SONHEI QUE ERA UM PONTA
por Walter Duarte
Alguns sonhos marcam bastante nossas lembranças, sejam esses bons ou ruins. Uma vez acordei “sobressaltado” de um que parecia muito real mas virou pesadelo. Em um desses eventos, acabei acordando a esposa, que assustada gritou:
– O que houve? PARA DE ME CHUTAR!! Está passando mal?? Que susto!
Respondi de imediato:
– Calma, foi só um pesadelo.
Levantei, bebi uma água gelada e voltei para o “berço” meio cambaleante.
Neste sonho delirante, eu era o ponta esquerda de um time que não podia definir, sempre algo confuso, e com muita tensão no ar, sugerindo uma decisão de campeonato. Parecia como um duelo entre um toureiro e um touro miúra, onde tentava driblar um lateral e ir a linha de fundo cruzar, porém a sensação era que minhas pernas estavam presas não conseguindo assim definir a jogada.
Pensando bem, acho que estes sonhos ou pesadelos como queiram, devem ter fundamento na minha alma de peladeiro e de certa forma um desejo reprimido de ser jogador, quem sabe? Coisas que talvez o Freud pudesse explicar.
A minha admiração pelos pontas sempre foi especial, e tentava imitá-los nas peladas de rua e nos times de bairro. Gostava muito de ver jogar pontas como o Piscina, do Goytacaz, o Sérgio Pedro, do Americano, a fera Paulo Roberto “cabeção” e também o Lauro, do Campos Atlético, meus primeiros ídolos. Faziam muito sucesso no futebol Campista nos anos 70 e 80 com estilos dos pontas de ofício de outrora, partindo para cima dos zagueiros e buscando sempre as jogadas de efeito e dribles desconcertantes.
Exemplos de ótimos pontas não faltavam nos grandes clubes e certamente não lembrarei de todos, não podendo omitir os pontas artilheiros como Jairzinho e o Búfalo Gil, que também eram jogadores de definição, aliando força e velocidade. Existiam também aqueles clássicos que não vi jogar mas que falam maravilhas como o Júlio Botelho, do Palmeiras, e o Edu do Santos, um dos meus preferidos.
Devem estar me perguntando – e o Garrincha? O Mané tem um lugar diferente na galeria dos grandes craques. Eu não me atreveria a definir o estilo do maior de todos, o “anjo das pernas tortas”. O próprio Nelson Rodrigues uma vez profetizou: “nem o juízo final será capaz de opinar sobre Garrincha”, tamanha sua genialidade e imprevisibilidade.
Não necessariamente estes pontas figuraram na seleção, mas transmitiam algo de circo, do “bom deboche”, do improviso e acima de tudo da irreverência que tanto faz falta ao futebol nos dias de hoje. Esse futebol moleque e travesso muito encarnado pelo Júlio César “URI GELLER” e pelo Cafuringa, que tiveram seus grandes momentos e grandes confrontos com laterais, como o Orlando Léle, do Vasco, que não costumava refrescar para os sassaricos dos mais abusados.
Lembrei-me também de outros tantos habilidosos como o Zezé, do Flu, na década de 80, um dos ídolos do parceiro tricolor Alexandre Sanches e também do Zequinha, do Botafogo, que o amigo Geraldo “Buchecha” me fez recordar.
Na mesma década citaria o Wilsinho, do Vasco, (xodó da vovó), o Zé Sérgio, do São Paulo, o Joãozinho, do Cruzeiro, e o Gilson Gênio, do América, talvez um dos últimos românticos. Com o advento do futebol mais tático, físico e de ocupação de “espaços” no meio campo, ficou mais difícil de se revelar jogadores assim, até porque os sistemas de jogos com base na “eficiência e obediência” surgem como pretexto de marcação forte.
Me causou espanto na época termos como o OVERLAPPING que determinava a ultrapassagem dos laterais além da linha de meio campo, tornando-os ofensivos e restringindo talvez a atuação do ponta especialista.
