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ARNALDINHO, O ETERNO 8 DO RAMALHÃO

por Marcelo Mendez

Não era fácil a vida em Santo André no ano da graça de 1981.


Meu pai, que a vida toda lutou contra exploradores e ditadores, estava desempregado.

As coisas em casa complicadas, minha mãe tendo que voltar a trabalhar, minha irmã pequena, eu com 11 anos, bem… Eu com 11 anos já dava meu jeito pra me divertir, desde molequinho aprendia na raça que o prazer era fundamental para suportar as durezas e encontrava minha forma em tê-lo. O futebol ajudava:

Era o ano de ver os jogos do Santo André na luta pelo acesso no Campeonato Paulista da segundona daquele ano.

O time era forte e dessa vez tinha até o ex-corintiano Lance, a coisa tava bem perto de acontecer. Mas não era ele que me fazia pedir dinheiro para os meus tios e encher a paciência de um deles para me levar até o Brunão. Era outro meu heroi…

Arnaldinho, eterno camisa 8 do Ramalhão, foi meu primeiro ídolo na vida.


Arnaldinho

Em meio a toda aquela dureza que já me fazia acordar para vida, era Arnaldinho que me devolvia o direito de sonhar. Era com sua velocidade, sua inteligência, sua habilidade e genialidade que aprendi as primeiras noções do que era de fato uma poesia.

Arnaldinho em campo era como um verso que escorre pelo coração, como a poesia que desabrocha no árido do mundo que, diante dele, não consegue mais ser duro. Porque era impossível vê-lo em campo e não sair do mesmo completamente apaixonado pelo 8. Foi um espetáculo.

Na reta de chegada daquele ano, a segundona foi disputada no Parque Antártica. Meu pai, que havia feito uns trabalhos, tinha uma grana para a gente comer por uns dois ou três meses, mas mesmo assim não se fez de rogado em desinteirar parte desse intuito para então levar-nos, eu e minha irmã, para o nosso Palestra Itália para ver aqueles jogos decisivos.

Me lembro como se fosse hoje, da noite em que Arnaldinho meteu a bola para a rede contra o XV de Piracicaba. Não subimos naquela vez, a festa viria uns dias depois contra o mesmo XV. Mas a mim, meu titulo havia sido ganho, o herói meu, o primeiro herói, já havia vencido, foi lindo!

Então, o tempo, essa coisa também linda que é o tempo, passou.


Em 2017, já não sou mais menino, o Santo André não lota mais o Palestra com 25 mil pessoas, aliás, nem existe mais o Palestra, no lugar agora tem a tal da Arena… Mesmo assim, da minha forma ainda insisto. Agora sou jornalista, cubro futebol de várzea e como tal, fui ao campo do Nacional do Parque Novo Oratório para cobrir a Copa Tulica, outro gênio da bola e do Santo André, onde reencontrei Arnaldinho jogando com sua camisa 8, do meu Nacional, pelos veteranos da classe.

A mesma inteligência, a mesma classe, a mesma elegância para tocar na bola… Arnaldinho estava la diante dos meus olhos.

Vendo ele em campo lembrei de tudo aquilo, voltei para 1981, fui menino de novo, revivi um tempo em que eu com a camisa 10 do Nacional, também quis ser Arnaldinho. Lembrei do Pai que não está mais aqui, da mãe que partiu, do quanto eu era feliz com 11 anos e já sabia. Do quanto era bom ver o Arnaldinho jogar.

Pensando nisso tudo, senti que uma lágrima escorria por detrás de meus óculos escuros. O jogo havia acabado e eu chamei Arnaldinho para entrevistá-lo. A teimosa lágrima insistia em escorrer pela minha barba e eu então procurei não deixar Arnaldo perceber isso.

Falamos, gravei a entrevista e quando me despedi dele, deixei que o choro viesse, mas aí não era mais por tristeza nem nada disso. No entanto, faltou eu dizer uma coisa que faço agora, pra encerrar a crônica:

Obrigado, Arnaldinho! Você é Grande!

