O ARTILHEIRO DO TIO SAM
por Rafytuz Santos
Hoje iniciamos a série “Era Uma Vez, No Futebol” com personagens do nosso tão querido e amado esporte!
Na matéria de hoje, tivemos uma conversa bem leve com Pinho, centroavante que vem fazendo o seu nome no famigerado “Soccer”. Acompanhe na íntegra a resenha:
O que te influenciou a jogar futebol?
Meu pai foi jogador profissional, jogou pelo Cruzeiro, Figueirense, entre outros. Tenho uma família de jogadores, então acho que está no sangue.
Como eram as peladas na sua infância? Você sempre foi o melhor entre a molecada? Como foi a sua passagem pelo Fluminense? Você acha que não foi aproveitado o suficiente?
Era futebol, escola, futebol, futebol e dormir… Eu tenho minhas qualidades! Da rapaziada da pelada eu fui o único que segui a carreira. Minha passagem pelo Fluminense teve altos e baixos, mas acho que conseguir fazer o meu papel na base, esperei tanto por uma oportunidade no profissional e ela nunca veio, paciência, vida que segue… Tenho carinho enorme pelo clube passei quase nove anos da minha vida!
Logo depois você foi emprestado para o Guaratinguetá! O que você destaca nessa passagem?
Foi mais de aprendizado, foi para me fortalecer. Aprendi muita coisa lá que levo para a vida toda.
Na sequência teve outro empréstimo, só que para o Madureira! Como foi atuar por lá?
Foi um pouco melhor que o primeiro, mas ainda não tinha chegado meu momento, foi bom pelas amizades, por poder fazer alguns jogos e adquirir um pouco mais de experiência!
Você também teve uma passagem pelo Mypa, da Finlândia! Como era o futebol praticado por lá? Aconteceu alguma situação engraçada por lá?
Na Finlândia eu comecei a me encontrar, foi um ano muito bom pra mim, o futebol lá é mais força, velocidade e muita obediência tática e isso ajudou a aprimorar meu jeito de jogar. Teve uma situação que eu achei que seria preso. estava na rodovia que que a velocidade máxima era 60 km/h e meus amigos falaram para eu ultrapassar um carro. Aí acelerei um pouco mais, passou um tempo e a polícia estava nos esperando um pouco mais a frente. Me colocaram na viatura pra checar endereço essas coisas só que a gente não sabia. Então, o pessoal e eu achávamos que eu estava sendo preso.
Você jogou pelo time do Strikers, clube administrado por Ronaldo Fenômeno na época! Existia algum tipo de pressão do brasileiro, pelo fato de você jogar na mesma posição em que ele atuava?
Não tinha, tinha muita brincadeira, rapaziada falava que se ele resolvesse jogar eu nunca mais ia para os jogos etc. Ainda bem que isso não aconteceu porque nesse ano fui o artilheiro e o melhor jogador da liga!
Você tem como treinador o italiano Alessandro Nesta, um dos maiores zagueiros da história do futebol mundial! Como é a sua relação com ele?
A gente se dá super bem, é um cara gente boa, é um típico italiano, né? Meio da lua, mas é engraçado.
Como é atuar pelo Miami FC? Como é a sua relação com a torcida, com a cidade?
Aqui é muito bom, me sinto em casa, clima, praia, restaurantes brasileiros, o futebol está crescendo e a torcida comparece nos estádios. Minha relação é muito boa com a torcida e com todos aqui do Miami FC!
Qual foi o maior momento da sua carreira?
Esse ano tiveram muitos! Quebramos muitos recordes aqui, acho que um dos mais importantes foi a vitória contra o time do Kaká que eu fiz os três gols da partida, mas espero que não pare por aí, porque estou concorrendo a melhor jogador de novo e posso me tornar o primeiro jogador a ser artilheiro e melhor jogador em uma temporada duas vezes.
Escala para a gente o time dos sonhos? Do goleiro ao atacante!
Buffon, Dani Alves, Sérgio Ramos, Thiago Silva e Marcelo; Kanté, Iniesta, Kroos, Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar (da atualidade).
Para terminar, aonde você deseja encerrar a carreira?
