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Geovani + Mauricinho + Dinamite

O ARCO E AS FLECHAS

A equipe do Museu marcou presença na inauguração do CT do Vasco e, além de conhecer cada detalhe da estrutura, teve a honra de bater um papo com Dinamite, Geovani, Mauricinho e Donizete Pantera, ídolos que honraram a camisa cruzmaltina!

Mais do que craques em campo, são grandes personagens fora das quatro linhas e esbanjaram humildade durante a resenha:

– Ter esses dois ao meu lado era unir o útil ao agradável! São duas grandes figuras! – disparou Dinamite.

É bem verdade que os marcadores sofriam ao encarar esse trio, que tinha ainda a companhia de ninguém menos que Romário e Tita para completar o pesadelo.

Quando Geovani recebia no meio, Mauricinho disparava pela ponta, fugindo das pancadas, para servir Dinamite ou Romário dentro da área e o resultado final todos já sabem: bola na rede.

– Não era eu que lançava bem, era o Mauricinho que se deslocava com perfeição! – disse o humilde Geovani.

Se não bastasse essa resenha de primeira, ainda fomos brindados com o retorno de Geovani aos gramados e uma troca de passes entre o trio no gramado do CT.

– Se você não tiver um pouco de técnica, não adianta ter velocidade! Aprendi muito com essas feras todas! – revelou Mauricinho.

Poderíamos ficar horas e horas tentando descrever o sentimento de participar desse encontro, mas dificilmente seríamos capazes! Só nos resta agradecer por tudo que essas feras proporcionaram ao nosso futebol!
 

 

DE KISSINGER PARA PELÉ: ‘QUERO VOCÊ AQUI, NO COSMOS’

por André Felipe de Lima


Pelé estava milionário — apesar dos graves problemas financeiros com a Fiolax, indústria de borracha de sua propriedade — e não sabia bem o que fazer na reta final da carreira, ou seja, administraria o tantão de dinheiro que merecidamente conquistou ou permaneceria por mais tempo num gramado jogando bola? Esse dilema pintou na cuca do Rei lá pelos meados de 1975. Já havia se despedido da seleção brasileira e do Santos. Nada mais haveria, em tese, a fazer no futebol. Digo “em tese” porque ao falarmos do “Negão” a saudade da bola era preponderante e vice-versa. Despedir-se dela e ela dele parecia improvável. O fim do Pelé constituía-se em algo que todos neste planeta categoricamente negavam. Afinal, o Rei é eterno e sempre terno com seus súditos. Nunca poderia abandoná-los. Não havia e até hoje não há fronteiras que impeçam de oidolatrarmos. Idiomas, culturas, nuances e salamaleques de cada um em cada canto do mundo jamais impediram que um cidadão — mesmo aquele mais distraído com as coisas do futebol — amasse Pelé. Um destes “distraídos”foi o todo poderoso e não menos controverso Henry Kissinger, então secretário de estado americano naquele ano do dilema “peleniano”, que mandava mais que o próprio presidente dos Estados Unidos, o pouco ou nada carismático Gerald Ford. Kissenger tem em seu currículo um suspeitíssimo Nobel da Paz e a péssima fama de ter idealizado ditaduras na América Latina, no Timor e até o golpe militar no Chile, que matou Salvador Allende. Mas estamos falando do Pelé, e foi por ele que Kissinger clamou. Exatamente no dia 2 de junho de 1975, o chanceler brasileiro Antonio Azeredo da Silveira recebera um telegrama do americano implorando para que convencessem Pelé a aceitar a proposta do New York Cosmos. Kissinger alegava que a permanência de Pelé nos Estados Unidos contribuiria para estreitar as relações entre os dois países, principalmente no campo esportivo. Ele dizia que a ida de Pelé para lá popularizaria o futebol em um país onde reinavam (como é a até hoje) o baseball e o basquete. Um apelo similar de alguém tão poderoso dos Estados Unidos, quase um chefe de estado, para que um jogador estrangeiro defendesse um clube de seu país é algo que, humildemente confesso, ignorava. Kissinger “convocar” Pelé é algo quase inverossímil. Mas Pelé é Rei, é fora de qualquer lógica futebolística. Com ele, tudo poderia acontecer, como guerras cessarem e o relógio parar.