SANTIFICADO

por Rubens Lemos


Felizes eram os meninos santistas, hoje vovôs de suspensório, cheios de netos para ouvir milagres verdadeiros. Como devem ter sido tranquilos os sonos de véspera dos garotos praianos, dos sábados para os domingos de clássicos por longos anos, especialmente entre 1957 e 1974, na era de um rapaz que primeiro chamaram de Bilé, depois Pelé.

O Santos de Pelé é a minha crença eterna de que o futebol e a magia nasceram enamorados. Nada quanto o Santos representou o Brasil de alto astral, os bons tempos de Juscelino na presidência, Bossa Nova se revelando, samba de morro encantando a nobreza, tropicalismo aflorando. Até à ditadura o Santos maravilhoso resistiu.

Aquele Santos que me faz pedir para ser mais velho de papel passado, mais antigo do que a minha alma perdida em algum jogo de ternura do Canal 100, cinco minutos mais importantes para mim do que qualquer filme já assistido em tela dos extintos cinemas Rio Grande, Rex e Nordeste. na Natal antiga.

O Canal 100 transmitia em big close as jogadas dos grandes catedráticos do gramado e arrepiava pela trilha musical Na Cadência do Samba e a emoção do grito aberto do povo e da expressão em delírio ou pranto do torcedor nas sociais, arquibancadas e gerais, tempo de 100, 150 mil pessoas nos principais duelos.

Meu primeiro contato com o Santos. Canal 100 reprisa, em comemoração aos 15 anos do primeiro título Intercontinental (hoje Mundial de Clubes), o filme sobre o massacre de Lisboa. Em pleno Estádio da Luz.

Energia que me encantou, de coração vascaíno firme, mas admirado com as jogadas felinas de um ataque de panteras, formado por cinco, todos em direção ao gol. Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, apenas um branco, Pepe, um canhão na ponta-esquerda.


Descobri em cinco minutos que era verdade: nunca, enquanto o mundo fosse habitado por seres em carne e osso, pecadores, sensíveis às tentações mundanas e veniais, mortais e sepultáveis, houve ou haveria uma linha atacante igual aquela tropa de cinco malabaristas.

O Benfica de Eusébio, a Pantera Negra, excelente jogador, um dos tantos que sonharam ser melhores que a Sua Majestade de Três Corações, filho de Dondinho e Dona Celeste, foi humilhado numa das maiores exibições de uma equipe desde que iniciada a contagem do tempo após a morte de Jesus Cristo.


Pelé driblando, Pelé bailando, Pelé enfiando duas vezes a bola entre as canetas do marcador, Pelé tabelando na canela dos portugueses, Pelé fazendo gol, oferecendo gol, Coutinho fuzilando o goleiro, Dorval, meio arqueado de ombro, correndo em ziguezague e servindo à maior parceria entre dois homens ofensivos de que se foi noticiada desde a carta de Pero Vaz de Caminha.

Vou alargando parágrafos e me revendo na cadeira do cinema lotado pois era comédia dos Trapalhões em seguida ao Canal 100. O Santos enfiou 5×2 no Benfica e, aos 7 anos de idade em 1977, jurava que futebol era o que estava acostumado a ver no estádio e pela TV. Futebol era. Sobrenatural sagrado era o Santos.

O Santos foi o único time brasileiro que atravessou o tempo com um condutor que não lhe fez perder a graça. O Santos embrião da máquina do final dos anos 1950, com Pelé e Pagão, o grande ídolo de Chico Buarque de Holanda.

O Santos da década de 1960, com Pelé e Coutinho, depois Pelé e Toninho, o Santos de até o título dividido (injustamente) com a Portuguesa de Desportos em 1973, nos pênaltis mal contados pelo árbitro Armando Marques. Ali era o Santos de Pelé e Edu.