Queria terminar no Brasil, mas não vou revelar o time!
NANÃ É ZAGUEIRÃO E ANTI-HERÓI É O DIABO!
por Marcelo Mendez
A várzea da vez em Mauá…
Para mim a ida até essa cidade sempre tem um charme, um elã de algo muito especial que me acomete quando saio da redação do jornal rumo aos bons terrões de lá. Uma sensação muito boa, gostosa, me sinto muito bem.
Da janela do carro vejo seus muitos bairros, suas pessoas, sua peculiar alegria que acomete a cidade nos domingos pela manhã. Fecho os olhos, sinto o vento quente da manhã de verão de encontro a meu rosto, penso no Mississipi; O verão de lá do sul…
Com um milhão de blues cantados por Johnny Shines, encho meu coração de poesia para mais um relato que não há como ser menos épico. Não se tem uma verdade inexorável, intrínseca e inconteste para tal. São várias as formas de se ver a coisa, mas não sei. Para mim, Mauá é muito de verdade, muito intensa, muito autêntica.
Trata-se de uma cidade que se assume como tal. Popular, alegre, bem resolvida com o que há de mais prazeroso, eu diria que Mauá é a cidade hedonista da região. A Cidade que melhor se diverte. Sua várzea não poderia ser diferente.
Espalhados em varias divisões, seus times são todos formados por comunidades comprometidas e torcedores apaixonados. Em um mundo que muda a cada minuto, com as exigências do futebol elitizado batendo na porta da várzea, pode-se dizer que Mauá resiste aos profissionais e o espírito da velha tradição do futebol amador se mantém em suas canchas. Domingo último, pela final da Copa Lourencini, tive contato com um desses que sem dúvida, personifica esse espírito varzeano.
Falo de Nanã, zagueiro do Hélida Mauá.
Em uma bola que o time do Santa Rosa atacava com seu camisa 10, o craque Camisinha, tivemos o embate. Camisinha vinha com toda a sanha de pernas e requebrados pra cima do zagueiro. Este por sua vez, não piscava o olho, mantinha-se atento a tudo e tal e qual o “Homem que Matou o Facínora” do filme de John Ford, esperou o momento certo para dar o bote; Preciso, firme, na bola.
Em outro lance, o atacante veio pra dividir com tudo e Nanã, deu-lhe uma escorada no ombro mandando longe de sua área qualquer tipo de problema que o 9 adversário causasse. Olhei para ele.
Pouco riso, fala nenhuma e ar contrito. Mas esse negócio de “Contrito” para a várzea num serve. Aqui o nome é cara feia, mesmo! Nanã é o zagueirão cara de mal típico. Não fica de risinho, não gosta de gracinha, não perde tempo, não inventa moda, não perde bola para atacante, nem tempo.
Zagueiro de várzea num é dado a frescuradas. Chega quebrando mesmo. E tem que chegar…
Diria um outro que o visse que, “não se trata de um zagueiro clássico”. Eu digo que se trata de um zagueiro digno. Um homem honesto e verdadeiro, que, sabedor de seu papel de anti herói, o faz com uma dignidade comovente. Emocionante vê-lo como o que para muitos seria um vilão. Não, Nanã é muito mais que isso.
Sabedor da responsabilidade que carrega no bico de suas chuteiras cor de laranja, o zagueiro não foge as suas origens, as suas crenças, a sua gente. Com a camisa do Hélida, o zagueiro defende os amores todos de uma comunidade que luta para viver, que aguenta a dureza do dia a dia e que precisa ao menos aos domingos pela manhã, de um réquiem de paz e alegria.
Defendendo a meta do Hélida, Nanã defende o sonho dessa gente toda e eles lhe são muito gratos por isso. Ao término do match, o Santa Rosa venceu o Hélida, mas Nanã não perdeu.
Saiu de campo vitorioso, porque sua existência enquanto zagueiro varzeano é por si só, grandiosa.
Nanã, o Grande!
DE OLHO NA TELA
O CINEFOOT-FESTIVAL DE CINEMA DE FUTEBOL dá o pontapé inicial da sua oitava edição no Rio de Janeiro apresentando uma programação de 42 filmes, com entrada franca em quatro salas, entre os dias 23 de novembro e 3 de dezembro.
