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GOLAÇO E CASTIGO

2 / setembro / 2025

por Elso Venâncio

O Flamengo teve uma semana para trabalhar e acabou se desconcentrando. A atuação nos 8 a 0 sobre o Vitória foi mágica e histórica, mas atípica. Ainda estava viva na memória dos rubro-negros, mas tinha que ter sido momentâneamente esquecida. O oba-oba com o milionário patrocinador master precisava ser tratado e comemorado fora do Maracanã, e não em dia de jogo.

Apesar do empate por 1 a 1 com o Grêmio, o gol de placa de Arrascaeta merece ser ressaltado. Tabela com Pedro e conclusão certeira, maliciosa, parecendo fácil, mas que só é possível para quem sabe o caminho do gol. O uruguaio, principal nome rubro-negro na temporada, tem 12 gols só no Campeonato Brasileiro — três a menos que o artilheiro, Kaio Jorge, do Cruzeiro —, além de muitas assistências.  No ano, são 17 gols, vários deles os mais bonitos do nosso futebol.

Por outro lado, o Flamengo não teve a intensidade das outras partidas e diminuiu o ritmo após o gol, sofrendo o castigo de um pênalti em que a bola tocou no braço do Ayton Lucas. O goleiro Tiago Volpi empatou, lembrando a forma de cobrar de Jorginho. Aliás, o desfalque desse excelente meio-campo não foi sentido, pois De La Cruz reapareceu bem. Após ter sido acusado de estar com o joelho bichado, foi um dos melhores em campo, pedindo para sair apenas quando se cansou. Já Samuel Lino não se encontrou, ficando aquém do que se espera. Matias Viña merece sua chance na lateral-esquerda, visto que Ayrton Lucas também deixou a desejar. 

Por mais que o Flamengo tenha mantido a liderança, com 47 pontos, a diferença para o segundo colocado diminuiu. Hoje, o Cruzeiro tem 44, com um jogo a mais. Já o Palmeiras, terceiro colocado, também empatou na rodada e foi a 43 pontos, mas possui uma partida a menos em relação ao clube da Gávea.

Neste Brasileirão, o Flamengo realizou seu melhor primeiro turno na história dos pontos corridos. Foram 43 pontos conquistados nos 19 primeiros jogos, numa campanha superior até à de 2019, com o português Jorge Jesus, que chegou a 42.

Filipe Luis sabe que não é fácil liderar astros, como afirmam alguns. É preciso dar exemplo, sendo disciplinado e disciplinador. No recente episódio com Pedro, exagerou, levando a público um caso que poderia ser resolvido internamente. Na beira de campo, o treinador já demonstrou sua competência. Os “professores” que se julgam eternos ficam ligados, e ainda há as antigas “viúvas” de Jorge Jesus, que nunca iria repetir o trabalho feito em 13 meses no clube. Vale lembrar que o Flamengo também está vivo na Libertadores!

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