Quem nunca foi Santos, um dia gostou de ter sido. No meu caso, no filme Pelé Eterno, mais que uma sentença histórica e perfeita sobre a obviedade de um jogador inigualável, o álbum em movimento de um time espetacular.


O Vasco sofreu muito. Problema não. O Corinthians apanhou muito mais, com requintes de sadismo. O Flamengo chegou a tomar de 8×1 em pleno Maracanã. Em 1958, num sinal extraterreno, Pelé fez 58 gols no Campeonato Paulista.

O Santos cedeu jogadores simbólicos para o tricampeonato mundial do Brasil. Pelé 1958, Pelé 1962 (show interrompido), Pelé 1970 (ingresso à mitologia). Zito, o termômetro discreto e eficiente do bicampeonato.


Mauro, capitão na classe e no grito. Mengálvio, em pleno auge, o reserva conformado de Didi. Carlos Alberto e Clodoaldo, emblemáticos na final contra a Itália em 1970, até os sombreros mexicanos pedindo autógrafos no Estádio Azteca.

Aquele Santos está acima do racional, do lógico. Suas camisas brancas assombraram e maravilharam o mundo, pararam guerras, expulsaram juízes. O Santos, tão singular, se alguém pesquisar, vem do Primeiro Testamento.

SABE DE NADA, INOCENTE!

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


(Foto: Nana Moraes)

O gol de Jô contra o Vasco foi com o braço e ponto. Ele sabe disso e ponto. O risinho debochado explicando o lance, tentando convencer Ramon, o lateral adversário, de que foi com o peito beira a falta de respeito.

O cinismo dói. Estamos cansados de assistir golpes e trapaças nas novelas e na vida real. Políticos e dirigentes são presos aos lotes. Alô, atletas, vocês são exemplos para milhares de crianças e para os próprios filhos!!!

Mas simular faltas virou estratégia de jogo e cavar pênaltis pode transformar o perna de pau no herói malandro. Maradona já fez gol de mão e até Nilton Santos deu dois passinhos para fora da área na tentativa de ludibriar o árbitro e escapar do pênalti. Escapou.

É preciso muito cuidado para que o futebol não se transforme num espetáculo onde os mais espertos vencem. Só a tecnologia pode estancar isso. E é preciso que seja rápido. Por que manter os árbitros atrás do gol? Façam uma estatística e digam quantas vezes eles evitaram uma injustiça.

Por que em alguns lances eles voltam atrás e em outros não? Na verdade, não só a tecnologia pode dar um ponto final nesse show de absurdos. Os clubes devem investir em educação, ensinar o valor da ética a seus profissionais, afinal eles representam os clubes!!!!

Quando Rodrigo Caio, do São Paulo, praticou o fair play foi carimbado na testa de “bobinho”. Só faltou “um sabe de nada, inocente” tatuado no peito como castigo por ter agido corretamente.

Perder a poesia, o futebol já perdeu; que não perca a vergonha na cara.

RENÊ SIMÕES TINHA RAZÃO

por Mateus Ribeiro

Voltemos no tempo. Sete anos atrás, mais precisamente. Setembro de 2010.

Em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, o Santos bateu o Atlético Goianiense por4a 2. Porém, o placar não importa muito.

Já no final da segunda etapa, com o placar marcando 3 a 2 para o Peixe, o time da Vila Belmiro teve um pênalti marcado a seu favor. O treinador Dorival Junior ordenou que Marcel cobrasse. Neymar, em sua segunda temporada como profissional, bateu o pé, deu escândalo e falou cobras e lagartos para Dorival. Tudo isso porque queria bater a penalidade. Dorival não cedeu, Marcel fez o gol, e o atual atacante do PSG saiu de campo extremamente irritado, soltando inúmeros impropérios pra cima de Dorival.

O técnico do time adversário, Renê Simões, que viu tudo de perto, previu o futuro. Para quem não se lembra, vale refrescar a memória.

