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A IDADE IDEAL

28 / julho / 2025

por Zé Roberto Padilha

Fico triste, como ex-jogador, quando se referem a um atleta de 31 anos, como Vitinho, que está sendo cotado pelo Fluminense, de ter passado do ponto. Isto é, subestimam neste momento, onde todo o cidadão, atleta ou não, se encontra “no auge” de sua capacidade física, técnica e mental.

Vitinho, para todos nós, que assinamos o primeiro contrato profissional, em média, após os 20 anos, quando termina a possibilidade de atuar nas divisões de base, e o último aos 37 anos, se encontra “no ponto ideal”. Ou esqueceram o momento único vivido por John Arias, que alcançou os 28 anos no Mundial de Clubes?

Vitinho tem uma característica que tem faltado a um time técnico, de toque de bola, como o do Fluminense. Quantas vezes você gritou “chuta!” e o Nonato, Martinelli, Ganso, só atendiam se estivessem dentro da grande área. De fora, só o Lima tem arriscado, mas tem errado o alvo, embora seja o único que tenta.

Vitinho chuta, e muito bem, de fora da área. E com as duas. Claro, uma de cada vez, senão cai.

Aos céticos, lembro a todos a trajetória de um dos nossos maiores craques. E a idade que tinha quando alcançou o seu auge: Arthur Antunes Coimbra.

Nascido em 1953, Zico foi campeão mundial pelo Flamengo, em 1981, quando tinha 28 anos. Um ano depois, aos 29, esteve no seu melhor momento junto a seleção brasileira que mais encantou o mundo, a de 1982.

Não me lembro de ninguém ter duvidado de sua capacidade, do Sócrates, do Júnior e do Leandro, pelo contrário, exaltaram seu preparo físico e técnico.

Sendo assim, seja bem-vindo, Vitinho. Será muito útil ao Fluminense. E ajudará a quebrar esse preconceito que tem, infelizmente, abreviado a carreira de muitos jogadores.

Felipe Melo, Marcelo, Filipe Luis, Diego Ribas, entre outros, poderiam ter dado uma continuidade maior a sua carreira caso não sofressem tal preconceito. Um desperdício, com todo o respeito, trazer o Renè e aposentar o Marcelo.

Enfim, nosso precoce “veterano” Vitinho deve estar chegando. Ele ainda tem muitos chutes a nos ajudar a reencontrar os caminhos das vitórias.

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