assim as coisas seguiam até que dado momento veio a celeuma mor para a vida do juiz.
Um chute desferido pelo time do 11 de Agosto, do meio da aua, beijou o travessão e quicou no chão. Ninguém naquele campo seria capaz de cravar que a bola havia batido dentro, ou fora da risca do gol. Impossível saber e a nós que ali estávamos não cabia essa responsabilidade. Era a vez de o nosso amigo juiz definir a coisa.
E eis que em um rompante de galhardia, o juiz apita com vontade e apita o centro do campo; Gol do 11 de Agosto!
Nesse momento, sem nenhuma classe o time do Barranqueiros parte para cima de nosso amigo Juiz. De apito na boca, tenta se desvencilhar da confusão, mas não consegue no primeiro momento. A paixão dos homens é maior que as regras e a coisa toma proporções maiores, com o campo invadido. Nesse momento olhei para o juiz.
Em instante algum perdeu sua aura de inefável homem de regras. Com toda a certeza que só os justos e corajosos podem ter, no meio da balburdia toda, sem nenhuma segurança, sem ninguém para acudi-lo, lá estava o juiz a afirmar sua decisão.
Foi gol! E depois de todo empurra-empurra do mundo, assim se manteve a decisão. Da certeza do tento, como falei ninguém pode ter. No entanto, a convicção do juiz em validar a alegria do povo que é o gol, me comoveu profundamente. A ele dedico a crônica de hoje.
O corajoso Juiz de Terrão…