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MALDITO PARABÉNS

por Rodrigo Ancillotti


“Um, dois, três, quatro, (…), vinte, vinte e um… Parabéns pra você, nessa data querida…”

Acho que todo botafoguense um pouco mais “rodado” (por volta dos 40 anos, que é meu caso) já se revoltou ouvindo essa “linda cantiga” nos estádios Brasil afora! Desde um clássico no Maracanã até os rincões mais inóspitos, nosso Glorioso e sua torcida eram recebidos assim para não esquecermos nunca: vivíamos a maldita fila!

Não tenho ideia de quando alguém se tocou e cantou a pedra. Acredito que lá pelo final dos anos 70, talvez lá por 1978, quando completamos a primeira década de seca absoluta. Muito menos qual foi a primeira torcida adversária a nos zoar cantando esse “Parabéns pra Você” miserável que aumentava a cada temporada e que parecia nunca ter fim.


Mas temos que dar o braço a torcer: que achado!! Afinal, até o botafoguense mais zen saía do sério! O que argumentar? Desde 1968, ironicamente depois daquele timaçoaçoaço que todo torcedor, do mais jovem ao mais cascudo, sabe recitar: Cao, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cézar, Zagallo no comando. Um time que foi BIBI (Taça GB e Carioca) em 1967 e 1968, campeão da Taça Brasil de 1968 e base da melhor seleção brasileira de todos os tempos.

Mas que depois dele… NADA!!

Um raro turno de Estadual aqui e ali, boas campanhas tanto no Brasileirão quanto em Libertadores, e até o recorde brasileiro de invencibilidade entre 1977 e 1978 (52 partidas invicto), mas título que é bom…

Ao contrário: só pancadas!! A perda da sede de General Severiano, o exílio em Marechal Hermes, penúria crescente, presidentes incompetentes (o que dizer de Charles Borer, meu Deus?)… Até o “Nós gostamos de vo6”, uma das nossas poucas alegrias nesse tenebroso inverno, vimos acabar em 1981!! E a contagem só ia crescendo!! Onze, doze, treze, quatorze…

Nesse meio, a Gloriosa Torcida acreditando de teimosa, indo da esperança de um Don Sebastião que não chegava nunca para nos conduzir de volta às glórias à perplexidade-sarcasmo de um Barão de Itararé achando que “daonde menos se esperava é que não saía nada mesmo”!! E tendo que aturar ouvir esse “Parabéns pra você” dos infernos até de torcidas dos quilates de Olarias, Mesquitas e Novas Cidades da vida!!


E era assim que nos sentíamos em janeiro de 1989. Ao contrário de um ano antes, quando vimos “seo” Emil Pinheiro, nosso vice-de-futebol-mecenas-financiador-bicheiro-de-plantão, montar mais um timaço que não chegaria a lugar nenhum (quanto custaria hoje contratar, de uma tacada só, jogadores da categoria de Mauro Galvão, Paulinho Criciúma, Marinho e Cláudio Adão??), a única chegada era de mais um técnico: Valdir Espinosa, pela primeira vez no Rio de Janeiro.

E quando menos se esperava… finalmente a “festa de aniversário” chegou ao fim!! Tema para uma próxima oportunidade!! Saudações Alvinegras!!

 

 

ESPIONAGEM INDUSTRIAL

por Idel Halfen


Às vésperas da decisão da Copa Libertadores da América 2017 surgiu a notícia de que uma das equipes, o Grêmio, estava se utilizando de um drone para espionar os adversários, fato que causou certa comoção no meio esportivo. Aliás, uma semana antes a seleção de futebol de Honduras levantou a mesma suspeita em relação a da Austrália.

Vale ter em mente que a obtenção de dados secretos não se constitui uma ação criminosa e sim a forma como é feita essa captação. A falta de embasamento jurídico não permite que esse artigo tenha uma avaliação sobre esse caso, porém, é necessário ressaltar que a espionagem é muito mais comum do que se pode imaginar e acontece das mais variadas formas.

No varejo, por exemplo, é bastante usual encontrar encartes promocionais de diferentes redes com produtos coincidentes, o que é até normal já que esses costumam ter maior atratividade, no entanto, em muitas das vezes a divergência de preço equivale a R$ 0,01, isso mesmo, um centavo, o que não parece ser mero acaso. 

As desconfianças sobre o vazamento acabam recaindo mais fortemente sobre o próprio fornecedor ou sobre as gráficas que imprimem os encartes, o que não significa que o “espião” esteja restrito a esse universo. Na verdade, até as salas ao lado ou mesmo um integrante do próprio departamento pode ser o responsável pela “delação”.

Claro que nesse caso o estrago não é tão grande assim, contudo, existem situações em que só restam os tribunais como destino.

