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UM CARIOCA DE POUCAS NOVIDADES

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


O Campeonato Carioca prepara-se para mais uma nova edição e as novidades são pouquíssimas. Para mim, o Fluminense trazendo Ganso será o clube que melhor contratou, incluindo nesse pacote o técnico Fernando Diniz, de quem sou fã. E por que sou fã do trabalho dele? Porque é bom ver jogar os times que ele monta. É nítido que os jogadores têm liberdade para driblar, ousar e o toque de bola é de qualidade. Também é nítido seu foco no treinamento dos principais fundamentos do futebol. Parece óbvio, mas não é. Por isso, ele deu aval para a contratação de Paulo Henrique Ganso. Os outros professores devem considerá-lo lento, antiquado.

Peguem os melhores momentos de Ganso e verão lances maravilhosos. O problema é a turma que o cerca e talvez Fernando Diniz tenha esse problema no Fluminense. Mas acredito no seu trabalho, principalmente se a diretoria entender a sua filosofia. Também acredito que ele aproveitará muito a base de Xerém. Basta lembrarmos do time mais comentado do final da temporada: Athlético Paranaense. Ele iniciou esse trabalho.

Ainda sobre o Fluminense, estava saindo de uma pelada com o Delei e vimos uma faixa da escolinha do Fluminense: “Formando Guerreirinhos e Guerreirinhas”. Acho esse marketing de péssimo gosto, afinal queremos craques e não gladiadores.

Por outro lado, li que o Fluminense está criando um núcleo forte de futebol feminino. Sempre torci para que todos os clubes fizessem isso. Tenho visto muita menina boa de bola! Mas também ouvi outro dia a jornalista Lu Castro explicando que agora o certo é chamar futebol de mulheres e não feminino. Seguirei!


As contratações do Flamengo, sinceramente, não me encheram os olhos. Para mim, trouxeram três jogadores que os seus clubes estavam torcendo por uma proposta. Nenhum era titular. Claro que o Arrascaeta é bom de bola, mas não mantém uma constância e a torcida do Flamengo é impaciente. Costumam chamá-lo de vaga-lume justamente por sumir do jogo em algumas ocasiões. Mas o Flamengo está com caixa e pode se aventurar. Mas, insisto, a base não deve ser esquecida e um time milionário como o Flamengo não pode ser desclassificado da Copinha tão rapidamente.

O Botafogo me assusta porque, além de vender Igor Rabello e Matheus Fernandes, fez contratações pífias. O Vasco está caminhando como consegue. Vamos ver se o Ribamar deslancha, mas trazer novamente o Felippe Bastos é dose. Dizem que o Bruno César está acima do peso.

Torci muito para o América subir, mas ainda não foi dessa vez. Ainda não consegui entender o regulamento da Segunda Divisão, mas também nem vou tentar.

Olha, assino essa coluna há alguns anos e baterei novamente nessa tecla. Para o Carioca esses times resolvem porque o campeonato não trará maiores desafios. Minha preocupação é com o Brasileiro, torneio longo e com sério risco de arrastar alguns cariocas para a Segunda Divisão.

O Vasco, por exemplo, escapou da degola na última rodada. O Fluminense passou perto e o Botafogo salvou-se por uma sequência de três bons resultados. É muito pouco. Os clubes cariocas precisam honrar suas histórias e principalmente o bordão “respeito é bom e eu gosto!”.

O INESQUECÍVEL FLAMENGO DE 1981

por Luis Filipe Chateaubriand


O Flamengo de 1981 é, possivelmente, o melhor time que este escriba viu jogar.

Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Eis o time que, na opinião deste signatário, deveria ter sido a base da Seleção Brasileira de 1982.

Era um time perfeito, tecnicamente, taticamente e em termos de conjunto. Uma máquina de jogar futebol!

Eis os segredos do escrete:

·         O experiente goleiro Raul transmitia segurança à defesa.

