por Zé Roberto Padilha

Vinicius de Moraes já dizia, “que me desculpem as feias, mas beleza é fundamental”.
Na época, em plena Bossa-nova, Pier de Ipanema à frente e o Pasquim nas mãos, quem dava as cartas era a beleza, cheia de graça, que em seu doce balanço caminhava em direção ao mar.
E ela, a beleza, em sua plenitude, é hoje representada no Mundial de Clubes pela torcida do Fluminense.
Nenhuma outra, por mais mosaicos que produza, balões e fumaças que mais atrapalham que encantam, será capaz de embelezar um estádio daquele jeito.
O Mundial de Clubes seria, sem a torcida do Fluminense, uma grande festa de casamento em que o buffet seria da Confeitaria Colombo, a banda, Vitória Regia, o palco o Museu de Arte Moderna, os garçons Árias, Rios e Arrascaeta, mas o decorador… esqueceu sua caixinha de lápis de cores em casa.
Neste caso, só lhe restaria um painel estilo um clássico entre Atletico-MG e Santos.. Cheios de emoção, mas distintos de cores e brilhos. Bastaria serem transmitidos pelo rádio. E pra que tantos K se em preto e branco seria a projeção?
O mundo, há algum tempo, anda nos emitindo imagens assustadoras, de mísseis que cortam os céus no Oriente Médio e matam inocentes. Não há qualquer beleza na guerra.
Então, que o Fluminense amenize essa tragédia e continue a embelezar a Copa dentro e fora dos estádios. E levar, a todos os lares, o brilho que faltava para a humanidade voltar a pintar suas unhas, realçar os cílios, arrumar os cabelos e escolher o batom mais bonito com que irá sair de casa e celebrar a vida.
Porque ela, a vida, será sempre mais fascinante, segura, divertida e bonita quando é colorida.
0 comentários