São 17 filmes brasileiros e 22 internacionais oriundos da França, Grécia, Rússia, Islândia, Itália, México, Argentina, Inglaterra, Uruguai, Equador e Alemanha; além de três co-produções: Brasil/Inglaterra, Alemanha/Irã e Líbano/USA.
Em 2017, além das tradicionais mostras competitivas de curtas e longas-metragens que ocorrem no Espaço Itaú de Cinema (Praia de Botafogo), o CINEFOOT chega pela primeira vez em Niterói, no Cine Arte UFF.
O CCBB-Centro Cultural Banco do Brasil recebe a nova mostra especial criada pela organização do CINEFOOT batizada de “GERALDINOS & ARQUIBALDOS“ e a já consagrada MOSTRA DENTE DE LEITE, voltada para o público infantojuvenil.
O CCJF-Centro Cultural Justiça Federal apresenta a “PRORROGAÇÃO“ do CINEFOOT, de 30/11 a 3/12.
AS MOSTRAS COMPETITIVAS DE CURTAS E LONGAS-METRAGENS.
Local: Espaço Itaú de Cinema (Praia de Botafogo).
De: 23 a 28 de Novembro
Para a MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS, o CINEFOOT reúne sete filmes, seis deles inéditos no Brasil.
São eles:
– FORA DE CAMPO, Itália, Dir. Collettivo MELKANAA, DOC.
– ALEX CAMERA 10 – TURQUIA AO BRASIL – DESPEDIDA DO FUTEBOL, Brasil, Dir. Caue Serur, DOC.
– EL ZURDO, A VINGANÇA DO IGNORADO, Argentina, Dir. Roberto Cox, DOC.
– CAMPINHO, Rússia, Dir. Eduard Bordukov, FIC.
– YOU’LL NEVER WALK ALONE, Alemanha, Dir. André Schäfer, DOC.
– LISTRAS PRETAS E BRANCAS: A HISTÓRIA DA JUVENTUS, Itália, Dir. Marco La Villa, Mauro La Villa, DOC.
– 1976-O ANO DA INVASÃO CORINTHIANA, Brasil, Dir. Ricardo Aidar e Alexandre Boechat, DOC.
O CINEFOOT premiará o melhor filme de longa-metragem exclusivamente através do voto popular.
Para a MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS, o CINEFOOT selecionou 13 filmes, sendo 12 inéditos no Brasil.
São eles:
– PENALTY, Itália, Dir. Aldo Iuliano, FIC.
– QUE NEM MEU PAI, Brasil, Dir. Pedro Murad, DOC.
– BRAZUCA, Grécia, Dir. Faidon Gkretsikos, FIC.
– LÍBANO GANHA A COPA DO MUNDO, Líbano/USA, Dir. Tony ElKhoury, Anthony Lappé, DOC.
– INTERVALO, França, Dir. Arnaud Pelca, FIC.
– O ROUPEIRO, Equador, Dir. Andres Cornejo, DOC.
– MANN OF THE MATCH, Brasil/Inglaterra, Dir. Karin Duarte, DOC.
– DOMINGO, México, Dir. Raúl Lopez Echeverría, FIC.
– SATURDAY, Inglaterra, Dir. Mike Forshaw, FIC.
– MARACANAZO, Argentina, Dir. Alejandro Zambianchi, FIC.
– TEERÃ DERBY, Alemanha/Irã, Dir. Simon Ostermann, DOC.
– BONIEK & PLATINI, França, Dir. Jérémie Laurent, FIC.
– BOCA DE FOGO, Brasil, Dir. Luciano Pérez Fernández, DOC.
O CINEFOOT premiará o melhor filme de curta-metragem exclusivamente através do voto popular.
CINEFOOT EM NITERÓI / ESTREIA NA CIDADE
Local: Cine Arte UFF
De: 24 e 29 de Novembro
O CINE ARTE UFF recebe o CINEFOOT na sua edição inaugural em Niterói, contribuindo para a ampliação do leque de admiradores do cinema de futebol.
