ETERNA JUVENTUDE
por Sergio Pugliese
Em maio, esse time de pelada da foto completou 57 anos. Nesse período, revelou nomes como Wanderley Luxemburgo, Paulo César Puruca (ex-América) e Zé Mário, campeão invicto pelo Vasco, em 77. Já estaria ótimo para um time que nasceu sem obrigação de nada. Mas conte cinco da esquerda para a direita na fila de baixo. O moleque franzino, que nessa idade já encantava torcedores e assombrava adversários, é Zico. O time, Juventude de Quintino.
EM PÉ, ZÉZINHO,CHIMANGO, SÉRGIO GORDO, JAIR PEPÉ, JOÃO, TEOPHILO, JARUBA, XANDINHO, TUNICO, PEDRINHO, PAULO PIRÃO E ANTUNES. AGACHADOS, BARATA, PAULINHO, ZÉ BRACINHO, CLAUDIO, ZICO E SIDNEY.
– Esse time faz parte da minha vida, da minha história – recordou, feliz.
E histórias não faltam. Mas quem poderia contá-las? Onde encontrar aquela imagem que todos dão como perdida? Quem saberia o nome dos jogadores que passaram por lá? As datas, as legendas das fotos? Para essas perguntas, a resposta era a mesma: “O Nando!”, “Só com o Nando!”, “O Nando deve ter!”, “Com certeza o Nando sabe!”.
Todos os times de pelada têm um responsável pelas anotações, estatísticas e até estatuto. No Juventude é o Nando! Na verdade, essa crônica deveria ter apenas um personagem principal, o Galinho de Quintino, até Nando Coimbra ser solicitado. E ele entrou em campo disposto a mostrar serviço, apresentou um ótimo repertório de jogadas e garantiu a vaga de titular. Nando é um dos irmãos bons de bola de Zico e além de poeta, pintor, estilista (ele é quem desenha as camisas do time) e ótimo contador de histórias é o arquivo ambulante da família e, claro, do Juventude.
– As histórias do nascimento do Juventude são especiais, mágicas, e continuam vivas em minha cabeça – disse.
Continuam vivas porque ele é o único dos irmãos (Zico, Zezé, Antunes, Edu, Tonico e o falecido Zeca) que ainda mora numa casa arejada de Quintino, a mesma que Sandra, mulher de Zico, morou um dia. A rua é a Lucinda Barbosa. Nela o Juventude nasceu. Na casa vizinha, morava o Galinho e numa outra pertinho ainda existe a quadra de futebol de salão que transbordava em dias de jogos. Ele voltou lá com a equipe do A Pelada Como Ela É e presenciou um espaço quase abandonado.
– Vou mandar trocar esse piso, pintar essas paredes – prometeu, enquanto tirava o lixo do caminho.
De volta para a casa mostrou as fotos mais marcantes do vermelho e branco, todas digitalizadas, e embarcou num mar de lembranças e emoções. Lembrou-se do dia em que vários jogadores, já consagrados, estavam em sua casa comemorando um aniversário do Juventude quando chegou o cantor João Nogueira para animar a roda de churrasco e cerveja. Estavam lá, Zico, Cantarelli, Liminha, Jaime, Geraldo, Zé Mário, Tadeu, Edu, Volmir, Bráulio, Alex, Luisinho Tombo, Flecha, Paulo César Caju, Paulo César Puruca, entre outros.
– Aí, o João Nogueira levantou-se e fez a convocação. Disse que estava tudo ótimo mas faltava uma peladinha.
Em minutos todos estavam descalços jogando na Franco Vaz, rua de paralelepípedo, no fim da Lucinda Barbosa.
– Foi maravilhoso! Impossível nos dias de hoje com tantos papparazzis. Juntou foi gente para assisti-los! – divertiu-se.