Acho que a partir da Copa de 78, iniciamos uma era de desencontros com o futebol mais alegre em detrimento do futebol coletivo e de resultado, sem querer desconsiderar os grandes craques da época. Quem tem mais de 45 anos deve lembrar daquele quadro humorístico do Jô Soares em que ele interpretava o Zé da Galera e pedia ao Telê Santana: “bota ponta Telê”, às vésperas da Copa de 82. Previa talvez o fim de uma fase de ouro daqueles jogadores diferentes e imprevisíveis.
Há tempos não tenho mais aqueles sonhos esquisitos e minhas noites ficaram mais tranquilas. Percebi também que não me divirto tanto como antes ao assistir futebol. Sinto falta da alegria e do virtuosismo dos pontas. SAUDOSOS PONTAS.
COMEÇO DO SONHO; FINALMENTE A COPA DE 1982 COMEÇOU…
por Marcelo Mendez
14 de junho de 1982; Acordei tarde.
O rádio da minha mãe na cozinha tocava uma música do Roberto, via Rádio América, minha irmã brincava de boneca e eu levantei para tomar meu café.
Passando pela sala vi meu Pai aflito, fumando um cigarro atrás do outro e discando freneticamente o telefone. A todo instante, folheava o Jornal, depois voltava a ligar. Minha mãe dizia que ele estava tentando falar com nossos amigos jornalistas para saber da Argentina que segundo minha mãe, Dona Claudete, “parece que tão terminando um charivari de guerra lá…”
Vi na capa do Jornal que era a tal das Malvinas que eu tanto ouvia falar.
Eu sabia, mas não sabia de nada. Na minha cabeça de menino de 12 anos, não queria muita coisa com essas Guerras. Meu mundo naquele dia 14 não era esse e então peguei minha bola, meu álbum de figurinhas da Copa e corri para casa da minha Tia Leoni, no velho quintal da Avenida das Nações, no nosso Parque Novo Oratório, de uma Santo André ainda bucólica.
Cheguei e vi Tia Leoni fazendo empanadas e coxinhas de frango. Vi a mesa repleta de garrafas de Coca-Cola de um litro, cervejas Brahma Chopp, maços de Minister longo, vários sorrisos e muita expectativa. Meus primos terminavam de enfeitar a rua, a prima Marlene, tentando ficar alheia àquilo tudo, ouvia um disco do Joy Division e eu de coração acelerado:
A Copa do mundo ia começar! Brasil x URSS se enfrentariam! E por mais que parecessem séculos, as horas passaram e o jogo, enfim começou…
Não seja alienado companheiro!
Bola rolando. O time não estava bem. Nervosismo, ansiedade, o time mal em campo e aquela discussão interminável entre meu Pai e meu Tio Urzaiz enchendo nosso saco:
– Muito me admira Urzaiz, você aqui feito uma besta torcendo pra esse time aí. Você sabe o que isso representa, sabe o que significa. Mesmo assim fica aí se descabelando…
– Mauro vá à merda você, o Marx, o Trotski e a URSS! Deixa a gente ver o jogo…
– Alienado!
– Alienado é a put…
– EEEEEEEEE SILÊNCIO, OLHA O JOGO!! – clamávamos nós, os alienados todos, para podermos torcer em paz. Eles pararam, mas a URSS abriu o placar com um chutão de Bal e um frangaço de Valdir Peres.
Pânico! Não podia ser…
Depois disso, pouco falei. Observei meu pai falando em complô da Direita universal contra o regime comunista. Quando o árbitro não deu um pênalti para os soviéticos, vi minha Tia Cida colocar dentes de alho embaixo da mesa como simpatia, minha mãe bater cabeça para Xangô e toda sorte e reza do mundo para ajudar aquilo mudar.
Não sei se foi isso, mas o Brasil virou com dois chutaços de fora da área, um de Sócrates, outro de Éder. Final: 2×1 de virada, festa, pipoca para o alto, beijos, abraços efusivos, inclusive entre meu Tio Urzaiz e meu Pai, que na hora do gol do Éder, esqueceu o Marxismo, a Guerra das Malvinas, a paz mundial e a compostura:
Gritou como o mais feliz dos alienados.
