por Zé Roberto Padilha

Perdemos, no fim de semana, nosso querido e amado Merica. Uma figura adorável, sempre lembrado pelo sorriso fácil fora de campo e pela seriedade com que defendia dentro dele. Cabeça-de-área de raça, protegia Rondineli e Jaime com firmeza, e tinha à sua frente Tadeu, Geraldo e Zico para criar aquilo que ele, incansavelmente, desconstruía. Chegou ao Flamengo ao lado do Dendê, formando parte de um grupo que marcou época e conquistou o respeito da torcida.
Lembro bem daquele Fla-Flu em que Carlos Froner, nosso treinador, pediu para ele não deixar o Rivelino jogar. Merica não apenas cumpriu a missão, como foi além, colocando o nosso “Príncipe das Laranjeiras” para voar. Resultado: ficamos com 10 em campo, o Fluminense também. Ou vocês acham que Rivelino voltou para o jogo?
Era assim: destemido, dedicado, companheiro de todos. Dentro das quatro linhas, nunca deixou de lutar pelo Flamengo; fora delas, conquistou amigos e admiradores com sua humildade.
Hoje, fica a saudade de um guerreiro que honrou o Manto. Descanse em paz, Merica.
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