Obviamente, a imagem de mítico jogadorbrasileiro estava sendo explorada por um marketing político descarado. O Brasil vivia um período dos mais dolorosos e cruéis da ditadura militar. O mesmo acontecia no Chile desde 1973 e estava prestes a emergir na Argentina. Para o plano de supremacia americana na América Latina, ter Pelé defendendo um clube de Nova York era perfeito. O fato é que Azeredo tratou de entrar imediatamente em contato com Pelé para comunicar o apelo do secretário de estado americano que mais soaria como ordem:

“Tenho o prazer de comunicar-lhe que recebi mensagem do secretário de estado norte-americano, Henry Kissinger manifestando seu interesse pessoal em que possam chegar a bom termo as tentativas entre o Cosmos Clube e V.Sa. para a sua contratação pela equipe de Nova Iorque. Caso V.Sa. decida firmar aquele contrato, estou seguro de que sua permanência nos Estados Unidos contribuirá de forma muito significativa para uma aproximação brasileiro-norte-americana no campo esportivo. Cordiais saudações. AntonioAzeredo da Silveira, ministro de estado das Relações Exteriores.”

Alguns dias após Kissinger pedir ao Rei para aceitar a proposta do clube americano, o Cosmos, no dia 10 de junho, informou oficialmente que Pelé assinara um contrato de três anos, confirmando as especulações da imprensa e até mesmo por parte de Pelé de que estava tudo certo entre ele o clube antes mesmo do telegrama de Kissinger.


O acordo com os gringos permitiu ao Rei matardois coelhos com uma cajadada só. Ele manteve-se perto da sua bola de futebol, rolando-a nas gramas sintéticas de estádios de basebol adaptados para o bom e violento esporte bretão, e de quebra engordou ainda mais sua já parruda conta bancária com estratosféricos salários em dólares que o tornaram o mais bem pago atleta do planeta na ocasião.

A relação de Pelé com a turma da Casa Branca era mais estreita do que se supõe. Recentemente, a CIA revelou documentos que provam que Kissinger promovera um encontro de Pelé com Ford e o conselheiro de segurança nacional Brent Scowcroft dias após o envio do telex ao chanceler brasileiro. Seria aquela a segunda ida de Pelé ao famoso salão oval da Casa Branca. Richard Nixon, antecessor de Ford, recebera o jogador em 1973.

O marketing politico estava consumado. Pelé e Kissinger se tornaram chapas, como vários registros fotográficos apontam em uma breve pesquisa em algum software de busca na internet. Enquanto isso, por aqui, o país andava para trás, e Kissinger tinha um dos dedos (ou mesmo a mão inteira) nesse plano político sórdido na contramão dos direitos humanos. Seria mera semelhança vivermos resquícios disso hoje no Brasil? A despeito da especulação política o pior de tudo é que não temos sequer um craque com pelo menos um por cento do Pelé para fazer farol no exterior. Vivemos a decadência total. O país, a política e o futebol.

QUANDO PELÉ PAROU

por Centro de Memória do Santos


O jogo com a Ponte Preta, no finalzinho do primeiro turno do Campeonato Paulista de 1974, valia mais para o time de Campinas do que para o Santos. Só o campeão do turno se classificaria para a final e o Santos estava atrás da Ponte na classificação. Enfim, era para ser um daqueles jogos de Vila Belmiro quase vazia. Porém, um público superior a 20 mil pessoas foi ao estádio. Mais para ver Pelé, é verdade, do que o Santos.

Naquela noite de quarta-feira, 2 de outubro, o Rei se despediria do futebol. E quem não gostaria de guardar na memória as jogadas de Pelé no campo em que ele marcou 288 gols, entre eles três gols na goleada de 5 a 1 sobre o Bahia, em 27 de dezembro de 1961, que deu ao Alvinegro o seu primeiro título brasileiro?

Na Vila sempre pareceu muito fácil para Pelé marcar gols. Só em um sábado de 1964 ele fez oito na goleada de 11 a 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, recorde paulista até hoje.

Mas na noite de despedida, por mais que tentasse, ele não conseguir superar o goleiro Carlos, que anos depois seria o titular da Seleção Brasileira. Pelé chegou a acertar uma boa cabeçada, mas Carlos defendeu. O Menino da Vila Cláudio Adão, aos 44 minutos do primeiro tempo, e Geraldo, contra, aos 10 da segunda etapa marcaram os gols que deram a vitória ao Santos por 2 a 0.

Quando Pelé se ajoelhou no gramado, voltando-se para todos os lados do estádio, agradecendo aos torcedores dali do Urbano Caldeira, e de todo o mundo, os jogadores da Ponte Preta foram os primeiros a cumprimentá-lo. A noite se tornou triste e o futebol brasileiro nunca mais foi o mesmo.