Começava a Copa de 1982. Ali eu depositei todas as minhas esperanças e odes. Meu coração de menino vivia aquela Copa como se jamais fosse bater por outra.
Talvez não tenha batido…
A DESPEDIDA EM SÃO PAULO, A FESTA QUE NÃO HOUVE E VAIAR ZICO, JAMAIS!
por Marcelo Mendez
28 de Fevereiro de 1982, o Dia…
Era um daquele domingos clássicos.
O cheiro da manhã na Quebrada, uma mistura de orvalho, com os temperos da mãe que já preparava as coisas do almoço, misturado com a fritura das bancas de pastel e das máquinas de frango, o caminho pelo bairro até o campo do Nacional era algo lúdico pra Fellini filmar. Ali nos encontraríamos, mas não para jogar. A peleja seria outra e em outro lugar.
Era a final do campeonato de Santo André na categoria mirim e o Nacional do Parque Novo Oratório enfrentaria o time da Pirelli, no estádio do Jaçatuba. Uma novidade para nós, uma molecada que cresceu correndo no terrão ao lado do cemitério e que ali, jantou todo mundo.
Chegamos na final do campeonato, com 2 gols tomados e mais de 40 feitos em 8 jogos. Os antigos da várzea que frequentavam a beira do campo apelidaram nosso time de “A Máquina” e acho que era bem pertinente. A gente entrava em campo pra passar por cima mesmo! Chegando na sede, vi a rapaziada e o primeiro que falei foi o Pedrinho:
– E aí, Marcelo? Dormiu?
– Porra nenhuma. Não consegui fechar o olho. Tem que começar logo esse jogo!
– É, vai ser difícil, time deles é bom…
Nessa hora, o Batata, nosso volante chegou na roda ao ouvir a prosa:
– Bom é o caralho, Pedrinho. Time bom é o nosso! Vamo logo lá ganhar essa porra!
– Bora!
Pouco depois, a Kombi que nos levaria até o Estádio do Jaçatuba, em Santo André, encostou. Nela, fomos nós, os jogadores, mais o seu Cido, Esquerdinha e o Ditinho roupeiro. Atrás de nós uma fila de alguns carros dos nossos pais, amigos e torcedores vieram nos seguindo. Impossível não se empolgar com aquilo tudo. Não tinha como dar errado…
Zico de presente…
Aos 42 do segundo tempo, o placar da final era Nacional 6×0 Pirelli.
Foi um baile de bola!
Naquele dia fiz três gols, os três primeiros. Carlão, o centroavante, fez dois e o Lidú, ponta esquerda, fez o outro, driblando a defesa da Pirelli, o goleiro, o gandula e toda a Santo André. Um golaço!
Com o apito do árbitro, festa no gramado, os pais e torcedores entraram no campo e abraçaram a gente. Meu Pai, junto meus tios Bida e Zé, entrou junto, me abraçou, me levantou e já foi anunciando:
– Filho, tu arrebentou! De presente, vou te levar pra ver o Brasil, quarta-feira no Morumbi!
Nessa hora, o mundo começou a rodar na minha cabeça!
– Sério, Pai? Eu vou ver o Zico de perto? O Éder? Vou mesmo???
– Vai, sim! E vai comer lanche de pernil também!!!
– Ebaaaaaaaaa!!!
Dois tempos de uma mesma festa
O caminho para o Morumbi já era por si só uma grande viagem.
Sair do Parque Novo Oratório, para chegar do outro lado da cidade em 1982, era uma grande aventura que eu amava ver se concretizar. As luzes de São Paulo, o carro do Carlinhos, deixado lá longe, a procissão a pé, do lado de milhares de torcedores, Gentes como eu, ávidos por espetáculo, por sonhos, pela seleção que já já disputaria a Copa.