O CINE ARTE UFF é o espaço ideal para a bola rolar, desfilando produções brasileiras e internacionais oriundas da Alemanha, Itália, Inglaterra, Espanha e Uruguai. Um time com 11 filmes de diversos formatos, entre curtas e longas-metragens documentais e ficcionais.
Niterói possui tradição nas cenas futebolística e cinematográfica, sendo palco de momentos marcantes na história. A união destas artes centenárias em torno de um festival de cinema singular e irreverente, gera um ambiente propício para o fortalecimento da identidade e promoção dos valores mais preciosos do futebol e do cinema na cidade.
– PARTIDA INTERNACIONAL, Alemanha, Dir. Nadine Schrader, Sven Schrader, FIC.
– DEMOCRACIA EM PRETO E BRANCO, Brasil, Dir. Pedro Asbeg, DOC.
– DOIS PÉS ESQUERDOS, Itália, Dir. Isabella Salvetti, FIC.
– O PRÓXIMO GOL LEVA, Inglaterra, Dir. Mike Brett, Steve Jamison, DOC.
– PORQUE HÁ COISAS QUE NUNCA SÃO ESQUECIDAS, Itália, Dir. Lucas Figueroa, DOC.
– MARACANÃ, Uruguai, Dir. Sebastián Bednarik e Andrés Varela, DOC.
– A CULPA É DO NEYMAR, Brasil, Dir. João Ademir, FIC.
– JOÃO SALDANHA, Brasil, Dir. André Iki Siqueira e Beto Macedo, DOC.
– BARBA, CABELO & BIGODE, Brasil, Dir. Lucio Branco, DOC.
– BOCA DE FOGO, Brasil, Dir. Luciano Pérez Fernández, DOC.
– GERALDINOS, Brasil, Dir. Pedro Asbeg, Renato Martins, DOC.
A MOSTRA ESPECIAL “GERALDINOS & ARQUIBALDOS“
Local: CCBB-Centro Cultural Banco do Brasil
De: 24 a 27 de Novembro
Foram selecionados sete filmes que envolvem na sua narrativa identidade, memória e direitos humanos no futebol.
São eles:
– PENALTY, Itália, Dir. Aldo Iuliano, FIC. (tema central: refugiados)
– FOME DE BOLA, Brasil, Dir. Sidney Garambone, DOC. (tema central: refugiados)
– A COPA DOS REFUGIADOS, Brasil, Dir. Luciano Pérez Fernández, DOC. (tema central: refugiados)
– SEGUNDA PELE FUTEBOL CLUBE, Brasil, Dir. Filipe Mostaro, DOC. (tema central: identidade/colecionadores de camisas)
– BONIEK & PLATINI, França, Dir. Jérémie Laurent, FIC. (tema central: política/democracia)
– LÍBANO GANHA A COPA DO MUNDO, Líbano/USA, Dir. Tony ElKhoury, Anthony Lappé, DOC. (tema central: política/conflitos internos)
– MAIS TRISTE QUE CHUVA NUM RECREIO DE COLÉGIO, Brasil, Dir. Lobo Mauro, DOC. (tema central: política/democracia)
A MOSTRA ESPECIAL “DENTE DE LEITE“
Local: CCBB-Centro Cultural Banco do Brasil
De: 24 e 27 de Novembro
Realizada pelo oitavo ano consecutivo, a MOSTRA DENTE DE LEITE busca contribuir para o processo de formação de especatdores, apresentando uma rica e variada seleção de curtas-metragens futebolísticos.
– A RUA É PÚBLICA, Brasil, Dir. Anderson Lima, FIC.
– O PRIMEIRO JOÃO, Brasil, Dir. André Castelão, ANIMA.
– GAÚCHOS CANARINHOS, Brasil, Dir. Renê Goya Filho, DOC.
– A CULPA É DO NEYMAR, Brasil, Dir. João Ademir, FIC.
– TAPETE VERDE, Brasil, Dir. Angelo Martin, DOC.
– DOIS PÉS ESQUERDOS, Itália, Dir. Isabella Salvetti, FIC.