Santos 2 x 0 Ponte Preta
Primeiro turno do Campeonato Paulista de 1974
Vila Belmiro, 2 de outubro de 1974 (quarta-feira)
Público: 20 258 pessoas. Renda: Cr$ 219.371,00
Santos: Cejas, Wilson Campos, Vicente, Bianchi e Zé Carlos; Leo Oliveira e Brecha; Da Silva, Cláudio Adão, Pelé (depois Gilson) e Edu. Técnico; Tim.
Ponte Preta: Carlos, Geraldo, Oscar, Zé Luis e Valter; Serelepe e Serginho; Adilson, Valtinho (Brasinha), Valdomiro e Tuta. Técnico Lilo.
Gols: Claudio Adão aos 44 minutos do primeiro tempo e Geraldo, contra, aos 10 do segundo.
Árbitro: Emídio Marques Mesquita.

O MARACANÃ DOS SONS INCONFUNDÍVEIS

por Paulo-Roberto Andel


Para quem viveu o que foi o Maracanã entre 1950 e 2010, e mais especialmente entre os anos 1970 e 1980, as emoções não se limitavam ao verdadeiro carnaval de imagens fantásticas, que iam desde o colorido das torcidas até às maravilhosas jogadas que ficaram na memória, mas também passavam por uma experiência sonora fascinante. 

Tudo começava bem antes de um clássico, por exemplo. Se você chegasse mais cedo e ficasse no corredor das arquibancadas, ali por volta das 14h, podia ouvir em intervalos regulares os gritos da multidão que chegava nos trens, desembarcando na estação Derby Club e formando um maravilhoso desenho de gente vindo e cantando, gritando, assobiando, fazendo da chegada ao estádio imortal uma verdadeira catarse. 

Já nas arquibancadas, muitas vezes lotadas a partir das 15h, o espetáculo musical ficava por conta do samba. Muito samba, às vezes com a participação de baterias de escolas consagradas. Era a pulsante trilha sonora do pré-jogo e das preliminares, também acompanhada de gritos de guerra (pacífica) das torcidas. 

Chegando às 16h45, tudo mudava: o Maracanã era tomado por certo silêncio de expectativa enquanto dezenas de bandeiras se alinhavam nas arquibancadas, tudo no aguardo da entrada dos times em campo. De repente, com a subida dos craques ao gramado, precedidos pela garotada correndo e se empilhando na entrada dos túneis, a arquibancada explodia: cantos, percussões, fogos, luzes, papel picado, papel higiênico, pó de arroz, fumaça colorida, balões e o ruído ensurdecedor de festa. 

Durante o jogo, um barulho era inconfundível: “UUUUUUUHHHHHHH”, quando um chute de fora da área passava perto do gol ou era espalmado pelo goleiro para escanteio. A onomatopeia coletiva ia com toda força na cobertura de concreto no Maracanã e voltava, fazendo um eco inesquecível. Se saísse gol, bem, não precisava nem falar: era o orgasmo do futebol, exceto para o time que o levasse. 

Durante muitos anos, o som abafado dos alto-falantes teve uma assinatura infalível, a do locutor oficial do Maracanã Victorio Gutemberg. Era dele o bordão “SU-DERJ IN-FORMA” com as substituições em campo, renda, público e jogos relevantes disputados noutros lugares. No intervalo, ele vinha com “LO-TE-RIA”, passando os resultados de momento das partidas da Loteria Esportiva, até então o jogo mais popular do país. Gutemberg sabia dar o tom exato das partidas: certa vez, num Vasco x Fluminense de 1980 no primeiro turno, ao mesmo tempo o Flamengo jogava contra o Bangu em Moça no Bonita. O Flu vencia o Vasco por 2 a 1, enquanto o jogo do Flamengo interessava a ambos os times. Perto do fim da partida, Victorio Gutemberg entrou com “SU-DERJ IN-FORMA: em Moça Bonita…”, fez alguns segundos em silêncio e anunciou “Mi-ran-di-nha” para depois explodir “BAN-GU 1, Fla-mengo 0”, com tricolores e vascaínos se esquecendo do próprio clássico para comemorar o gol alvirrubro. 