Por um lado foi ruim não ter um registro desses, mas para eles essas peraltices faziam parte do dia a dia. A família estava acostumada a reunir multidões. O Juventude tinha um fã-clube enorme. Zico, muito pequeno e magrelo, fazia miséria com a bola. Quando entrava em campo junto com os grandões muitos adversários o ironizavam e após o jogo ficavam estarrecidos com suas apresentações. Telê foi vê-lo jogar incontáveis vezes.
– O time completo era difícil perder – assume Zico.
Nando estava animado com as histórias mas durante a entrevista seu celular tocou. Era a convocação para a pelada no Grêmio Esportivo Vital. Garantiu que estaria lá em cinco minutos. Sua mochila já estava pronta.
– Amigo, é muita história! Depois continuamos, combinado? A peladinha é prioridade!
E aos 72 anos se mandou pelas ruas de Quintino esbanjando juventude, uma eterna juventude.
FILHOS DO PAÍS DE GALES
por Rubens Lemos
Outro dia, revi o DVD de Brasil 1×0 País de Gales, em 1958, pelas quartas de final da Copa do Mundo na Suécia. O jogo de um time contra um bando de gigantes tenebrosos. Gosto das minhas reprises para reforçar os meus conceitos. A favor do futebol de verdade, jogado para a frente. Com inteligência, habilidade e improvisação.
Brasil x País de Gales é emblemático. Opõe o futebol em regra seguida com arte à covardia unida à brutalidade. O Brasil sofreu para vencer País de Gales porque apanhou demais de um time que se fechou por medo. Contradição: O fortão se escondendo do franzino.
O DVD de Brasil x País de Gales é chuviscado, feito para fanáticos. Comprei faz tempo, logo que surgiu a novidade eletrônica. Vejo e observo em detalhes. Se alguém me fotografasse diante do aparelho de televisão, enxergaria uma cópia malfeita de perito detalhista em cena de crime, juntando peças, buscando pistas. Encontrando caminhos.
O Brasil estava sem o centroavante vascaíno Vavá, seu rompedor, machucado desde a partida contra a União Soviética, quando um beque entrou de sola no momento em que ele fez o segundo gol. Foi 2×0, naquele baile de Garrincha destruindo o “futebol científico” do politburo.
Vavá seria o homem a enfrentar os jagunços galeses. Jogou Mazzola, o Altafini. Mazzola era o fino. Goleador e criativo. Apanhou um bocado. Com Didi e Pelé, fez triangulações arquitetônicas pelo meio. Entravam os adversários halterofilistas e perversos e atingiam os três na coxa, no tórax, no joelho, na canela, no tornozelo.
Garrincha driblava quatro. O quinto tocava-lhe os colhões. Garrincha urrava. Pulava feito um saci lá de Pau Grande, sua terra. O jogo, se prevalecesse o 0x0, iria para a prorrogação. O Brasil jogou uma partida espetacular.
Uma das maiores da Copa, a primeira ganha pelo escrete. Os gorilas da retranca perderam assim que um gênio de 17 aplicou uma meia-lua no beque e tocou de mansinho para as redes. Repórteres e fotógrafos entraram em campo para trabalhar e tietar Pelé.
Os teóricos da retranca, do uso abusivo e tóxico de zagueiros e cabeças de área, deveriam procurar uma cópia de Brasil x País de Gales. Eles são frutos amargos da costela dos gringos. Quem ataca primeiro, tem bons jogadores e aproveita o talento deles, não ganha se for incompetente ou se o destino não quiser.
É muito mais fácil o craque fugir de uma armadilha brutal do que o grosso encontrar alternativa quando está perdido. Aliás, o perna-de-pau sempre está na contramão, atrapalhando a bola, enchendo de horror a beleza do ludo no tráfego da grama.
CHATO DE LIVRARIA
por Rubens Lemos
Adriano e Lima Neto são duas figuras do maior conceito. São os caras que me apresentam as novidades literárias na única livraria razoável de Natal. Inteligentes – Lima Neto escreveu dois livros -, conhecem minhas preferências e ojerizas. Avisam quando chegam novidades de autores prediletos em romances policiais, em biografias, política e no futebol.