A MOSTRA ESPECIAL “PRORROGAÇÃO“
Local: CCJF-Centro Cultural Justiça Federal
De: 30 de Novembro a 3 de Dezembro
Tradicionalmente realizada logo após o encerramento das competições do CINEFOOT, a MOSTRA PRORROGAÇÃO oferece a oportunidade de reprisar alguns filmes, oferecendo uma chance extra para o público.
– EL ZURDO, A VINGANÇA DO IGNORADO, Argentina, Dir. Roberto Cox, DOC.
– O PRÓXIMO GOL LEVA, Inglaterra, Dir. Mike Brett, Steve Jamison, DOC.
– 1976-O ANO DA INVASÃO CORINTHIANA, Brasil, Dir. Ricardo Aidar e Alexandre Boechat, DOC.
– DOMINGO, México, Dir. Raúl Lopez Echeverría, FIC.
– PENALTY, Itália, Dir. Aldo Iuliano, FIC.
– O ROUPEIRO, Equador, Dir. Andres Cornejo, DOC.
CINEFOOT / RIO DE JANEIRO / SESSÃO ESPECIAL DE ABERTURA:
ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA
23/11, QUINTA-FEIRA, ÀS 20h30, ENTRADA FRANCA (Sujeita à Lotação da Sala)
A sessão especial de abertura do CINEFOOT no Rio de Janeiro, contará com a première no Brasil do documentário “ DENTRO DE UM VULCÃO – A ASCENSÃO DO FUTEBOL ISLANDÊS“, Direção de Saevar Gudmundsson.
Esta é a incrível história da geração dourada do futebol da Islândia. Uma visão pessoal de uma equipe que fez o mundo virar o olhar em sua direção, quando se tornou o menor país do mundo a alcançar a fase final da EuroCopa.
O Diretor, Saevar Gudmunsson, teve acesso total à equipe e revela a intimidade de um grupo de jovens que cresceu ouvindo que sua paixão, o futebol, nunca alcançaria dias de glória no seu país. E tudo transbordou para as arquibancadas, onde o grito viking dos torcedores marcou a competição.
CINEFOOT / RIO DE JANEIRO / SESSÃO ESPECIAL DE HOMENAGEM: JOÃO SALDANHA.
ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA
25/11, SÁBADO, ÀS 21h, ENTRADA FRANCA (Sujeita à Lotação da Sala)
A homenagem central do 8˚CINEFOOT é voltada para o centenário de João Saldanha.
Na sessão das 21h do dia 25/11, será exibido o documentário JOÃO SALDANHA, de André Iki Siqueira e Beto Macedo, que reconstrói a história do jogador, técnico, cronista, imprevisível, polêmico e irreverente João Saldanha (1917-1990), que ficou conhecido como o comentarista que o Brasil inteiro consagrou. O longa traz imagens inéditas da época de ouro do futebol brasileiro, todas registradas em 35mm. São cenas que vão desde um Maracanã enlouquecido em preto-e-branco em 1957 até os preparativos da inesquecível seleção de 70. Curiosidades e casos divertidos da vida do comentarista são revelado através de depoimentos da família Saldanha, de ex-jogadores de futebol, de jornalistas esportivos e de amigos.
Para a homenagem, o CINEFOOT recebe familares e amigos de João Saldanha, além do Co-Diretor do filme, Iki Siqueira.
CINEFOOT / RIO DE JANEIRO / SESSÃO ESPECIAL DE ENCERRAMENTO E PREMIAÇÃO:
ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA
28/11, TERÇA-FEIRA, ÀS 20h30, ENTRADA FRANCA
O programa da sessão de encerramento e premiação do CINEFOOT no Rio de Janeiro, apresenta première no Brasil do filme “PERGUNTE QUEM ERA FALCÃO“, Direção de David Rossi.
10 de agosto de 1980. O dia que muda a história de AS Roma. O dia em que Paulo Roberto Falcão vai para Roma. As Copas italianas, o título. Tudo começa com ele, mudando a mentalidade da AS Roma que começa a pensar grande. Esta é a história do oitavo Rei de Roma, uma viagem de ida e volta da Itália ao Brasil para explicar “Quem era Falcao”.