Para ilustrar o assunto, alguns episódios serão citados, ressalvando, como foi escrito acima, que a incidência de casos é bem significativa, apesar de poucas virem à tona.
No início desse século, a Procter & Gamble contratou uma empresa para espionar a Unilever nos EUA e foi descoberta após um dos detetives contratados ser flagrado revirando o lixo da concorrente. Nesse caso, o acordo para o pagamento de uma indenização de US$ 10 milhões evitou que o processo seguisse na Justiça.

Outro acontecimento emblemático se deu no mercado de brinquedos, onde a Mattel espionava a MGA através de pessoas que, com crachás falsificados, entravam nas instalações da concorrente para fotografar os produtos que seriam lançados. Com isso a Mattel, por ter uma estrutura maior, conseguia produzir e colocar mais rapidamente no mercado tais produtos, o que fazia parecer que ela que era copiada. Após ter sido descoberta, a empresa foi processada e condenada a pagar US$ 300 milhões.


Há ainda as ocorrências em que os próprios colaboradores passam as informações confidenciais para a concorrência, como aconteceu quando um funcionário da Gillette enviou um projeto para a Bic, que reagiu devolvendo o material com uma declaração de que não é adepta desse tipo de prática.

Os três exemplos citados não dão margem a dúvidas quanto ao desvio de conduta por parte dos envolvidos, entretanto é importante que não se confunda “espionagem industrial” com “inteligência competitiva” sobre a qual escrevi um artigo – http://halfen-mktsport.blogspot.com.br/2011/11/inteligencia-competitiva.html. Ou seja, buscar informações sobre os movimentos da concorrência ou adversários é uma prática usual e perfeitamente aceita pelo mercado, a forma como essas são obtidas é que dão ao evento o cunho legal ou não da operação.

Voltando ao suposto drone, a surpresa do ato advém do uso da tecnologia, visto não ser inédita a utilização de “espiões” para a busca de referências. Devendo ainda ficar claro que tão importante quanto as informações é o uso que se dará a elas, alertando que na mão inversa pode haver um trabalho de contra espionagem para bloquear os acessos ou mesmo disponibilizar dados errados.

O PÁRIA DE CHUTEIRAS

por Ricardo Dias


O futebol de antigamente era mais simples. Não havia táticas mirabolantes, e as instruções eram mais claras. O técnico dizia:

-Você joga de 8!

E pronto, você sabia que sua função era ficar pelo meio, indo e vindo, ajudando o 5, que estava mais atrás, e passando para o 10, mais à frente, podendo arriscar seus chutinhos. Jogar de 7 significava correr pela ponta direita, e de 11 pela esquerda, porém recuando de vez em quando. Mas tinha sempre o engraçadinho:

– Professor, quem vai jogar de 4?

– Tua mãe.

Os técnicos, mesmo os da escolinha, não eram muito ligados ao politicamente correto. Mas era mais simples. Eles passavam suas instruções com delicadeza e clareza:

– Seu merda, o que é que você está fazendo?

O merda em questão não precisava explicar nada, a pergunta era retórica. Mas vinha a explicação:

– Não disse pra você pra você não sair da cola do cara que corresse pra você pra você não deixar o corredor? Agora essa porra ficou aberta!

O jeito era fazer cara de quem entendeu e rezar para que o que quer que tivesse acontecido não acontecesse mais. E tinha o ambiente festivo do vestiário. Todo mundo cansado, aquele cheiro de queijaria num metrô de Paris, água sempre gelada – e pouca – no chuveiro (a do bebedouro era sempre quente. Não dava para trocar?), e no meu caso, que treinava escondido da família, o cuidado de não molhar a cabeça. O que sempre gerava estranheza do pessoal, que me achava apenas meio porco.


Num desses treinos, o nosso (infantis do Fluminense) seria depois do dos profissionais, Rivelino dando entrevista na beira do campo – de vez em quando ele ensinava a gente a dar aquele drible doido – e a bola foi na direção dele. A garotada gritou: manda a bola, Riva! Manda a bola! Ele virou-se, e sem nenhum esforço ou movimentação específica, chutou a bola na nossa direção. Um chute seco, reto, que aparei na coxa. Naquele tempo a bola, de couro, tinha os gomos mais pronunciados, a costura era mais visível. Esses lindos e pronunciados gomos ficaram dias gravados na minha coxa, tamanha a porrada que foi o chute. Uma dor queimante que não quis passar recibo, aguentei calado. Anos depois, ele num programa de televisão, mandei um mail para lá contando essa história. Comentário dele, depois de rir: não soube matar a bola…