·         O polivalente Leandro, com sua técnica apuradíssima, aparecia como elemento surpresa no ataque, deixando confusos os defensores adversários.

·         Os defensores Marinho e Mozer constituíam uma zaga composta de técnica e de vigor, o que inspirava excessivo respeito aos adversários.


·         Júnior era o lateral que se tornava atacante constantemente.

·         Andrade e Adílio se revezavam nas posições de volante e meia, confundindo os marcadores.

·         Tita, o ponteiro direito, e Lico, o ponteiro esquerdo, trocavam de posição constantemente, levando à loucura os oponentes. Além disso, com a bola atacavam como pontas, mas, sem ela, defendiam como meias. Pareciam fazer o time se multiplicar em campo.

·         Nunes, o artilheiro, não só fazia pilhas de gols, mas se movimentava ininterruptamente, de um lado a outro da área de ataque, levando consigo os marcadores. Com isso, abria espaço para a entrada dos companheiros, pelo meio.

·         Finalmente, Zico. Como diria Armando Nogueira, arco e flecha, tanto criava no meio para os atacantes, como chegava na área, se fazendo um deles. Técnica apuradíssima, inteligência ímpar, antevidência das jogadas, exemplo para o time, a estrela da companhia decidia quase sempre.

No banco de reserva, os bons Vítor, Figueiredo e Carlos Alberto também davam conta do recado, quando solicitados. O craque aposentado Paulo Cesar Carpegiani dirigia o time, que foi concebido pelo legendário Cláudio Coutinho – o mago da estratégia.

Tenho pena da garotada rubro negra, que se encontra toda ouriçada com as presenças de Arrascaeta e Gabigol: tivessem visto este timaço em ação, saberiam o que é se ouriçar de verdade!

Luis Filipe Chateaubriand acompanha o futebol há 40 anos e é autor da obra "O Calendário dos 256 Principais Clubes do Futebol Brasileiro". 

SÃO PAULO 1991/1993

por Marcelo Mendez


A história desse time bem poderia começar a partir de uma conversa entre o dirigente Carlos Caboclo e seu amigo, o técnico Telê Santana. Ambos estavam bem mal.

O técnico tinha acabado de fracassar no primeiro semestre, na luta para dar um titulo ao Palmeiras em 1990 falhando num 0x0 contra a desclassificada Ferroviária. Sem clima por lá, decidiu aceitar o convite do amigo para treinar o São Paulo, de onde chegou novamente perdendo, dessa vez para o Corinthians em casa. O dirigente estava de orgulho ferido pelo mesmo motivo, as perdas de dois títulos Brasileiros seguidos em casa. Para acabar de lascar, como herança da péssima e vexatória campanha do Paulistão no primeiro semestre de 1990, em 91 o São Paulo disputaria um módulo inferior no Estadual.

Há quem diga que de grandes tormentos surgem vitórias épicas, as quais a palavra e o verso serão poucos para contar. Tem os que apontam que a catarse da perda de uma paixão, pode dar força para que se surja um grande amor. Não sei…

Fato é que a partir de toda essa miséria ludopédica e dessa conversa entre Caboclo e Telê Santana, um compromisso foi firmado, Telê ficou e nasceu um dos maiores times da história do futebol mundial.

Esquadrões do Futebol Brasileiro tem a honra de falar hoje do São Paulo F.C de 1991/1993.

DE CASA ARRUMADA, RESSURREIÇÃO EM 1991

A melancolia de perder mais uma decisão em casa não abalou o São Paulo.

Ao contrário disso, daquela vez foi diferente. O time entrou 1991 com uma verdadeira avalanche de mudanças, a começar pela estruturação de seus departamentos médicos, da reforma e conclusão de seu CT, com a chegada de profissionais do quilate de Turíbio Santos, Moraci Santanna e finalmente, com uma pré temporada para trabalhar.