Nesta sessão está programada a realização da segunda edição do “REDAÇÃO AM NO CINEFOOT“, uma divertida premiação da melhor narração do quadro REDAÇÃO AM do programa REDAÇÃO SPORTV apontada pelo público presente no cinema.
Serão entregues as Taças de Melhor Curta e Melhor Longa do 8˚CINEFOOT, e o Troféu João Saldanha, destinado ao filme que melhor expressar as facetas humanas, democráticas e libertárias do futebol.
O CINEFOOT mantém parceria com a FICTS- Federation Internationale Cinema Television Sportifs. Esta tradicional federação italiana, sediada em Milão, reúne os 16 mais prestigiosos festivais de cinema esportivo do mundo, sendo o CINEFOOT um dos eventos integrantes deste seleto circuito internacional.
DATAS / LOCAIS:
CINEFOOT RIO DE JANEIRO
De: 23 a 28 de Novembro
ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA / PRAIA DE BOTAFOGO, 316
De: 24 e 29 de Novembro
CINE ARTE UFF / R. MIGUEL DE FRIAS, 9 – ICARAÍ, NITERÓI
De: 24 a 27 de Novembro
CCBB-CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL / RUA PRIMEIRO DE MARÇO, 66 – CENTRO
De: 30 de Novembro a 3 de Dezembro
CCJF-CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERAL / AV.RIO BRANCO, 241 – CENTRO
Entrada franca.
E O FELIPE SE PERDEU
por Zé Roberto Padilha
Tudo é muito rápido para a Geração Vizeu. Mal disputou uma Taça São Paulo de Juniores, são alçados à equipe profissional. Campeões Carioca Sub-20, vão direto para a seleção. Não tem o salário reajustado como todo trabalhador em ascensão na sua empresa. São triplicados antes mesmo da estreia. Tão carente anda o futebol de artilheiros, que basta marcar dois gols no estadual, um deles contra o Voltaço, que já vem proposta da Europa. Seu companheiro que deu um drible diferente ao seu lado, mesmo sem completar 18 anos, já vai jogar no Real Madrid.
Não é fácil para a Geração Vizeu cultuar o respeito, exercitar hierarquia sem queimar etapas na vida. Seja em casa, na escola, no futebol. Como uma manga embrulhada em um jornal, uma banana acondicionada em câmara de gás, não há tempo para o amadurecimento adolescente. O bom dia, benção meu pai, obrigado, sim senhor, o carinho com os cabelos brancos que, mesmo desnudando quilômetros percorridos, são ultrapassados pela velocidade do primeiro carro. Antes era um fusca. Hoje, o primeiro já é um Jeep. E o respeito vai ficando para trás.
Se Zico levantasse um dedo daqueles para o Liminha seria suspenso dos treinos. E afastado do time. Mas Zico passou pelo Chevette, teve carteira assinada, reajustes anuais, lições diárias do Seu Bria e respondia aos conselhos dos mais velhos com um aparelho que falava e ouvia.
Já o WhatsApp da Geração Vizeu não escuta ninguém. São tão rápidas as reações que não há tempo para reflexões. Mas tem jogo quarta, é o que mais importa. E como os interesses estão à frente da formação, feitas as pazes com o Rodolpho frente às câmeras. Sem freios, limites ou punições, estes meninos vão continuar erguendo os dedos, perdendo a cabeça e se arrependendo depois. Pode ser tarde. E valer mais do que uma efêmera Copa Sul Americana na vida de um cidadão que vai seguir em frente quando Felipe Vizeu parar de jogar. E de fazer malcriação.
Pepe
O canhão da vila
texto e entrevista: Marcelo Mendez | vídeo: Marcelo Ferreira | edição de vídeo: Daniel Planel
O caminho da serra era calmo.
No meio de um turbilhão inconstante, duvidoso e obtuso do Brasil de então, uma quarta-feira que poderia ser uma qualquer decidiu ser linda.
Ela sabia que a ocasião era nobre.
Em algum canto da cidade de Santos morava um gênio, um ícone, um semi deus.
Pepe…
O maior camisa 11 da história do lendário Santos de Pelé, dos gloriosos anos 60, dos 405 gols com a camisa do Santos, nos recebeu em sua casa para uma conversa.
A prosa segue ao lado…