Teve mais no capítulo “manda a bola!”: Jogava pelada na rua, na Tijuca. Em frente ao nosso “estádio”, a rua Piracicaba, morava o Dr. Allah Baptista, ex-presidente do Vasco. O homem, por algum motivo, não gostava de nossos gritos, palavrões e boladas, e frequentemente chamava a polícia para acabar com a festa. Era uma situação de permanente tensão, uma faixa de Gaza tijucana. Tivemos um bom período de paz, até que o Tita, que foi jogador do Fla e do Vasco – ele morava ali perto – passou justamente quando a bola escapava de nossos domínios. Foi a glória: Chuta, Tita! Manda a bola! Ele chutou. Um cacete violentíssimo, a bola fez uma curva e, sem quebrar o vidro, parou DENTRO do apartamento do Dr. Allah. Tita saiu correndo para o outro lado e nunca mais vimos aquela bola, uma Dente de Leite novinha…


Jogar bola na rua, naquele tempo, era uma coisa angustiante. A gente tinha que parar por causa de carros, por causa de gente passando (à medida que o jogo esquentava a faixa etária que merecia uma parada ia aumentando. Lá pelas tantas a gente não parava nem para mulher grávida de muletas). Na hora do gol que poderia ser decisivo, a partida empatada em 49 a 49, a mãe chamando já com o chinelo na mão, você cara a cara com o gol, entra um carro na rua. Os gritos de “parou, parou!” tinham que ser dados ANTES do chute sair; se depois, o gol teria que ser validado. Nesses casos, o negócio era entrar com carro e tudo. Frequentemente havia discussões sobre se a bola entrara antes ou depois do grito. Quando a partida era entre ruas – momentos raros, no máximo mensais, quando ninguém estava de castigo, doente ou visitando a avó – a coisa ficava feia, especialmente quando a turma da outra rua, gente notadamente inferior, reclamava que nossa bola havia entrado depois do grito, ou que a deles tinha entrado antes do grito. Como não se podia confiar naquela gentalha, só havia uma forma de resolver o problema: o pau comer até que saísse sangue, uma mãe invadisse o estádio ou a polícia chegasse, o que pintasse primeiro. Uma vez apartados, ameaças cruzavam os ares, ofensas – quando não era o caso da mãe ter invadido –, promessas de retaliação, um clima pesado que fazia com que, nas 24 horas seguintes, ninguém de uma rua passasse na outra. 

Mas havia os grandes momentos: as peladas em campos ou quadras. A papa fina completa, um gramado com grama (não é redundância. Quem jogou futebol sabe que existem gramados sem grama), como no quartel de Campinho, hoje demolido. Ali, um dia, com 14 anos, fui preso. Tinha cortado o cabelo rente, e sempre fui grande; um sargento me chamou, eu ignorei, vieram uns cinco me prender. Acharam que eu era soldado. Estávamos jogando com o filho do comandante do quartel que, solidário, só demorou uma meia hora para desfazer o equívoco. Também jogávamos numas quadras atrás do estádio do Vasco, São Januário. Todo domingo de manhã era a mesma coisa: chegávamos às 8 mas só podíamos começar a jogar às 9, o time concentrava ali perto e o barulho só era liberado àquela hora. Você pode se perguntar: então por que diabos não chegavam às 9? Para o caso de sermos barrados na entrada, dar tempo de achar uma forma de pular o muro ou convencer o porteiro. Por algum motivo isso nunca aconteceu, mas, prevenidos, continuávamos chegando cedo. Começávamos a jogar antes da hora, vinha um funcionário mandando parar, a gente fingia que parava, ele voltava, a gente fingia de novo, um balé chatíssimo que durava uma hora inteirinha. Mas havia momentos gloriosos, como quando alguém famoso passava. Uma vez foi o massagista, o grande Pai Santana. Um engraçadinho se jogou no chão se contorcendo em dores simuladas e pedindo ajuda:


– Pai Santana! Pai Santana! Me machuquei!

Este, com um olhar de solidariedade e compaixão, não diminuiu o passo nem se virou para nós. Falou apenas, com um tom grave, de baixo profundo: 

– Fôôôda-se!

O futebol nunca foi muito elegante, mesmo. Por isso, creio, acabei desistindo dele.

O CORAÇÃO DE JOJÓ E O TÍTULO DO CAFEZAL

por Marcelo Mendez


(Reprodução Autônomos)

Eram jogados no estádio do Baetão, alguns minutos de jogo.

Por um punhado de sonhos e mais algumas ambições poucas que se almeja a miúde, os times do Cafezal e do Esporte Clube Cordeiro lutavam por um título na final do campeonato da primeira divisão da cidade de São Bernardo. Primeira, que na verdade é segunda…

As equipes estavam então entrando para elite do futebol de várzea local, a série especial. No estádio tinha de tudo; instrumentos de samba, cânticos de exaltação, versos em fúria e muita animação.

Era uma final de campeonato de várzea.

No entanto enquanto os times corriam pelo campo, uma movimentação chamou atenção do lado dos bancos. Um homem ali por volta de seus 50 anos deitou no chão e precisou de um atendimento.