O jogo seria contra a Tchecoslováquia. Eles não se classificaram para a Copa, mas era um bom time. Além disso, a noite era toda especial.
Dia 03 de março de 1982 era aniversário do Zico, completando 29 anos, o jogo seria uma homenagem a Jairzinho, que estava se despedindo do futebol e o clima no Morumbi era ótimo. Parecia que nada seria estragado. Mas daí, um jogo precisava ser jogado…
O primeiro tempo tinha sido protocolar. O time nosso, que uma semana depois enfrentaria a Alemanha no Maracanã, jogou apenas para o gasto. Os Tchecos pouco faziam e a partida começou a ficar chata. No segundo tempo, mesmo com o gol do Zico nada mudou e a torcida começou a vaiar o jogo sem dó.
A cada bola que Roberto Dinamite pegava, vinha o estrondo das arquibancadas; “Uuuuuuuuuuuuuuuhhh”. Eu, que via tudo isso, não conseguia acompanhar a rapaziada.
Não passava pela minha cabeça vaiar o Zico. Seria algo contra tudo que eu já acreditava aos 12 anos, um atentado contra meus sonhos, um ídolo ali, esculachado por mim. Jamais!
Me coloquei numa espécie de transe e parei de ver e ouvir as coisas a minha volta. Ali no campo, distante apenas alguns metros de mim, estava o maior ídolo da minha vida. O maior dos jogadores, o camisa 10 que eu queria ser. Zico correu, suou, se esforçou o que foi possível, mas não conseguiu impedir a má sorte do placar final em 1×1 e todas aquelas vaias no final do jogo.
Indo embora, estando num clima completamente diferente daquele que foi a chegada, eu estava bem, estava feliz e pensava que muitas outras emoções viriam pela frente. Já, já começaria a Copa do Mundo.
E eu descobriria que a Tchecoslováquia seria o menor dos problemas. Quem dera fosse o maior…
O FIM DO FUTEBOL
por Marcelo Migliaccio
Da renda de mais de R$ 1,2 milhão no jogo de domingo, coube ao Flamengo cerca de R$ 100 mil. Para abrir seus portões, o Maracanã, elitizado e privatizado por Ali Babá Cabral, cobra quase R$ 500 mil. Onde cabiam 160 mil pessoas, agora cabem 60 mil.
Ninguém se importa porque a TV paga a diferença e mantém os clubes no cabresto. A consequência é que mais de 60% da população brasileira não liga mais para futebol. Preferem o basquete da NBA ou o a selvageria do MMA. Quando muito, torcem pelo Barcelona, pelo Manchester United, pelo Bayern de Munique.
No campeonato patrocinado pela TV, a previsibilidade é a regra. Quem subiu da série B no ano passado deve cair de novo este ano. O campeão fica entre Flamengo ou Corinthians, aos quais a detentora dos direitos de transmissão paga muito mais do que aos outros.
A suprema consagração deste modelo foram os 7 a 1 da Alemanha.
A continuação vem agora:
Não, nenhum debatedor de mesa redonda vai admitir que a derrocada do futebol brasileiro começou em 1987, quando um fabricante de refrigerantes e a emissora de TV hegemônica compraram o campeonato nacional e ordenaram uma virada de mesa. Só os 20 clubes de maior torcida disputariam a Copa União.
O America, terceiro colocado no Brasileirão de 86, e o Guarani, vice-campeão, foram rebaixados para o módulo amarelo, que nada mais era do que a segunda divisão. Esses dois times, tradicionais, nunca mais se recuperaram do baque.
Mas isso nenhum jornalista vai admitir na TV. Preferem colocar a culpa pelo afastamento do público dos estádios na violência urbana, nas torcidas organizadas, na crise econômica etc.
É só mais um capítulo do fim do futebol.
IBRA NO BRASIL?
por Matheus Rocha
Você queria o Ibra no seu time? Saiba que ele poderia estar nos principais times do Brasil.