Tenho de desviar o rumo da prosa para admitir um desagradável item que consta da minha figura, sei lá, genérica. Carrego uma espécie de chip de atrair chato, mala sem alça, penetra, espaçoso, esférico irritante. Chato também sou, não sou de abrir a boca antes que desconhecidos me cumprimentem ou me perguntem qualquer bobagem. Sou mesmo é impaciente.
Depois de visitar a livraria e constatar que nada de novo havia chegado, especialmente livros apetitosos anunciados no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Pernambuco e em Brasília, decidi passar dois meses em recesso. Simplesmente não sairia de casa para encontrar Adriano e Lima Neto que, além de excelentes no atendimento, são donos de um ótimo papo. Com eles, converso horas e horas.
A pretexto de resolver um problema pessoal, saí do trabalho e decidi rever os amigos. Lá estavam os dois que vieram reclamando. Tentaram falar comigo sobre um novo lote com diversos romances criminais franceses e suecos e ainda guloseimas e extravagâncias para todos os apetites na área da Copa do Mundo. Um livraço de arte sobre todas as Copas, imagens inéditas de Pelé em 1958, de Maradona em 1986 e de Barbosa sofrido no Maracanazzo em 1950.
Gosto de observar cada uma das fileiras para pescar joias desprezadas pelos que preferem o layout bonito, o colorido ao conteúdo.
Garimpando com os olhos, encontrei o ótimo livro de Nelson Motta sobre as Copas que ele acompanhou, a história do título do Fluminense no Campeonato Carioca de 1971, aquele do famoso gol polêmico do ponta-esquerda Lula, criado nas Rocas, em Natal.
Achei ainda a biografia de Eneas, craque sonolento da Portuguesa de Desportos, morto em acidente de carro, como morreria outra descoberta da Lusa, o espetacular Denner Augusto.
Também por lá pesquei o texto sublime de Roberto Drummond narrando seu amor desmedido pelo Atlético Mineiro e prestando uma homenagem telúrica ao centroavante Reinaldo, gênio devastado por contusões e uma vida turbulenta fora de campo logo após encerrar a carreira. Reinaldo foi o sucessor de Tostão e o Zico das Minas Gerais.
Os três – eu, Adriano e Lima Neto, detestamos o futebol preparado para orangotangos e jogado por seres humanos assemelhados a robôs ou a lutadores profissionais.
O meu chatômetro ligou, acionou, meu instinto acendeu, despertou. Chegou um sujeito alto, com um enorme tratado sobre antropologia. Decidiu invadir sem permissão nossa cidadela de debate.
Sem ser perguntado, cumprimentado, olhado, apreciado ou indiscretamente, xingado, passou a despejar ingredientes de uma infalível enxaqueca.
Disse – não queríamos saber e até detestamos ao tomar conhecimento -, que prepara um estudo para mostrar que o futebol revela a face egoísta e gananciosa do brasileiro. Pegajoso, pensei comigo. No mínimo, chama a imprensa de PIG. Olha o padrão:
– Quer algo mais pedante que o drible? O drible é a demonstração de um homem querendo dominar e escravizar o outro, ultrapassando-o.
Estancamos, furiosos. Os vendedores, menos, claro, por dever de ofício. Eu, em cólera contida na contagem mental de um a dez. Imaginei Garrincha destruindo a defesa russa em três minutos em 1958.
Lá me veio Pelé costurando beques do Benfica no Mundial de Clubes de 1962, Zico transformando iugoslavos em dominós humanos nas fintas seriais até marcar um golaço no Arrudão e Romário aplicando um elástico em Amaral, do Corinthians e batendo de biquinho no ângulo do goleiro Ronaldo.
O intruso continuou:
– Quando comemora um gol, o sujeito, inconscientemente, provoca um abatimento retórico e moral que pode ser irreversível ao adversário arrasado. Retórico e dialétical. Pincei e pensei: nunca me livrarei de analfabetos solenes.