Imediatamente a portentosa e solerte equipe do “Remoção Emergência Você Amparado” correu para atender o homem. Cuidados tomados, pressão aferida, batimentos no lugar, tudo certo. Foi só um susto e o diagnóstico:

Emoção demais.

– Calma Jojó, o jogo ta só começando – gritou um ao lado.

Jojó…

Caro leitor que me acompanha aqui nessas linhas de futebol de várzea, será que é capaz de entender o que se passa com uma final de segunda divisão do futebol de várzea?

Imaginem; o coração de Jojó não bate por nenhum super atleta, não está a pulso por nada de ouro, prata ou bronze, nada disso absolutamente. Jojó está ali a se esbaldar de emoção pelo seu time o qual é técnico, o Cafezal, em uma final de futebol de várzea.

Por entre os caminhos os quais se chega a uma partida de futebol de várzea, muito mais do que as trilhas que nos levam aos terrões onde são disputados os jogos, está o coração dos homens da várzea.

São pessoas simples, abnegadas, que não têm maiores esmeros de planejamentos, que não fazem curso de gestão esportiva, que não manjam nada de marketing, nem usam mídia training, nem nada do tipo. A guiá-los em sua sina futeboleira varzeana eles só têm o coração.

É de paixão e poesia que vive um homem da várzea. A ele nada demais está reservado a não ser o amor pelo que faz, nada mais lhe resta senão a pureza do que sente, do que o motiva, do que o conduz, do que de mais santo corre por suas veias.

Domingo no Baeta, Jojó provou isso.

Sarou, bebeu água, gritou, vociferou táticas mirabolantes, improváveis e viu o seu time, o Cafezal, segurar um empate em 1×1 para sagrar-se campeão da Primeira Divisão (Que na verdade é segunda…) da cidade de São Bernardo.

E depois do jogo, o único som que se ouviu na cidade, foi o da batida do coração de Jojó.

Parabéns, Jojó!

O DIA DA CAÇA

por Iran Damasceno


O efeito estria de cada dia… Quando Pedro fala de Paulo, sabemos mais de Pedro do que de Paulo. Sim, diante dos estudos psicanalíticos a tese está certa, em vários casos, entretanto e seguindo a linha de raciocínio, a melhor coisa que o Muralha (goleiro do Fla) pode fazer, por ele e sua família, é ir embora do clube.

Pensemos… Suas falhas são de ser humano, até porque ser goleiro não é tarefa nada fácil, tanto que “matamos” o Barbosa (Vasco e Seleção) sem dó e nem piedade, assim, vale ressaltar que todos os que te apedrejam cometem erros em suas profissões, mas, NINGUÉM gosta de ser criticado. Muito menos agredido. Mas, por que o fazem? Talvez seja para matarem aos seus chefes, em você.

Pergunte a um vendedor, por exemplo, se algumas das suas vendas diárias não foram perdidas por falta de habilidade. Será que ele saberá reconhecer isso? Será que aceitará, de forma branda e pacífica, a crítica do seu chefe? E se o agredirem verbalmente, será que ele saberá acatar?


Alguns filósofos do futebol, diante das suas crônicas geniais, percebem certo “efeito estria” na cabeça dos torcedores, aquele efeito que faz encolher e alongar, constantemente, num emaranhado de emoções quanto às conquistas que ora vêm, ora não vêm, portanto e como a natureza é sabia vamos vendo, assim como na pele, certa deformidade por estarmos indo e vindo, diante das tentativas egocêntricas e inconscientes quanto a querermos sempre os resultados particulares.

Infelizmente criamos a cultura reativa a um evento subjetivo que é o futebol, pois nada está decidido antes de acabar o jogo, haja vista que as emoções são sempre bem vindas em qualquer campo da vida, todavia querermos controlar a natureza, já é demais. A pele se deforma por vários motivos e o principal é o envelhecimento, tanto que acabamos envelhecendo em ações e cristalizações mentais e comportamentais quando não entendemos que a subjetividade do futebol não é diferente a de qualquer arte, então fica o nosso critério envelhecermos com qualidade ou como almas carcomidas que sempre estão dispostas a se suicidarem por estarmos atrelados ao que pode ser mudado serenamente, mas, em se tratando de futebol, a coisa só é boa à base de muita controvérsia.


Então Muralha, tire os “revólveres das mãos” daqueles que amam matar, porém que têm pavor de morrer, passe algum tipo de “Goicoechea” em sua pele e vá para outra esfera, antes que aqueles “caçadores” que possuem estrias, mas que sempre acham feias as pernas dos outros com as mesmas deformidades te transformem em um novo Barbosa, que morreu velho, condenado e cheio de estrias, e fique livre dos “dermatologistas’ de plantão”.