por Marcos Eduardo Neves

Lembra do Edmundo em 1997? Junior, 1992? Alex, 2003? Nenhum deles foi melhor do mundo. Vinicius Júnior já é. Que o atacante do Real Madrid é talentosíssimo, uma joia preciosa, não temos dúvida. Mas daí a ser melhor do mundo, bom, vamos conversar.
Vou falar de quatro jogadores. Vini – já falei e tornarei a falar –, Djalminha, Arda Güler e Alex. Bora começar?
Par ou ímpar – de cada lado, um de frente para o outro, Vini Jr. e Djalminha. Quem você escolhe? Sei que são posições diferentes, mas ambos estão com a mesma idade… sinceramente, você escolhe quem? Só quem viu os dois responde.
Djalminha nunca foi melhor do mundo. Mas foi e é maior do que Vini hoje. Porque é daquele seleto grupo de craques que puxam mais dez para subir a campo com ele, chama a responsa e resolve. Pisa o gramado, sua segunda ou primeira casa, plenamente consciente do que é.
Lembro de Maradona subindo, dez às costas, com seu Napoli. Zico levando Flamengos. Vou além: Neto em 1990; Bobô, 1988; Túlio, 1995, Fred, 2012; Carlitos Tevez, 2005 – incontáveis os que um dia foram assim. Tal qual os melhores do mundo: Messi, Cristiano Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Zidane, e por que não Weah, Kaká, Rivaldo, Mattaus, Figo.
Pensar que nossos talentos supremos de hoje são Vini Jr. e o ex-Neymar, se eu for recordar a dupla Romário e Ronaldo, Rô, Rô, Rô, só rindo. Nem cito Garrincha e Pelé. O papo é sobre humanos.
Alex nunca foi o melhor do mundo. Mas foi a a referência de Arda Güler, clássico meia que encanta no meio de campo de um time onde seu mestre, que lhe encheu os jogos na Turquia, nunca jogou. Espelho total. Plenamente consciente do que é. Longe de ser o melhor do mundo, mas subestimado. Por ser turco? Não acredito. Por ser jovem.
Vini ajudou o Real a se classificar em primeiro, fez um bom jogo na rodada classificatória, mas ainda está amadurecendo. Quando for o melhor do mundo, escuta, vai até zombar de quem o elegeu tão cedo.
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