Aí pensei mesmo em Romário. Desdobrado em desportividades com os goleiros deitados e os zagueiros de mãos na cabeça no Ex-Maracanã lotado, ele arrancando, tocando macio e correndo para a torcida, geralmente a da vítima, para provocar.
Cansamos do babaca. Adriano pediu licença e foi atender um senhor à procura da biografia de Winston Churchill, que deveria ter eliminado todos os inconvenientes durante a Segunda Guerra. Lima Neto sumiu.
Saí para o caixa soltando um palavrão, baixinho, mas suficiente para o sujeito ouvir. Por favor, sou dos bons costumes e respeito as damas que nos dão a honra da leitura. Não, não, não direi o que eu murmurei. No máximo, revelo duas inofensivas expressões : vai e sifu.
BELAS E LIBERTADORAS DA AMÉRICA
por Zé Roberto Padilha
Estão há tanto tempo atuando ao lado que pouco são exaltadas. Mal dão entrevistas. Era para carregá-las no colo, como num gol decisivo, mas as chuteiras e as glórias estão calçadas em pés egoístas e famosos que as tornaram invisíveis ao mundo da bola. Porque nos microfones atrás da meta os gols só são dedicados a “Filhas, papai te ama!”. Mulheres de jogadores de futebol. As mães dos nossos filhos que já nos concederam netos, percorreram gramados que não escolheram, falaram a língua que nem estudaram, mas arrumaram as malas com carinho como se escolhessem seu próprio destino. E foram escrever histórias pelos passaportes que abrimos. Os lápis, cenários, vieram embutidos no contrato de cidades e clubes que mal opinaram. Isto cabia ao empresário. Não a mulher que embarcou ao lado para escrever a história do marido com a bola. E anestesiar grande parte da sua.
Nossos álbuns são recheados de clubes diferentes, as paredes da sala emolduradas com pôsteres e as cristaleiras ficam com a missão de exibir troféus e medalhas. E em um álbum apenas estão presentes posando: o de casamento. Que, aliás, poucos que nos visitam querem folhear. Cadê você jogando no Flamengo? E sua passagem pela Arábia Saudita? E a foto do Vasco ao lado do Roberto Dinamite?
Algumas mal tiveram lua de mel diante do calendário opressivo, e cederam seus maridos para passar a noite encantada na concentração. Outras nem puderam celebrar a formatura dos seus filhos, eram obrigadas a trocar de colégio, apartamentos, ginecologistas, mercados sem direito a levar amizades recentes como as raras que fez em Campinas, quando se tornou amiga da esposa do goleiro da Ponte Preta. Seu marido foi emprestado para Chapecoense e só lhe restou arrumar de novo as malas. E desarrumar de vez a sua vida.
Bela, a encantadora mulher do meu compadre Zé Mário, nos inspirou a homenagear, hoje, todas as Rossanas, Elizabeth Cristinas, a Leila Pinho, que o Jorginho retirou do Círio de Nazaré para viver em Areal, a colombiana Sonia Galaxe que foi “seqüestrada” pelo nosso coringa quando de uma excursão tricolor em Cáli, a Gracinha, que meu primo Vinícius carregou para Portugal…. e todas vieram a tona porque meu genial cabeça-de-área postou ontem, no Facebook, as 35 camisas que defendeu. E fiquei a viajar com minha comadre pelas cidades e países que não escolheu, pelas camisas que nem usou mas lavou e passou, diante da criação dos filhos nômades que teve que se virar para educar.
Até hoje enquanto lutam em campo por uma vaga na Taça Libertadores, poucos jogadores de futebol percebem que a companheira que buscou em casa, passou pelo altar e prometeu um mundo que não passou de Recife, já os libertou da solidão de uma difícil profissão. Cuidaram com gelo e Tandrilax das suas contusões e, ao contrário do jornal, do Neto e dos cartolas, estarão sempre ao seu lado. Com qualquer resultado, serão sempre belas e libertadoras da América..