Pois bem. Sete anos se passaram. Na verdade, sete anos e dois dias, já que Santos e Atlético Goianiense jogaram dia 15 de setembro de 2010, e o PSG recebeu o Lyon dia 17 de setembro de 2017.

Tinha tudo pra ser mais um jogo sem graça do campeonato mais insosso do planeta. É bem verdade que o único time do futebol francês venceu por 2 a 0. Mas poderia ser 3. Só não foi porque Cavani desperdiçou uma cobrança de pênalti. Seria um lance normal de jogo, afinal, quem nunca errou? Só que não foi normal.


Daniel Alves entrega a bola para Neymar

Tal qual sete anos atrás, o queridinho do futebol brasileiro fez biquinho porque queria cobrar o pênalti. Esqueceu por um momento que o treinador havia determinado que o uruguaio é o cobrador oficial do time. Um pouco antes, um lance parecido (e constrangedor): o PSG tinha uma cobrança de falta perto da grande área. Cavani quis bater. Eis que entra em ação um dos maiores PANACAS da historia do futebol, o tal de Daniel Alves. O lateral, provando que é “parça” de Neymar, segurou a bola, como se a estivesse escondendo de Cavani, e entregou para o atacante brasileiro perder. Uma cena típica de futebol na escola. Uma atitude patética, egoísta e desnecessária. Qualidades estas, aliás, que se encaixam bem na citada dupla de amigos.

Renê Simões estava coberto de razão. Criaram um monstro. É claro que Neymar é o melhor jogador brasileiro em anos, e um dos melhores do planeta, isso é indiscutível. Porém, sua postura como profissional sempre foi contestável. Desde o começo de sua carreira, Neymar se mostrou um tanto quanto arrogante, e se não for o centro das atenções, desce do salto.


Neymar pede a bola para Cavani

Ontem, deu mais uma prova de que o tempo não muda ninguém. Ainda mais se nesse meio tempo, todo mundo passar a mão na cabeça a cada erro cometido. Assim foi com Neymar. Sempre quis ter o mundo a seus pés. Com o apoio da maior rede de televisão do Brasil, ajudando um povo alienado por natureza a transformar esse cara com o mesmo carisma de um copo plástico em ídolo, tudo ficou mais fácil. Em sete anos, fez, aconteceu, se mostrou apenas um mimado desacostumado a ouvir não, e que não respeita ninguém.

Pode se tornar o maior jogador do mundo, depois que os dois postulantes eternos ao duvidoso prêmio pendurarem as chuteiras. Pode ser o nome do hexacampeonato. Pode até fazer mais gols que Pelé, já que foi jogar naquele campeonato amador gourmet (com todo respeito aos campeonatos amadores pelo mundo), justamente para ser o centro das atenções, fazer um milhão de gols e continuar sendo o dono da bola. Ele pode ser tudo isso. Mas vai continuar sendo um profissional da pior qualidade.

Renê Simões tentou avisar. Ninguém deu ouvidos. Agora, que durmam com esse barulho.

POUCOS PERCEBIAM, MAS QUARENTINHA SORRIA

por André Felipe de Lima


A melhor dimensão do ser humano é a capacidade da alteridade. A capacidade de olhar para além de si, procurando no outro o complemento de uma identidade. Isso se chama: caridade. Faria 84 anos neste dia 15 o maior artilheiro da história do Botafogo. Faria anos Quarentinha, o que sorria pouco ou nunca. O que era amigo do Garrincha, que o chamava de “Cabeção”. Mas era a forma carinhosa que Mané encontrava para tratar aqueles que amava. Sim, Mané amava Quarentinha. Juntos, lá na área adversária, promoveram jogadas e gols memoráveis. Muitos falam de Pelé e Coutinho. Acho até justo. Porém Garrincha e Quarentinha também faziam das suas juntos. Faziam gols aos montes também. Quantas bolas do Mané foram parar adocicadas nos pés de Quarentinha? Invariavelmente muitas — para lá de 300 — pararam nas redes do infeliz goleiro que diante dele ousasse estar.