E justamente nos finais dos clássicos é que surgia uma das maiores experiências sonoras do Maracanã: todo mundo ia com seus radinhos de pilha e cada rádio tinha uma vinheta de minutagem, geralmente usada nas transmissões de cinco em cinco minutos, mas executada a cada 60 segundos depois dos 40 minutos do segundo tempo. Imagine mais de cem mil pessoas com a massa sonora das rádios Globo, Tupi e Nacional também batendo na cobertura de concreto e reverberando em toda a arquibancada? Uma mistura de samba potente, Kraftwerk e Azymuth que só o maior estádio do mundo sabia proporcionar. 

Outro ruído sempre presente, mas perceptível apenas nos jogos mais vazios, não vinha das arquibancadas mas da parte de baixo: a velha e saudosa geral, que já gerou estudos, documentários e celebrou o espaço mais popular do Maracanã. Mas isso fica para outra história; afinal, o eco fortíssimo dos sinalzões das rádios, bem descrito no penúltimo parágrafo, ainda está ecoando nestas linhas com força. E os geraldinos merecem uma coluna só para eles. 

DE VEXAME EM VEXAME, O SÃO PAULO APRENDE A SER PEQUENO

por Israel Cayo Campos


Desprezando fases pré-classificatórias, o São Paulo não era eliminado de uma fase de grupos da Libertadores desde o longínquo ano de 1987, por sinal, ano em que esse que vos escreve nasceu! 

Era uma época em que os times brasileiros davam pouca ou nenhuma importância a competição. A viam como um festival de pontapés adversários e preferiam até ganhar um campeonato paulista a serem campeões da América. Paulista que por sinal naquele ano o tricolor conquistou! Outros tempos…

O próprio São Paulo contribuiu para que esse então desprezado torneio fosse levado a sério pelos demais clubes brasileiros após seu bicampeonato em 1992 e 1993. 

Mesmo com o Telê a princípio escalando jogadores reservas contra o Criciúma de Felipão, antes de o São Paulo ganhar, o próprio Telê considerava aquele um torneio desleal, o qual não tinha prazer de disputar pra vencer! Mas o São Paulo foi o grande responsável por criar esse desejo nos demais clubes brasileiros após essas conquistas. 

Aos torcedores do Santos, Cruzeiro, Flamengo e Grêmio que venceram antes e que possam se sentir ofendidos, foram conquistas esporádicas. O próprio Santos abriu mão de várias Libertadores pra ir disputar torneios amistosos na Europa! Quem de fato criou a gana em ser campeão da Libertadores e em seguida do Mundo nos clubes brasileiros foi o São Paulo de Raí, Cerezo, Zetti e Muller. 

O mundo se globalizou. As situações como ditas antes se inverteram. Os regionais não valem grande coisa, e o grande alvo dos clubes brasileiros passou a ser o torneio sul-americano. Desde então, o São Paulo não só não fora mais eliminado em fases de grupos, como disputou cinco finais sendo três consecutivas e mais duas semifinais…

Mas desde 2012 o time foi se apequenando. Sendo eliminado de tudo que disputou. Muitas vezes da maneira mais vergonhosa possível, como pra times de quarta divisão do futebol nacional. E até a Libertadores, que era o torneio com o qual a torcida do São Paulo mais se identificava – era o seu xodó, não escapou de tal situação. Os vexames vieram de maneira absurda!

Mas vamos dar um salto ao problemático ano de 2020 (caso contrário, escrevo um livro). E a partir daí, me perdoem pela abnegação da racionalidade. Sou humano, sou torcedor. E não dá pra ver um time tão sem sangue atuar com a camisa do São Paulo no torneio que a torcida mais cobra e gosta! 


Quando saiu a chave de grupos inclusive, não me assustei. A LDU só iria dar trabalho na altitude. Mas temer o Binacional? Um time semiamador? E temer o River Plate, que era nosso freguês? Que em cinco jogos até então em Libertadores nunca havia nos vencido? No máximo um empate lá e uma vitória aqui e estaríamos classificados a próxima fase da competição. Ledo engano de um estudioso da história do futebol. Aquele São Paulo já não existe mais! 

Foi a derrota pra LDU esperada, ok. O troco veio no Morumbi. Mas uma derrota para o Binacional? Sinceramente, poderia estar na altitude do Everest que o São Paulo tinha que ter vencido um time desse nível! Mas aí veio nosso “freguês” River, dentro do Morumbi, sem jogar após a pandemia. Agora o São Paulo vai tirar o pé da lama! Mais uma vez quebrada a cara. Um empate em casa graças a dois gols contras do River Plate e a situação foi para Buenos Aires já com ares de eliminação, pois ao River só bastava um empate. 