CURUMIM E A SALVAÇÃO DA VÁRZEA
texto: Marcelo Mendez | foto: Caio Vilela
Já me perguntaram várias vezes o porquê desse prazer todo em fazer um jogo de futebol de várzea. Eu não sei.
Da beira do campo do Estádio Pedro Benedetti em Mauá, assistindo ao jogo final da terceira divisão de lá, entre Camarões x Ampa, valendo o caneco, ficou difícil de ter algum entendimento pela dureza que ali se apresentava.
Era um jogo horroroso, mas sem problemas quanto a isso.
Afinal de contas uma das ótimas coisas da várzea é a intrínseca verdade que nela existe, o que me permite dizer sem rodeios, sem floreios, sem voltas no verbo, que ali diante de minhas retinas eu via um péssimo jogo de futebol. Era uma penumbra de lascar na manhã mauaense ali naquele estádio. O céu escuro, o vento frio, o pouco interesse do torcedor, a ausência do vendedor de amendoim… Tudo combinava perfeitamente com aquele triste futebol ali apresentado.
Era de uma pobreza técnica de dar dó.
Nada ali parecia encantar. Os times estavam cansados de alguma coisa, os técnicos não vociferavam táticas, os torcedores não faziam rezas e tudo ali caminhava para algo muito triste de se ver quando então, do profundo lodo do comum, da inércia total de sonhos, eis que surge um camisa 10 no time dos Camarões…
Era um chutão pérfido. Por um intermédio de um bicuda desferida de maneira indecente por um caneludo vil, a bola, a sofrida bola, viajava pelo céu cinza de Mauá. Não esperava por nada enquanto descia e ficou feliz quando encontrou o peito do 10. Desceu feliz e em uma linda jogada, o menino meteu o pé embaixo dela, a bola, para aplicar um chapéu épico em um desesperado zagueiro.
– Boa, Curumim! – gritou um torcedor solitário atrás de mim.
Curumim…
Era um garoto como tantos outros garotos que correm pelos campos de várzea do mundo. Caboclo da pele bronzeada de lutas, canelas adornadas por meias coloridas, chuteiras de um cítrico capaz de iluminar toda a cidade, Curumim corria…
De seus pés saía passes precisos, de sua cintura vinham, gingas e dribles desconcertantes para iluminar as jogadas que pareciam perdidas. Em uma delas, com a malemolência de um sambista da Lapa dos anos 40, deu uma caneta em um afoito zagueiro, de corar. Lépido como um jaguar, escapou da primeira pernada que tentaram desferir contra suas canelas, mas sucumbiu na segunda tentativa do outro zagueiro bufão.
Não se abalou.
Sorriu para a jogada, da mesma forma que se sorri para uma das tantas durezas da vida. Levantou e seguiu bailando. De seus pés saíram os gols necessários. De sua inteligência, veio um toque de cobertura para que saísse assim um golaço. Comemorou e seguiu feliz pelo campo. Como que sabedor de sua missão, Curumim jogou para salvar o domingo, a crônica e o encanto. Não desistiu.
Quanto mais desperdiçavam seus passes, mais ele os fazia; Quanto mais o batiam, mais ele jogava. Contra tudo e contra todos, Curumim seguiu jogando lindamente em Mauá como que em um mundo à parte em um universo seu, em um mundo criado pelo camisa 10 onde só a beleza é possível.
Vendo-o ali buscando incessantemente o encanto, o verso, chego então a tão clamada resposta sobre o que é o futebol de várzea. Oras…
A Várzea é a luta de Curumim pela beleza, pelo sonho, pela poesia. É a batalha de quem acredita que pode mudar o mundo com um drible, que pode pôr um sorriso em um rosto sisudo, por mais que o dia insista em ser frio e cinza. Sendo assim não me resta dúvida.
A várzea, meus caros, é o Curumim. Grande Curumim!