Dali, o time saiu voando para a primeira competição, o Campeonato Brasileiro. O tricolor subiu na hora certa da competição, passou por Atlético Mineiro, Santos e na final, venceu o primeiro jogo contra o Bragantino no Morumbi por 1×0 para depois empatar em Bragança sem gols. O 0x0 que deu ao São Paulo seu terceiro titulo brasileiro.

No segundo semestre, foi de braçada;

O São Paulo amassou todo mundo no módulo amarelo. O que pesou na hora de decisão contra o Palmeiras. Com a melhor campanha justamente nessa primeira fase, o São Paulo eliminou o Palmeiras e foi a decisão contra o Corinthians. Um show de Raí!

Primeiro jogo 3×0 e três gols do 10. Segundo jogo, um protocolar 0x0 define a coisa. O São Paulo fecha 1991 com dois canecos e com uma perspectiva ótima:

A história seria feita nos anos seguintes…

LIBERTADORES DE AMÉRICA; UM CONTINENTE TRICOLOR.


Dá para dizer que 1992 foi a última Libertadores mambembe do planeta.

Jogos transmitidos para o Brasil POR uma tal Rede OM que em São Paulo funcionava no canal 11 da Tv Gazeta, times porradeiros, campos com gramados lamentáveis, vôos precários, em 1992 o continente nosso, definitivamente, não estava preparado para maiores devaneios de grandeza. No meio disso tudo teve um campeonato.

E nele, o São Paulo suou sangue para conseguir se virar.

Na primeira fase, tomou uma sapatada do Criciúma por 3×0 e teve que buscar sua classificação na altitude da Bolívia contra o San José de Oruru. Na volta, trouxe a vaga para despachar Nacional, Criciúma, Barcelona de Guayaquil e News Old Boys numa épica decisão por pênaltis no Morumbi. No outro ano, foi diferente:

O São Paulo nadou de braçada e na decisão contra o Universidade Católica do Chile, o tricolor meteu um 5×0 em uma das maiores partidas de sua história. Bi…

Bi campeão da América. Mas ainda faltava o mundo…

CADÊ A CINTURA DO FERRER??

O mundo em 1992 chacoalhava as ancas com Happy Mondays, Primal Scream e outros sacodes que vinham das pistas de Manchester. Madchester  era o nome do movimento que revelou uma porrada de bandas que tomavam conta das paradas musicais do momento.

No Brasil, todavia, nosso samba estava meio atravessado.

Até a conquista da Libertadores pelo São Paulo, nosso orgulho ludopédico estava bem avariado. Para se ter uma ideia, a Seleção perdeu as ultimas duas edições da Copa América, tomando goleada do Chile na Argentina (4×0) e levando baile de bola da Argentina em Santiago (3×2). Na última Copa em 1990, saímos na primeira fase, eliminados por Maradona.

Não é exagero, portanto, dizer que o São Paulo foi ao Japão enfrentar o Barcelona, jogando por todo nosso orgulho futeboleiro. E não fez feio.

Após o susto inicial com o gol de Stoichkov para os catalães, uma bola sobrou do lado esquerdo do campo para Muller.

Imbuído da consciência de que jogava por tudo isso que falei acima, o camisa 7 pegou a bola, levou para o lado do campo, trouxe para fora e depois, com a benção de um milhão de malandros de gafeiras imortais, deu um corte pra dentro, entortando o lateral direito Ferrer.

Mais do que um drible, Muller esculhambou com Ferrer e recuperou nosso direito de ser gente, de ser os picas dessa coisa chamada futebol. Cruzou para a área e Raí meteu a barriga na bola para empatar a peleja. O mesmo Raí que meteu a bola no trinco de Zubizarreta para fazer o 2×1 que deu ao São Paulo a Alcunha de melhor do mundo pela primeira vez.