Na Seleção Brasileira, as estatísticas não mentem. Em 17 jogos marcou 17 gols. Média assim, nem Pelé. Ah, se Quarentinha tivesse mais oportunidades para jogar ao lado do Rei…


Vamos lá, resposta rápida: quantos gols teria marcado, afinal, o velho paraense Waldir Cardoso Lebrego, “amigo da Onça” dos goleiros caso os técnicos do escrete o percebessem? Não há como mensurar. Mas passaria — fácil, fácil — da centena. A canhota de Quarentinha tinha fogo, meus amigos. Por três vezes ela o fez artilheiro do Campeonato Carioca, em 1958, em 59 e em 60. Quarentinha, o infernal. Deveria sorrir, sim. Mas alegava que ao marcar gols cumpria a obrigação de um trabalhador. Muitos alegavam que a postura era antipática ou qualquer coisa assim. Nada disso. Quarentinha era na dele. Nada mais. Tinha orgulho de percorrer o mesmo caminho do pai, o famoso Quarenta do Paysandu. Só que o filho, de longe, superou o pai. Tornou-se o melhor centroavante da história do Botafogo.

Se desconhecia a pidedade com os goleiros, fora do gramado o Quarentinha era diferente. Uma alma das mais bacanas e generosas.

Em setembro de 1960, o zagueiro Hélio, do América — aquele mesmo, que teve a carreira tragicamente interrompida pela entrada criminosa do Almir Pernambuquinho —, encontrava-se em situação financeira lastimável. Longe dos gramados, pedia ajuda a todos, mas poucos estendiam a mão ao jogador.

A diretoria do América e ex-companheiros do time eram os únicos que ainda se preocupavam com seu ex-craque, com uma ajudinha ali outra acolá. Mas era pouco para que ele, Hélio, realizasse o sonho de ter uma casa própria, que oferecesse mais segurança a esposa e filhos. Bellini e um Almir que se dizia “repleto de remorso” ventilaram na imprensa a possibilidade de um jogo beneficente. Apenas farol.

“Não guardamos ódio dele (do Almir), pelo contrário, imploramos a Deus para que não aconteça o mesmo com ele. Só nos visitou dias após o acidente e depois nunca mais (…) Só pude comprar o terreno em Miguel Pereira, mas o acidente com Almir atrapalhou tudo, pois a casa que tinha sido iniciada está caindo aos pedaços. O dinheiro acabou. Confesso que esperava um pouco mais do futebol”, declarou Hélio.

Mas a surpreendente ajuda chegara afinal. Não partiu do rico e badalado Bellini e muito menos do intempestivo e irascível Almir.

Quarentinha, sim, o maior artilheiro da história do Botafogo, imortalizado pelos seus gols e jamais esquecido graças à preciosa pena do biógrafo Rafael Casé com a brilhante edição do Cesar Oliveira, foi quem financeiramente bancou a obra para que o pobre Hélio concluísse sua casinha em Miguel Pereira. Não houve muita publicidade sobre o fato, mas como me alertou o Casé houve menção do mesmo na biografia que escreveu sobre o Quarentinha. É louvável, acima de tudo, a postura do craque alvinegro. Ídolos do passado como Hélio e Quarentinha eram avessos a arroubos de vaidade. Havia uma preocupação entre pares futebolísticos. Mostrava-se solidariedade, na maioria dos casos, sem interesse ou com viés midiático. Como diz na Bíblia: “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita”.


Ídolo como Quarentinha, hoje em dia? Infelizmente, sem chance. Craque como ele, então… nem pensar. Resignados, contenhamo-nos com o que aí está. Enquanto isso, mais um gol da Alemanha.

O que nos conforta, contudo, é saber que um dia tivemos um Quarentinha entre nós, sorrindo igualmente a poesia com as quais sutilmente e para dentro nos debulhamos em lágrimas e em… amor.