E ontem (30/09/2020), o ótimo time de Marcelo Gallardo, que desde 2015 vem sendo o melhor time da América, com 3 finais e uma semifinal em 5 anos, fechou o caixão do apático e vergonhoso time tricolor com direito a dois gols da jovem promessa do futebol argentino Julián Álvarez (Abre o olho com ele Seleção Olímpica). Mas o pior de tudo é ver que a própria torcida já não acreditava mais no time! Que já esperava de maneira conformada mais uma derrota e eliminação. Que já vê, por mais que não admita, que o São Paulo time (não clube ou instituição) é pequeno e fraco. E aí não dá pra aceitar! 

Agora restou disputar em casa contra o Binacional uma vaga para a Copa Sulamericana. Se não conseguir só precisando de um empate, é melhor parar com futebol e migrar pra outro esporte. 

Mas voltando a Libertadores, realmente fui um utópico. Como um time desses pode achar que vai longe no torneio? Com um goleiro que chamam de substituto do Rogério Ceni, mas só sabe chamar gol. Nem lembro o último jogo em que o São Paulo não tomou um! Um lateral espanhol aposentado! Já deveria ter ido ao INSS com o pedido pra receber sua aposentadoria e não ficar tomando grana do São Paulo.

Por sinal, o único que se salva na defesa é o menino da base Diego Costa. E não só pelo gol, mas por ter que fazer o trabalho de toda a defesa São Paulina! Inclusive tomando cartão amarelo por fazer a cobertura do Juanfran toda hora! Só que aí me vem a dúvida. Se o Juanfran não avança pra abrir essas lacunas que o Diego tem que cobrir, o que diabos esse cara faz em campo? Eu mandava embora hoje mesmo! 

Continuando na zaga, um Léo Pelé improvisado como zagueiro. Se já era ruim como lateral, imagina improvisado. Isso tendo o Bruno Alves e o Arboleda, zagueiros de ofício no banco! Se sou eu, peço pra jogar em outro clube! 

Na lateral esquerda, falem o que quiser! Não vou contar os laterais que passaram lá por menos de um ano. Mas Reinaldo é o pior lateral esquerdo que já vi vestindo a camisa do São Paulo nesse século por mais de um ano… Só acerta quando erra, como foi com o escorregão no escanteio que mandou a bola na cabeça do Diego. Se ele batesse sem errar, ou escorregar, a bola teria ido pra o outro lado da bandeirinha de corner! Sem contar as brigas em campo, os passes errados. Enfim… Pra mim, o Reinaldo ser o camisa 6 de um time que já teve Richarlyson, Júnior, Fábio Aurélio, Serginho e tantos outros só na história recente do clube é uma ABERRAÇÃO! 

Luan, que é o melhor volante e é da base, nunca joga com esse atual treinador (jajá chego nele), mas o Tchê Tchê, que só toca a bola de lado, está em todos os jogos. Deve ser amor demais do Diniz pelo meia que começou com ele lá no Audax!  


Hernanes é um ídolo, mas não dá mais! É outro aposentado em campo! Só sabe prender a bola no campo de defesa, não acerta um drible e não cria um lance de perigo! Agradecemos os serviços prestados, mas já deu! Que vá jogar lá na segunda divisão italiana no time do Berlusconi! Aqui não dá mais! A torcida é agradecida a ele com certeza, mas uma placa, um busto, ou um pé na calçada da fama já servem de pagamento. Vê-lo atuar com a camisa tricolor hoje em dia é um suplício. 

Continuando no meio, mas que devia ser lateral… Daniel Alves. O cara é lateral, passou a vida toda sendo campeão como lateral, chega aos 38 anos de vida no São Paulo e baixa a regra: vou ser meia e camisa 10. Os bovinos dirigentes São Paulinos aceitam. O que foi contra, o Cuca, que hoje faz bom trabalho no Santos, é mandado embora semanas depois! 

E no meio o que o Daniel faz? Não marca, não cria, não abre pela direita onde poderia ajudar! Pagar um salário de mais de meio milhão de reais (segundo fontes) para o cara ficar ditando onde quer jogar? E mal? Há, vão a aquele lugarzinho, Diniz, Raí, Pássaro e Leco. Se quiser jogar no São Paulo vai pra lateral direita que foi onde se consagrou em sua carreira. Não me lembro de nenhum time onde se destacou jogando no meio campo. Aí quer fazer essa esculhambação com aval de todos logo no São Paulo? Virou esbórnia mesmo!