Viria mais no ano seguinte…

Em 1993, o Tricolor era comandado por Cerezo, Leonardo, Palhinha, Cafu e o mesmo Muller, que fez de costas, sem ver, o gol do 3×2 que deu ao São Paulo o Bi do mundo, em cima do poderoso Milan de Arrigo Sachi,


Bi da América, Bi do Mundo, Campeão Brasileiro, da Conmenbol, da Recopa, de tudo. O time que teve em sua base Zetti, Cafu, Adilson, Ronaldão, Ronaldo Luiz… Dinho, Cerezo, Palhinha, Raí, Muller, além de ter outros tantos como André Luiz, Juninho, Macedo, Pintado, Catê e Mauricio (in memorian) e mais outros tantos craques forma um dos maiores times da história do futebol mundial.

Esquadrões do Futebol Brasileiro rende hoje suas homenagens ao tricolor do Morumbi de 1991/1994. Um dos maiores times da história do futebol mundial.

PAGAR PARA VER E NÃO VER

por Idel Halfen


Quando temos que tomar uma decisão “racional” sobre a ida ou não a um espetáculo, seja ele um show ou uma competição esportiva, muitas vezes ponderamos se a presença no local nos concederá uma visão melhor do que a que teríamos se estivéssemos em casa. Sem medo de errar, é possível afirmar que na maioria das vezes a resposta isenta nos direcionaria ao conforto do lar, entretanto, em muitas dessas vezes tomamos a decisão de assistir ao vivo, mesmo cientes que dependendo do assento a visão ficará extremamente prejudicada. 

Shows distantes do palco, competições de atletismo onde a localização nos impede de ver bem a linha de chegada ou mesmo uma prova de ciclismo – seja em velódromo ou nas ruas – nos dão como principal companhia os telões que nos mostram ao vivo o que estaríamos assistindo em casa com direito a replay e variados ângulos. 


Mas por que será que, mesmo assim, pagamos, entramos em fila e nos desgastamos para estarmos presentes nos eventos? 

A resposta é fácil: a presença in loco nos contagia com a atmosfera do espetáculo, permite vivenciar a reação do público/torcida, além de propiciar a sensação de pertencimento e socialização com pessoas de “anseios similares”. 

Atento a essa característica, o Golden State Warriors, franquia norte-americana da NBA, lançou um produto denominado “In The Building” que, por US$ 100 mensais, dá direito ao portador de ingressar durante os jogos apenas nos bares e restaurantes de sua arena. 


A iniciativa, ao cobrar um valor fixo mensal, contempla ainda um conceito de comercialização que tem estado muito em voga: os “clubes de assinatura”, nos quais os clientes pagam uma importância mensal pelo direito de desfrutar uma quantidade estipulada de produtos e/ou serviços. Nesse formato, o valor para o cliente é menor do que se pagasse unitariamente por cada unidade, enquanto que o fornecedor garante uma receita recorrente, o que beneficia seu fluxo de caixa. 

Esse tipo de ação tem tudo para ser replicado com bastante sucesso nas competições onde as vendas dos assentos estejam esgotadas, se transformando assim em mais um tipo de receita, a qual vem tanto da própria comercialização de ingressos como também da venda dos produtos e serviços ofertados na arena – alimentos, bebidas, estacionamento e artigos licenciados. Isso sem falar no aumento de público com que se irá relacionar, o que traz reflexos nas operações de fidelização. 


Não creio, no entanto, que seja um produto adequado para ser desenvolvido no Brasil em função da baixa demanda por ingresso na maioria das competições e do poder aquisitivo dos nossos torcedores. O próprio conceito de “assinatura” também é difícil massificar, principalmente no futebol, onde os jogos, ao invés de serem trabalhados para serem percebidos como “espetáculos” acabam sendo eventos que têm como apelo, quase que exclusivo, a paixão, tese que pode ser comprovada pelo comportamento de demanda dos programas de sócio-torcedor – aumento de adesão nos bons momentos e cancelamentos nas derrotas. 