Talvez você, leitor, esteja se perguntando: “como este ‘louco’ diz que o Ibrahimovic poderia estar jogando no meu time aqui no Brasil?”. E eu te respondo: “Sim, poderia, se as gestões sobre os clubes não fossem tão amadoras”.
Os torcedores sabem, mas não se importam. Os clubes são amadores no Brasil e agora estão começando a se profissionalizar e tratar como sempre deveria ter sido tratado. O excesso de empréstimos e excesso de falta de pagamento de tributos no passado gerou um passivo muito grande para os clubes, que sofrerão durante os próximos anos para pagá-los.
Se cada clube tivesse um plano bem definido, um orçamento bem ajustado e, principalmente, que fosse cumprido este orçamento, poderíamos estar brigando com a Europa em todos mundiais interclubes, fazendo frente às contratações e colocando o Brasileirão na vitrine, gerando mais valor e mais receita para todas as equipes. Pode até parecer absurdo o que eu digo a você, leitor. Mas não é absurdo.
Pesquisei hoje os balanços patrimoniais de alguns dos principais clubes do Brasil em seus sites e digo que estão melhorando as apresentações. Com algumas exceções, como Coritiba – a página diz estar sendo atualizada; do Vasco que nunca é encontrado no site; do Fluminense – que há somente um balanço provisório informando que está sendo avaliado pela auditoria ainda (faça-se uma ressalva que os balanços do Fluminense são muito bem apresentados há algum tempo, então acredito ser somente questão de tempo).
Alguns clubes ainda precisam melhorar (e muito) as apresentações de suas demonstrações financeiras para que tenham uma consistência e que informem aos associados e torcedores algo relevante, conforme previsto na lei do PROFUT. Esses clubes demonstram um amadorismo muito grande quando apresentam as demonstrações financeiras com informações faltantes ou até mesmo com erros que são facilmente identificáveis para profissionais da área contábil.
Mas vou explicar primeiro a técnica utilizada na comparação que faço ao final deste texto: os clubes apresentam as despesas financeiras (basicamente juros e atualizações monetárias de empréstimos e tributos, com alguma outra despesa financeira extra). Comparei essas despesas financeiras com os salários de alguns jogadores do futebol mundial. E o que isso significa? Significa que se os dirigentes do passado não tivessem captado tanto empréstimo e tivessem pagado todos os tributos no período correto, hoje os times poderiam estar pagando salários que competissem aos salários dos jogadores da Europa. Obviamente isso não é uma verdade absoluta, pois alguns jogadores deveriam rescindir com os clubes atuais, isso gerariam outros gastos de contratação. Mas aqui é somente um exercício de reflexão sobre a boa gestão.
As despesas financeiras também não significam que o clube pagou aquele valor no ano, pois por vezes esses juros são somente um aumento do empréstimo ou do acordo relativo a aquele ano que será pago em anos posteriores. Isso ocorre por que os clubes não apresentam adequadamente os juros pagos na demonstração do fluxo de caixa, conforme requer a norma contábil, com exceção do Flamengo. A outra exceção, porém negativa, é o Cruzeiro que não possui abertura do resultado financeiro, ou seja, o valor utilizado são as despesas financeiras líquidas das receitas financeiras. Os clubes somam amortizações e juros dos empréstimos e tributos, então resolvemos ser consistentes na comparação. Dessa forma, utilizamos as despesas financeiras da demonstração do resultado ou da abertura da nota explicativa para todas as equipes abaixo:
O que vale lembrar é que os clubes têm essa despesa financeira todos os anos, ou seja, seria possível pagar o salário de um James Rodriguez ou de um Zlatan Ibrahimovic durante vários anos com o que os grandes clubes brasileiros pagam.
Toda vez que o presidente do seu clube anunciar uma grande contratação, lembre-se: poderia ser muito melhor, se a gestão passada tivesse sido profissional!
** Matheus Damasceno Rocha é contador formado pela UFMG e pós graduado pela FGV e Ohio University. Experiência de mais de 15 anos em multinacionais e ex-auditor da PwC em BH e no Rio.