O Igor Gomes quero poupar, pois é da base e está jogando em posição totalmente errada! Ele é um meia de armação e de infiltração, como quarto homem de ataque. O Diniz insiste com ele pelas pontas e o pior, o coloca pra começar o jogo lá da defesa! Quando o mesmo chega ao ataque já perdeu o fôlego. Se for pra botar um ponta, escala o Paulinho Boia, o Toró e para de inventar moda de querer sair jogando da meta com um ponta como o Igor Gomes, que nem é ponta! É um absurdo as invenções do “Professor Pardal” Fernando Diniz… 

O Vítor Bueno é um morto em campo. Jogador sem alma, sem sangue! Outro que rescindiria contrato pra ontem! Se é pra perder, que se perca com a base, não gastando milhões em salário com jogadores que não sabem nem o significado de vestir a camisa desse clube! 

No ataque, o Luciano que é o único que parece saber fazer gol no clube, mas infelizmente estava suspenso! Por incrível que pareça, o Tréllez, com toda sua limitação técnica, conseguiu ontem ter mais raça que os outros jogadores de ataque. Tem o Brenner também, que é bom jogador, e que vou poupar pois é mais um da base. 

Mas quem de fato joga com a camisa nove do tricolor é o Pablo. Um cara que foi a maior contratação da história do São Paulo em custos, para não fazer um gol! Pouco participar do jogo em si… Os Chulapas, Careca, Muller, França, Amoroso, Luís Fabiano e tantos outros caras que vestiram essa camisa devem se sentir envergonhados de terem custado menos ao clube que esse cara. Até o Leônidas da Silva deve se remexer no túmulo! 


E o técnico… Fernando Diniz. Se esse cara não for demitido depois de ontem, eu em particular paro com o São Paulo até ele sair! Não é possível que nenhum dirigente veja que em mais de um ano de trabalho que o time não joga nada! Quando vence é de maneira apertada, toma gols todos os jogos, tem um meio campo que não marca ninguém, nem cria lances de perigo (gols só de bola parada ou de bate e rebate), e só tem uma jogada que já é manjada por todos os adversários: Sair tocando bola da defesa em transição até ao ataque, só que a bola nunca chega ao ataque! A essa jogadinha malhada, a LDU agradece! E o River em várias situações quase agradeceu nos dois jogos! 

Qual a vantagem que o São Paulo tem de jogar num esquema tático onde ele corre riscos em uma zona do campo em que não vai ter vantagem alguma? O Fernando Diniz é um amador. Nem para o meu querido ABC de Natal serve! Foi mandado embora de todos os times de primeira divisão nas primeiras rodadas, aí ganha como prêmio dirigir o São Paulo. Chega a ser absurdo! Diniz é uma piada, um estagiário fingindo ser técnico! 

Agora a culpada principal é a diretoria. Lugano e Raí. Pra que vocês precisam dessas vergonhas em seus currículos com a camisa tricolor? Não sujem seus nomes no clube para salvar a cabeça de um dirigente despreparado (o termo que queria usar era outro bem pior) como o Leco! Nenhum dos dois precisa disso! 

Tirando os garotos da base, do goleiro ao presidente, nenhum sequer deveria passar na frente dos portões do clube, quanto mais vestir ou administrar um time da grandeza do São Paulo. 

Desculpem os que não gostarem do desabafo, mas dessa vez vesti o clubismo e tirei a frieza do analista para desabafar algo que venho há tempos vendo calado, mas muito irritado! Já chega de ver o maior time do país (pois história ainda conta) ser destruído por essa escumalha! Que contrata jogadores que, com todo o respeito que devo a profissão, nem para limpadores da piscina do clube servem! Por sinal, esses fazem seu trabalho dignissimamente bem, já os jogadores nem fazem bem o que lhes cabe, mesmo ganhando fortunas, muito menos fariam bem o trabalho dos limpadores das piscinas do clube!

Respeitem o time que vestem a camisa. O ainda único tricampeão do mundo do futebol brasileiro! Mas que a cada dia está vivendo de glórias do passado como canta seu hino… E nem é pela derrota contra o River apenas, pois reitero que é o melhor time do continente nos últimos cinco anos. Mas o desabafo é pela desgraça que há anos (já são oito e contando…) vejo esses amadores travestidos de amantes do clube fazem no São Paulo. Cansei!