Claro que a paixão deve ser vista como uma vantagem competitiva, contudo, se basear apenas nela e desprezar as possibilidades de deixar os eventos atrativos sob outros aspectos são sintomas da falta de visão e de entendimento acerca dos benefícios que uma boa gestão de marketing pode proporcionar.

BALTAZAR, ‘CABECINHA DE OURO’ PRECISA COMO O BIG-BEN

por André Felipe de Lima


Baltazar, o “Cabecinha de ouro”, foi um dos maiores artilheiros da história do Corinthians e ídolo alvinegro muito bem descrito pelo saudoso jornalista Solange Bibas: “O Cabecinha de Ouro é como o Big-Ben de Londres: infalivelmente certo!”. Cabeçada com ele significava meio gol. Mais certo meter a bola na rede com o cocuruto que chutá-la da marca do pênalti e concluí-la em gol. “Com a cabeça, nem Pelé foi melhor do que eu”, dizia Baltazar, cujo nome era Oswaldo. Decidiram chamá-lo assim devido à semelhança com um irmão mais velho, esse sim com o “Baltazar” devidamente descrito na certidão de nascimento.

As glórias do passado ficaram no baú, em jornais e revistas empoeiradas e carcomidas pelo tempo. Poucos hoje se recordam do grande centroavante, o segundo maior goleador da história do Corinthians, com 266 gols, ficando atrás apenas do atacante Cláudio, que marcou 305 vezes. Ambos foram contemporâneos e jogaram naquela que, para muitos, foi a melhor equipe que o Timão montou, entre 1950 e 1954, contando, principalmente, com os goleiros Gylmar dos Santos Neves e Cabeção; os defensores Homero, Murilo, Olavo, Belfare, Idário, Goiano e Touguinha; os volantes Roberto Belangero e Julião e os avantes Cláudio, Luizinho, Baltazar, Rafael, Nelsinho, Carbone, Simão e Mário. Uma penca de craques que teve como treinadores no período Newton Senra, Rato (grande craque do Timão nos anos de 1920) e Oswaldo Brandão, talvez o maior treinador que o Timão já teve.


Tudo que puderam disputar, eles conquistaram. Com essa leva de cobras, o Timão foi tricampeão paulista, de 1951 a 1954; três vezes campeão do Torneio Rio-São Paulo, em 1950, 53 e 54, e até mesmo vencedor da Copa Marcos Pérez Gimenez, considerada uma pequena “Taça do Mundo”, de 1953, um quadrangular para o qual o Timão acabou convidado após a desistência do Vasco. Realizada na Venezuela, a competição teve o Corinthians campeão após bater a Seleção de Caracas, o Barcelona e a Roma, que foi no lugar do Milan, que, igualmente ao Vasco, desistiu do torneio. Foi o único título dessa leva memorável de conquistas que o “Cabecinha de ouro” não ostenta no invejável currículo.

O próprio Baltazar não era afeito a entrevistas e, segundo perfil publicado pela revista Placar, em 1970, nunca gostou muito de paparico de torcedor. “Todos o achavam muito mascarado”, escreveu a revista. Mas Baltazar reconhecia o jeitão esquisito: “Eu sou assim. O passado não me interessa”.

Mesmo de perfil azedo, Baltazar não pode ser esquecido no passado. Nem pelos torcedores mais jovens e jamais pelos mais antigos. É um verdadeiro herói corintiano, que até o final da década de 1990 era figura indispensável em formações dos sonhos do Timão, como mostrou edições da própria Placar e dos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. Sempre que rolava uma enquete promovida por estes veículos para a escolha dos melhores do Timão em todos os tempos, Baltazar era nome certo. Mas a virada do ano 2000, marcada pelo tal “bug do milênio” nos computadores, parece ter apagado —, não das máquinas e acervos, mas da memória de muitos — a figura do incomparável Baltazar, o “Cabecinha de ouro”, que hoje completaria 93 anos. Hora mais que oportuna para resgatá-lo.